Ciclista da BORA-hansgrohe junta-se ao compatriota Pavel Sivakov (INEOS) nos apelos pela paz
Por: Lusa
Foto: Instagram
O russo Aleksandr Vlasov
(BORA-hansgrohe) manifestou-se esta quinta-feira pela paz, contra a investida
militar da Rússia na Ucrânia, juntando-se ao compatriota Pavel Sivakov (INEOS)
neste apelo que une os dois ciclistas daquele país no escalão WorldTour.
"Como
muitos russos, apenas quero paz. Não sou uma pessoa política, e as pessoas
normais, como eu, não tiveram voto na matéria sobre se devíamos entrar em
guerra", escreveu o corredor de 25 anos na rede social
Instagram.
Sivakov já se tinha
pronunciado pela paz, numa altura em que a União Ciclista Internacional (UCI)
baniu as equipas russas e bielorrussas, com a 'secundária'
Gazprom-RusVelo à cabeça, além de atribuir estatuto neutro aos ciclistas de
outras equipas, como o homem da INEOS e o da BORA-hansgrohe.
Vlasov, campeão nacional de
contrarrelógio, venceu já este ano a Volta à Comunidade Valenciana e é a
principal figura do ciclismo do seu país, tendo terminado a Volta a Itália de
2021 em quarto lugar.
"A
guerra foi um choque para todos e espero que acabe o mais cedo possível. O
papel do desporto deve ser o de unir os povos para lá de fronteiras políticas,
e não dividi-los", explicou.
A Rússia lançou na madrugada
de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças
terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev
contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças,
e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo
menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O presidente russo, Vladimir
Putin, justificou a "operação militar
especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o
país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e
garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela
generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados
Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a
Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Fonte: Record on-line
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