Por: Lusa
A INEOS, equipa dos três
últimos vencedores da Volta a França em bicicleta, poderá não alinhar na prova,
como medida de prevenção face à pandemia de covid-19, reconheceu esta
sexta-feira o seu diretor, Dave Brailsford.
"Reservar-nos-emos o
direito de retirar a equipa [do Tour] caso o consideremos necessário",
assumiu o 'patrão' da formação britânica em declarações ao The Guardian,
pontuando que essa decisão drástica só aconteceria se os responsáveis da INEOS
sentissem que as medidas postas em práticas pelos organizadores da Volta a
França contra o novo coronavírus não estavam a desenvolver-se de forma
"preventiva, inteligente e responsável".
A Volta a França, inicialmente
prevista entre 27 de junho e 19 de julho, foi esta semana adiada para o período
entre 29 de agosto e 20 de setembro, devido à pandemia da covid-19.
"Uma vez que a corrida
está agendada, planeamos participar, mas iremos monitorizar a evolução da
situação, como fizemos antes do Paris-Nice. Esta é uma abordagem sensível,
responsável e razoável", estimou Dave Brailsford.
A equipa britânica,
anteriormente denominada Sky, venceu todas as edições da Volta a França desde
2012, com exceção da de 2014 (conquistada pelo italiano Vincenzo Nibali), e tem
nas suas fileiras os últimos três vencedores da 'Grande Boucle': o colombiano
Egan Bernal, o campeão em título, e os britânicos Geraint Thomas, vencedor em
2018, e Chris Froome (2013, 2015, 2016 e 2017).
Sobre este último, o diretor
da INEOS, numa entrevista ao The Times, considerou mesmo que poderá ser um dos
maiores beneficiados do adiamento do Tour, uma vez que teria mais tempo para
'apurar' o seu estado de forma e recuperar definitivamente das sequelas da
grave queda que sofreu em junho de 2019 no Critério do Dauphiné.
"Chris Froome está a
trabalhar arduamente em casa, no ginásio e nos rolos. Passa muitas horas a
trabalhar e isso custa. Creio que ele encara como uma oportunidade o adiamento
do Tour e pensa que pode treinar mais do que os outros neste período, o que lhe
poderá dar uma pequena vantagem", analisou.
O britânico, de 34 anos,
voltou à estrada, após oito meses de ausência, na Volta aos Emirados Árabes
Unidos, prova que terminou abruptamente devido à pandemia do novo coronavírus.
A nível global, a pandemia de
covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de
pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados
curados.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro
da China.
Para combater a pandemia, os
governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da
população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram
drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia
mundial.
Fonte: Record on-line
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