A federação internacional reagiu hoje ao site
especializado Cyclingnews, dizendo que a UCI faz testes contra a fraude
tecnológica há vários anos.
A
Associação de Ciclistas Profissionais (CPA) exigiu hoje à União Ciclista
Internacional (UCI) sanções exemplares para os casos de ‘doping’ mecânico, na
sequência de uma reportagem sobre motores em bicicletas difundida pela France
TV.
"A
CPA exige à UCI que imponha sanções exemplares e severas, tais como a
irradiação, aos corredores que tenham cometido infrações, porque estas lançam
suspeitas injustas sobre a honestidade da maioridade dos ciclistas”, defende em
comunicado a associação que representa os ciclistas internacionalmente.
No
domingo, a France TV difundiu uma reportagem, feita em parceria com o jornal
italiano Corriere della Sera, que demonstrou que na última edição das corridas
italianas Strade Bianche e Coppi&Bartali sete ciclistas terão usado motores
nas bicicletas.
A
associação de corredores, presidida por Gianni Bugno, mostrou-se pronta para
cooperar com a UCI para melhorar os controlos e encontrar “aqueles que cometem
crimes vergonhosos e antidesportivos”.
Na
reportagem, uma câmara térmica detetou fontes de calor, que indiciam a presença
de motores. Cinco deles estariam escondidos no tubo do assento, com outros dois
situados junto ao eixo.
A
federação internacional reagiu hoje ao site especializado Cyclingnews, dizendo
que a UCI faz testes contra a fraude tecnológica há vários anos e que no último
ano experimentou novos métodos de deteção.
“Testámos imagens térmicas, raios X ou testes por
ultrassons, mas os testes de ressonância magnética são, de longe, o método mais
eficaz, fiável e preciso. Testámos as bicicletas em várias provas este ano (por
exemplo, 216 na Volta a Flandres e 224 no Paris-Roubaix) e continuaremos a
fazê-lo em todas as disciplinas, ao longo do ano”, sublinhou a UCI.
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