Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A Volta a França de 2026 será
apresentada oficialmente dentro de uma semana, mas o esboço do percurso já
começa a ganhar forma através de fugas de informação e confirmações locais. O
cenário promete um Tour equilibrado e exigente, com Pirinéus logo na primeira
semana, Alpes decisivos no final e uma Grande Partida em Barcelona que marcará
o regresso da corrida a território espanhol.
Grande
Partida de Barcelona
O início em Barcelona foi
confirmado há meses, mas os detalhes agora conhecidos dão-lhe um caráter ainda
mais simbólico. A 1.ª etapa será um contrarrelógio por equipas de 19
quilómetros, com partida e chegada no centro da cidade. A última vez que
Barcelona acolheu uma prova do género foi na Volta a Espanha de 2022, onde as
condições de pouca luz geraram polémica, algo que os organizadores esperam
evitar em 2026.
A 2.ª etapa também terminará
na capital catalã, com chegada no Estádio Olímpico após a subida ao Alto de
Montjuïc, um cenário bem conhecido da Volta à Catalunha e suficientemente
explosivo para colocar os candidatos à geral em evidência.
A 3.ª etapa, entre Granollers
e Les Angles, sobe até 1.800 metros de altitude e fecha a abertura espanhola
com mais um teste de montanha leve. Três dias e nenhuma oportunidade para
sprinters: um início intenso, ideal para ciclistas ofensivos e homens da geral.
Pirinéus
logo na primeira semana
A entrada em França faz-se com
duas etapas nos Pirinéus, confirmando que a corrida não vai perder tempo a
testar os trepadores.
Etapa 4: partida em Limoux e
final provável em Foix, com passagem pelo Mur de Péguère ou até um final em
Prat d’Albis, palco da memorável vitória de Thibaut Pinot em 2019.
Etapa 5: entre Lannemezan e
Pau, deverá marcar o primeiro sprint do Tour.
Etapa 6: saída de Pau rumo a
Gavarnie-Gèdre, com final na estância de Les Espécières, uma chegada em alto
inédita.
Estas etapas deverão definir o
primeiro esboço da classificação geral, antes de a corrida se deslocar para
norte.
Sprints,
Maciço Central e Vosges de regresso
A partir da etapa 7, o Tour
deixa a montanha e ruma às planícies do oeste francês, com finais possíveis em
Bordéus, Dordogne e Ussel. A etapa 9, entre Malemort e Ussel, poderá oferecer
terreno acidentado para homens de clássicas e puncheurs como Mathieu van der
Poel e Wout van Aert.
Após o primeiro dia de
descanso, o Tour regressa à dureza com uma chegada em Le Lioran (etapa 10), no
Maciço Central, confirmada por várias fontes. Um percurso seletivo, ideal para
trepadores e caçadores de etapas.
Segue-se uma sequência de
etapas com perfil mais acessível:
Etapa 11: final no circuito de
Magny-Cours, com garantias reforçadas de segurança para o sprint.
Etapa 12: possível chegada em
Châlon-sur-Saône.
Depois, o pelotão segue para
nordeste e reencontra as montanhas dos Vosges, região que regressa ao mapa do
Tour após uma breve ausência:
Etapa 13: chegada provável a
Belfort.
Etapa 14: final em La Planche
des Belles Filles ou Le Markstein, onde Tadej Pogacar venceu a última etapa de
montanha em 2023.
Os Alpes
decidirão o Tour
A decisão final deverá
acontecer nos Alpes, a partir da etapa 15.
Plateau de Solaison: está
praticamente confirmado como chegada em alto, embora ainda não se saiba se será
uma cronoescalada ou uma etapa em linha.
Etapa 16: poderá ser um
contrarrelógio individual com partida em Evian-les-Bains, logo após o último
dia de descanso.
O Alpe d’Huez regressa em 2026
e promete ser o ponto alto da edição, possivelmente com dupla subida via Col de
Sarenne, tal como aconteceu em 2013.
A 18.ª etapa poderá terminar
em Orcières-Merlette, uma chegada mais curta mas explosiva, enquanto a 19.ª
poderá ligar o Grand Colombier, o Col de la Biche e o Mont du Chat, terminando
em Chambéry, um dos dias mais duros do Tour.
As duas últimas etapas deverão
ser mais leves:
20.ª: destinada aos sprinters,
a última oportunidade antes do final da corrida.
21.ª: final tradicional em
Paris, possivelmente de regresso ao circuito de Montmartre, que foi um sucesso
em 2025.
Um Tour
equilibrado e montanhoso
Tudo indica que a Volta a
França 2026 terá um desenho equilibrado, combinando a explosividade inicial da
Catalunha, a dureza dos Pirinéus, a variação do Maciço Central e o grande
clímax alpino.
Com Alpe d’Huez e Plateau de
Solaison como símbolos da decisão, e uma abertura inédita em Barcelona, o Tour
promete espetáculo desde o primeiro dia. O percurso será oficialmente
apresentado a 23 de outubro, mas já se antevê uma edição emblemática e imprevisível.
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