Gonçalo Costa confirmou este domingo o estatuto de melhor português na 49.ª edição do Giro della Lunigiana. O jovem da Seleção Nacional de Juniores esteve entre os melhores na etapa rainha da prova que hoje chegou ao fim em Terre di Luni.
Costa foi 20.º classificado na
etapa a 1m11s do francês Johan Blanc que venceu a ligação de 100,7 quilómetros
com partida em La Spezia. O gaulês saltou para a fuga, na companhia de mais
três adversários, logo no início da etapa e deixou o aviso para o que haveria
de acontecer no final.
Apesar de ter sido alcançado a
24 quilómetros da meta, Blanc voltou a desferir um novo ataque na passagem pela
última contagem de montanha do dia em Fosdinovo (1.ª categoria aos 78,5Km) e aí
os favoritos responderam. O grupo que abordou os metros finais ficou reduzido a
12 unidades.
Johan Blanc (França) acabou
por se impor apesar do desgaste acumulado. Edouard Claisse (Bélgica) terminou
na segunda posição a nove segundos e Soen Le Pann (França) fechou o lote dos
três primeiros ao gastar mais 18 segundos. E este foi um resultado que não
alterou as contas da geral.
Em relação aos corredores da
Seleção Nacional de Juniores, e para além do 20.º lugar de Gonçalo Costa,
Guilherme Santos foi 23.º e José Salgueiro 27.º (todos a 1m11s). Gonçalo
Rodrigues terminou no 73.º posto a 9m17s.
Quanto à classificação final,
o belga Seff Van Kerckhove confirmou a vitória na prova italiana com cinco
segundos de vantagem para o austríaco Anatol Friedl. O pódio ficou completo com
o italiano Giacomo Rosato (Veneto) a 26 segundos.
Portugal terminou a prova com
o melhor registo entregue a Gonçalo Costa. O jovem português foi 18.º nas
contas finais a 4m36. Guilherme Santos foi 56.º a 20m02, José Salgueiro
terminou em 62.º a 20m55 e Gonçalo Rodrigues fechou a prova no 78.º posto a 26m01s.
"Foi bom regressar ao
Giro della Lunigiana três anos depois da vitória do António Morgado. Esta é uma
corrida muito apetecível para todos os corredores do mundo. É aqui que se
revelam e mostram qualidades", comentou o selecionador nacional.
José Poeira lembrou ainda que
"o pelotão tem sempre um nível muito alto" e que os percursos são
"exigentes e muito técnicos".
"Quer a subir, quer a
descer, os corredores têm sempre que ir muito atentos. Foi por isso, devido a
quedas, que perdemos logo dois atletas na 2.ª etapa (Rodrigo Jesus e João
Anunciação)", recordou o técnico.
Poeira fez um balanço positivo
da prestação de Portugal: "Os Juniores são já um trampolim para as grandes
equipas do World Tour e os nossos atletas conseguiram entrar num ritmo
totalmente diferente daquele em que correm em Portugal. É aqui que têm noção do
que se faz fora do nosso país. A participação acaba por ser positiva para
ganharem a experiência. Tínhamos uma base de corredores de primeiro ano e sair
daqui com um jovem nos 20 primeiros é excelente. Temos que continuar a fazer
corridas destas porque só assim é que evoluímos."
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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