terça-feira, 30 de setembro de 2025

“Paul Magnier vence pela 6ª vez nos ultimos 16 dias de competição "Hoje fizemos um bom trabalho..."


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Paul Magnier continua a sua escalada meteórica no ciclismo profissional e, no final da temporada de 2025, é talvez o ciclista que chega com maior ímpeto em termos de vitórias. Esta terça-feira, o sprinter francês da Soudal - Quick-Step venceu a 1ª etapa da Cro Race, somando o seu sexto triunfo em apenas 16 dias de competição.

A tirada inaugural ligou Split a Sinj, num percurso ideal para sprinters. Magnier, de 21 anos, era apontado como o principal favorito, juntamente com Danny van Poppel e Giovanni Lonardi. Em grande forma e com um leadout afinado, confirmou as previsões, impondo-se num sprint caótico e conquistando a sua 11ª vitória da temporada – uma época já marcada pelo primeiro êxito no World Tour, alcançado na Volta à Polónia.

“É super bom, nos últimos meses tive muitas vitórias na estrada... Também excelente trabalho da equipa hoje, realmente agradeço-lhes. Hoje fizemos um bom trabalho”, afirmou em declarações à comunicação social. “Trabalhámos muito na Eslováquia, treinámos bastante com [Dries] Van Gestel para conseguir um bom leadout e hoje foi incrível. Estou muito feliz, estamos confiantes juntos e espero que continue assim.”

Apesar do sucesso, Magnier mantém cautela em relação ao resto da prova croata. “Vou desfrutar desta vitória esta noite e amanhã veremos. Depende do vento e das duas últimas subidas, mas sim, as pernas estão boas e espero ter o máximo de oportunidades possíveis.”

 

O verão croata inspira o francês

 

Magnier não escondeu ainda o prazer de correr na Croácia. “É um país muito agradável, é a minha primeira vez aqui. Ontem tivemos algum tempo para desfrutar, fui nadar um pouco, o mar é muito bonito e hoje o percurso também foi muito belo”, concluiu o jovem francês, que reforça assim o estatuto de uma das grandes revelações da temporada.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/paul-magnier-vence-pela-6-vez-nos-ultimos-16-dias-de-competicao-hoje-fizemos-um-bom-trabalho

“Guia para evitar desconforto gastrointestinais em treino e prova de triatlo e não só”


Por: Catarina Romão, Nutricionista

Para muitos triatletas, os dias de prova ou simplesmente os treinos mais longos podem trazer um “inimigo silencioso”: os sintomas gastrointestinais (GI) cólicas, refluxo, inchaço, gases, vontade de ir à casa de banho, náuseas, diarreia. Estudos mostram que muitos atletas passam por estes sintomas durante o esforço, especialmente em provas longas como Ironman ou triatlos de longa distância.

Várias podem ser as causas deste desconforto: por um lado, o fluxo sanguíneo é desviado do trato gastrointestinal para os músculos em exercício e superfície da pele (o que pode gerar isquemia intestinal ou aumento da permeabilidade do intestino); por outro lado, fatores nutricionais (alimentos ricos em fibra, gordura, proteína, ou fontes concentradas de hidratos de carbono) estão associados a maior risco de desconforto GI.

Para triatletas que querem minimizar estes riscos, aqui seguem algumas recomendações baseadas na evidência científica e prática clínica, para prevenir e gerir problemas gastrointestinais:

 

Estratégias para prevenir desconforto GI

 

1. Treinar o intestino (“gut training”). Tal como o triatleta treina os seus músculos, o sistema digestivo pode também ser treinado e adaptar-se. Ingerir alimentos e líquidos durante treinos longos (com progressão gradual) melhora a tolerância e reduz o risco de sintomas GI em dias de prova.

2. Evitar “novidades” no dia da prova. No dia da prova não devem ser testados alimentos, géis, bebidas ou suplementos que não tenham sido testados antes, em treino. O sistema digestivo tende a não tolerar “surpresas”.

 

3. Selecionar bem o que comer nas 24/48 h que antecedem a prova. Evita alimentos muito ricos em fibra, gordura ou proteína; limitar produtos lácteos (especialmente se existir alguma sensibilidade gástrica e intestinal ao consumir de leite e seus derivados). Alguns atletas optam por dietas com baixo teor de FODMAP (hidratos de carbono fermentáveis que podem aumentar a produção de gás intestinal) nos dias prévios à prova.

4. Hidratação adequada e consistente, e fórmula isotónica. Começar bem hidratado (a cor da urina deve estar clara) e manter o aporte de líquidos durante a prova ajuda a proteger a integridade intestinal e a evitar absorção inadequada de nutrientes. Preferir bebidas com osmolalidade adequada (não demasiado concentradas), para minimizar distúrbios gastrointestinais.

5. Atenção a analgésicos / anti-inflamatórios. O uso de anti-inflamatórios não esteroides (ex.: Brufen®, Ibumetin®, Voltaren®, Cataflam®, Naprosyn®) pode aumentar o risco de lesões na mucosa intestinal — risco que convém evitar em eventos de endurance.

6. Gestão de ansiedade / stresse pré-prova. O estado emocional pode influenciar o bem-estar gastrointestinal. Devem ser desenvolvidas estratégias que visam a controlar sintomas desencadeados pela ansiedade nestes momentos. Procurar um profissional da área de Psicologia poderá ser uma opção.

 

Em prova: sinais de alerta e estratégias a adotar

 

 Se o triatleta começar a sentir sinais de desconforto (inchaço, cólicas, náuseas), considera reduzir o ritmo ou até fazer uma pausa leve por vezes uma desaceleração temporária permite retomar sem maiores complicações.

Optar por realizar a maior parte da nutrição no segmento de ciclismo, se possível aqui é geralmente mais fácil ingerir alimentos e controlar a hidratação. Na bicicleta a tolerância GI tende a ser maior do que na corrida.

Preparar bem a prova, estudar o percursos e postos: localizar estações de reabastecimento e casas de banho antecipadamente.

 Observa e valorizar sinais precoces: o triatleta não deve esperar até os sintomas intensificarem.

Em suma, prevenir situações de desconforto GI no triatlo exige treino, vários testes e adaptações ao longo do ciclo de preparação para a prova. Ouvir e conhecer o corpo, testar a nutrição em diferentes contextos de treino e adotar estratégias adequadas de hidratação e alimentação são fatores essenciais para chegar à meta com energia e sem más sensações. Se sente estes distúrbios com frequência tenha em consideração as recomendações deste artigo, ou contacte com um/a Nutricionista para o ajudar.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense suspensa 20 dias pela UCI”


Em causa as suspensões provisórias de Delio Fernández e Venceslau Fernandes

 

Por: Lusa

A equipa portuguesa AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense foi suspensa por 20 dias pela União Ciclista Internacional, na sequência das suspensões provisórias de Delio Fernández e Venceslau Fernandes, devido a anomalias no passaporte biológico.

Em comunicado, a federação internacional indica que a formação algarvia estará suspensa entre 23 de outubro e 11 de novembro deste ano.

"O regulamento antidopagem da UCI determina a suspensão de uma equipa quando dois dos seus ciclistas no ativo foram notificados de uma violação antidoping resultante de anomalias no passaporte no mesmo período de 12 meses", lê-se na nota.

A UCI recorda que Venceslau Fernandes foi notificado em 7 de novembro de 2024 pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), "devido a anomalias injustificadas no seu passaporte biológico em 2023".

Já espanhol Delio Fernández, que acabou a carreira abruptamente já no decorrer desta temporada, foi suspenso preventivamente pela UCI em 22 de julho, também devido a irregularidades no passaporte biológico.

"Uma vez que os processos ainda estão a decorrer na UCI e na ADoP, a UCI não fará mais comentários sobre o assunto", conclui o comunicado.

O período de suspensão da AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense vigora numa altura em que o calendário nacional de estrada está parado, depois de ter terminado no Grande Prémio Anicolor.

Fonte: Record on-line

“Ciclista sai de Lisboa rumo a Vladivostok para bater recorde e acaba preso na Rússia”


Sofiane Sehili ficou a menos de 200 quilómetros da 'meta'

 

Por Isabel Dantas

Foto: Instagram/Sofiane Sehili

O francês Sofiane Sehili foi preso no início de setembro na Rússia por alegadamente tentar entrar ilegalmente no país. O francês saiu de Lisboa a 1 de julho em direção a Vlodivostok, cidade situada no extremo oriente russo, na fronteira com a China e a Coreia do Norte, com o intuito de bater o recorde do alemão Jonas Deichmann (64 dias e duas horas), registado em 2017, mas acabou por ser detido a cerca de 200 quilómetros da 'meta', depois de ter percorrido 17.600 quilómetros sozinho e sem assistência.

Poucas horas depois de ter sido detido, o ciclista, de 44 anos, publicou uma storie no Instagram a explicar que tinha sido preso na fronteira entre os dois países. E admitiu que tentativa de recorde tinha falhado. "Fracassar tão perto da meta é de partir o coração. Agora tenho dez meses para decidir se quero tentar este recorde novamente... ou se ele permanecerá um fracasso para sempre", explicou o especialista em bikepacking (viajar de bicicleta o mais leve possível). 

Sofiane Sehili tinha um visto eletrónico russo. O problema é tentou entrar de bicicleta na Rússia, vindo da China, numa parte da fronteira que só pode ser atravessada de comboio ou de autocarro, segundo revelou Vladimir Naïdine, funcionário de uma comissão de controlo de prisões públicas, citado pela imprensa francesa.

O consulado francês em Moscovo já está envolvido no processo de libertação do ciclista.

Fonte: Record on-line

“Resultados da 1ª etapa da Cro Race: Paul Magnier em grande forma bate Danny Van Poppel ao sprint. Rui Oliveira 6º”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Nos últimos 16 dias, Paul Magnier venceu o GP de Fourmies e quatro etapas na Volta à Eslováquia, mas a sequência de vitórias parece não ter fim. O sprinter da Soudal - Quick-Step conquistou a vitória na primeira etapa da Cro Race, vencendo o sprint inicial do grupo com uma demonstração convincente de poder.

A fuga do dia na primeira etapa foi formada por Javier Ibañez, Diego Uriarte, Jaka Spoljar, Casper van der Woude, Michal Schuran, Mateusz Kostanski e Ian Peran. O grupo representou alguma ameaça para o pelotão devido ao seu tamanho e ao perfil ligeiramente acidentado da etapa, o que tornou a velocidade média bastante decente.

A chegada a Sinj estava destinada a um sprint de grupo, independentemente do que acontecesse durante o dia, e o pelotão foi controlado pela INEOS Grenadiers, Red Bull - BORA - Hansgrohe e Soudal - Quick-Step. Os últimos sobreviventes do grupo aguentaram até aos 6kms finais, embora van der Woude tenha permanecido um pouco mais à frente, a apenas alguns metros do grupo, para ser apanhado logo de seguida.

Foi um sprint bastante caótico com a Polti e a Quick-Step a terem homens na frente para fazer o lançamento do sprint para a linha de chegada, que era bastante técnica. Magnier foi o primeiro a lançar o sprint e na chegada de alta velocidade, o francês conseguiu resistir ao forcing final de Danny van Poppel para conquistar a 11ª vitória do ano. Oded Kogut foi 3º e Rui Oliveira concluiu na 6ª posição.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-da-1-etapa-da-cro-race-paul-magnier-em-grande-forma-bate-danny-van-poppel-ao-sprint-rui-oliveira-6

“EUROPEUS DE CICLISMO DE ESTRADA EM DIRETO NO EUROSPORT E EM STREAMING NA HBO MAX PARA VER DE 1 A 5 DE OUTUBRO”


PORTUGAL APRESENTA-SE NA COMPETIÇÃO COM UM TOTAL DE 24 ATLETAS, JOÃO ALMEIDA LIDERA A COMITIVA ONDE SE ENCONTRAM NOMES COMO OS DE RUI COSTA, NELSON OLIVEIRA, ANTÓNIO MORGADO, AFONSO EULÁLIO, DANIELA CAMPOS OU RAQUEL QUEIRÓS.

 

Por: Vasco Simões

Foto: Getty Images

O ciclismo continua em alta rotação no Eurosport. De 1 a 5 de outubro, os departamentos franceses de Drôme e Ardèche recebem os Campeonatos da Europa de Estrada, competição que os fãs poderão acompanhar em direto no Eurosport e também em streaming na HBO Max. O evento reúne a nata do ciclismo do “Velho Continente” num cenário de montanhas e estradas exigentes, com Portugal a marcar presença em todos os escalões e João Almeida a liderar a seleção nacional após o histórico 2.º lugar na Vuelta a Espanha.

A comitiva portuguesa é uma das mais completas de sempre. Na elite masculina, ao lado de João Almeida estarão Rui Costa, Nelson Oliveira e António Morgado, enquanto no setor feminino regressam Daniela Campos e Raquel Queirós. A nova selecionadora nacional, Daniela Pereira, estreia-se com o objetivo de devolver as ciclistas portuguesas ao convívio das melhores. Nos escalões de formação destacam-se nomes como Beatriz Roxo, Daniel Lima, Gonçalo Rodrigues ou Bruna Gonçalves, refletindo o investimento em todas as frentes de competição.

O programa arranca com os contrarrelógios de 24 km em todas as categorias, mas será nas provas de fundo que a emoção vai subir de tom. O grande momento chega no domingo, 5 de outubro, com a corrida de elite masculina: 202,5 quilómetros e 3.306 metros de desnível positivo, entre Privas e Guilherand-Granges. O circuito inclui a longa ascensão de Saint Romain de Lerps e a dura cota de Val d’Efer, autêntico muro com rampas a 11,8%, que promete ser decisivo.

Depois do domínio de Tadej Pogacar nos Mundiais de Kigali, os Europeus apresentam-se mais imprevisíveis, com rivais de peso como Jonas Vingegaard, Remco Evenepoel ou Juan Ayuso prontos para desafiar o esloveno. Para João Almeida, a prova representa não só o regresso à seleção, como também a oportunidade de confirmar o excelente momento de forma num percurso feito à sua medida.

O Eurosport e a HBO Max vão transmitir os momentos mais decisivos desta semana intensa de competição, que promete ciclismo de altíssimo nível, rivalidades ao rubro e a ambição portuguesa de regressar ao top europeu.

 

Lista de atletas de Portugal:

 

Elites masculinos

 

Afonso Eulálio (Bahrain-Victorious)

António Morgado (UAE Team Emirates-XRG)

João Almeida (UAE Team Emirates-XRG), TT e Prova de Fundo

Nelson Oliveira (Movistar Team), apenas TT

Rui Costa (EF Education-EasyPost)

 

Sub-23 masculinos

 

Daniel Lima (Israel Premier Tech Academy)

Daniel Moreira (Hagens Berman Jayco)

Duarte Domingues (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car)

Gabriel Baptista (Technosylva Maglia Bembibre)

Lucas Lopes (Rádio Popular-Paredes-Boavista)

Rafael Barbas (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua)

 

Juniores masculinos

 

Gonçalo Costa (Willebrord Wil Vooruit), TT e Prova de Fundo

Gonçalo Rodrigues (Team Polti VisitMalta Junior), TT e Prova de Fundo

Guilherme Santos (Blackjack I Bairrada Júnior Cycling Team)

João Anunciação (Blackjack I Bairrada Júnior Cycling Team)

José Salgueiro (Picusa Academy)

Rodrigo Jesus (Academia Efapel de Ciclismo)

 

Elites femininas

 

Daniela Campos (Eneicat-CMTeam), apenas TT

Raquel Queirós (AtumGeneral-Tavira-SC Farense)

 

Sub-23 femininas

 

Beatriz Roxo (Cantabria Deporte-Rio Miera), TT e Prova de Fundo

Daniela Simão (Academia Efapel de Ciclismo)

 

Juniores femininas

 

Bruna Gonçalves (Korpo Activo/Penacova)

Lara Ribeiro (Academia Efapel de Ciclismo)

Maria Coimbra (Academia Efapel de Ciclismo)

Fonte: Eurosport

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

"Um novo duelo no domingo? Com Jonas Vingegaard e João Almeida também" Os 4 magníficos enfrentam-se no Campeonato da Europa 2025 e há contas para ajustar...”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O Campeonato do Mundo em Kigali prometia um duelo da década entre Tadej Pogacar e Remco Evenepoel, mas o combate nunca se materializou realmente. Pogacar conquistou a sua segunda camisola arco-íris, enquanto Evenepoel lutou tanto contra a adversidade como contra os adversários, sendo forçado a fazer duas trocas de bicicletas prejudiciais. Os comentadores belgas Karl Vannieuwkerke e José De Cauwer acreditam que o resultado deixa assuntos pendentes para o Campeonato da Europa de domingo em França.

Apesar de meses de debate sobre o percurso ruandês, Vannieuwkerke sentiu que os organizadores silenciaram os duvidosos. "Foi dito muito acerca deste traçado, mas o Ruanda cumpriu totalmente as expectativas", disse ele na análise pós-corrida da dupla para a Sporza. De Cauwer concordou com ele: "Este tinha de ser um Mundial para os trepadores, e foi precisamente isso que aconteceu".

Ainda assim, Evenepoel conquistou a prata, que De Cauwer foi rápido a defender. "O Remco terminar em segundo é um grande feito. Não devemos menosprezar isso, ele deve estar contente após uma performance tão forte". No entanto, ambos os analistas concordaram que a maneira como a corrida aconteceu deixou espaço para frustração.

 

Os momentos decisivos

 

O primeiro ponto de viragem aconteceu no Monte Kigali, onde o ataque de Pogacar coincidiu com os problemas de selim de Evenepoel. "Essa subida foi crucial", explicou Vannieuwkerke. "Pogacar atacou, e Remco perdeu contacto".

Mas De Cauwer descartou especulações sobre o que poderia ter acontecido: "Esse ‘suponhamos’ é demais. O que realmente importou veio depois. Essa segunda troca de bicicleta nunca deveria ter acontecido. Não se pode desculpar, nem mesmo a nível amador".

Na íngreme subida de Kimihurura, Evenepoel foi forçado a esperar enquanto o caos acontecia atrás. "Ele sabia que teria de parar lá, porque o carro de apoio simplesmente não consegue passar quando a corrida se desintegra", apontou De Cauwer. "Foi nesse ponto que a corrida se perdeu. Ele perdeu 42 segundos enquanto estava parado".

Vannieuwkerke sugeriu que a frustração ofuscou o julgamento do belga. "Havia um elemento de desilusão naquela segunda troca que o impediu de pensar claramente?" perguntou. De Cauwer ripostou afirmativamente: "Sim. Normalmente, Remco brilha quando tudo corre a seu favor, mas talvez ele estivesse a perguntar-se: como pôde isto acontecer-me?"

 

Oportunidades perdidas

 

Houve outros momentos determinantes. A queda de Ilan Van Wilder, que, se estivesse no grupo, poderia ter sido uma salvação. "Ele poderia ter dado a sua bicicleta ao Remco?", questionou Vannieuwkerke. "Sem dúvida", respondeu De Cauwer. "Tenho dito todo o ano que o Ilan deveria estar sempre ali com uma reserva. Ele era o segundo da fila e sentimos a sua falta. Isto teria mudado o resultado? Difícil dizer".

Contudo, o quadro geral era claro: Pogacar mostrou-se novamente imperturbável. "Mesmo sozinho, ele não entrou em pânico", disse De Cauwer. "Ele poderia ter duvidado de si mesmo, mas em vez disso geriu a situação perfeitamente. Isso é a marca do ciclista mais forte do mundo".

 

Um novo confronto aproxima-se

 

Atenção agora volta-se para o Campeonato Europeu. A distinção pode não ter o prestígio de um título Mundial, mas o alinhamento é ainda mais feroz. "Talvez haja um novo confronto no domingo?" diz Vannieuwkerke com intriga. "Este pode não ter o prestígio do Mundial, mas o pelotão é ainda mais forte com Jonas Vingegaard e Joao Almeida também presentes".

De Cauwer, no entanto, olha mais à frente. "Talvez a verdadeira contenda aconteça na Lombardia uma semana depois", perspetivou. "Mas por agora, Pogacar mostrou novamente que é o homem a bater".

Para Evenepoel, a prata em Kigali foi tanto um consolo como uma oportunidade perdida. Domingo em França oferece a chance de corrigir isso, mas com Pogacar imparável e novos desafiantes em jogo, pode ser uma subida ainda mais íngreme.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/um-novo-duelo-no-domingo-com-jonas-vingegaard-e-joao-almeida-tambem-os-4-magnificos-enfrentam-se-no-campeonato-da-europa-2025-e-ha-contas-para-ajustar

“Análise - O que resta de ciclismo em 2025? Campeonatos da Europa, Clássicas Italianas e Ciclocrosse”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Apesar da cortina ter caído sobre Kigali e os Grandes Voltas terem concluído, parece que a história do ciclismo de 2025 acabou, mas ainda não é bem assim. Alguns capítulos estão a encerrar, outros ainda exigem o seu destaque. Desde honras continentais a provas de um dia no outono, e depois o regresso à lama do ciclocrosse, a reta final do ano promete tensão, surpresas e transições.

 

Campeonato da Europa

 

Antes da temporada de estrada realmente acabar, a atenção volta-se para os Campeonatos Europeus de Estrada da UEC de 2025, realizados de 1 a 5 de outubro em Drôme-Ardèche, França. Para os ciclistas que não conseguiram a glória em Kigali ou que procuram redenção, a camisola europeia é um prémio por si só. A corrida de estrada masculina elite, fixada em 202,5 km e com mais de 3.300 m de desnível, está feita para partir o pelotão. Assim, uma vez mais, Tadej Pogacar será o favorito esmagador. No entanto, ele terá que passar por Remco Evenepoel e Jonas Vingegaard para conquistar mais um título este ano.

Para alguns países, os Campeonatos Europeus são a última oportunidade de conquistar troféus. Outros, desgastados pelos Campeonatos do Mundo, podem jogar de forma mais conservadora. Ainda assim, aqueles que chegam trazem ambição fresca. Num pelotão que provavelmente incluirá Pogacar, Evenepoel, Ayuso e mais, a corrida europeia pode muito bem assemelhar-se a um mini-Campeonato do Mundo tático, mas com menos companheiros de equipa e mais confusão. Para o campeão em título, Tim Merlier, a natureza do percurso infelizmente não lhe dará oportunidade de defender o seu título.

 

Milão, Bergamo e as clássicas de outono italianas

 

Uma vez resolvidas as questões das camisolas continentais, a Itália chama. As clássicas de outono na Itália, muitas vezes não valorizadas o suficiente, têm servido há muito como os últimos palcos de duelos da temporada, onde a tática encontrará a fadiga, e onde os astros do final da temporada podem brilhar. Espere por corridas como a Coppa Sabatini, Milano-Torino e Giro dell’Emilia para animar as semanas entre o final da Europa e o final da temporada.

Mas a joia da coroa deste outono é a Il Lombardia, a "Corrida das Folhas que Caem". Agendada para sábado, 11 de outubro de 2025, Il Lombardia irá percorrer 238 km de Como a Bergamo e incluirá cerca de 4.400 metros de desnível. Como último Monumento do ano, tem um grande peso, principalmente para Pogacar. O bicampeão mundial venceu esta corrida quatro anos consecutivos, e se vencer este ano, terá estado no pódio de todos os monumentos em 2025. Para alguns ciclistas, é uma oportunidade para deixar uma última marca. Para outros, para recuperar prestígio após um dececionante Campeonato do Mundo ou Grandes Voltas. É o capítulo de encerramento da temporada de estrada, o local perfeito para uma última jogada dramática.

Os ciclistas que sairem ilesos de Kigali e da Europa, especialmente aqueles que não foram completamente utilizados como domestiques, ainda podem ter reservas para atacar. Trepadores de alta categoria, especialistas em fugas tardias ou puncheurs podem usar o perfil implacável da Lombardia para marcar posição, especialmente se os favoritos chegarem cansados ou forem marcados em excesso. Mas, se Pogacar estiver perto da forma que vimos durante toda a época, ele inevitavelmente atacará de longe.

 

O crosse está a chegar!

 

Quando as bicicletas de estrada forem guardadas, os pneus com cravos voltam a sair. A Taça do Mundo de Ciclocrosse da UCI 2025-26 está à espera, e já tem 12 etapas traçadas em seis países. Enquanto que a estrada requer paciência, o crosse é imediato. Enquanto na estrada dominam as longas subidas, o crosse exige explosividade, habilidades técnicas e piques repetidos. Os ciclistas precisarão de reconfigurar os seus motores para os circuitos de crosse.

Aqueles com experiência em crosse, particularmente na Bélgica e nos Países Baixos, não terão descanso após a temporada de estrada. Os circuitos locais (Superprestige, X²O, DVV, etc.) aliados às séries nacionais criam um calendário denso. E claro, o Campeonato do Mundo de Ciclocrosse surgirá como o teste supremo de inverno, onde Mathieu van der Poel tentará bater o recorde de sempre de títulos mundiais se conquistar a camisola arco-íris de ciclocrosse pela oitava vez na carreira. Mas será que Thibau Nys ou Wout van Aert conseguirão desafiá-lo mais este ano?

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/analise-o-que-resta-de-ciclismo-em-2025-campeonatos-da-europa-classicas-italianas-e-ciclocrosse

“FPC distinguida com Medalha de Mérito Turístico 2025 pela Região de Turismo do Algarve”


A Federação Portuguesa de Ciclismo foi distinguida pela Região de Turismo do Algarve com a Medalha de Mérito Turístico 2025, uma das mais elevadas condecorações atribuídas pelo setor do turismo na região.

O reconhecimento sublinha o papel determinante da Volta ao Algarve, prova organizada pela Federação, na afirmação internacional do destino turístico algarvio. Transmitida para mais de 190 países e acompanhada por equipas e atletas de topo mundial, a corrida é hoje um dos principais veículos de promoção da marca Algarve além-fronteiras, reforçando a atratividade da região não apenas como destino de férias, mas também como território de excelência para a prática do desporto e do turismo ativo.

A entrega da distinção decorreu na Gala dos 55 Anos da Região de Turismo do Algarve, realizada no Casino de Vilamoura, no evento que encerrou as comemorações do aniversário da instituição.

Em representação da Federação Portuguesa de Ciclismo, a Medalha de Mérito Turístico foi recebida por Ana Cunha, presidente adjunta da Associação de Ciclismo do Algarve.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“O triatlo como elixir aos 70 anos e após uma leucemia”


Christian Bayon, um triatleta de 70 anos, é um exemplo inspirador de resiliência e determinação. É sobre ele a crónica de hoje: “O triatlo mudou a minha vida”.

Após enfrentar leucemia mieloide aguda, diagnosticada em 2016, e uma recaída em 2019, Christian passou por dois transplantes de medula óssea no Instituto Português de Oncologia (IPO). Apesar dos desafios impostos pela doença e pelos transplantes, o nosso triatleta continua a competir, representando Portugal, apesar da nacionalidade francesa, uma vez que o regulamento permite-lhe vestir as cores do país onde foi tratado.

Christian não é novato no triatlo. Iniciou-se na modalidade em 2002 e aos 50 anos venceu a prova de Peniche no seu escalão. A paixão pelo desporto sempre esteve presente, mas a doença trouxe novos desafios. “Nunca pensei conseguir voltar ao triatlo”, revela Christian. “Não só por causa do transplante, que reduz bastante as capacidades atléticas – que, no meu caso, já não eram excecionais – mas também pela minha idade. Faço 70 anos no próximo mês.”

Praticar desporto após um transplante não é uma tarefa fácil. A redução das capacidades físicas, combinada com a idade avançada, torna a jornada de Christian ainda mais notável. A sua determinação em continuar a treinar e competir demonstra que é possível superar limitações e viver plenamente após a doença. “Há uma vida depois da doença”, afirma, destacando a importância de mostrar aos outros doentes que a superação é possível.

Nos últimos quatro anos, Christian tem participado nos World Games para pessoas transplantadas, competições que vão além do desporto. “Adoro essas competições. A experiência não é só de desporto, mas também humana”, partilha. A conexão com outros atletas, muitos dos quais enfrentaram desafios semelhantes, criou laços profundos. “Todos tivemos o mesmo tipo de experiências complicadas, e isso é um cimento potente”, explica. Esses momentos de partilha e amizade reforçam o espírito de comunidade e resiliência que o triatlo proporciona.

A história de Christian Bayon é mais do que uma narrativa de vitórias no desporto – é um testemunho de força, coragem e esperança. Um testemunho que mostra que, independentemente da idade ou dos obstáculos, é possível continuar a perseguir paixões e inspirar os outros. “A superação é um exemplo para as pessoas doentes”, diz Christian, deixando uma mensagem poderosa: a vida após a doença pode ser vibrante e cheia de conquistas.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“CRP RIBAFRIA VENCE INDIVIDUAL E COLETIVAMENTE O IX CIRCUITO UCA EM ÉVORA”


A equipa de ciclismo Beneditense do Centro Recreativo e Popular da Ribafria, Grupo Parapedra – MAF – Riomagic, participou no dia 27 de setembro, no IX Circuito ciclismo da União Ciclismo do Alentejo (UCA), em Évora.

O circuito foi composto por 15 voltas de 4 km, perfazendo um total de 60 km.


A equipa do CRP Ribafria participou nesta prova com 6 unidades da sua formação, João Letras, Jorge Letras, Luís Teixeira, Paulo Simões, Jorge Marques e Ricardo Sequeira.

A corrida teve um arranque rápido, e na segunda volta deu-se uma fuga de quatro elementos, onde estavam inseridos dois atletas do CRP Ribafria (Paulo Simões e João Letras).


Sendo a fuga de grande interesse para a equipa do CRP Ribafria, a restante equipa tentou sempre controlar o pelotão.

Na fuga, um dos elementos veio a perder o contanto devido a um furo, ficando apenas os dois atletas do CRP Ribafria e um adversário, com Paulo Simões a trabalhar para a fuga chegar ao fim.


A fuga chegou ao fim, com João Letras a cortar a meta em 1º lugar vencendo a prova, ficando Paulo Simões no terceiro lugar.

Jorge Marques conseguiu ganhar alguma vantagem ao pelotão e cortar a meta no quarto lugar e Jorge Letras no sexto lugar.

João Letras venceu também no escalão elites e Jorge Marques foi o segundo classificado, Jorge Letras venceu no escalão M35 e Paulo Simões venceu no escalão M45 e o prémio das metas volantes.


Coletivamente a equipa foi a grande vencedora e conquistou o 1.º lugar.

Esta foi a última prova da época 2025, estando a direção da do CRP Ribafria | Grupo Parapedra – MAF – Riomagic a trabalhar na época 2026, tendo já definido todas as saídas de atletas e entradas de novos reforços.

Fonte: Grupo Parapedra – MAF – Riomagic

“Clube de Natação de Torres Novas no World Triathlon Championship Series em Wehai (China)”


JOÃO NUNO BATISTA e MARIA TOMÉ no TOP 10 no Mundial de Triatlo na China

 

Por: Paulo José Catarino Vieira

Fantásticas participações de JOÃO NUNO BATISTA e MARIA TOMÉ, na penúltima etapa do campeonato do mundo de triatlo, que se realizou esta sexta-feira, 26/setembro, em Wehai na China.

Na sua segunda participação numa etapa WTCS, JOÃO NUNO BATISTA alcançou um brilhante 8ºlugar, realizando a 2ª melhor corrida da competição, com um tempo de 30 minutos e 2 segundos nos 10km, numa prova disputada em distância standard (1500m/natação, 40km/corrida e 10km/corrida).


MARIA TOMÉ ao conseguiu terminar num excelente 10º lugar, subiu ao TOP 20 do ranking mundial, quando falta apenas disputar a finalíssima em Wollongong, na Austrália, a 18/outubro.

Ainda na madrugada de sexta-feira em Wehai, estiveram também em ação os irmãos Kropkó, os húngaros que representam o Clube de Natação de Torres Novas. Márton Kropkó concluiu esta etapa também dentro do TOP 10 (7º lugar), e Márti Kropkó no 13º lugar.


Uma excelente participação destes atletas, enquadrados tecnicamente pelo treinador Paulo Antunes, que os acompanhou nesta deslocação à China.

Fonte: Clube de Natação de Torres Novas


domingo, 28 de setembro de 2025

“Campeonato do Mundo/Afonso Eulálio 9.º entre a elite no Campeonato do Mundo”


Afonso Eulálio igualou o segundo melhor registo da história da Seleção Nacional em provas de fundo da elite masculina em Campeonatos do Mundo. O jovem português de 23 anos foi nono este domingo, em Kigali, Ruanda.

Esta foi a quinta ocasião em que Portugal conseguiu terminar entre os dez primeiros, depois do título Mundial conquistado por Rui Costa, em 2013, o mesmo protagonista do nono lugar, em 2015, e de dois décimos, em 2018 e 2019, sempre sob a tutela de José Poeira, atual Selecionador Nacional. A lista inclui agora o nome de Afonso Eulálio e logo num dos mundiais mais duros de sempre, com mais de cinco mil metros de desnível acumulado.

“Sabia que vinha bem, mas nunca pensei fechar no top 10. Foi um Mundial super duro, mas consegui gerir a corrida. Quando o Pogacar atacou de longe, não fui ao choque nem ao limite, porque sabia que a perseguição seria feita por um grupo maior. Procurei poupar-me e fazer diferenças onde sabia que podia. Conseguir um top 10 num Mundial é muito motivador. Passei o ano a trabalhar para a equipa e, agora, no final da época, alcançar este resultado muito gratificante”, explica Afonso Eulálio.

A Seleção Nacional entrou em prova com quatro portugueses na prova de fundo: Afonso Eulálio, António Morgado, Ivo Oliveira e Tiago Antunes. Além de Eulálio, Ivo Oliveira esteve em destaque ao entrar na fuga do dia durante 157 quilómetros, tendo sido um dos últimos resistentes. Tanto Ivo Oliveira como António Morgado e Tiago Antunes não terminaram a prova – apenas 30 ciclistas completaram a corrida.

“Foi uma corrida muito difícil, com um acumulado duríssimo, e o Afonso soube gerir muito bem. Mas não basta saber gerir, é preciso ter capacidade, e ele mostrou que a tem. Chegar com os melhores, deixando para trás ciclistas de grande valor, e terminar em nono lugar é espetacular. Não podemos esquecer que o Afonso só tem 23 anos”, destaca José Poeira.

“Já no ano passado esteve no Mundial, mas teve problemas mecânicos e uma queda que o impediram de mostrar todo o potencial. Essa experiência ajudou-o agora e um ano depois está entre os dez primeiros de um Campeonato do Mundo tão duro. É muito

 

positivo ver um corredor tão jovem alcançar este resultado numa prova desta

dimensão”, sublinha o selecionador nacional.

A prova, essa, foi vencida pelo esloveno Tadej Pogačar, que completou os 267,5 quilómetros em 6h21m21s, 66,6 dos quais a solo. O belga Remco Evenepoel e o irlandês Ben Healy completaram o pódio por esta ordem, a 1m28s e 2m16s, respetivamente. Afonso Eulálio manteve-se bem colocado ao longo de toda a corrida e chegou na nona posição, a 7m06s, quase dois minutos a menos que Thomas Pidcock, 10.º.

A Seleção Nacional regressa à entrada já na próxima semana, no Campeonato da Europa, em França, entre 1 e 5 de outubro. Portugal terá uma representação alargada na prova, num total de 24 representantes, entre elite, sub-23 e juniores, tanto masculinos como femininas.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“"Não entrei no top 10, mas atingi um nível de sofrimento - A corrida mais dura da minha vida": Paul Seixas (19!) apresenta desempenho revelação no mundial de estrada”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A estreia de Paul Seixas no Campeonato do Mundo de Estrada de elites masculinos em Kigali terminou com um 13º lugar, a 9 minutos e 7 segundos do vencedor Tadej Pogacar. Embora o jovem francês não tenha conseguido um lugar no top 10, a sua performance destacou-se como uma corrida revelação, terminando 40 segundos à frente do compatriota Pavel Sivakov e consolidando a sua posição como o melhor ciclista francês.

"Estou muito feliz por ter terminado", disse Seixas à Eurosport após a corrida, visivelmente exausto. "Queria ajudar a equipa o máximo possível, especialmente o Pavel, que era o nosso líder. No final, talvez ele não teve o dia que esperava, e tudo se decidiu nos pedais. Não conseguimos um top 10 ou melhor, mas ganhamos muita experiência. Foi muito duro na chegada, quando não se tem mais nada, tudo é na cabeça. Estou muito satisfeito por ter terminado, e isso servirá como uma experiência de aprendizagem para o futuro".

 

Aprender Através do Sofrimento

 

A corrida de Seixas foi marcada por subidas implacáveis, secções de pavês castigadores e o ritmo de desgaste do pelotão da elite. Apesar de ser um dos ciclistas mais jovens do pelotão, ele conseguiu acompanhar alguns dos melhores do mundo, incluindo Tom Pidcock e Primoz Roglic, mesmo quando a corrida se fragmentou nos circuitos ao redor de Kigali.

"Ainda parece estranho estar a correr com ciclistas como o Pidcock ou o Roglic, especialmente quando se tenta terminar no top 10 de um Campeonato Mundial de elite", continuou Seixas. "É impressionante, e eu dei tudo o que tinha para me aguentar e terminar. Não consegui chegar ao top 10, mas também não estou a competir contra atletas desconhecidos, por isso, não tenho arrependimentos. Alcancei um nível de sofrimento que raramente experimentei, provavelmente a corrida mais dura da minha vida. Acho que isso vai ajudar-me a dar o próximo passo em frente".

Apesar de não ter alcançado o pódio ou um lugar no top 10, a performance de Seixas marca-o como um talento a ter em conta no futuro. A sua capacidade de resistir às exigências extremas do percurso em Kigali, apoiar o seu líder de equipa e manter-se à frente de outros ciclistas estabelecidos destaca uma resistência física e maturidade tática além dos anos.

Para o jovem de 19 anos, a corrida forneceu mais do que apenas resultados, foi uma lição inestimável de perseverança, estratégia e maneio da carga mental e física de uma corrida ao nível do Campeonato Mundial. A experiência adquirida no Ruanda provavelmente será a base para um excitante próximo capítulo na emergente carreira de Seixas.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/nao-entrei-no-top-10-mas-atingi-um-nivel-de-sofrimento-a-corrida-mais-dura-da-minha-vida-paul-seixas-19-apresenta-desempenho-revelacao-no-mundial-de-estrada

“Mundial: João Nuno Batista e Maria Tomé no top-10 em Weihai”


João Nuno Batista e Maria Tomé garantiram dois lugares dentro do top-10 em Weihai, na China, na penúltima prova do campeonato do mundo.

No setor masculino, João Nuno Batista foi oitavo classificado, completando a distância olímpica (1,5km/ 40km/ 10km) em 01:41:17. Para a história fica também a realização do segundo melhor parcial de corrida, superando mesmo o vencedor, o suíço Max Studer.  Miguel Tiago Silva terminou na 34ª posição.

No feminino, Maria Tomé conseguiu um lugar entre as dez melhores, ao terminar em 10.º lugar, em 01:53:52, repetindo o feito que já tinha alcançado em Yokohama. A prova foi ganha pela britânica Beth Potter.

 

Tudo por decidir na Austrália

 

Com apenas mais uma prova por disputar — a grande final em Wollongong (Austrália) — a luta pelo título mundial está ao rubro. Na tabela masculina, Matthew Hauser lidera com vantagem, seguido por Miguel Hidalgo e Vasco Vilaça. Já Ricardo Batista, por motivos de saúde, não participou na prova chinesa, o que lhe valeu a saída do top-10, seguindo agora na 11ª posição.

Entre as mulheres Beth Potter segue na liderança, enquanto Maria Tomé deu um salto para o 14º posto.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“Mundiais de ciclismo: Tadej Pogacar revalida título mundial. Afonso Eulálio foi 9º”


Tal como em 2024, o esloveno voltou a atacar de longe e cortou a linha de meta isolado

 

Tadej Pogacar revalidou o título de campeão do mundo de ciclismo. O ciclista esloveno foi o mais rápido a percorrer os quase 268 quilómetros em torno de Kigali, capital do Ruanda.

Apesar de todos estarem avisados para os ataques madrugadores de Pogacar, que em 2024 partiu para a vitória a 100 quilómetros do fim, a verdade é que o esloveno voltou a fazer o mesmo.

Quando faltavam 104 quilómetros para a meta, o campeão do mundo atacou, juntamente com Juan Ayuso, numa fuga à qual se juntou o mexicano Isaac Del Toro.

Depois de vários quilómetros na frente, Del Toro abriu para o lado e Pogacar fez 66 quilómetros sozinho rumo à vitória, isto apesar da perseguição encetada por Evenepoel, Ben Healy e Skjelmose.

Após alguns quilómetros onde a diferença para Pogacar não mudava, mantendo-se em um minuto, a partir dos 25 quilómetros essa distância começou gradualmente a aumentar.

O ciclista da UAE cruzou a linha de meta com 1:30 minutos de vantagem sobre Remco Evenepoel.

A cerca de 20 quilómetros do fim, o ciclista belga deixou os dois colegas de fuga para trás, partindo sozinho rumo à medalha de prata.

Quanto ao bronze, Ben Healy conseguiu fugir de Skjelmose nos útlimos quilómetros, fechando assim o pódio, a 2:16 minutos de Pogacar.

Afonso Eulálio, no seu primeiro ano como ciclista sénior, terminou no top-10, acabando a corrida no 9º lugar.

Fonte: Sapo on-line

“Vamos apoiar os Bombeiros de Vialonga”


III Maratona de Cycling – Pedalar para dar Vida”

 

Sábado, 22 de novembro de 2025 das 17,30 às 20,30 horas

 

A 3ª Maratona de Cycling vai realizar-se no próximo dia 22 de novembro, na Área Técnica Operacional dos Bombeiros Voluntários de Vialonga, na Estrada Olival de Fora, nª4.

O evento vai ter uma duração de 3 horas, terá início pelas 17,30 horas, e terá o seu términos pelas 20,30 horas, está aberto a todo o público em geral, e as inscrições abrem a partir do dia 5 de outubro.

O evento tem como objetivos da angariação de fundos para aquisição de um veículo de combate, e irá contar com a participação de seis instrutores.

As inscrições e informações podem ser feitas pelo mail: cycling@ahbuvialonga.com a partir do dia 5 de outubro.

Estejam atentos, brevemente, mais novidade sobre este evento, que recomendamos.

Ficha Técnica

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