Que
mais podia eu pedir?”
Luís
Mendonça (Aviludo/Louletano/ULI) venceu a 36ª Volta ao Alentejo Crédito
Agrícola, em Évora, este domingo, 18 de março, numa etapa ganha ao sprint pelo
repetente Gabriel Cullaigh (Team Wiggins). A derradeira etapa da “Alentejana”,
com 151,3KM, começou em Castelo de Vide e Mendonça fica na história porque além
de vencer levou um português ao pódio 12 anos depois da última vitória. (Sérgio
Ribeiro, em 2006, foi o último).
Ainda
a vibrar de emoção, após a cerimónia de consagração, Luís Mendonça, de 32 anos,
não escondia a felicidade e o orgulho: “Isto é único na vida! Vencer o Alentejo
não acontece todos os dias, não é fácil, tenho bem consciência deste facto e
quero festejá-lo da melhor maneira!”.
Natural
de Paredes, a correr pela equipa de Loulé desde o ano passado, relembra a
dificuldade que foi reentrar no ciclismo profissional há quatro anos: “Eu
trabalhava na noite, era modelo e barman, quis voltar ao ciclismo e tive todas
as portas fechadas, até o Jorge Piedade acreditar em mim. Agora alcancei a
minha primeira vitória e logo nesta grande Volta, que mais é que eu podia
pedir?”, concluiu emocionado, o extremamente sorridente “chefinho”, como
Mendonça é conhecido entre a equipa algarvia.
A
classificação geral da 36ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola ficou completa
com os nomes de Ricardo Mestre (W52/FC Porto) na segunda posição, a 8 segundos
de Mendonça, e de Mark Downey (Team Wiggins), em terceiro, a 13 segundos. O
jovem irlandês da equipa patrocinada por Bradley Wiggins ainda esteve na
liderança durante três dias (da segunda à quinta etapa do contrarrelógio), mas
perdeu-a para o vencedor da edição 2018 da “Alentejana”. De qualquer maneira,
não deixou a região de mãos a abanar porque foi o melhor jovem em prova e
envergou a Camisola Branca Fundação Inatel, símbolo da classificação da
juventude.
Rei
da Montanha desde o primeiro dia, Alexander Evtushenko da formação russa
Lokosphinx, não precisou de ganhar a última contagem, instalada na Serra
D’Ossa, para levar para casa a Camisola Castanha Delta Cafés, símbolo entregue
ao homem mais forte a subir. Dmitrii Strakhov, da mesma equipa, venceu a
classificação por pontos acumulados nas Metas Volantes e no final de cada etapa
e vestiu na Praça do Giraldo, em Évora, a Camisola Preta KIA.
A
história do último dia da 36ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola começou a ser
contada em Castelo de Vide e a grande velocidade, a média do dia rondou os
43,1Km/hora. As fugas que animaram os 151,3km de etapa foram sempre controladas
de perto pela equipa do Camisola Amarela (Aviludo/Louletano/Uli) e a faltarem
10 Km para a meta, o último resistente - Alejandro Marque
(Sporting/Tavira) - era alcançado pelo
pelotão que momentos depois iria discutir a chegada ao sprint no coração de
Évora com o sol a espreitar para
festejar com o muito público presente na praça do Giraldo. A 36ª Volta ao
Alentejo foi uma organização conjunta da CIMAC - Comunidade Intermunicipal do
Alentejo Central e da Podium Events.
Fonte:
Podium
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