Por:
José Carlos Gomes
A
Equipa Portugal estará representada nas provas de fundo de elite, sub-23 e
juniores femininas no Campeonato da Europa de Estrada, que decorre em Herning,
Dinamarca. É a primeira vez que Portugal tem corredoras em todas as categorias
etárias de uma competição com a dimensão do Campeonato da Europa.
Daniela
Reis, a mais experiente, vai competir nos 120,6 quilómetros da corrida de
elite, que se disputa a partir das 13h00 de sábado. Soraia Silva, que esteve
presente na edição anterior, ainda enquanto júnior, compete em 2017 na
categoria de sub-23. Terá de completar 100,5 quilómetros, a partir das 11h00 de
sexta-feira.
A
benjamim da comitiva feminina é a júnior Maria Martins, já duas vezes medalhada
em Europeus de pista, que se estreia neste nível competitivo em estrada. Também
compete na manhã de sexta-feira, a partir das 8h00, tendo por diante 60,3
quilómetros.
“Era
melhor se corrêssemos todas na mesma categoria, porque poderíamos fazer equipa,
mas é muito bom que estejam presentes três femininas neste Campeonato da
Europa. É muito importante para o ciclismo português. Finalmente, estamos a ver
alguma evolução e miúdas a chegar mais longe. Fico muito satisfeita”, diz
Daniela Reis, 24 anos, com presenças em Europeus e/ou Mundiais todos os anos
desde 2014.
“Estou
mais bem preparada e sinto-me mais à vontade do que em anos anteriores, porque
as atletas que vão correr contra mim no sábado são as mesmas que defronto ao
longo de todo o ano. Mesmo sabendo que ainda não tenho nível para discutir as
primeiras posições com as melhores, não tenho o receio de descolar à partida.
Já sei que entrei naquele nível”, adianta Daniela Reis, que em 2017 tem feito
as principais corridas do calendário internacional feminino ao serviço da
equipa Lares-Waowdeals.
A
corredora de elite deixa um conselho às companheiras mais jovens: “Boa
colocação, muita cabeça e acreditar que são capazes”. Soraia Silva e Maria
Martins sabem as dificuldades que vão encontrar, mas estão motivadas para um
bom desempenho.
“Estou
consciente de que vai ser mais competitivo do que na pista, mas estou tranquila
porque o trabalho está feito e foi bem feito. Resta-me dar o meu melhor e
depois logo se vê o resultado. O percurso, plano, enquadra-se nas minhas
caraterísticas”, frisa Maria Martins.
Soraia
Silva admite que a mudança de júnior para sub-23 “é a alteração de escalão mais
significativa. Estou no meu primeiro ano e tenho noção de que o caminho faz-se
com calma. Também fiz o trabalho de preparação, embora com alguma dificuldade
para poder conciliar o ciclismo e a universidade. Vou desfrutar e dar o meu
melhor”, garante Soraia Silva.
A
júnior e a sub-23 também valorizam o facto de haver três representantes
femininas portuguesas neste Europeu. “O ambiente é sempre diferente, há
partilha e união”, revela Maria Martins. “Damos confiança umas às outras e isso
ajuda a não ‘stressar’”, acrescenta Soraia Silva.
(Horários
de Portugal Continental)
Fonte:
FPC
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