Rui Costa bate Daniel Mestre num sprint emocionante
Por: José Carlos
Gomes
Rui Costa (UAE
Team Emirates) é o novo campeão nacional de fundo, batendo hoje, em Paredes, Daniel
Mestre (W52-FC Porto), ao cabo de uma corrida eletrizante de 165,6 quilómetros,
que terminou num sprint a dois.
A competição, com início e final junto às instalações da Majorfe, em Gandra, ficou marcada por uma intensa luta tática entre as principais equipas, que envolveram os respetivos chefes-de-fila nas movimentações principais, desde muito cedo.
Foi a cerca de 80
quilómetros da meta que alguns dos principais candidatos ao triunfo começaram a
juntar-se em cabeça de corrida, num grupo que foi ganhando elementos até
ficarem 14 corredores na dianteira.
A W52-FC Porto, com quatro homens na frente, foi atacando à vez, procurando deixar os rivais isolados. A UAE Team Emirates foi a equipa que conseguiu responder melhor. Inicialmente contava apenas com Rui Costa e Rui Oliveira no grupo principal, mas Ivo Oliveira conseguiu fazer “a ponte” para a fuga, equilibrando a contenda.
Na última volta, a
pouco mais de 5 quilómetros da meta, Rui Costa desferiu um ataque. Apenas
Daniel Mestre conseguiu responder. Os dois mantiveram-se unidos até ao final,
oferecendo um excelente espetáculo na reta da meta, uma subida exigente.
Rui Costa foi o vencedor, com 4h04m05s (média de 40,700 km/h), com poucos centímetros de vantagem sobre Daniel Mestre. Francisco Campos (W52-FC Porto), que estivera em fuga solitária, em trabalho para a equipa, ainda teve forças para fechar o pódio, a 28 segundos dos dois primeiros.
“Correr em
Portugal não é fácil, apesar de virmos com muito mais ritmo competitivo. Foi
uma prova muito bem disputada, sempre num ritmo alto. Vi que o Daniel Mestre
estava forte logo no momento em que nos unimos ao grupo da frente. Quando
ataquei, o Daniel veio comigo e ficámos juntos até ao fim. Voltar a correr além
fronteiras com a camisola de campeão nacional é muito importante e um grande
orgulho”, afirmou Rui Costa.
O novo campeão nacional de fundo na categoria de elite, explicou ainda a forma como chegou ao triunfo: “Quis sprintar desde a frente. A 300 metros eu vinha atrás do Daniel, mas passeio-o porque quis lançar o sprint da dianteira. O Daniel, muito valente, deu guerra até à meta, acabei por ganhar por um palmo”.
Rui Costa deixou
ainda uma palavra para o trabalho de Ivo e Rui Oliveira. “O Rui esteve
praticamente em todos os ‘cortes’. Já na fase mais decisiva, o Ivo fez um
esforço enorme, vindo de trás para a frente, com uma volta brilhante. Os dois
foram excecionais”, concluiu o poveiro.
“Se o Rui Costa
viu que eu estava forte eu também percebi que ele estava muito bem, como sempre
está. Vim com ambição de lutar pela vitória. A nossa equipa tinha superioridade
numérica, o Rui tem a vantagem de chegar com mais dias de competição. As
condições eram ela por ela. Foi uma luta até ao fim e há que dar os parabéns ao
vencedor. Nos campeonatos nacionais os piores lugares são o segundo e o quarto,
o que fica atrás do vencedor e o que não ganha qualquer medalha. Coube-me o
segundo, mas sendo atrás do Rui Costa dá-me motivação para as próximas
competições”, resumiu Daniel Mestre.
Fonte: Federação
Portuguesa Ciclismo
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