Por
Fábio Lima
Foto:
Reuters
Utilizar
a aplicação Strava há muito que deixou de ser apenas algo feito por atletas
amadores, já que são cada vez mais os profissionais a utilizarem-na para
armazenar os seus dados, mas também para se aproximarem um pouco mais dos seus
fãs, numa estratégia que passa desde logo por demonstrar que, na verdade,
são... 'humanos'.
No
atletismo são vários os corredores que a utilizam, ainda que a maior parte
deles tenham as suas contas fechadas, provavelmente tentando esconder um pouco
o jogo quanto aos ritmos que conseguem suportar, de forma a não dar dicas de
desempenho aos seus adversários. Uma situação bem diferente da registada no
ciclismo, onde os atletas não têm qualquer problema em mostrar os seus dados de
provas e treinos.
Nesse
sentido, segundo compilação feita pela própria aplicação, são 90 os ciclistas
presentes no Tour'2019 que têm conta ativa naquela plataforma, a qual utilizam
diariamente para mostrar os dados das suas etapas, desde ritmos de quilómetro a
quilómetro, até à potência utilizada ou as calorias queimadas.
E
não se pense que são apenas os ciclistas de menor nomeada a utilizarem-na. O
atual terceiro colocado, o holandês Steven Kruijswijk, é um dos que a utiliza a
aplicação diariamente, mostrando os dados recolhidos pelo seu Pioneer
SGX-CA600, que vão desde a velocidade média, à elevação ou à potência.
É assim que se vence no Tourmalet
Para
lá de Kruijswijk, também Thibaut Pinot, o quarto colocado, utiliza o Strava e
olhando para os seus dados é possível perceber-se, por exemplo, aquilo que é
necessário para vencer uma das etapas mais míticas da prova, a subida ao mítico
Tourmalet. Em 109,5 quilómetros de etapa, feitas em 3:10:22 horas, o francês da
Groupama-FDJ rolou a uma média de 34,5km/h (atingiu como velocidade máxima
87,1km/h) e queimou umas incríveis 3482 calorias. Isto numa curta tirada com
3142 metros de ganho de elevação...
No
plano dos vencedores de etapas temos também acesso aos dados de Wout van Aert,
que durante a etapa 10 triunfou ao sprint em Albi, ou Daryl Impey, que no dia
anterior triunfou na sequência de uma fuga. Nessa tirada, por exemplo, Impey
queimou quase 3000 calorias, tendo chegado durante a sua etapa a uma velocidade
máxima de 92,9km/h.
Por
fim, na etapa 8, o belga Thomas De Gendt bateu Thibaut Pinot em Saint-Étienne
numa tirada com média de 39,0km/h (a velocidade máxima foi de 86,4km/h), a qual
conseguiu graças a uma potência média utilizada de 311W. De resto, segundo os
dados do seu SRM PC8, o ciclista da Lotto–Soudal terá queimado umas incríveis
6555 calorias (valores, arriscamos dizer, provavelmente calculados de forma
errada...).
Fonte:
Record on-line
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