Dois dias de perfil bem diferente marcam
a 18.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés, a maior maratona mototurística da Europa
que volta a unir os extremos do mapa continental. De Albufeira ao Luso/Bussaco
e daí a Vila Pouca de Aguiar, tempo para descobrir alguns dos mais secretos
encantos nacionais ao longo de 1000 quilómetros de aventura. Aqui ficam mais
algumas dicas para reforçar o apetite dos 1600 participantes. E dos muitos mais
que gostariam de integrar a enorme e multifacetada caravana.
O reconhecimento levado a cabo pela Comissão de
Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal revelou mais alguns
motivos de interesse da grande aventura, a começar pelo prólogo, de grande
intensidade, com 67 quilómetros de extensão, alternando hotéis, praias e outros
locais de enorme interesse como o Castelo de Paderne. Exemplo marcante da
arquitetura militar muçulmana cujo valor estratégico valeu estatuto de
ser um dos sete castelos representados na Bandeira Nacional. Descoberta
histórica que ajudará a ganhar apetite para o jantar servido com vista sobre a
Praia dos Pescadores, local de onde será dada a partida do dia seguinte.
Primeira etapa, longa de 530 quilómetros, de perfil bem rolante
mas a exigir concentração para não chegar demasiado tarde ao Luso, e com dois
pontos realmente «picantes». Com 12 controlos de passagem que assinalam o
cumprimento de todo o percurso delineado pelo road-book, esta etapa
conta com passagem por muitos locais em estreia absoluta no Lés-a-Lés, de
grande beleza e enorme interesse, além dos Oásis onde a caravana pode ir
petiscando e matando a sede, com águas ou sumos, mas sempre sem bebidas alcoólicas
por perto…
Com quase 1600 participantes inscritos em 1500 motos, a caravana
de 750 equipas começará a partir às 5.30 horas, com intervalos de 15 segundos,
criando «invasão» que demorará mais de 3 horas a passar por cada aldeia, vila
ou cidade. Etapa longa, para cumprir em 13 horas até ao palanque de chegada,
onde as últimas motos têm hora ideal de chegada às 21.38 h, a uma cadência de 8
motos por minuto, exigindo grande disciplina e organização nos pontos de
controlo, Oásis e outras paragens! Como será o caso da ponte filipina
construída no século XVII sobre o rio Zêzere, local mais aliciante desta
primeira tirada, acessível através de caminho de terra batida que exige
destreza e experiência de condução. Monumento Nacional que foi, até 1954,
aquando da inauguração da barragem do Cabril, única ligação entre Pedrogão
Grande e Pedrogão Pequeno e que sublinha a ideia original do Lés-a-Lés, de
atravessar Portugal à moda antiga.
Dia longo que levará os participantes até ao Luso, já bem a norte
no mapa nacional, antecipando etapa bastante mais curta e mais turística,
permitindo maior tranquilidade para todos os motociclistas, dos participantes à
organização, e que utilizará um horário diferente. As partidas serão dadas
novamente ao raiar do dia, a partir das 6 horas, para uma tirada com 10 horas
de extensão, com intervalos de 20 segundos entre cada equipa, criando pelotão
mais espaçado e cuja passagem demorará 4 horas e 10 minutos, com os últimos a
chegarem a Vila Pouca de Aguiar às 20.10 h. Ponto final de jornada com cerca de
300 quilómetros de extensão, com estradas mais lentas e recurvadas, mais
exigentes em termos de condução mas também mais turísticas, estando os Oásis e
os pontos de interesse mais concentrados. O que vai acontecer na petisquice
em Pendilhe, depois da visita aos canastros típicos onde a população da aldeia
guarda o milho, ou na freguesia vizinha de Vila-Cova-à-Coelheira (ambas
pertencentes ao concelho de Vila Nova do Paiva, no distrito de Viseu) onde
haverá tempo para descanso em Oásis instalado no aprazível relvado junto à
praia fluvial do Rio Covo.
Fonte: O Gabinete de Imprensa 18.º Portugal de Lés-a-Lés/Parceria
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