Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A Volta à Colombia é uma
corrida que deu muito que falar na última década, tendo Egan Bernal ou Sergio
Higuita como vencedores, mas nos últimos anos não tem sido disputada. Em 2026
estava previsto o seu regresso, tendo sido oficialmente acrescentada ao calendário
da UCI. No entanto, as boas notícias foram de curta duração e está agora
confirmado que os organizadores não têm fundos para realizar o evento em
fevereiro próximo.
Num comunicado oficial, a
organização da corrida confirmou o fim do plano para realizar o evento na época
de 2026. A corrida tinha garantido o estatuto de 2.1 no calendário da UCI, como
já tinha acontecido no passado, mas não conseguiu garantir uma verba de cerca
de 10 mil milhões de pesos colombianos - ou seja, 2,2 milhões de euros - para
assegurar que o evento pudesse decorrer como planeado, com as condições e
requisitos de segurança adequados a uma corrida deste nível. No entanto, haverá
um esforço para manter os patrocinadores que garantiram o seu apoio para um
potencial regresso em 2027.
Houve também um esforço
concertado para informar sobre os custos da realização de um evento deste tipo
e sobre a necessidade desses fundos. Seriam necessários 1,5 mil milhões de
pesos para o transporte aéreo de todas as equipas do World Tour e ProTeams, bem
como de outras equipas para a realização da corrida; 2,5 mil milhões de pesos
para o alojamento e alimentação de todas as equipas participantes durante os
vários dias de corrida; 610 milhões de pesos para transportes e operações; 5
milhões para o alojamento e a alimentação de todas as equipas participantes
durante os vários dias de corrida; 610 milhões para o transporte e as operações
a nível logístico para o pessoal e as equipas; 252 para as taxas de excesso de
bagagem para as equipas internacionais; mais de 4 mil milhões para a logística
geral, a segurança rodoviária e a preparação técnica; 275 para o staff de apoio
que permitiria a realização da prova em segurança, 540 milhões para o prémio
monetário, os seguros, as acreditações e outros aspetos que incumbem aos
organizadores; para além de outros custos mais residuais...
Em última análise, a realidade
que aqui se mostra reflete-se noutras corridas da UCI, que muitas vezes
proporcionam espetáculo e emoção na televisão, mas são sempre fruto de meses,
ou mesmo anos, de trabalho para garantir que todas as peças do puzzle se encaixam.
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