O ciclista britânico fala pela primeira vez sobre sua permanência na equipa da Ineos-Grenadiers e confirma que, na época 2025, pretende-se focar nas Clássicas
O ciclista britânico Tom
Pidcock, cujo final de época vem sendo tumultuado por rumores de seu
descontentamento e possível saída da equipa da Ineos-Grenadiers, o mesmo falou
sobre o seu momento em Londres, durante o Rouleur Live, um dos maiores eventos
de ciclismo do Reino Unido Tom Pidcock, que participou como embaixador da sua
própria plataforma, Link my Ride, foi chamado ao palco para ser entrevistado
pelo apresentador e ciclista Matt Stephens.
“Não”, foi a resposta do ciclista
britânico quando Matt Stephens perguntou se ele estava “num lugar mais feliz em
termos de clareza e propósito para as próximas épocas”.
Tom Pidcock falou abertamente sobre como estava a situação com sua equipa, “É verdade, tivemos um ano difícil, eu tive um ano difícil, mas vejo muitas mudanças positivas, todos aceitaram que é difícil, e é a primeira coisa que você precisa fazer se quiser mudar, e eu definitivamente vejo algumas dessas mudanças acontecendo e realmente espero mudanças no ano que vem”, completou, confirmando que fica na equipa.
Embora Tom Pidcock tenha
vencido a Amstel Gold Race e defendido o seu título olímpico de MTB, ele teve
um ano praticamente sem vitórias, bem longe de suas próprias expectativas e das
da equipa como o ciclista mais bem pago, a época de 2024 deveria ver Tom
Pidcock dar uma chance real à classificação geral no Tour de França, mas ele
estava bem longe dos primeiros da geral, eventualmente abandonando a prova
enquanto estava 55 minutos atrás da liderança antes da etapa 14 com sintomas de
Covid-19.
Porem, ele realmente queria a
classificação geral? “Era o que eu precisava dizer”, disse Tom Pidcock quando
perguntado se esse era seu verdadeiro desejo. “Não digo nada em que não
acredite, mas nos últimos anos, indo para o Tour, acho que não sabia realmente
o que queria, ou o que poderia alcançar, e estava apenas dizendo o que acho que
todos queriam ouvir”,
“O meu primeiro ano no Tour
foi incrível, a minha primeira experiência, ganhei uma etapa, Geraint Thomas
estava no pódio, foi ótimo, e então, nos últimos dois anos, para ser honesto,
eu realmente não gostei”, admitiu. “Foi difícil. Não ganhei uma etapa, como
equipa não tivemos tanto sucesso quanto estamos acostumados, então foi difícil,
preciso tentar reencontrar aquele sentimento que tive nos primeiros anos.”
Sobre sua conquista em
Paris-2024, Tom Pidcock também seguiu reticente. “Para ser honesto, todos
provavelmente ficarão surpresos, mas eu não gostei da prova, nem um pouco”,
disse o ciclista britânico, que venceu Viktor Koretzky na linha de chegada,
para deceção dos fãs franceses, e chegou sob muitas vaias.
Sem confirmar se vai continuar
a combinar ciclismo de estrada com algumas provas de mountain bike ou de ciclocrosse,
o bicampeão olímpico apenas anunciou que poderá competir nas etapas do
Campeonato do Mundo de Ciclocrosse no final do ano. “Foi um ano longo. Eu
precisava de uma pausa, mas há uma possibilidade de eu fazer algumas provas no
Natal e no Ano Novo, mas podemos decidir isso depois.”
Para 2025, pretende-se focar
nas Clássicas. “Perdi aquela habilidade, o sprint, a velocidade que tinha há
dois ou três anos, e é isso que quero reencontrar, as minhas provas favoritas
são as Clássicas e ainda não ganhei uma clássica Monumento, e é onde eu
realmente me quero concentrar.”
E encerrou o encontro voltando
novamente ao tema de sua próxima época na equipa da Ineos. “Acho que quero
voltar a curtir, e então acho que todo o resto virá”.
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