domingo, 11 de maio de 2025

“Antevisão - Volta a Itália 2025 4ª etapa: Conseguirá Mads Pedersen continuar a sua série de vitórias no primeiro sprint puro?”


Por: Ivan Silva

A quarta etapa da Volta a Itália 2025 marca o regresso ao continente e promete ser o primeiro teste real para os sprinters puros, com um traçado totalmente plano entre Alberobello e Lecce. Ao longo de 189 quilómetros, a caravana dirige-se para o "calcanhar da bota" italiana, numa jornada aparentemente tranquila, mas onde o vento poderá transformar completamente o desfecho.


A altimetria apresenta apenas 730 metros de desnível positivo e uma única subida classificada, o que deixa claro o perfil plano da jornada. No entanto, o que parece ser um dia rotineiro de sprint pode tornar-se explosivo devido às condições meteorológicas.

 

Percurso

 

A tirada inicia-se em Alberobello e segue para sudeste até Lecce, onde o pelotão enfrentará um circuito final com duas voltas em estradas urbanas. O final será técnico, com duas curvas à direita dentro do último quilómetro e uma curva apertada à esquerda a poucos metros da meta, abrindo espaço para um sprint longo e caótico.

 


Condições meteorológicas

 

O vento do norte poderá ser um fator decisivo. A partir do quilómetro 40 e até à entrada no circuito final, o percurso está exposto a zonas de ventos cruzados, criando o cenário ideal para a formação de abanicos. Este poderá ser um daqueles dias traiçoeiros da primeira semana em que alguns favoritos à geral podem ver as suas aspirações comprometidas devido a má colocação ou falta de atenção.

 

Favoritos

 

Mads Pedersen volta a ser o nome mais forte, mas, ao contrário das etapas anteriores, esta não o favorece tanto em termos de perfil. Num sprint puro com todos os homens rápidos presentes, o dinamarquês pode ter mais dificuldade em impor-se. No entanto, caso o vento cause cortes no pelotão, o seu poder de resistência e posicionamento fazem dele um dos favoritos claros.

Olav Kooij, com um comboio fortíssimo composto por Wout van Aert e Edoardo Affini, deverá ser um dos principais adversários. Se conseguir ultrapassar ileso a zona de ventos cruzados, será muito difícil batê-lo numa chegada limpa. Kaden Groves, experiente e eficaz em finais rápidos, é outro nome a ter em conta.


Entre os outsiders com ambições legítimas estão Paul Magnier, Matteo Moschetti e Milan Fretin, ciclistas com menos estatuto, mas com argumentos para surpreender neste tipo de chegada.

Ciclistas como Corbin Strong e Orluis Aular destacam-se pela regularidade nas etapas anteriores, enquanto Filippo Fiorelli, embora menos eficaz até agora, tem margem para melhorar. Sam Bennett, sob pressão e com algo a provar, pode arriscar tudo para regressar às vitórias, enquanto Maikel Zijlaard, mais limitado em velocidade pura, compensa com excelente colocação.

Outros nomes a considerar para o top 10 incluem Luca Mozzato, Gerben Thijssen, Giovanni Lonardi, Casper van Uden, Matevz Govekar e Max Kanter, todos com capacidade para discutir um sprint limpo ou aproveitar confusão numa chegada agitada.

 

Previsão da 4ª etapa da Volta a Itália 2025:

 

*** Mads Pedersen, Olav Kooij, Kaden Groves

** Milan Fretin, Paul Magnier, Matteo Moschetti

* Wout van Aert, Sam Bennett, Gerben Thijssen, Orluis AUlar, Corbin Strong, Giovanni Lonardi, Casper van Uden, Maikel Zijlaard, Max Kanter

Escolha: Olav Kooij

Cenário previsto: Corrida de grupo regular

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/antevisao-volta-a-italia-2025-4a-etapa-conseguira-mads-pedersen-continuar-a-sua-serie-de-vitorias-no-primeiro-sprint-puro

“Johan Bruyneel critica o posicionamento da UAE Emirates na 1ª etapa do Giro: "Com Pogacar, eles funcionam como uma máquina afinada. Sem ele, andam por todo o lado"


Por: Miguel Marques

Como habitual nas grandes voltas, o podcast The Move, da plataforma WEDU, dedicou-se à análise da etapa inaugural da Volta a Itália de 2025. No episódio de sexta-feira, os especialistas Spencer Martin e Johan Bruyneel centraram atenções no desempenho contrastante das formações Red Bull – BORA – Hansgrohe e UAE Team Emirates – XRG, sobretudo na forma como protegeram os seus líderes nas fases mais caóticas do final da jornada em Tirana.

Martin manifestou-se surpreendido com a disparidade de atitude das duas equipas. Se por um lado destacou a coesão e vigilância da Red Bull em torno de Primoz Roglic, por outro apontou a dispersão e falta de organização dos Emirados, sugerindo mesmo que a ausência de Tadej Pogacar fragiliza o coletivo:

“A Red Bull esteve muito atenta com Roglic no final da corrida. Quem não vimos lá foi a UAE. Quando o Pogacar não está na corrida, a equipa parece desmembrada. Sorte do Ayuso que conseguiu navegar bem na subida e nos quilómetros finais, porque não ia ter ninguém com ele. Pode ser que melhorem mais à frente, mas para já parece que a Red Bull está totalmente focada e a UAE perdeu o seu brilho habitual. Sem Pogacar, a corrida pode tornar-se mais caótica da parte deles".

Johan Bruyneel acompanhou essa análise, elogiando a postura de Roglic e da equipa alemã, enquanto levantou dúvidas sobre a capacidade de Ayuso em lidar com o posicionamento, um aspeto fulcral em etapas nervosas:

“A Red Bull estava muito bem organizada. O Primoz demonstrou estar em boa forma e esteve muito atento, talvez até demasiado exposto para um candidato à geral, logo na primeira etapa. Já a UAE estava completamente desorganizada. Não se via unidade. Não sei se é porque o Ayuso não se posiciona bem. Com Pogacar, eles funcionam como uma máquina afinada. Sem ele, andam por todo o lado. E isso é claramente um problema".

Apesar disso, Bruyneel acredita que nos dias mais duros, o ADN competitivo da equipa acabará por prevalecer:

"Não espero que se mantenham assim quando a corrida for para terrenos mais exigentes. Aí estarão, naturalmente, na frente. Mas a Red Bull causou uma grande impressão como bloco. Fiquei muito satisfeito ao ver isso".

Esta reflexão deixa um alerta para o que poderá vir nas etapas tidas como “menos decisivas”. Em Grandes Voltas como a Volta a Itália, não existem dias fáceis. A falta de organização, mesmo em dias aparentemente simples, pode custar preciosos segundos... ou muito mais.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/johan-bruyneel-critica-o-posicionamento-da-uae-emirates-na-1-etapa-do-giro-com-pogacar-eles-funcionam-como-uma-mquina-afinada-sem-ele-andam-por-todo-o-lado

“Primoz Roglic conquista a Maglia Rosa e ultrapassa Tadej Pogacar e Alberto Contador num marco histórico nas grandes voltas”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Primoz Roglic precisou de apenas duas etapas para reafirmar o seu estatuto de principal favorito à vitória na Volta a Itália 2025, assumindo a liderança da classificação geral após um sólido desempenho no contrarrelógio de Tirana. Sem necessidade de vencer a etapa - ganha por Joshua Tarling -, o esloveno da Red Bull - BORA - Hansgrohe tirou 16 segundos a Juan Ayuso e conquistou a Camisola Rosa com autoridade.

Mas o impacto vai além do contexto imediato da corrida. Com este feito, Roglic passou a somar 61 dias na liderança nas Grandes Voltas, ultrapassando Tadej Pogacar e Alberto Contador, que registam 60. Aos 35 anos, continua a construir um legado de consistência e longevidade ao mais alto nível.

Ainda assim, o topo do ranking está longe. À sua frente surgem nomes como Miguel Induráin (92), Chris Froome (89), Bernard Hinault (102) e o inatingível Eddy Merckx (202). Mas Roglic continua a aproximar-se com passo firme, reforçando a sua reputação como um dos melhores ciclistas de Grandes Voltas, em particular Volta a Itália e Volta a Espanha, da era moderna.

A etapa 3 poderá trazer dificuldades: o percurso favorece ataques e a possibilidade de uma fuga bem-sucedida é real. Mads Pedersen, que perdeu a camisola para Roglic no sábado, pode procurar os segundos de bonificação para recuperar a liderança. No entanto, mesmo que ceda temporariamente o trono, tudo indica que Roglic voltará a vesti-lo quando a estrada inclinar verdadeiramente.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/primoz-roglic-conquista-a-maglia-rosa-e-ultrapassa-tadej-pogacar-e-alberto-contador-num-marco-histrico-nas-grandes-voltas

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