segunda-feira, 10 de junho de 2024

“Volta a França um olhar pela edição 2024, as etapas, altimetrias”


Na 111ª edição da Volta a França, pela primeira vez na história da mesma, não será Paris a ter o seu final, será desta vez em Nice, com um contrarrelógio individual

 

Por: José Morais

Fotos: ASO

A edição deste ano da Volta a França teve de mudar de local, motivado pelo Jogos Olímpicos de Paris, a mais prestigiada prova do Grand Tour será realizada de 29 de junho a 21 de julho, e deixa assim as tradições de lado na sua 111ª edição, e pela primeira vez na sua história, a chegada não vai ocorrer em Paris, mas sim na bela cidade de Nice, foi a solução escolhida assim este ano para a etapa final, que vai terminar com uma prova de contrarrelógio.


Porem, para começar a prova, haver mais uma novidade, e pela primeira vez um o Tour inicia-se em Itália, mais precisamente em Florença, com a mesma a passa ainda por Bologna e Torino nos primeiros quatro dias da prova, rolando por terras italianas.

 

As etapas e altimetrias do Tour 2024


 

Primeira semana:

 

1º Etapa – 29 de junho – Florença – Rimini – 206 km

2ª Etapa – 30 de junho – Cesenatico – Bologna – 198,7 km

3ª Etapa - 1º de julho – Piacenza – Torino – 230,5 km

4ª Etapa – 2 de julho – Pinerolo – Valloire – 139,6 km

5ª Etapa – 3 de julho – Saint-Jean-de-Maurienne – Saint-Vulbas Plaine de l’Ain – 177,4 km

6ª Etapa – 4 de julho – Mâcon – Dijon – 163,5 km

7ª Etapa – 5 de julho – Nuits-Saint-Georges – Gevrey-Chambertin – 25,3 km (ITT)

8ª Etapa – 6 de julho - Semur-en-Auxois – Colombey-les-Deux-Églises – 183,4 km

9ª Etapa – 7 de julho – Troyes – Troyes – 199 km


A Volta a França 2014 inicia-se no 29 de junho, sábado, com uma etapa de 206km entre Florença e Rimini, é uma etapa com percurso montanhoso, o que significa ser muito provável que o primeiro camisa amarela de 2024 não seja um velocista, como estamos acostumados, com os organizadores a aproveitarem ao máximo as colinas dos Apeninos que ficam entre a largada em Florença e a chegada na Costa Adriática, incluindo sete subidas no total, a última das quais San Marino com 7,1 km 4,8%, de categoria 3, a 27km do local de chegada.


“É raro a Volta a França começar com mais de 3.600 metros de subida na verdade, isso nunca aconteceu antes e é também a primeira vez que a corrida visita a cidade-natal de Gino Bartali. A sucessão de colinas na Toscana e Emilia-Romagna provavelmente será o cenário para um confronto imediato entre os favoritos, especialmente a subida a San Marino, onde a corrida somará sua 13ª localidade ao seu catálogo de subidas no estrangeiro”, disse Christian Prudhomme, diretor da Volta a França.


A 2ª etapa, dia 30 de junho, domingo, terá 198,7 km entre Cesenatico e Bologna e leva o pelotão a Imola e ao seu famoso circuito de automobilismo. A parte final da etapa, com a subida ao Santuário de San Luca com 1,9km a 10,6%, tradicional final do Giro dell’Emilia, será disputada duas vezes nos 40km finais.

A 3ª etapa, dia 1 de julho, segunda-feira, será a etapa mais longa do Tour 2024, com percurso de 230,5 km entre Piacenza e Torino, no percurso, o pelotão prestará uma breve homenagem a Fausto Coppi passando por Tortone, onde morreu o campeoníssimo, sendo a primeira chance de os velocistas marcarem pontos para a classificação da camisola verde.


A 4ª etapa, dia 2 de julho, terça-feira, larga de Pinerolo, ainda por Itália, e termina em Valloire, já na França, com 139,6km de percurso, o pelotão cruza assim a fronteira pelos Alpes na primeira etapa de montanha da disputa na edição de 2024, mas com os últimos 19 km em descida, depois da passagen pelo Sestrières, Col de Montgenèvre e Col du Galibier.

A corrida sai assim de Itália depois de uma longa subida até Sestrières, onde Fausto Coppi triunfou em 1952, com a fronteira alcançada no Col de Montgenèvre, depois, o percurso sobe o passo de Lautaret e o pelotão enfrenta o Galibier, a 2.642 metros, esta que será a primeira oportunidade para os favoritos poderem testar-se na alta montanha, destaca o diretor do Tour de França, Prudhomme.


Depois de um início de prova dura, a organização do Tour de França preparou dois dias seguidos com etapas mais rápidas, propicias para os velocistas, algo raro na competição nas últimas décadas. A 5ª etapa, a realizar no dia 3 de julho, quarta-feira, com 177,4 km, será entre Saint-Jean-de-Maurienne e Saint-Vulbas Plaine de l’Ain. A 6ª etapa, a realizar no dia 4 de julho, quinta-feira, conta com 163,5 km entre Mâcon e Dijon, e serão certamente etapas importantes para a classificação por pontos.

Na 7ª etapa, dia 5 de julho, será o primeiro contrarrelógio individual do Tour de França será na sexta-feira, com 25,3 km entre Nuits-Saint-Georges e Gevrey-Chambertin, com um percurso que terá uma subida de 1,6 km entre o terreno ondulado dos vinhedos da região de Borgonha.


A 8ª etapa, dia 6 de julho, sábado, com 183,4 km entre Semur-en-Auxois e Colombey-les-Deux-Églises, com os primeiros dois terços do trajeto com cinco subidas categorizadas, com os altos e baixos a podem sobrecarregar as pernas do ciclistas os últimos três quilómetros, os quais sobem ligeiramente, mas de forma constante.

A 9ª etapa, dia 7 de julho, domingo, com 199 km encerra a primeira semana do Tour de França, com uma das etapas mais esperadas. com partida e chegada em Troyes, haverá 14 trechos de estradas de cascalho, com as estradas brancas, que já são uma característica emblemática da Strade Bianche e da Paris-Tours, a voltarem novamente ao Tour de França, depois da experiência em Champagne em 2022, haverá 14 setores, incluindo seis na parte final da etapa, estendendo-se por 32 km no total, disse o diretor do Tour de França


 

Segunda semana:

 

10ª Etapa – 9 de julho – Orléans – Saint-Amand-Montrond – 187,3km

11º Etapa – 10 de julho – Évaux-les-Bains – Le Lioran – 211km

12º Etapa – 11 de julho – Aurillac – Villeneuve-sur-Lot – 203,6km

13ª Etapa – 12 de julho – Agen – Pau – 165,3km

14ª Etapa – 13 de julho – Pau – Saint-Lary-Soulan Pla d’Adet – 151,9km

15ª Etapa – 14 de julho – Loudenvielle – Plateau de Beille – 197,7km



A 10ª etapa, dia 9 de julho, terça-feira, abre a segunda semana do Tour de França, com 187,3 km entre Orléans e Saint-Amand-Montrond. Na passagem por Issoudun, com as estradas expostas, o vento lateral deve ser um desafio a mais.

A 11ª etapa, dia 10 de julho, quarta-feira, com 211 km entre Évaux-les-Bains e Le Lioran, é a única no Maciço Central e terá 4.350 metros de elevação total, com os últimos 50km desafiadores, a subida ao Col de Néronne, depois até ao Puy Mary Pas de Peyrol com os seus temíveis dois quilómetros finais, continuando depois até ao Col de Pertus, ao Col de Font de Cère e à subida a Le Lioran, a etapa terá todos os tipos de oportunidades para os escaladores atacarem, afirmou o diretor do Tour de França.


A 12ª etapa, dia 11 de julho, quinta-feira, com 203,6 km entre Aurillac e Villeneuve-sur-Lot, a mesma será percorrida por terrenos montanhosos, com destaque para a subida ao Rocamadour, que será percorrida no sentido oposto ao percurso do contrarrelógio do Tour de França de 2022, com a segunda parte da etapa a ser mais adequada para as equipas de velocistas prepararem a sua chegada.

A 13ª etapa, dia 12 de julho, sexta-feira, com 165,3 km entre Agen e Pau, cidade conhecida como Porta dos Pirineus, aqui ainda não chegou o momento de escalar, mas há subidas suficientes no final da etapa, são elas o Lot-et-Garonne que possui lindas estradas no início da etapa, e aqui será tempo da formação da fuga a ser monitorada de perto pelas equipas dos velocistas, porem no meio do terreno acidentado que se aproxima do final, as subidas de Blachon e Simacourbe podem representar um problema para os velocistas que não se vão sentir confortáveis nessas colinas, explicou Prudhomme, diretor do Tour de França.


A 14ª etapa, dia 13 de julho, sábado, vai percorrer 151,9 km entre Pau e Saint-Lary-Soulan Pla d’Adet, sendo a primeira etapa nos Pirineus tem o lendário Col du Tourmalet, a Hourquette d’Ancizan e a subida ao Pla d’Adet, a 7,9%, na chegada onde, há 50 anos, Raymond Poulidor, avô de Mathieu Van der Poel, comemorou sua vitória no Tour de França de 1974.

A 15ª etapa, dia 14 de julho, será a segunda semana do Tour de França que termina no domingo, feriado da Bastilha na França, com a etapa de 197,7 km entre Loudenvielle e o Plateau de Beille, com 4.850 metros de ganho vertical, onde os ciclistas vão ter a escalada ao Peyresourde com um final que inclui as subidas do Col d’Agnes e do Port de Lers seguidas da subida final até ao Plateau de Beille, aqui vai ser um grande teste de resistência.


 

Terceira semana:

 

16ª Etapa – 16 de julho – Gruissan – Nîmes – 188,6 km

17ª Etapa – 17 de julho – Saint-Paul-Trois-Châteaux – Superdévoluy – 177,8 km

18º Etapa – 18 de julho – Gap – Barcelonnette – 179,6 km

19º Etapa – 19 de julho – Embrun – Isola 2000 – 144,6 km

20ª Etapa – 20 de julho – Nice – Col de la Couillole – 132,8 km

21ª Etapa – 21 de julho – Mônaco – Nice – 33,7 km (ITT)


 

A 16ª etapa, dia 16 de julho, será realizada após o segundo dia de descanso, o pelotão retorna assim a terceira e última semana do Tour França na terça-feira, com 188,6 km entre Gruissan e Nîmes, esta que será uma etapa de transição em direção aos Alpes e uma grande oportunidade para uma fuga ou tentando escapar, aqui, os velocistas podem vir a ser os favoritos, mas quando a corrida se afastar da costa, perto de Narbonne, e quando os ciclistas passarem por cima do Pic Saint-Loup, o vento aqui poderá soprar forte nesta altura do ano, e poderá atrapalhar os planos, disse o diretor do Tour de França.


A 17ª etapa, dia 17 de julho, quarta-feira, com 177,8 km será entre Saint-Paul-Trois-Châteaux e Superdévoluy, e vai marcar a estreia da estação de esqui Superdévoluy no trajeto do Tour de França, numa etapa de montanha com muitos desafios nos 40 quilómetros finais, com o Col Bayard e o Col du Noyer (7,5 km a 8,4%) a surgir antes da linha de chegada.

A 18ª etapa, dia 18 de julho, quinta-feira, com 179,6 km entre Gap e Barcelonnette, tem o Côte de Saint-Apollinaire e o Côte des Demoiselles Coiffées no trajeto, na parte baixa dos Alpes.


A 19ª etapa, dia 19 de julho, sexta-feira, com 144,6 km será entre Embrun e Isola 2000, aqui uma das mais desafiadoras etapas do Tour de França, com três subidas acima de 2.000 metros de altitude, com a etapa a contar com o ponto mais alto da disputa nesta etapa, o Cime de la Bonnette, a 2.802 metros de altitude, o menu desta etapa de ultra-montanha pode deixá-lo tonto, mas também irá aguçar o apetite dos melhores escaladores, embora a etapa tenha menos de 150 km de extensão, os ciclistas subirão acima dos 2.000 metros em três ocasiões, aqui será o maior teste na subida ao cume de La Bonette, ou seja, a estrada mais alta de França, a uma altitude de 2.802 metros, com o seu panorama de 360 graus será de ficar sem fôlego, disse Prudhomme, o diretor do Tour de França.


A 20ª e penúltima etapa, dia 20 de julho, sábado, com 132,8 km a realizar entre Nice e o Col de la Couillole, será mais um dia intenso nas montanhas para os ciclistas, com a etapa a contar com quatro grandes escaladas, totalizando 4.600 m de subida acumulada, incluindo um topo de montanha com 15,7 km a 7,1% no Col de la Couillole, aqui a batalha vai começar na subida ao Col de Braus, seguindo-se nas subidas ao Col de Turini, Col de la Colmiane, e terminará na chega ao Col de la Couillole.

A 21ª e última etapa do Tour de França 2024, será um contrarrelógio individual de 33,7 km entre o Mônaco e Nice, de salientar que a última vez que o Tour de França terminou com um contrarrelógio, foi quando Greg LeMond tirou a camisola amarela a Laurent Fignon na Champs-Élysées no ano de 1989, apenas por oito segundos de diferença. 35 anos depois, só podemos sonhar com um duelo semelhante, envolvendo dois ou três, num autêntico confronto cujo resultado determinará o pódio final da 111ª edição, e o primeiro a terminar longe do seu cenário parisiense familiar, este ano, o Tour de França termina assim na Place Masséna, a apenas algumas pedaladas da Promenade des Anglais, em Nice, disse Prudhomme, o diretor do Tour de França.


Na sua 32ª edição, o L’Étape du Tour de França 2024 vai repetir o percurso da 20ª etapa do Tour de França, entre Nice e Col de la Couillole, no dia 7 de julho de 2024, vencedor, iremos saber no final em Nice, por agora ficam todas as etapas.

 

As etapas:

 

1ª Etapa – 29 de junho – Florença – Rimini – 206 km

2ª Etapa – 30 de junho – Cesenatico – Bologna – 198,7 km

3ª Etapa – 1º de julho – Piacenza – Torino – 230,5 km

4ª Etapa – 2 de julho – Pinerolo – Valloire – 139,6 km

5ª Etapa – 3 de julho – Saint-Jean-de-Maurienne – Saint-Vulbas Plaine de l’Ain – 177,4 km

6ª Etapa – 4 de julho – Mâcon – Dijon – 163,5 km

7ª Etapa – 5 de julho – Nuits-Saint-Georges – Gevrey-Chambertin – 25,3 km (ITT)

8ª Etapa – 6 de julho - Semur-en-Auxois – Colombey-les-Deux-Églises – 183,4 km

9º Etapa – 7 de julho – Troyes – Troyes – 199 km


 

8 de julho – descanso:

 

10ª Etapa – 9 de julho – Orléans – Saint-Amand-Montrond – 187,3 km

11ª Etapa – 10 de julho – Évaux-les-Bains – Le Lioran – 211 km

12ª Etapa – 11 de julho – Aurillac – Villeneuve-sur-Lot – 203,6 km

13ª Etapa – 12 de julho – Agen – Pau – 165,3 km

14ª Etapa – 13 de julho – Pau – Saint-Lary-Soulan Pla d’Adet – 151,9 km

15ª Etapa – 14 de julho – Loudenvielle – Plateau de Beille – 197,7 km


 

15 de julho – descanso:

 

16ª Etapa – 16 de julho – Gruissan – Nîmes – 188,6km

17ª Etapa – 17 de julho Saint-Paul-Trois-Châteaux – Superdévoluy – 177,8km

18ª Etapa – 18 de julho – Gap – Barcelonnette – 179,6km

19º Etapa – 19 de julho – Embrun – Isola 2000 – 144,6km

20ª Etapa – 20 de julho – Nice – Col de la Couillole – 132,8km

21ª Etapa – 21 de julho – Mônaco – Nice – 33,7 km (ITT)





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