Por: José Morais
Foto: LaPresse
Depois do tudo ou nada, Jasper
Stuyven consegue vencer a edição do Milão-San Remo da edição de 2021, com o
belga a atacar no final da etapa, consegui segurar os velocistas, deixando Caleb
Ewan e Wout Van Aert ficaram em 2º e 3º respetivamente na primeira clássica monumental
da época.
Jasper Stuyven lutou e
conseguiu uma pequena vantagem no final, conseguindo manter-se à frente mesmo após
Soren Kragh Andersen da Team DSM ter encostado, não foi uma estratégia que
tinha pensado de manhã, foi apenas o seu instinto, foi inacreditável, Não
conseguindo descrever o que sentia, disse o belga no final da prova, num
trajeto de 299 quilómetros, feita a uma velocidade média de 45,064 km/h, e que
terminou com um tempo de 6h38min06s
Stuyven afirmou que se sentiu
muito bem ao longo de toda a corrida, com a chegada ao último quilómetro a
tentar recuperar o máximo, para na última curva antes da chegada, ai já
recuperado, lancei o sprint para a vitória, no grupo do Poggio existiam muitos
ciclistas rápidos, e tinha de ser o tudo ou nada, avancei, tentei, se o não
tivesse feito, e tivesse ficado na linha não conseguiria podendo ter terminado
em quinto ou mesmo decimo, e foi sem dúvida a maior vitória da minha carreira.
A tradição manteve-se, e a
parte final contou com a subida da Cipressa com 5,6 km, e uma
inclinação média de 4,1%), seguindo-se uma descida muito rápida e desafiadora até
Via Aurelia, seguindo da subida ao Poggio di Sanremo de 3,7km de extensão com
um declive médio de menos de 4% e um máximo de 8%, alcançado pouco antes do
topo da subida a 9km da meta, tudo isto foi determinante para que os ciclistas
favoritos aplicassem as suas estratégias.
Muito nervosa foi a chegada ao Poggio, onde todas as atenções estavam viradas para os favoritos, um trio composto por Wout Van Aert, o vencedor de 2020, o campeão do mundo Julian Alaphilippe da Deceuninck-QuickStep, que foi vencedor de 2019 e vice em 2020, e ainda a sensação atual Mathieu van der Poel da Alpecin-Fenix.
Com uma entrada menos boa no Poggio,
Van Der Poel não conseguiu entrar bem, e necessitou de despender de mais
energia para se aproximar da frente, com Alaphilippe e Van Aert a entrarem em
duelo, mas o momento foi para Stuyven, que acabou com o sonho do trio
desfazendo o favoritismo do mesmo, e como não teve resposta dos mesmos, o belga
acelerou para a vitória final.
Peter Sagan da Bora-Hansgrohe
mostrou nesta prova com uma boa performance a qual antes do inicio da clássica
era colocada em dúvida, o ciclista que teve Covid em fevereiro, e que na sua
participação no Tirreno-Adriático a sua primeira prova de 2021 não estava muito
bem, no Milão/San Remo conseguiu mostrar que estava recuperado e forte, lutando
até ao fim, e acabou o tricampeão mundial por conseguir um honroso 4º lugar.
No final
o Top 20 da edição do Milão/San Remo de 2021 ficou assim:
1º Jasper Stuyven (Bel) Trek-Segafredo
6:38:06
2º Caleb Ewan (Aus) Lotto
Soudal m.t.
3º Wout Van Aert (Bel)
Jumbo-Visma m.t.
4º Peter Sagan (Svk)
Bora-Hansgrohe m.t.
5º Mathieu van der Poel (Hol)
Alpecin-Fenix m.t.
6º Michael Matthews (Aus) Team
BikeExchange m.t.
7º Alex Aranburu Deba (Esp)
Astana-Premier Tech m.t.
8º Sonny Colbrelli (Ita)
Bahrain Victorious m.t.
9º Søren Kragh Andersen (Din)
Team DSM m.t.
10º Anthony Turgis (Fra) Total
Direct Energie m.t.
11º Matej Mohoric (Slo)
Bahrain Victorious m.t.
12º Matteo Trentin (Ita) UAE
Team Emirates m.t.
13º Greg Van Avermaet (Bel)
AG2R Citroën Team m.t.
14º Maximilian Schachmann
(Ale) Bora-Hansgrohe m.t.
15º Thomas Pidcock (GBr) Ineos
Grenadiers m.t.
16º Julian Alaphilippe (Fra)
Deceuninck-QuickStep m.t.
17º Michal Kwiatkowski (Pol)
Ineos Grenadiers m.t.
18º Giacomo Nizzolo (Ita) Team
Qhubeka Assos 0:0:06
19º Nacer Bouhanni (Fra) Team
Arkea-Samsic m.t.
20º Pascal Ackermann (Ale)
Bora-Hansgrohe m.t.
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