Por:
Sara Pelicano
A
Câmara Municipal de Lisboa vai avançar com a criação de pacotes de mobilidade
que permitem a integração de outros sistemas de transporte - como o carsharing,
bikesharing, plataformas agregadoras de mobilidade (como a Uber e Cabify) e
táxis - nos atuais passes intermodais. Segundo o vereador da Mobilidade da
Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar, “o objetivo é dar maior
flexibilidade ao utente que pode necessitar, por exemplo, de usar um táxi
quatro ou cinco vezes por mês ou uma bicicleta, além do autocarro e do metro”.
Segundo
o Diário de Notícias, o município prevê ainda a criação de soluções de
pós-pagamento nos serviços de transporte. Todas estas novidades poderão ser
geridas através de uma aplicação para telemóvel.
As
medidas para a melhoria da mobilidade na cidade inserem-se no plano de redução
de circulação automóvel em Lisboa que, segundo Miguel Gaspar, deve ter em conta
que cerca de 150 mil pessoas usam o carro sobretudo para levar as crianças à
escola. “Devemos ter uma abordagem junto das escolas para que as crianças
cresçam numa nova cultura de transporte público, dando-lhes competências para
os usar, a partir de uma certa idade”, defende o vereador. A autarquia está,
igualmente, a desenvolver um protocolo com a Waze, uma plataforma digital que
fornece informação sobre trânsito, acidentes e cortes de via, para permitir a
ligação ao sistema de tráfego municipal.
No
total, a Câmara Municipal de Lisboa prevê investir em mobilidade cerca de 10
milhões de euros nos próximos dois a três anos.
Convergência
na bilhética e nos tarifários
A
autarquia lisboeta pretende criar um passe único na cidade de Lisboa e em toda
a Área metropolitana, que permita a utilização de todos os sistemas de
mobilidade. Em declarações à Transportes em Revista, à margem do evento Ciclo
de Palestras Mobilidade – Tendências, Desafios, Realidades, que se realizou no
passado mês de dezembro, Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa,
referiu que «a existência de um passe único é uma necessidade urgente para
tornar o sistema eficaz, mas também é uma oportunidade, porque vamos criar um
sistema que servirá de forma clara todos os munícipes». O autarca referiu que
«a partir da bilhética e do tarifário iremos ter uma capacidade de integração
dos vários operadores que estão no terreno e que passarão a estar sujeitos a
esse regime único». Segundo Fernando Medina, «a integração da bilhética e dos
tarifários é o grande ponto de ancoragem para a própria integração do sistema
de transportes. Esta será a base a partir da qual poderemos amarrar as várias
prestações de serviços, ou concessões, ou operações de operadores internos,
sejam eles públicos ou privados, tornando-os obrigatórias e integradas dentro
de este sistema tarifário. E, na minha opinião, terá de existir uma forte
diminuição nos tarifários que são aplicados».
Fonte
Transportes on-line
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