“Tour: Movistar confirma que Nelson Oliveira vai participar na sua 22.ª grande Volta”

Ciclista português vai alinhar novamente no apoio ao espanhol Enric Mas

 

Por: Lusa

Foto: FPC

Nelson Oliveira vai alinhar pela nona vez na Volta a França, confirmou esta segunda-feira a Movistar, com o ciclista português a cumprir, a partir de sábado, a sua 22.ª grande Volta, novamente no apoio ao espanhol Enric Mas.

O corredor de 36 anos, que é o português com mais presenças em 'grandes' voltas, foi selecionado pela equipa espanhola para a 112.ª edição da Grande Boucle, que arranca no sábado, em Lille, e termina em 27 de julho, em Paris.

"Enric Mas será o chefe de fila da equipa 'telefónica' e enfrentará a sua sétima participação consecutiva na Volta a França, após a sua estreia em 2019. O maiorquino estará rodeado de um conjunto de ciclistas, jovens e experientes, que acrescentarão valor à equipa e procurarão as suas oportunidades na corrida", lê-se no comunicado da Movistar.

Além de Oliveira, "um dos mais experientes", o duas vezes vice-campeão da Vuelta (2021 e 2022) e terceiro da prova espanhola no ano passado será escudado pelos espanhóis Iván Romeo e Pablo Castrillo, o colombiano Einer Rubio e o norte-americano Will Barta, todos estreantes no Tour.

O oito da formação espanhola fica completo com o austríaco Gregor Mühlberger e o espanhol Iván García Cortina.

Enric Mas, de 30 anos, tem como melhor resultado na Volta a França o quinto lugar em 2020, sendo sexto no ano seguinte.

Fonte: Record on-line

“Campeonato Mediterrânico triatlo: Inês Rico garante quinta posição”

Inês Rico foi quinta classificada no Campeonato Meditarrânico de triatlo, disputado este domingo (29 de junho) em Taranto, em Itália. Na prova feminina, ganha pela italiana a Martina McDowell, Matilde Santos terminou em nono e Margarida Barão foi 12ª classificada.

No sector masculina, Pedro Gaspar terminou no oitavo lugar, com 56:44 minutos, a cerca de um minuto do vencedor, o italiano Lorenzo Pelliciardi, enquanto Tiago Fonseca concluiu os 700 metros de natação, 21 quilómetros de bicicleta e 4,7 de corrida em 57:50, terminando no 14º lugar.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“É já amanhã a apresentação do livro “Alguma Coisa Boa Há-de Acontecer -Biografia de José Poeira”, por José Carlos Gomes”

O relato da inspiradora história de vida de José Poeira, seleccionador nacional de ciclismo.

 

«Faltam-me sempre as palavras para descrever tudo o que deu e dá por Portugal.»

Nelson Oliveira, ciclista

 

«O abraço que me deu no pódio do Mundial simboliza tudo o que conquistámos juntos. Com o senhor Poeira ao comando, conseguimos transformar limitações em força, alcançando o que parecia impossível.»

Rui Costa, ciclista

 

«Quando ele fala, prestamos mais atenção e ouvimos tudo o que diz, porque é uma pessoa com bastante conhecimento e experiência. Com o senhor Poeira aprendemos sempre sobre ciclismo.»

João Almeida, ciclista

 

Um livro sobre Joaquim Agostinho levou o jovem odemirense José Poeira a querer ser ciclista. Para concretizar o sonho, abandonou a casa dos pais ainda adolescente.

Foi apenas aos 23 anos, depois de anos como operário da construção civil, que conseguiu o primeiro contrato como ciclista profissional. José Poeira agarrou a oportunidade tardia com ambas as mãos; e, ao fazê-lo, transformou-se num dos melhores ciclistas de trabalho do pelotão português nas décadas de 80 e 90.

A inteligência de corrida garantiu-lhe o convite para seleccionador nacional. O resto é história: da conquista do título mundial à medalha olímpica, passando pela Taça das Nações, José Poeira abriu as portas do ciclismo internacional a diferentes gerações de ciclistas.

Enriquecida com depoimentos dos nomes que fizeram a história do ciclismo português e com revelações dos bastidores de grandes conquistas, Alguma Coisa Boa Há-de Acontecer-me – Biografia de José Poeira, de José Carlos Gomes, é a história de um sonho, e da determinação que o tornou possível.

Sessão de lançamento decorre no dia 1 de Julho, data em que o livro também chega às livrarias, às 18 horas, na Sede do Comité Olímpico de Portugal, e conta com apresentação de Eduardo Dâmaso e Tiago Brandão Rodrigues.

 

Mais informações sobre o livro

 

José Carlos Gomes é um ermesindense, nascido em 1978. Enquanto assessor de comunicação e imprensa da Federação Portuguesa de Ciclismo, acompanhou de perto a última década e meia de trabalho de José Poeira, de quem é confesso admirador e amigo. Nesse contacto próximo, ouviu inúmeras vezes as histórias de vida do seleccionador nacional e nunca teve dúvidas de que eram memórias que narravam e explicavam a história de um período áureo do ciclismo português. Passá-las a livro era uma obrigação. O resultado é este Alguma Coisa Boa Há-de Acontecer-me – Biografia de José Poeira.

“Anicolor / Tien21 Pedro Silva é Vice-Campeão Nacional de Fundo dos Campeonatos Nacionais de Estrada”

Fotos: Ciclismo +TV / Rodrigo Rodrigues

Pedro Silva, da Equipa Profissional de Ciclismo Anicolor / Tien21, é Vice-Campeão Nacional de Fundo nos Campeonatos Nacionais de Estrada 2025, concluindo em 2.º lugar a prova em Elites, que se disputou hoje em Ourém, num dia onde as temperaturas passaram os 40 graus. O corredor da estrutura de Águeda esteve muito perto de conquistar a camisola de Campeão Nacional, numa luta “mano a mano” até à linha da meta, onde Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG) foi mais forte, sagrando-se Campeão Nacional de Fundo. Balanço positivo para a Anicolor / Tien21 nestes Campeonatos Nacionais 2025, que trouxeram também o 2.º lugar do Contrarrelógio em Elites – através de Rafael Reis, com os Sub-23 em bom plano e boas prestações dos atletas além-fronteiras, como foi o caso de Espanha, França e Reino Unido. 

Mais um dia de calor intenso nos Campeonatos Nacionais em Ourém, com os atletas que disputaram a prova de Fundo Elites a enfrentar 179,3 km que contaram com uma volta longa, seguida de três voltas ao circuito, que integravam a subida ao Castelo de Ourém. Muito sobe e desce com a corrida a terminar à quarta passagem pela meta, onde Ivo Oliveira bateu Pedro Silva, ao sprint, na reta final de Ourém. 

Antes disso a corrida foi animada pela fuga do dia, que surgiu aos 47 km, constituída por um grupo de oito corredores, onde Ivo Oliveira e Pedro Silva foram protagonistas. Fruto de algumas movimentações, o grupo passaria depois a 11 unidades. Foi à entrada da última volta, com 02m05s de diferença para o pelotão, que se destacou um trio na frente, sendo Ivo Oliveira e Pedro Silva dois deles. 

A derradeira subida resultou na seleção final, onde tudo se decidiria ao sprint entre a dupla Oliveira e Silva. Apesar de Pedro Silva ter entrado em vantagem na última curva, foi Ivo Oliveira quem se revelou mais forte, vencendo em Ourém. 

“No ciclismo fazem parte estas situações. Sabia quer era menos rápido que o Ivo e por isso tinha de atacar a corrida para chegar sozinho. Dei o meu melhor, o Ivo não quebrou e ganhou, aproveito para o felicitar pela vitória. Trabalhei muito para estes Campeonatos Nacionais, porque sonhava com a camisola. O meu Diretor Desportivo, Rubén Pereira, ainda acreditava mais que eu próprio. Sem dúvida que o 2.º lugar é um bom resultado, mas acabo por estar desiludido, porque queria muito ganhar. É um resultado muito bom, vamos ter agora o Troféu Joaquim Agostinho e a Volta, vai servir de motivação para trabalhar ainda mais para estes próximos objetivos”, disse Pedro Silva. 

Já Rúben Pereira, diretor desportivo da Anicolor / Tien21, avançou que “acaba por ser um balanço muito positivo destes Campeonatos Nacionais, apesar de ter aqui um sabor agridoce, com o 2.º lugar no contrarrelógio dos Elites e na prova de Fundo dos Elites. Por um lado, saímos muito satisfeitos porque demonstrámos que estamos num nível muito alto, mas por outro, acabámos por não atingir aquilo que nós realmente ambicionávamos, que era ser Campeões Nacionais. Contudo, fica aqui uma grande exibição de toda a equipa no dia de hoje. Fizemos por tudo para ganhar, por levar o título para casa, toda a equipa esteve bastante bem, com um grande trabalho de Rafael Reis, de Fábio Costa, Gonçalo Oliveira, José Sousa, e claro, rematado por Pedro Silva, que foi um corredor que hoje mostrou-se o mais forte. Mas nem sempre ganham os mais fortes e há que dar os parabéns ao novo Campeão Nacional e seguirmos focados nos próximos objetivos”. 

Também foi disputada neste domingo de calor a prova de Fundo em Espanha, com a Anicolor / Tien21 a fazer-se representar por Rubén Fernández e Xavier Cañellas. De acordo com Paulo Figueiredo, diretor desportivo da Anicolor / Tien21 em Espanha, “viemos para estes Campeonatos Nacionais de Espanha sabendo que eram dos mais duros dos últimos anos. O contrarrelógio foi uma crono escalada, já dentro da Serra Nevada, o que seria muito complicado para todos. Alinhámos com Rubén Fernández, que sendo um atleta que sobe bem, faria um teste para saber da sua condição física, visto que estamos a caminhar a passos largos para a Volta a Portugal. A prova não foi o que mais esperou, pensava que faria melhor, teve boas sensações no início, mas quebrou no meio, e voltaram as boas sensações no final. Contudo, no geral não correu assim tão bem como o próprio desejaria”.  

Hoje, na prova de Fundo “alinhámos com Rubén Fernández e Xavier Cañellas para uma corrida bastante dura, até porque o calor que se fazia sentir, aliado ao percurso e distância que se ia percorrer, fez destes atletas verdadeiros campeões, com condições muito adversas e um percurso muito duro. Rubén Fernández integrou a primeira fuga do dia, que se manteve até bem perto dos 100 km, altura em que o pelotão endureceu e muito o ritmo e aí todo o pelotão foi dividido em pequenos grupos, não conseguindo os nossos atletas resistir nesses grupos. Mesmo assim, Rubén ainda conseguiu terminar dentro do terceiro pelotão, já Xavier Cañellas não concluiu a prova”, rematou Paulo Figueiredo. 

 

Paulo Fernandes destacou-se na Prova de Fundo Sub-23 

 

De volta a Portugal, uma nota para Paulo Fernandes, que foi ontem o atleta da Anicolor / Tien21 melhor classificado na Prova de Fundo dos Campeonatos Nacionais de Estrada Sub-23. Terminou em 11.º lugar, a 03m33s do novo Campeão Nacional, Daniel Moreira (Hagens Berman Jayco). A prova de Sub-23 prometia espetáculo, com um trajeto de 150,6 km bem duros, em Ourém. As três voltas – uma grande e duas ao circuito, com a subida ao Castelo de Ourém –, além do calor, com temperaturas a rondar os 40 graus, tornaram a jornada exigente, mas os três atletas da estrutura de Águeda em prova (Paulo Fernandes, Tiago Santos e André Dutra) resistiram até ao fim, dando o seu melhor e concluindo a corrida em bom plano. 

 

CLASSIFICAÇÕES: 

CAMPEONATOS NACIONAIS DE ESTRADA – PORTUGAL 

PROVA DE FUNDO ELITES 

Ourém – Ourém» 179,3 km

 

1.º Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG), 04h23m02s 

2.º Pedro Silva (Anicolor / Tien21), mt 

3.º Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler), a 01m33s 

9.º Fábio Costa (Anicolor / Tien21), a 04m13s 

11.º Rafael Reis (Anicolor / Tien21), a 04m32s 

DNF Gonçalo Oliveira (Anicolor / Tien21) 

DNF José Sousa (Anicolor / Tien21) 

 

CAMPEONATOS NACIONAIS DE ESTRADA – PORTUGAL 

PROVA DE FUNDO SUB-23 

Ourém – Ourém» 150,6 km 

 

1.º Daniel Moreira (Hagens Berman Jayco), 03h42m49s 

2.º João Martins (Radio Popular-Paredes-Boavista), mt 

3.º Diogo Pinto (Credibom/LA Alumínios/Marcos Car), mt 

11.º Paulo Fernandes (Anicolor / Tien21), a 03m33s 

21.º Tiago Santos (Anicolor / Tien21), a 22m07s 

24.º André Dutra (Anicolor / Tien21), mt 

 

CAMPEONATOS NACIONAIS DE ESTRADA – ESPANHA 

PROVA DE FUNDO ELITES 

Granada – Granada» 191,4 km 

 

1.º Iván Romeo (Movistar Team), 04h43m28s 

2.º Fernando Barceló (Caja Rural - Seguros RGA), a 56s 

3.º Roger Adrià (Red Bull - BORA - hansgrohe), a 01m53s 

59.º Rubén Fernández (Anicolor / Tien21), a 18m27s 

DNF Xavier Cañellas (Anicolor / Tien21) 

Fonte: Clube Desportivo Fullracing

“Campeonato Nacional de BMX Quarteira”

Renato Silva e Ambre Beato conquistam títulos nacionais de BMX Race

 

Por: Vasco Moreira

Renato Silva (Team BMX Quarteira) e Ambre Beato (DN Joué-lès-Tours) sagraram-se, este domingo, campeões nacionais de BMX Race, nas categorias elite masculina e feminina, respetivamente, no Parque da Juventude de Portimão.

Na prova masculina, Renato Silva confirmou o favoritismo e conquistou o lugar mais alto do pódio, revalidando o título de campeão nacional. A Team BMX Quarteira dominou a corrida de elite, com Bernardo Rocha a terminar no segundo posto e Édi Barradas (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge Inside) a fechar os lugares de honra.

Na categoria feminina, Ambre Beato impôs-se na pista algarvia, superando a concorrência de Rita Xufre (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge Inside), segunda classificada, e de Íris Moraru (Clube Bicross de Portimão), que completou o pódio.

Nos escalões jovens, os títulos nacionais foram conquistados por Francisco Sousa (Team BMX Quarteira) em sub-19, André Muller (Clube Bicross de Portimão) em sub-17 e Francisco Correia (Clube Bicross de Portimão) e Mafalda Piedade (Team BMX Quarteira) em sub-15.

Entre os mais novos, destacaram-se Miguel Pinto (Casa do Povo de Abrunheira) e Laura Lima (Clube Bicross de Portimão) em sub-13, César Castro (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge Inside) sub-11, Ze Franquinis (Team BMX Quarteira) e Maria Rebelo (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge Inside) em sub-9 e João Paulino (Team BMX Quarteira) em sub-7.

Já na categoria master, o título foi conquistado por André Martins (Team BMX Quarteira). Nos cruisers, Marco Amaral (Team BMX Quarteira) venceu em 30/39, enquanto Carlos Rosado celebrou em cruiser 40+ e Alexandra Loureiro (Prafit Club / Altitech) como cruiser feminina.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Taça de Portugal de XCO Fundão”

João Cruz e Beatriz Guerra conquistam Taça de Portugal de XCO

 

Por: Vasco Moreira

João Cruz e Beatriz Guerra (Guilhabreu MTB Team) garantiram este sábado, no Fundão, a conquista da Taça de Portugal de XCO 2025 nas categorias de elite feminina e masculina, respetivamente.

Na corrida de elite masculina, João Cruz confirmou o favoritismo com uma vitória que lhe valeu a consagração como vencedor da Taça, com 230 pontos. O ciclista já liderava à entrada para a prova e manteve a regularidade para bater Roberto Ferreira (Guilhabreu MTB Team), segundo com 201 pontos, e Rafael Sousa (Guilhabreu MTB Team), terceiro com 189.

Na elite feminina, Beatriz Guerra voltou a vencer e assegurou a conquista da Taça com 260 pontos. Leandra Gomes (SAERTEX Portugal / CRIAZinvent), com 200 pontos, e Mariana Machado (S.U.C MTB Racing Team), com 157, completaram o pódio da geral.

João Cruz e Beatriz Guerra foram ainda os vencedores da Taça de Portugal em sub-23. Nas restantes categorias jovens, Margarida Vasconcelos (AXPO / FirstBike Team / Vila do Conde) e Hugo Ramalho (Clube BTT Matosinhos) festejaram em juniores, Inês Fonseca (TRIUMTERMICA / Águias de Alpiarça) e Rafael Inácio (Escola de Ciclismo de Oeiras/Parracho) em cadetes.

Nos masters, Andreia Lopes (AEBTT Rio) e Rui Carvalho (Clube de Ciclismo de Castelo Branco) celebraram a conquista da Taça em master 30, Ana Barata (Pódio em Movimento) e Ismael Graça (Clube de Ciclismo de Castelo Branco) em master 40, Carla Vieira (#Individual#) e António Passos (Rompe Trilhos / Ajpcar) em master 50, e Fernando Gonçalves (SAERTEX Portugal / CRIAZinvent) em master 60.

Ricardo Mendes (SAERTEX Portugal / CRIAZinvent) conquistou a Taça de Portugal em paraciclismo. Já a Guilhabreu MTB Team venceu a classificação coletiva da Taça de Portugal de XCO 2025, somando o máximo de 300 pontos no ranking por equipas.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Mais destaques dos Campeonatos Nacionais: Ciclista amador vence em Itália, Evenepoel perde título belga para homem da Emirates”

Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Num curto espaço de tempo, três das nações mais influentes do ciclismo internacional (Itália, Bélgica e França) conheceram os seus novos campeões nacionais de estrada. Os desfechos não podiam ser mais imprevisíveis: três vitórias fora do guião, com protagonistas distintos, percursos exigentes e até um triunfo inesperado para a UAE Team Emirates.

Na Bélgica, a corrida decorreu em Binche sob grande expetativa em torno de Remco Evenepoel, que não se escondeu. O ciclista da Soudal - Quick-Step atacou, partiu o pelotão e agitou a corrida desde cedo, tentando decidir a prova com a força das pernas. No entanto, foi Tim Wellens, da UAE, quem acabou por sair vitorioso. Com um ataque de longe bem medido, o belga surpreendeu e resistiu à perseguição final. Evenepoel cruzou a meta em segundo, enquanto Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) fechou o pódio, todos destacados em relação ao grosso do pelotão.

Em Itália, o novo campeão nacional responde ao nome de Filippo Conca, e o seu triunfo representa provavelmente a maior surpresa entre todas as grandes nações. Com passagens discretas pela Alpecin e pela Q36.5, o ciclista de 26 anos representa agora a ASD Swatt Club, uma formação amadora italiana. No entanto, isso não o impediu de bater nomes sonantes num sprint reduzido, superando Alessandro Covi (UAE Team Emirates) para conquistar a maior vitória da sua vida. Uma performance que poderá valer-lhe o regresso ao pelotão profissional já em 2026.

Já em França, o cenário foi o de uma corrida caótica, marcada por equipas com blocos numerosos num percurso acidentado e tenso, em Les Herbiers. A Decathlon AG2R La Mondiale controlou a ascensão final e posicionou Dorian Godon para o sprint decisivo. O francês respondeu com uma aceleração poderosa que lhe permitiu superar Romain Grégoire (Groupama-FDJ) e Kévin Vauquelin (Arkéa-B&B Hotels), conquistando a camisola tricolor num dos nacionais mais abertos dos últimos anos. Godon, recorde-se, tem estado ligado a rumores de transferência para a INEOS Grenadiers, e esta vitória poderá reforçar o seu valor no mercado.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/mais-destaques-dos-campeonatos-nacionais-ciclista-amador-vence-em-italia-evenepoel-perde-titulo-belga-para-homem-da-emirates

“Ciclista italiana atingida por carro da organização durante nacionais femininos, escapou por pouco a uma queda!”

Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Letizia Paternoster escapou por pouco a um acidente grave durante a prova de estrada dos Campeonatos Nacionais Italianos femininos, após ter sido atingida por um carro do júri em plena descida. A ciclista de 25 anos, da Team Liv AlUla Jayco, revelou o episódio nas redes sociais, manifestando preocupação com a segurança nas corridas.

"Hoje, no campeonato italiano, um carro da organização bateu-me por trás numa descida, tendo-me partido um raio e o desviador", escreveu Paternoster. "Graças a Deus não caí."

De acordo com o seu testemunho, o veículo envolvido pertencia ao júri da prova, um detalhe que agrava ainda mais o incidente e levanta sérias questões sobre a competência na garantia da segurança nas corridas. "Tentamos trazer pessoas competentes para a corrida porque há vidas humanas em risco", alertou a ciclista italiana, visivelmente indignada com o sucedido.

Apesar de não ter sofrido lesões físicas, os danos mecânicos puseram fim à sua participação na corrida. Até ao momento, Paternoster não deu sinais sobre a possibilidade de apresentar queixa formal, mas a sua publicação deixa um claro apelo à responsabilidade organizativa nas estradas.

O episódio reacende o debate sobre a segurança dos ciclistas em competição, sobretudo em contextos em que o perigo não vem dos adversários, mas de quem deveria garantir a sua integridade física.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ciclista-italiana-atingida-por-carro-da-organizacao-durante-nacionais-femininos-escapou-por-pouco-a-uma-queda

“Inês Rico quinta no campeonato do Mediterrâneo de triatlo”

Portuguesa foi a triatleta melhor classificada entre os lusos

 

Por: Lusa

Foto: Inês Rico/Instagram

Inês Rico, com o quinta lugar, foi a triatleta portuguesa melhor classificada no Campeonato do Mediterrâneo de triatlo, este domingo disputado em Taranto, em Itália.

A italiana Martina McDowell venceu a prova, em 01:02.22 horas, menos 57 segundos do que Inês Rico (01:03.19), quinta classificada, enquanto Matilde Silva Santos foi nona (01:04.30) e Margarida Barão 12.ª (01:04.30).

Na prova masculina, Pedro Gaspar terminou no oitavo lugar, em 56.44 minutos, a 01.04 segundos do vencedor, o italiano Lorenzo Pelliciardi, enquanto Tiago Fonseca concluiu os 700 metros de natação, 21 quilómetros de bicicleta e 4,7 a correr em 57.50, que lhe valeram o 14.º posto.

Fonte: Record on-line

“Richard Carapaz de fora do Tour devido a infeção gastrointestinal”

Equatoriano desfalca a EF Education-EasyPost

 

Por: Lusa

Foto: Fabio Ferrari/LaPresse via AP

O equatoriano Richard Carapaz, terceiro na Volta a Itália, vai falhar a Volta a França, que começa em 5 de julho, devido a uma infeção gastrointestinal, informou a equipa EF Education-EasyPost.

Numa publicação na rede social Instagram, a equipa norte-americana refere que "Richard Carapaz vai falhar a Volta a França deste ano, depois de ter desenvolvido uma infeção gastrointestinal enquanto treinava em casa no Equador".

"Estamos todos tristes pelo Richard. Ele saiu do Giro numa forma fantástica e estava a conseguir grandes números nos treinos. Ele sacrificou-se tanto para chegar aquele nível, por isso, o momento [para ter problemas] não podia ser pior. Mas conhecendo-o, este contratempo apenas o vai motivar para voltar mais forte", disse o diretor da equipa, Jonathan Vaughters.

De acordo com a EF Education-EasyPost, na qual corre o português Rui Costa, Carapaz vai agora descansar durante algumas semanas, para permitir ao corpo recuperar totalmente, voltando depois aos treinos com o objetivo de "vencer a Volta a Espanha".

Além do terceiro lugar no Giro de 2025, Carapaz, campeão olímpico em Tóquio'2020, venceu a Volta a Itália em 2019 e conseguiu um terceiro lugar no Tour de 2021, na sua melhor prestação na Grande Boucle.

A 112.ª edição do Tour arranca em 05 de julho, em Lille, e termina em 27 de julho, em Paris.

Fonte: Record on-line

“12 paraciclistas coroados Campeões Nacionais em Ourém”

Por: Vasco Moreira

A prova de fundo de paraciclismo deu início ao programa deste domingo, último dia de competição do Campeonato Nacional de Estrada, que decorreu em Ourém. Participaram 33 paraciclistas, distribuídos pelas várias classes em disputa.

A corrida mais equilibrada foi a da classe C4 masculina, composta por seis atletas. David Costa (Rodactiva/Golden Club Cabanas) conquistou a vitória com o tempo de 1h35m12s, seguido de muito perto por João Monteiro (Paredes/Reconco), que terminou a apenas três segundos. Júlio Ferreira completou o pódio.

Também a classe C5 masculina contou com seis participantes, embora com diferenças mais acentuadas nos tempos finais. Miguel Pacheco (Academia Efapel de Ciclismo) destacou-se, impondo-se perante Nuno Emídio (Race Spirit Cycling Team) e Manuel Ferreira (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel), que ocuparam o segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Os vencedores das diferentes classes repetiram, na generalidade, os triunfos alcançados na prova de contrarrelógio. A única alteração registada foi na classe H1, devido à ausência de Miguel Castro, que acabou por não alinhar à partida.

Ana Silva e André Dias (Korpo Activo/Penacova) festejaram na classe B, Bernardo Vieira, Telmo Pinão (Academia Efapel Ciclismo) e José Miranda (Falcões BTT) nas classes C1, C2 e C3, respetivamente, e André Soares (LA Alumínios/Vila Galé/Marcos Car/Matos-Cheirinhos) na classe D.

Nas handbikes, Luís Jejum (Europcar Associação Salvador) conquistou o título em H2, João Pinto (Mirachoro Hotels-Centro de Ciclismo de Portimão-Churrasqueira Guerreiro) em H3 e Flávio Pacheco em H4. Felismina Gomes (Europcar Associação Salvador) venceu como H5 feminina.

 

Campeões Nacionais de Paraciclismo - Prova de Fundo:

 

B Feminina: Ana Silva

B Masculino: André Dias (Korpo Activo/Penacova)

C1 Masculino: Bernardo Vieira

C2 Masculino: Telmo Pinão (Academia Efapel Ciclismo)

C3 Masculino: José Miranda (Falcões BTT)

C4 Masculino: David Costa (Rodactiva/Golden Club Cabanas)

C5 Masculino: Miguel Pacheco (Academia Efapel de Ciclismo)

D Masculino: André Soares (LA Alumínios/Vila Galé/Marcos Car/Matos-Cheirinhos)

H2 Masculino: Luís Jejum (Europcar Associação Salvador)

H3 Masculino: João Pinto (Mirachoro Hotels-Centro de Ciclismo de Portimão-Churrasqueira Guerreiro)

H4 Masculino: Flávio Pacheco

H5 Feminina: Felismina Gomes (Europcar Associação Salvador)

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Ivo Oliveira é o novo Campeão Nacional de estrada”

Por: Vasco Moreira

Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG) conquistou hoje a prova de fundo do Campeonato Nacional de Ciclismo, na categoria de elite masculina, batendo Pedro Silva (Anicolor-Tien21) ao sprint na reta final de Ourém e repetindo o triunfo de 2023.

A prova contou com a presença de 52 corredores à partida, que enfrentaram uma volta longa seguida de três voltas ao circuito, totalizando 179,3 quilómetros. O sobe e desce e as três passagens pela meta antes da chegada final proporcionaram várias oportunidades ao público para assistir ao desenrolar da corrida, apesar do calor intenso que se fazia sentir.

A fuga do dia foi protagonizada por oito corredores: Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG), Pedro Silva (Anicolor-Tien21), Gonçalo Leaça e João Medeiros (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Joaquim Silva e Tiago Antunes (Efapel Cycling), Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler) e Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), que se destacaram ao quilómetro 47. Pouco depois, Hugo Nunes (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) juntou-se à frente de corrida, seguindo-se César Fonte (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e César Martingil (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), após a primeira passagem pela meta, formando um grupo de onze unidades na dianteira.

O pelotão manteve o grupo de fugitivos sob controlo, sem permitir que a vantagem aumentasse significativamente. À entrada da última volta, a diferença era de 2m05s. Foi então que se destacou um trio na frente composto por Ivo Oliveira, João Medeiros e Pedro Silva, que atacou e agitou a corrida. O grupo perseguidor era constituído por Hugo Nunes, Tiago Antunes, Diogo Gonçalves e Bruno Silva, que colaboravam na tentativa de aproximação, embora com dificuldades em reduzir a margem. O pelotão, já muito fracionado, era liderado por Rui Costa, vencedor da edição de 2024, que não contava com o apoio de colegas de equipa. Com várias formações representadas na frente, o pelotão abrandou e perdeu em definitivo a luta pela vitória.

A derradeira subida foi decisiva e resultou na seleção final, com João Medeiros a ceder perante o ritmo imposto, ficando na luta pela terceira posição. Na frente, o desfecho foi decidido ao sprint entre dois corredores. Apesar de Pedro Silva ter entrado em vantagem na última curva, foi Ivo Oliveira quem se impôs, vencendo de forma categórica em Ourém. O ciclista natural de Vila Nova de Gaia repetiu assim o triunfo conquistado em 2023, em Mogadouro.

"Quando caí aos dois quilómetros, nunca pensei que ia chegar aqui e ganhar a corrida. Esperava que o meu irmão [Rui Oliveira] ou o António [Morgado] viessem ter comigo, mas a corrida desenrolou-se de outra forma. Entrei na fuga, quase todas as equipas tinham dois corredores e começou a andar muito bem", começou por explicar o novo Campeão Nacional.

"Comecei a ter cãibras e disse ao meu diretor que ia tentar o pódio porque quase não conseguia pedalar, mas ele disse-me para acreditar. Consegui ir na roda do Pedro Silva e do João Medeiros na última volta e tive de ser muito frio. Não ia arrancar porque sabia que tinha o sprint mais forte. Sprintei com muitas cãibras, mas é uma arma minha e ainda bem que a deixei para o final", concluiu Ivo Oliveira.

Apesar de João Medeiros (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) ter sido o terceiro a cortar a meta, viria a ser desclassificado devido a um impulso irregular após por um problema mecânico, permitindo a Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler) subir ao terceiro lugar do pódio.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Daniela Campos revalida o título de campeã nacional em Ourém”

Por: Vasco Moreira

Daniela Campos (Eneicat-CMTeam) foi a mais forte no sprint de Ourém, este sábado, e revalidou o título de Campeã Nacional de Fundo entre a elite feminina.

A ciclista portuguesa de 23 anos, integrou um quarto que se destacou na frente da corrida na última volta. A ciclista, natural de Loulé, conservou a energia necessária para a ponta final, registando a marca de 2h33m59s. e, após 90,8 quilómetros, bateu Raquel Queirós (Atum General/Tavira/SC Farense) e Maria Martins (Canyon/Sram/Zondacrypto), segunda e terceira, respetivamente.

“Foi uma vitória bastante emocional para mim, devido ao ano que tenho tido. É importante, não para demonstrar aos outros, mas para mim mesma, que tenho capacidades para disputar as corridas e de estar a correr com as melhores do mundo”, referiu Daniela Campos no final da prova.

Foi uma corrida marcada por vários ataques e contra-ataques, com o pelotão a deixar as decisões de cada categoria para a respetiva volta final. Após duas voltas ao circuito (45,4km), houve triunfos de Luizete Dias (Bike & Nutrition Shop) em masters 50 e de Leontina Palhas (Vertentability Cycling Team-JDC) em masters 60.

Na volta seguinte apareciam as contas finais para a resolução nas sub-23 femininas. Marta Carvalho (Cantabria Deporte-Rio Mera) registou 1h56m31s e foi a mais veloz no sprint, onde derrotou a colega de equipa, Beatriz Roxo, que ontem havia conquistado o título de campeã nacional de contrarrelógio da categoria. Nesta volta houve mais resoluções, com as conquistas de Patrícia Rosa em Masters 30 e de Sónia Rodrigues em Masters 40, ambas da equipa Atum General/Tavira/SC Farense.

Os movimentos decisivos da prova de elite apareceram à entrada da última volta. Daniela Campos (Eneicat-CMTeam), Raquel Queirós (Atum General/Tavira/SC Farense), Maria Martins (Canyon/Sram/Zondacrypto), Ana Caramelo (Matos Mobility/Flexaco-Ihs) e Liliana Jesus (Race Spirit Cycling Team) fugiram ao pelotão para não serem mais alcançadas. A três quilómetros da meta, Liliana Jesus, descolou e ficaram quatro na dianteira. Foi um sprint a quatro que terminou no segundo título nacional de fundo consecutivo na elite feminina.

 

Pódios das categorias femininas

Elite

 

1.ª Daniela Campos (Eneicat-CMTeam)

2.ª Raquel Queirós (Atum General/Tavira/SC Farense)

3.ª Maria Martins (Canyon//Sram/Zondacrypto)

 

Sub-23 Femininas

 

1.ª Marta Carvalho (Cantabria Deporte - Rio Miera)

2.ª Beatriz Roxo (Cantabria Deporte - Rio Miera)

3.ª Daniela Simão (Academia Efapel Ciclismo)

 

Masters 30

 

1.ª Patrícia Rosa (Atum General/Tavira/SC Farense)

2.ª Susana Alemão (CDASJ/Cyclin´Team/Município Albufeira)

3.ª Andreia Lopes (AEBTT Rio)

 

Masters 40

 

1.ª Sónia Rodrigues (Atum General/Tavira/SC Farense)

2.ª Ângela Gonçalves (Korpo Activo/Penacova)

3.ª Ana Santos (Proteu Cycling Team-Casa do Povo Retorta)

Masters 50

1.ª Luizete Dias (Bike & Nutrition Shop)

2.ª Filomena Gomes (GRJA/ GFK)

3.ª Catarina Barroca

 

Masters 60

 

1.ª Leontina Palhas (Vertentability Cycling Team - JDC)

2.ª Anabela Narciso (AEBTT Rio)

3.ª Maria Lima (Maiatos)

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“A suspenção vitalícia de Lance Armstrong pela WADA não está em causa” Podcast de Armstrong vai patrocinar polemicamente a Modern Adventure Pro Cycling de Hincapie”

Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

No início desta semana, George Hincapie anunciou a criação da Modern Adventure Pro Cycling, uma nova equipa de ciclismo profissional com o objectivo de promover o crescimento da modalidade nos Estados Unidos e além-fronteiras. A notícia, inicialmente recebida com entusiasmo, rapidamente gerou polémica ao ser revelado que o The Move, um podcast co-produzido por Hincapie e Lance Armstrong, será um dos patrocinadores da equipa.

Embora Armstrong esteja banido para sempre do desporto sob os regulamentos da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA), um porta-voz da entidade confirmou à Cycling Weekly que o novo projeto "está fora da jurisdição da UCI e de qualquer signatário do Código da AMA", o que torna a parceria legalmente viável. Ainda assim, o envolvimento mesmo que indireto de Armstrong fez reacender os alarmes em relação à percepção pública e à integridade da nova estrutura.

Hincapie abordou directamente o tema numa declaração ao Escape Collective: “Sou co-proprietário do podcast juntamente com o Lance. Vi nisto uma oportunidade para promover a equipa através desses canais e angariar mais apoio, sobretudo durante o Tour, quando temos grande audiência. Não há qualquer outra afiliação para além dessa.”

O antigo gregário de Armstrong confirmou também que o processo de registo da equipa junto da UCI está em andamento e que todos os acordos de patrocínio estão a ser avaliados como parte dessa candidatura. “Temos sido totalmente transparentes quanto à estrutura e estamos a trabalhar com a nossa equipa jurídica para assegurar que tudo cumpre os requisitos. Estamos muito entusiasmados com o que estamos a construir e com a energia positiva que sentimos para apoiar o ciclismo nos EUA e além-fronteiras.”

Contudo, o espectro do passado de Armstrong continua a pairar no ar. A associação do seu nome, mesmo que apenas através de um podcast como o The Move, levanta dúvidas quanto à oportunidade de permitir que figuras tão intimamente ligadas ao escândalo de doping mais devastador da história da modalidade voltem a ter protagonismo.

O ciclismo tem feito um esforço substancial, ao longo dos últimos 15 anos, para restaurar a sua reputação e implementar uma cultura de transparência e responsabilidade. Muitos dos actuais ciclistas profissionais construíram as suas carreiras neste novo paradigma ético e não escondem o desejo de se afastar das figuras que personificaram a era da EPO.

Embora The Move mantenha uma audiência significativa, sobretudo durante as Grandes Voltas, o envolvimento de Armstrong poderá representar um fardo indesejado para jovens ciclistas americanos que ambicionem crescer dentro da nova estrutura. Mesmo que a UCI valide o registo da equipa e todos os patrocínios, a ligação à figura de Armstrong poderá dificultar futuras parcerias comerciais ou convites para corridas de maior renome.

O projeto Modern Adventure Pro Cycling está assim, numa zona cinzenta. Do ponto de vista regulamentar não há nada de impeditivo para que o projecto possa seguir em frente. No plano ético e reputacional, porém, o caminho será bem mais sinuoso.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/a-suspeno-vitalcia-de-lance-armstrong-pela-wada-no-est-em-causa-podcast-de-armstrong-vai-patrocinar-polemicamente-a-modern-adventure-pro-cycling-de-hincapie