Por: Vasco Moreira
Arrancou esta quarta-feira a
51.ª edição da Volta ao Algarve, competição portuguesa que foi considerada a
melhor corrida mundial por etapas do circuito UCI ProSeries em 2023 e 2024, e
que este ano volta a reunir alguns dos melhores ciclistas do pelotão internacional.
Portimão, como vem sendo
tradição nos últimos anos, recebe a etapa inicial, num percurso de pouco mais
de 190 quilómetros que levará as 25 equipas até à meta em Lagos e que terá uma
reta final decidida ao sprint, logo para abrir as hostilidades.
Para os atletas da classificação geral, a segunda etapa já tem outra importância, com a partida em Lagoa, na quinta-feira, e a já mítica chegada ao Alto da Foia, em Monchique.
São 177.6 quilómetros a
pedalar, com uma parte final especialmente dura – e nova: ao contrário do que
acontecia em anos anteriores, a subida final faz-se pela vertente norte da
serra, com zonas de inclinação menos constantes e alguns troços de maior dificuldade.
Nos últimos metros antes da
meta as pendentes chegam a ser de 9.8 por cento e, antes, a 3.5 quilómetros do
fim, dá-se a fase mais complicada da subida, com um quilómetro de pendente
média a rondar os dez por cento.
Terceiro dia, regresso do
sprint. A etapa de sexta-feira liga Vila Real de Santo António a Tavira, numa
viagem de 183.5 quilómetros e que está desenhada para que os sprinters sejam
novamente quem mais brilha.
Com a quarta etapa vem a
incerteza. No sábado, o pelotão arranca em Albufeira e vai pedalar durante
cerca de 175 quilómetros até Faro. O desenho da corrida pode permitir que a
vitória final seja discutida novamente por sprinters – caso consigam passar por
alguns momentos de dificuldade –, mas também pode sorrir aos especialistas em
clássicas ou até aos principais candidatos da classificação geral.
Num dia em que já há uma
passagem pelo Malhão, as três contagens de montanha que estão previstas nos
últimos 50 quilómetros prometem oferecer ainda mais espetáculo.
A grande novidade desta 51.ª
etapa da Volta ao Algarve está reservada para o quinto e última dia: a corrida
volta a terminar no Alto do Malhão, mas desta vez com um contrarrelógio de 19.6
quilómetros que começa em Salir.
Desses quase 20 quilómetros,
17 serão praticamente planos e os últimos três já serão a subir, com uma
inclinação média de 9.2 por cento.
São 25 as equipas que vão
competir pela vitória final na Algarvia, 13 das quais da nata da nata, ou seja,
o World Tour. Três são ProTeams e as nove continentais são todas portuguesas.
Equipas de topo, ciclistas de
topo: o Algarve vai ser “casa emprestada” de alguns dos melhores da modalidade
durante cinco dias. Desde logo alguns portugueses, como João Almeida e António
Morgado, mas também outros desportistas internacionais de elite: Jonas
Vingegaard, Wout van Aert, Primož Roglič ou Biniam Girmay são alguns dos nomes
que vão pedalar pelo sul de Portugal de 19 a 23 de fevereiro.
A Volta ao Algarve tem
transmissão diária na RTP2 e na Eurosport2, a partir das 15h00.
Horários
19/02 | Portimão – Lagos |
192,2 km | 11h50-16h30
20/02 | Lagoa – Fóia | 177,6
km | 12h00-16h20
21/02 | Vila Real de Santo
António – Tavira | 183,5 km | 12h00-16h20
22/02 | Albufeira – Faro |
175,2 km | 12h15-16h30
23/02 | Salir – Malhão (CRI) |
19,6 km | 13h15 (provisório)
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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