De
acordo com a organização “a ideia inicial teve como base proporcionar a
experiência da realização de uma prova na distância Ironman (3,8km de natação,
180km de ciclismo e 42km de corrida), sem os custos elevados que a grande
maioria das provas desta distância têm. Os empreendedores da ideia quiseram
também homenagear os primeiros atletas a realizar a distância, em 1978, no
Havai. (…) A prova teria de homenagear os heróis de 78 e, para isso, definiu-se
como regra, que os atletas tivessem de competir com o “look” dos anos 70, como
quem diz, o bigode, suíças ou barba seriam obrigatórios, quem quisesse ir mais
longe tinha a opção de ir de calção curto, a chamada sunga, e top caveado.”
Com
o objetivo de impedir que os custos com o evento escalassem e de forma a
controlar a segurança e facilitar a logística da prova “ficou decidido que as
inscrições se limitariam a atletas da equipa. (…) e que existiria um único
ponto de abastecimento, tendo o ciclismo e a corrida de ser feitos em
circuito.”
Decisão
que condicionou positivamente o evento e que permitiu não só o sucesso da sua
organização como, também, que houvesse espaço para impulsionar um ambiente
inesquecível para todos os presentes. Segundo a organização, “tivemos pessoas
responsáveis pela animação, de forma a incentivar não só os atletas, mas acima
de tudo os assistentes. Acabamos por ter mais de 100 pessoas, entre atletas da
equipa, familiares e amigos a ajudar.”
O
evento que inicialmente contou com 22 inscritos, decorreu com a participação de
15 nomes que representaram alguns dos mais emblemáticos triatletas da história
nacional e internacional da modalidade. “A cada número de dorsal foi associado
um atleta, com provas dadas na distância. Os primeiros 12 números foram
ocupados pelos finishers da primeira edição do Ironman, para os restantes
escolhemos nomes de atletas estrangeiros e portugueses.”
A
Lista dos dorsais dos 15 triatletas que alinharam à partida: (curiosamente o
mesmo número de atletas que competiu em 78)
•2-
John Dumbar – Rui Pinto
•3
– Dave Orlowski – Diogo Madeira
•5
– Sterling F. Lewis – Pedro Magalhães
•6
– Tom Knoll – Daniel Bettencourt
•7
– Henrry Forrest – José Silva
•11
– Dan Hendrikson – Rui Pena
•13
– Jan Frodeno – Valter Nogueira
•14
– Craig Alexander – Fernando Ferreira
•15
– Mark Allen – Miguel Vieira
•16
– Dave Scott – Paulo Costa
•18
– Lino Barruncho – Pedro Reis
•19
– Sérgio Marques – Miguel Lobão
•20
– Faris Al Sultain – Rui Amorim
•21
– Emanuel Marques – António Gavina
•22
– Ricardo Costa – Nuno Abreu
A
prova decorreu na zona do Porto, marcadamente entre Freixo e a marginal do
Douro, e teve como área central a entrada do Museu Nacional da Imprensa.
Marcada pelo calor intenso que se fez sentir, atípico para a altura do ano, a
corrida observou a uma verdadeira luta de “titãs” e registou vários líderes ao
longo dos três longos segmentos da competição.
Foi
Pedro Reis, com o registo de 10h 44m 55s, quem conquistou a primeira edição da
prova e sagrou-se Campeão do Spirit of 78. Pedro Magalhães, com 10h 49m 50s,
foi segundo classificado e Paulo Costa, com 10h 55m 46s, completou o pódio
masculino na terceira posição. No total foram 10 os triatletas que completaram
o desafio.
•1º
– Pedro Reis (Lino Barruncho) – 10h 44m 55s
•2º
– Pedro Magalhães (Sterling F. Lewis) – 10h 49m 50s
•3º
– Paulo Costa (Dave Scott) – 10h 55m 46s
•4º
– Miguel Lobão (Sérgio Marques) – 11h 29m 30s
•5º
– Rui Pena (Dan Hendrikson) – 11h 38m 15s
•6º
-José Silva (Henry Forrest) – 12h 52m 40s
•7º
– António Gavina (Emanuel Marques) – 13h 09m 15s
•8º
– Rui Pinto (John Dumbar) – 13h 12m 25s
•9º
– Fernando Ferreira (Craig Alexander) – 13h 14m 14s
•10º
– Miguel Vieira (Mark Allen) – 13h 45m 25s
O
sucesso da prova foi comprovado por todos os presentes e, segundo a
organização, “acabou por ser muito mais do que uma prova de triatlo, foi uma
grande festa entre todos os atletas, familiares, amigos e pessoas que acabaram
por ser atraídas ao local. Foi um dia em cheio, das 6:30 até à hora em que
acabaram de sair do local, já perto das 23h.”
O
Sprit of 78 pode ser considerado um evento particular que espelha na perfeição
o espírito, originalidade, irreverência, coragem e valores que estão na base de
fundação do Ironman e da própria modalidade. Nesse sentido a FTP congratula o
clube de Triatlo AASM, todos os participantes e todos os que colaboraram para
que esta prova tivesse tanto sucesso na sua primeira edição, mantendo vivo o
espírito fundador do triatlo.
Fonte:
FTP
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