31/07 - 6ª Etapa:
Bragança – Boticas - 169,1km: Metas
Volantes: 67,4km – Valpaços; 129,9km – Vidago; 146,8km – Boticas; Prémios de
Montanha: 7,1km (3ª cat.) – Serra da Nogueira; 81,8km (3ª cat.) – Argemil;
97,1km (3ª cat.) – Serra da Padrela; 140,2km (3ª cat.) – Pinho 152,1km (1ª
cat.) – Torneiros.
Bragança
Situada no extremo nordeste de
Portugal, Bragança é uma antiga cidade cujo castelo mantém ainda um núcleo
urbano medieval dentro das muralhas.
Entrando na cidadela ou praça de armas pela Porta da Vila, logo encontramos o Pelourinho, assente num berrão lusitano que lembra as origens celtas da região. Na gigantesca Torre de Menagem, que na Idade Média vigiava as fronteiras, o museu militar conta também a história do castelo, mandado construir por D. João I sobre fundações do anterior que o 1º rei de Portugal, Afonso Henriques, edificara. Do último piso desfruta-se de excelente a vista sobre a cidade e a vastidão do horizonte de montanhas que a envolvem. Na cidadela encontramos ainda a Igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis, exemplar único de arquitetura civil românica existente em Portugal, onde se reuniria o senado da cidade.
Fora das muralhas, a cidade
expandiu-se para Oeste, conservando casas nobres e monumentos como a Sé
Catedral, a Igreja de São Vicente, a Capela da Misericórdia ou a Igreja de
Santa Clara. No antigo paço episcopal, está instalado o Museu Abade de Baçal com
um valioso acervo, enquanto o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
apresenta obras desta conceituada pintora contemporânea e outras coleções de
artes plásticas.
Nos arredores de Bragança fica
a igreja de Castro de Avelãs, que recebia os peregrinos de Santiago durante a
Idade Média, e aldeias antigas que ainda hoje mantêm tradições comunitárias,
como no lagar de azeite e do vinho ou no forno do pão. Encontram-se sobretudo
dentro do Parque Natural de Montesinho, uma zona de natureza preservada que
vale a pena visitar. Na aldeia que dá nome ao Parque fica um núcleo de
interpretação, enquanto em algumas aldeias existem museus rurais sobre as
práticas comunitárias da região. As aldeias de Guadramil e Rio de Onor são duas
das mais bem preservadas. A fronteira entre Portugal e Espanha atravessa a
aldeia de Rio de Onor, que se situa assim em ambos os países.
Boticas
Boticas está situada no
Barroso, uma região de terras montanhosas e agrestes, onde se criam os bovinos
cuja raça é precisamente chamada de barrosã. Conhecida por possuir uma carne
muito apreciada desde há séculos como manjar de reis, foi recentemente certificada
tendo denominação de origem protegida.
De Boticas é também originário
o "Vinho dos Mortos", assim designado porque depois de engarrado é
enterrado no solo e aí fica a fermentar no escuro durante cerca de um ano. Esta
técnica foi descoberta por puro acaso no séc. XIX, durante as invasões
napoleónicas, quando a população local escondeu os seus bens e colheitas nos
sítios menos esperados, para evitar as pilhagens. Depois de o perigo passar, o
vinho foi desenterrado e descoberto que afinal tinha adquirido uma excelente
qualidade.
Também as águas da região são
de excelente qualidade, merecendo especial destaque as "águas santas"
das Termas de Carvalhelhos.
Fonte: Podium
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