Ciclista dinamarquês resignado perante a força de Pogacar
Por: Lusa
Jonas Vingegaard reconheceu
que terá de contentar-se em ser segundo na 111.ª Volta a França caso Tadej
Pogacar não tenha um dia mau, após o ciclista esloveno ter saído da 15.ª etapa
com uma vantagem "muito confortável".
"Demonstrou toda a sua
força, mas não posso estar dececionado, antes pelo contrário. Penso que fiz uma
das melhores etapas da minha vida e [Pogacar] ganhou-me um minuto. Só posso
felicitá-lo e reconhecer que é o mais forte", concedeu o bicampeão em
título, depois de ter perdido 1.08 minutos para o camisola amarela no alto do
Plateau de Beille.
Vingegaard abordou a etapa
rainha desta Grande Boucle aparentemente com confiança, já que a sua
Visma-Lease a Bike trabalhou todo o dia para antecipar o seu ataque, com a
opção quer do dinamarquês, quer da sua equipa a revelar-se totalmente errada.
Além de derreter os seus
colegas e ficar sozinho a 10 quilómetros da meta, que coincidia com uma
contagem de categoria especial, o campeão das edições de 2022 e 2023 do Tour
não conseguiu, depois, fazer descolar Pogacar, que o atacou a cinco quilómetros
do final.
"Se mantiver este nível,
terei de resignar-me a ser segundo", assumiu o homem que é segundo da
geral, a 3.09.
No entanto, Vingegaard alertou
que, além de não ter nada a perder, o seu adversário pode voltar a ter uma má
jornada, como aconteceu na edição anterior.
Pogacar surpreendido
A vantagem que tem após a
etapa rainha desta edição surpreendeu inclusive Pogacar, que confessou não
esperar "este desfecho no final da segunda semana. "Estou muito feliz
com a minha forma. Hoje, estava muito quente, foi um dia muito difícil.
Normalmente, debato-me sempre com o calor, e hoje a equipa fez um trabalho
muito bom a 'arrefecer-me'. Foi um dia incrível", resumiu.
Depois de somar a 14.ª vitória
em etapas do Tour e a terceira nesta edição, o campeão do Giro'2024, de 25
anos, abordou a opção tática da Visma-Lease a Bike, que decidiu "controlar
e impor um ritmo forte nas subidas" desde o início dos 197,7 quilómetros
entre Loudenvielle e o Plateau de Beille.
"Nunca me preocupei.
Preocupei-me antes em manter-me fresco, hidratado e alimentado. Quando chegámos
ao sopé da última subida, estava no limite mas depois consegui perceber que ele
[Vingegaard] estava a sofrer. Quando tentou deixar-me a última vez, percebi que
ele não tinha as pernas para chegar ao alto e tentei a minha sorte",
descreveu.
Agora, considera que as suas
perspetivas são promissoras, até porque dispõe de "uma vantagem muito
confortável" sobre o seu mais direto perseguidor.
Fonte: Record on-line
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