Por:
Lusa
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EPA
Shane
Sutton, antigo treinador da Sky e da seleção britânica de ciclismo, reconheceu
este sábado que a equipa recorreu a autorizações de uso terapêutico (AUT) para
melhorar os desempenhos desportivos dos seus atletas.
"Se
tiverem um desportista que está a 95% do seu melhor nível e que para atingir os
5% que lhe faltam, devido a uma lesão ou a algum motivo incapacitante, precisa
de uma AUT, é óbvio que a vamos pedir", admitiu Sutton à BBC, no âmbito de
um documentário que será difundido no domingo.
Uma
das componentes da estratégia vencedora da Sky, que tem dominado a prova rainha
do ciclismo mundial, a Volta a França, a seu bel-prazer, nomeadamente com Chris
Froome, são os famosos 'marginal gains', ou seja, ganhos individuais, que
permitem melhorar a performance coletiva.
Questionado
sobre se os AUT poderiam ter sido utilizados no quadro desta estratégia, Sutton
respondeu: "Essas melhorias podem passar pela obtenção de uma autorização
de uso terapêutico? Sim, porque o regulamento assim o permite".
"Estamos
numa 'profissão' na qual é preciso dar o melhor de si mesmo em relação aos
adversários. No final do dia, o objetivo é esmagá-los, sem que seja atravessada
a linha vermelha, coisa que nunca fizemos", sublinhou o antigo treinador
da Sky.
As
declarações de Sutton foram reveladas dias depois de a investigação à equipa
britânica, movida pela Agência Britânica antidopagem na sequência da entrega de
um pacote suspeito ao vencedor do Tour2012, Bradley Wiggins, durante o Critério
do Dauphiné de 2011, ter sido arquivada.
A
investigação não conseguiu comprovar que a substância contida na mala entregue
a Wiggins fosse um corticoide proibido chamado triamcinolona.
Bradley
Wiggins, que se retirou em 2016, foi o primeiro ciclista britânico a vencer a
Volta a França. O seu antigo companheiro da Sky e compatriota Chris Froome é o
atual grande dominador do Tour, tendo vencido a prova rainha do ciclismo
mundial em 2013, 2015, 2016 e 2017.
Fonte:
Record on-line
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