20
a 23 de setembro 2017
Grande
aventura por serras e montes de Portugal vai ajudar na reflorestação das
regiões ardidas
Recuperar
o ambiente de Lés-a-Lés
Sensível
ao drama que assolou grande parte do País durante os meses quentes de julho e
agosto e que se prolonga há vários anos, com particular incidência nas regiões
do interior, a Federação de Motociclismo de Portugal vai levar a cabo peculiar
e importante campanha de apoio à reflorestação de algumas das áreas mais
atingidas pelos incêndios. A singularidade da iniciativa consiste na plantação
de jovens árvores autóctones de cada um dos concelhos atravessados pelo 3.º
Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, evento que tem lugar de 20 a 23 de setembro.
Passeio sem qualquer carácter competitivo na ligação de duas extremidades do
mapa nacional, entre Boticas e Lagoa com passagem por Belmonte e Arraiolos, por
caminhos de terra batida na descoberta do mais encantador e desconhecido
património paisagístico e natural de Portugal. E que, pela enorme proximidade
com as paisagens devastadas aliada ao sentimento de respeito e proteção
ambiental, sente ainda mais de perto o drama ambiental causado pelas chamas.
Escolha
criteriosa das árvores a plantar, assente na pesquisa sobre as características
de cada região e ratificada por especialistas, que ajudará a manter a
fertilidade do espaço rural e o equilíbrio ecológico das paisagens, funcionando
ainda como salvaguarda de importantes locais de abrigo, alimento e reprodução
de grande número de espécies animais da fauna portuguesa, algumas delas em vias
de extinção. A lista de argumentos que sustenta esta inovadora e muito
aplaudida ação da Federação de Motociclismo de Portugal e de todos os
motociclistas continua com a contribuição para a redução do efeito de estufa,
fixando o carbono atmosférico; a regulação do ciclo da água e sua qualidade,
evitando a erosão dos solos, fomentando a vida aquática e criando melhores
condições para a pesca desportiva e, muito importante, oferecendo maior
resistência aos incêndios florestais, evitando ainda a sua propagação. O
fornecimento de madeiras de qualidade para a indústria, nomeadamente de
mobiliário (castanho, carvalho, etc…), ou de frutos (castanha, bolota, etc) e
matérias-primas (cortiça e lenha), são outras das vantagens da mudança de
espécies que, além do mais, aumentarão o valor turístico dos sítios ao manterem
a qualidade das paisagens.
Assim,
durante o 3.º Portugal de Lés-a-Lés Off Road, serão plantadas, de forma
simbólica, dois exemplares das espécies arbóreas da floresta autóctone ou
indígena do nosso País para mais tarde, na altura adequada à sua plantação,
serem oferecidas algumas centenas de árvores aos concelhos atravessados para
replantação das áreas ardidas. Espécies como o carvalho-negral, castanheiro,
cerejeira-brava, amieiro, freixo, azinheira, carvalho-roble, sobreiro,
choupo-branco, pinheiro-manso ou medronheiro serão assim entregues às
populações dos vários locais atravessados, por serem mais resistentes a pragas
e doenças do que as espécies introduzidas, como o eucalipto ou pinheiro, bem
como aguentarem melhor longos períodos de seca ou de chuva intensa.
Solidariedade
para com as populações afetadas que ditou esta decisão da Comissão de
Mototurismo da FMP após o reconhecimento do percurso em condições reais,
confirmando a negra realidade que se vive em grande parte do País e que motivou
ainda alguns reajustes ao percurso do 3.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road.
Acertos no percurso da grande aventura fora de estrada que liga, ao longo de
três etapas e 1000 quilómetros, dois extremos do mapa nacional através de
caminhos menos conhecidos. Com etapas a rondar os 300 km diários e índice de
dificuldade bastante acessível, sem grandes complicações de condução ou
obstáculos de difícil transposição, está aberto a trails de todas as dimensões
e cilindradas, marcas e modelos. Descoberta do Portugal ‘mais profundo’, em
programa recheado de diversão, prazer de condução e paisagens de cortar a respiração,
em evento mototurístico – que não competitivo! – que volta a mostrar alguns dos
locais mais fascinantes do País e que é sublinhado pelo carácter social
reforçado no apoio à reflorestação das áreas ardidas com as árvores mais
adequadas a cada região.
Fonte:
Gabinete de Imprensa Portugal de Lés-a-Lés/Parceria Notícias do Pedal
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