Antigo ciclista afastou-se da modalidade mas nunca perdeu o amor
Por: Pedro Filipe Pinto
Não foram 20 dias, foram 20
anos ligado ao ciclismo. O nome de Hugo Vítor não é o primeiro, nem o segundo,
nem o terceiro que vem à cabeça do fã de ciclismo quando se fala de Volta a
Portugal, mas na caravana quase toda a gente sabe quem é. O antigo corredor
natural de Alenquer é uma máquina de fazer sorrisos e, na visita que fez à
caravana em Vila Franca de Xira antes da partida da etapa desta sexta-feira,
espalhou boa disposição por onde passou.
Para que perceba, do autocarro
da LA Alumínios, onde conversámos com Hugo Vítor, até à zona dos cafés eram
cerca de 100 metros e demorámos quase 10 minutos a percorrer esta distância,
isto porque: 'Olha quem é ele!',
'Hugo Vítor, há quanto tempo!, 'O que é que
estás aqui a fazer?' Estas
perguntas mostram o carisma e a imagem simpática que o agora diretor de vendas
da SF Feeding (rações para animais de estimação), de 45 anos, construiu em cima
da bicicleta... e não só!
"É
sempre um prazer visitarmos a casa que nos acolheu durante tanto tempo. Foram
duas décadas de ciclismo e continuo a ver pessoas que me marcaram. Vê-las
novamente é sempre bom para reviver bons tempos. Faz levantar os pelos do
braço", começou por dizer a Record, pouco antes de
encontrar, sem ter nada combinado, o treinador que o levou para o ciclismo.
Numa carreira que conta com
passagens por equipas como Riberalves-Boavista, Cantanhede-Marquês de Marialva
ou Aquashow-CA-CC Loulé, os grandes momentos de Hugo Vítor foram a vitória da
quarta etapa da Volta a Portugal do Futuro de 1998, da 3.ª tirada da Volta a
Trás-os-Montes de 2007 e o triunfo na Clássica do Sotavento (2008). Para além
disso, as oito 3ª etapa da Volta a Trás-os-Montes de 2007.
3ª etapa da Volta a
Trás-os-Montes de 2007participações na Volta a Portugal mostram como era um
corredor fiável. Desses tempos, poucos continuam a correr, mas outros como
Hernâni Broco e Gustavo Veloso, que passaram da bicicleta para o carro, deixam
o bichinho de, um dia, voltar ao ciclismo.
"Agora
começa a bater a saudade, no início não batia, era indiferente. Agora com o
tempo, vemos a idade a passar, ver colegas meus nos carros mexe. Faz com que
também queiramos o mesmo. Mas as vidas tomam outros caminhos. Ver que há
ciclistas que estão a enveredar como diretores desportivos é bom, dá um sangue
novo à modalidade", atirou.
Hugo Vítor é de Alenquer, mas
reside há muitos anos no Bombarral, por isso perguntámos se estava a torcer por
Tiago Antunes (Efapel). "Ele é
bombarralense, é um miúdo que está a aparecer. Está a afirmar-se numa equipa
que tem lá um grande amigo meu, o Hélder Miranda. Estou a torcer por ele, mas
não só, porque seria injusto para os outros. Mas sim, é um ciclista por quem
tenho apreço", atirou antes de fazer as suas apostas para a
geral final: "Vejo o Frederico Figueiredo
e o Mauricio Moreira, da Glassdrive, como os principais favoritos".
Fonte: Record on-line
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