Diretor desportivo da FDJ diz que é preciso "travar a evolução dos corredores"
Por: Isabel Dantas
Foto: AP
Marc Madiot, diretor
desportivo da Groupama-FDJ, não esconde a preocupação com a crescente violência
das quedas nas provas de ciclismo, sobretudo nos momentos em que o pelotão se
lança em grande velocidade. O francês foi uma das personalidades a falar sobre
o tema no documentário 'Crash, pelotão sob pressão', onde alertou para a
necessidade de se "travar a evolução dos corredores".
"Há mortos e haverá
inevitavelmente mais. Mas no dia seguinte, tudo continuará igual",
constatou o treinador, refletindo sobre um problema que se agrava de ano para
ano, considerando que cada vez há mais velocidade, mas tensão e mais violência nas
saídas dos corredores.
Por isso, Madiot propõe
medidas que passam por limitar a comunicação com os carros de apoio. Eliminar
os auscultadores, ocultar os medidores de potência e até proibir os
dispositivos GPS. O adeus a estas tecnologias, segundo explica, reduziria a
tensão e os comportamentos imprudentes durante as corridas. "Se fizermos
tudo isto, haverá menos perigo, menos pessoas a correr riscos ao mesmo
tempo."
"Hoje em dia o ciclista
está sob controlo remoto”, constata, referido-se depois às instruções que os
corredores recebem das equipas: “Dizem-lhes 'atenção, estamos a entrar numa
cidade, há lombas e rotundas. Vocês precisam de estar à frente.' Mas não há
espaço suficiente lá na frente. Estamos a caminhar num sentido em que todos
precisam de ir cada vez mais rápido para se manterem na posição e isso já não
funciona”, alerta.
Fonte: Record on-line
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