segunda-feira, 12 de março de 2018

“Andar de bicicleta pode travar os efeitos do envelhecimento”

Fotos: STEFANO RELLANDINI/ REUTERS e SERGIO PEREZ/ REUTERS

Andar regularmente de bicicleta pode reduzir os efeitos do envelhecimento e ajudar a rejuvenescer o sistema imunitário. A conclusão é de um estudo britânico que acompanhou um grupo de 125 ciclistas amadores, com idades entre os 55 e os 79 anos, e simultaneamente avaliou um grupo de adultos saudáveis de várias idades, que habitualmente não faziam exercício.

A investigação permitiu perceber que os que praticavam ciclismo preservavam a massa muscular e a força, mantinham os valores de colesterol e de gordura no sangue estáveis e, no caso dos homens, os níveis de testosterona continuavam elevados. Contudo, o resultado mais surpreendente foi que os efeitos da prática regular deste exercício são extensíveis ao sistema imunitário.

A glândula timo, cuja principal função é a produção de células T, também conhecidas como linfócitos T, normalmente começa a atrofiar por volta dos 20 anos. No caso dos ciclistas que esta pesquisa acompanhou, indivíduos mais velhos continuavam a produzir tantas células T como uma pessoa mais nova.

Este órgão especial do sistema imunológico é também uma das mais importantes glândulas do corpo humano.

"Hipócrates (considerado o pai da Medicina) afirmou em 400 a.C. que o exercício é o melhor remédio para o Homem, mas a sua mensagem desvaneceu-se no tempo e nós hoje vivemos numa sociedade incrivelmente sedentária", sublinha Janet Lord, diretora do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Birmingham, Reino Unido), e uma das responsáveis por este estudo.

A nossa pesquisa partiu da suposição de que o envelhecimento nos torna mais frágeis. A investigação deu-nos provas consistentes de que podemos encorajar as pessoas a fazer exercício com regularidade ao longo de toda a vida, na medida em que essa é uma solução viável para combater o problema de estarmos a viver mais mas com menos saúde", defende Janet Lord, em entrevista ao The Guardian.

As conclusões desta investigação foram publicadas na revista Aging Cell.

Dados sobre o grupo de ciclistas:

          Ciclistas do sexo masculino tinham de ser capazes de pedalar 100 km em menos de 6h 30m.

          Ciclistas do sexo feminino tinham de conseguir pedalar 60 km em 5h 30m.

Dados sobre o grupo de sedentários:

          75 indivíduos saudáveis com idades entre os 57 e os 80 anos.

          50 jovens adultos entre os 20 e os 36 anos.

Outros estudos já realizados mostraram os benefícios da prática regular de ciclismo. Uma pesquisa, publicada no British Medical Journal em abril do ano passado, concluiu que andar de bicicleta reduz o risco de cancro e de doenças cardíacas em 45%.

Vários especialistas defendem que andar de bicicleta traz múltiplos benefícios à saúde mental. Quem usa esse meio de transporte tem tendência para ser mais feliz e menos propenso a depressões.

A generalização do uso da bicicleta trará também, naturalmente, benefícios para o meio ambiente. Um relatório britânico concluiu que se o Reino Unidos conseguir alcançar as metas para a próxima década, relativas à troca do automóvel pela bicicleta e andar a pé nas deslocações para o trabalho, o país conseguirá reduzir em mais de 13 mil o número de mortes que resultam da poluição atmosférica.

Fonte: SIC Noticias

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