Por:
Ana Paula Marques
Os
casos de doping no Tour de 1998, com rusgas policiais nas fronteiras e aos
hotéis das equipas, e o de Lance Armstrong, que, sem nunca ter acusado,
confessou o recurso a substâncias proibidas, denegriram ainda mais a imagem de
uma modalidade que sempre esteve exposta a este flagelo. Contudo, nos últimos
anos, analisa-se um outro tipo de suspeição, a existência de motores e outros
mecanismos nas bicicletas.
A
fabulosa primavera do suíço Fabian Cancellara acabou por despertar um ‘mostro’
adormecido, recaindo sobre o suíço
O
doping tecnológico
Suspeitas
de uso de motores, tal foi a forma como ‘humilhou’ os adversários no
Paris-Roubaix e Tour de Flandres. Ainda que ele tenha sido um dos grandes
especialistas de clássicas e com outras vitórias nas referidas corridas, não se
livrou das suspeitas...
Quem
não se ficou apenas pelas dúvidas foi a belga Femke van den Driessche, apanhada
com um motor na bicicleta com que participou no Mundial de sub-23 de
ciclocrosse de 2016. Foi suspensa por seis anos. Este é o único caso que se
conhece oficialmente daquilo que ficou designado como doping mecânico.
Mas
de acordo com revelação feita pelo húngaro Stefano Varjas, que se intitula como
o pai do mecanismo mais antigo – é que agora já há suspeitas de um outro, mais
sofisticado, na roda, como se vê na infografia –, no programa ‘60 Minutos’ da
CBS, os motores nas bicicletas já existem há muito mais tempo, sendo que agora
o assunto chega às páginas dos jornais. A UCI já tem mecanismos para a deteção
da fraude, sendo que entre as equipas do World Tour há a convicção de que este
tipo de fraude não existe neste pelotão, uma vez que, para além do controlo da
UCI, há as regras rígidas internas quanto ao material usado, que não é dos
ciclistas mas da equipa.
Fonte:
Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário