Por: Ana
Paula Marques
Foto: Filipe Farinha
Ciclista diz que
bater a marca é passado.
O britânico Bradley Wiggins pode ficar descansado.
Pelo menos da parte de Fabian Cancellara, pois continuará a ser o recordista
mundial da hora, que fixou o ano passado com 54,526 km. Numa conversa com
Record e a revista ‘Ciclismo a Fundo’, realizada no interior do autocarro da
Trek, um espaço restrito e só acessível a muito poucos, o suíço explicou por
que é que pedalar durante uma hora deixou de ser objetivo. "Perdi a
motivação. As coisas ou são feitas naquele momento, ou então... foi um projeto
passado."
Nascido há 34 anos na região de Berna, ‘Spartacus’, como Cancellara é conhecido no pelotão, fez segredo, de resto, quanto ao seu futuro pós-retirada, que vai acontecer no final de 2016, revelando apenas que continuará ligado à modalidade. "Não vou ser comentador, não vou ser diretor-desportivo, daqueles que andam no carro", garantiu. Tenho outros planos, que por enquanto não posso revelar. Quero também desfrutar um pouco da vida, fazer outras coisas."
Há 15 anos, quando começou a carreira profissional, pensou o ciclista da Trek, vencedor do contrarrelógio em Sagres, ter uma carreira de sucesso? "Não. Estou contente com as vitórias, com o que consegui." Quais as prioridades para esta época, a da despedida do pelotão mundial? "Sem dúvida as clássicas." Paris-Roubaix, em especial? "Sim, mas também a Volta à Flandres." Cancellara admitiu, depois, que esta última é a corrida que mais lhe toca o coração. "É única, especial, diferente de todas." E qual o momento mais alto da carreira? "Todas as vitórias. O ouro olímpico, a Flandres, todas as outras clássicas."
Elogios a Portugal
A Volta ao Algarve ficará ligado à carreira de Cancellara. Em 2001, no primeiro ano como profissional, disputou a prova pela Mapei, regressando em 2016, na época de despedida, e com um triunfo numa etapa. "Percurso agradável, bom tempo, claro, e muito bom ambiente". E mais disse: "Portugal tem uma grande paixão pelo ciclismo, tem pequenas equipas e patrocinadas por clubes de futebol. Conheço o Acácio da Silva, que viveu na Suíça, onde há muitos portugueses. Lá, como aqui, são muito simpáticos, afáveis."
Sobre o futebol, o ciclista da Trek tem uma opinião curiosa. "Gosto de ver um bom jogo, entre grandes equipas. Tudo o resto é muito drama, parece um filme."
Talhado para as clássicas
A par do belga Tom Boonen, Fabian Cancellara é um dos grandes especialistas das clássicas, provas que estão para estes ciclistas como o Tour, Giro e Vuelta estão para Chris Froome, Vicenzo Nibali, Alberto Contador, Joaquin Rodriguez... O suíço contabiliza sete triunfos, três na Volta a Flandres (2010, 2013 e 2014), outros tantos no Paris-Roubaix (2006, 2010 e 2013) e um na Milão-São Remo (2010). Soma ainda mais oito pódios nas mesmas provas. De resto, a carreira de Cancellara pautou-se por outros grandes desempenhos em contrarrelógios, onde soma quatro títulos mundiais (2006, 2007, 2009 e 2010) e ouro olímpico em Pequim’2008. Aqui, ainda foi prata na prova de estrada. Na Volta a França andou mais do que uma vez de amarelo graças precisamente aos triunfos no prólogo, a última vez em 2015. Abandonou à terceira etapa devido a uma grave queda.
Nascido há 34 anos na região de Berna, ‘Spartacus’, como Cancellara é conhecido no pelotão, fez segredo, de resto, quanto ao seu futuro pós-retirada, que vai acontecer no final de 2016, revelando apenas que continuará ligado à modalidade. "Não vou ser comentador, não vou ser diretor-desportivo, daqueles que andam no carro", garantiu. Tenho outros planos, que por enquanto não posso revelar. Quero também desfrutar um pouco da vida, fazer outras coisas."
Há 15 anos, quando começou a carreira profissional, pensou o ciclista da Trek, vencedor do contrarrelógio em Sagres, ter uma carreira de sucesso? "Não. Estou contente com as vitórias, com o que consegui." Quais as prioridades para esta época, a da despedida do pelotão mundial? "Sem dúvida as clássicas." Paris-Roubaix, em especial? "Sim, mas também a Volta à Flandres." Cancellara admitiu, depois, que esta última é a corrida que mais lhe toca o coração. "É única, especial, diferente de todas." E qual o momento mais alto da carreira? "Todas as vitórias. O ouro olímpico, a Flandres, todas as outras clássicas."
Elogios a Portugal
A Volta ao Algarve ficará ligado à carreira de Cancellara. Em 2001, no primeiro ano como profissional, disputou a prova pela Mapei, regressando em 2016, na época de despedida, e com um triunfo numa etapa. "Percurso agradável, bom tempo, claro, e muito bom ambiente". E mais disse: "Portugal tem uma grande paixão pelo ciclismo, tem pequenas equipas e patrocinadas por clubes de futebol. Conheço o Acácio da Silva, que viveu na Suíça, onde há muitos portugueses. Lá, como aqui, são muito simpáticos, afáveis."
Sobre o futebol, o ciclista da Trek tem uma opinião curiosa. "Gosto de ver um bom jogo, entre grandes equipas. Tudo o resto é muito drama, parece um filme."
Talhado para as clássicas
A par do belga Tom Boonen, Fabian Cancellara é um dos grandes especialistas das clássicas, provas que estão para estes ciclistas como o Tour, Giro e Vuelta estão para Chris Froome, Vicenzo Nibali, Alberto Contador, Joaquin Rodriguez... O suíço contabiliza sete triunfos, três na Volta a Flandres (2010, 2013 e 2014), outros tantos no Paris-Roubaix (2006, 2010 e 2013) e um na Milão-São Remo (2010). Soma ainda mais oito pódios nas mesmas provas. De resto, a carreira de Cancellara pautou-se por outros grandes desempenhos em contrarrelógios, onde soma quatro títulos mundiais (2006, 2007, 2009 e 2010) e ouro olímpico em Pequim’2008. Aqui, ainda foi prata na prova de estrada. Na Volta a França andou mais do que uma vez de amarelo graças precisamente aos triunfos no prólogo, a última vez em 2015. Abandonou à terceira etapa devido a uma grave queda.
Fonte: Record on-line
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