sexta-feira, 11 de julho de 2025

“Antevisão da 8ª etapa da Volta a França 2025: Teremos fuga ou chegada ao sprint em Laval?”


Por: Carlos Silva

A oitava etapa da Volta a França de 2025 desenha-se como mais uma oportunidade clara para os sprinters deixarem a sua marca, num percurso inteiramente plano que liga paisagens do interior francês à meta na cidade de Laval. Disputada a 12 de julho, esta jornada apresenta-se como um típico dia de transição, aparentemente inócuo para a luta pela geral, mas nem por isso destituído de nuances tácticas e armadilhas para os menos atentos.

 

Antevisão da etapa

 

O traçado não inclui qualquer subida categorizada e, ao longo do dia, será o vento, a colocação e o posicionamento a comandar a tensão no pelotão. O perfil totalmente plano poderá favorecer ritmos muito altos e uma perseguição implacável por parte das equipas dos sprinters, pouco dispostas a deixar escapar a hipótese de brilhar antes de chegarem os Alpes.


Ainda assim, o final em Laval promete alguma complexidade. A aproximação à meta está pontuada por diversas rotundas que vão fragmentar o pelotão e esticar o grupo principal, exigindo atenção máxima nos quilómetros finais. Além disso, os derradeiros 1,3 quilómetros são ligeiramente em subida, um pormenor que poderá fazer toda a diferença na selecção natural dos mais fortes.


 

O Tempo

 

Uma brisa de leste durante todo o dia significa que teremos um vento frontal durante a maior parte da etapa. No final espera-se um sprint com vento de costas.

 

Os Favoritos

 

Jonathan Milan apresenta-se como uma aposta sólida para a etapa, integrado numa Lidl-Trek em excelente forma e com um comboio bem estruturado. A equipa tem mostrado organização e confiança, e com a liderança clara em torno do sprinter italiano, tudo indica que estarão em posição de disputar a vitória.


Tim Merlier - A Quick-Step tem sofrido com as quedas e Remco Evenepoel perdeu o seu braço direito (até agora) para as etapas planas. Merlier continua a ser um sprinter de topo, mas com a Quick-Step focada em proteger Remco, poderá enfrentar dificuldades nos quilómetros finais em Laval, especialmente sem um comboio forte e numa chegada ligeiramente em subida.

Jordi Meeus seria, em condições normais, um dos principais candidatos ao triunfo em Laval, graças à sua velocidade e a um leadout de luxo com Danny van Poppel. No entanto, as consequências do acidente na etapa 3 e as lesões que daí resultaram podem comprometer seriamente o seu rendimento nos metros finais.

Entre os outsiders a ter em conta, destacam-se Soren Waerenskjold e Phil Bauhaus, ambos com capacidade para se intrometer num sprint desorganizado. Já Biniam Girmay, embora menos explosivo do que no ano passado, tem sido regular e competitivo, pelo que deverá estar novamente entre os mais bem colocados, mesmo que a vitória direta não seja o seu principal objetivo.


Acrescente-se Marijn van den Berg, Paul Penhoët, Alberto Dainese, Dylan Groenewegen, Arnaud Démare, Bryan Coquard, Cees Bol, Pavel Bittner, Pascal Ackermann e Arnaud de Liee e temos um bom número de candidatos à batalha pelo sprint. Também será muito interessante ver exatamente o que a Alpecin faz, já que Mathieu van der Poel está agora à procura de marcar pontos para a camisola verde, mas igualmente Kaden Groves, que pode ser um outsider à vitória.

 

Previsão 8ª etapa da Volta a França 2025

 

*** Tim Merlier, Jonathan Milan

**Jordi Meeus, Kaden Groves, Biniam Girmay

*Soren Waerenskjold, Phil Bauhaus, Alberto Dainese, Dylan Groenewegen, Bryan Coquard, Pavel Bittner, Pascal Ackermann, Mathieu van der Poel

Escolha: Jonathan Milan

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“"Este é o território dele" Matteo Jorgenson faz uma vénia a Tadej Pogacar após a 7ª etapa da Volta a França 2025”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Apesar da ofensiva estratégica da Team Visma | Lease a Bike na 7.ª etapa da Volta a França 2025, Tadej Pogacar voltou a mostrar por que é um dos mais completos ciclistas do pelotão, vencendo de forma convincente na exigente chegada à Mur-de-Bretagne. O esloveno superiorizou-se a Jonas Vingegaard no sprint final e reassumiu a liderança da classificação geral, voltando a envergar a Camisola Amarela.

Matteo Jorgenson, um dos principais escudeiros de Vingegaard, esteve novamente lado a lado com os dois grandes favoritos na fase decisiva da etapa. Em declarações recolhidas pelo Cyclism'Actu, o norte-americano explicou a razão da postura ofensiva da formação neerlandesa ao longo das últimas jornadas. "A razão pela qual estamos a trabalhar em equipa é para estarmos bem posicionados e garantir que estamos na frente para pouparmos energia", explicou. "Por isso, eu e o Jonas estamos a fazer a corrida da forma mais eficiente possível, com a ajuda da equipa."

A abordagem da Visma à subida final foi, segundo Jorgenson, puramente física, numa chegada demasiado explosiva que não dava para fazer tácticas. "Estávamos apenas a pensar em pedalar o mais forte possível. Não há muitas tácticas numa subida a 15%, por isso era só tentar fazer o melhor que podíamos", sublinhou.

Após sete etapas, Jorgenson mantém-se nos lugares cimeiros da geral e mostrou-se resignado quanto à superioridade de Pogacar no final da tirada. "Num sprint temos sempre a esperança de o conseguir vencer, mas não havia muito mais a fazer com o vento de frente e aquela descida muito grande e larga. Era bastante claro que ia ser assim e ele tem um sprint intocável. Portanto, chapeau. Este é o território dele."

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“Oscar Onley foi o melhor dos mortais no Mur-de-Bretagne: "Quando se tem boas pernas é fácil tomar decisões"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Oscar Onley continua a destacar-se como uma das revelações da Volta a França 2025. O jovem escocês da Team Picnic PostNL voltou a impressionar esta sexta-feira ao ser o melhor dos “mortais” no final exigente do Mûr-de-Bretagne, cruzando a meta apenas dois segundos atrás do duo Pogacar - Vingegaard.

Em entrevista à ITV Sport logo após o final da 7ª etapa, Onley mostrava-se satisfeito com o seu desempenho. "Sim, acho que sim", respondeu quando questionado se já aplicava as lições desta Volta. "Não diria que estava a pensar muito na última subida, mas sinto que quando se tem pernas, é mais fácil tomar estas decisões", sorriu, descontraído.

A corrida pela geral manteve-se relativamente sob controlo até ao derradeiro ataque de Pogacar, o que acabou por beneficiar Onley, que soube gerir bem o ritmo e o seu posicionamento. "Sim, sem dúvida. Foi um ritmo cauteloso dos primeiros três, mas atrás deles penso que a maioria dos homens estava no seu limite", analisou. "O puxão que o Tim Wellens fez na subida já estava a criar espaços, o que tornou tudo ainda mais difícil."

Apesar da excelente forma física, o escocês mantém os pés no chão quanto às suas ambições nas montanhas. "Neste tipo de final, acho que sou o melhor do que os outros", reconheceu. "Mas há um longo caminho a percorrer nesta Volta e não sei se estou mais perto da vitória. Estou apenas a manter a mesma diferença para os dois da frente. Mas é bom."

Onley termina com uma nota realista sobre as etapas de alta montanha que se aproximam: "Não tenho grandes expectativas nas altas montanhas. Bem, eu tenho, mas não do grupo dos favoritos", concluiu com uma gargalhada.

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