Decisão tomada para "proteger a saúde dos corredores"
Por: Sapo
Foto: Associated Press
A União Ciclista Internacional
(UCI) decidiu proibir a utilização repetida de monóxido de carbono pelos ciclistas,
a partir de 10 de fevereiro, para "proteger a saúde dos corredores",
anunciou o organismo em comunicado.
Reunida este sábado em Arras,
no norte de França, a direção da UCI "aprovou a interdição da inalação
repetida de monóxido de carbono", que vai entrar em vigor em 10 de
fevereiro.
Em meados de dezembro de 2024,
a UCI tinha recomendado a interdição do uso deste produto, tornado público por
uma investigação do site especializado Escape, que revelou que era utilizado,
pelo menos, pelas equipas UAE Emirates, Visma-Lease a bike e Israel-Premier
Tech.
Hoje, a UCI reconheceu que o
monóxido de carbono era "utilizado na medicina desportiva para medir a
massa total de hemoglobina e o volume sanguíneo, particularmente para examinar
os efeitos do treino de resistência e da exposição à altitude".
"Contudo, a sua inalação
repetida pode levar a problemas de saúde agudos e crónicos, como dor de cabeça,
náuseas ou tonturas. Estes sintomas podem evoluir para perturbações do ritmo
cardíaco, ataques cardíacos, paralisia ou perda de consciência", lê-se.
A utilização do uso do
monóxido de carbono será autorizada sob responsabilidade de uma equipa médica
para fins medicinais e poderá ser feita uma medição inicial da massa total de
hemoglobina, após a qual apenas duas semanas depois poderá ser feita novo teste,
sendo que todos vão ter de ser registados do cadastro médico de cada ciclista.
Sem que este produto seja
proibido pelo Código Mundial Antidopagem, a UCI já pediu a Agência Mundial
Antidopagem (AMA) que tome uma posição.
Fonte: Record on-line
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