10/08 5ª Etapa: Mealhada – Miranda do Corvo, Observatório de Vila Nova 165,7km
Metas
Volantes:
29,6km – Cantanhede
90,8km – Condeixa-a-Nova
142,2km – Lousã
Prémios
de Montanha:
113,9km (4ª categoria) –
Miranda do Corvo
165,7km (1ª categoria) –
Miranda do Corvo, Observatório de Vila Nova
Cidade de
partida
A Mealhada é uma cidade
portuguesa do distrito de Aveiro, situada na província da Beira Litoral, região
do Centro (Região das Beiras) e sub-região (NUT III) da Comunidade
Intermunicipal da Região de Coimbra(CIM-RC), com cerca de 4 500 habitantes.[1]
É um dos mais significativos centros urbanos da sub-região vinícola da Bairrada.
Da presença romana no
concelho, destaca-se o achamento de um marco miliário (que remonta ao ano de 39
d.C.) durante a construção da Linha do Norte, ainda no século XIX (1856 ou
1857), que indicaria a milha 12 da via XVI, via romana de Olissipo (Lisboa) a
Cale (Vila Nova de Gaia), que seguiria pelo lado oeste do rio Cértima. Nesta,
existia uma ponte romana, entre Antes e Cardal, mandada destruir na década de
90 pelo então presidente da Câmara Rui Marqueiro, para em seu local ser
construída uma nova ponte e um açude.
Este achado encontra-se hoje
em dia no átrio do edifício da câmara municipal. Também desta época é a estação
arqueológica da Cidade das Areias, situada na Vimieira (Casal Comba), que já é
referenciada desde o século I por Estrabão, e conhecida nos nossos dias desde
1959, no qual se pensa poder ter sido uma oppidum Elbocoris, ou pequena
fortificação romana.
Achados neste local datam dos séculos I a IV. Também no lugar de Barcouço foram encontrados alguns vestígios romanos, como moedas e olaria.[6] Ainda referenciado em livros e páginas da internet, também nesta zona existiria uma estação de muda de cavalos ou mutatio, denominada de Ad Columbam, talvez um nome antecessor de (Casal) Comba. Para além da Via Olissipo – Cale, existiam duas outras ramificações: uma dirigindo-se para a costa e outra virada para nascente, que seguiria partindo da atual localização da cidade da Mealhada para Bobadela, via Norte do Buçaco, provavelmente seguindo a linha de divisão dos atuais municípios da Mealhada e Anadia.[7]
Época
pré-reconquista
Do período compreendido entre
a queda de Roma, as invasões bárbaras e acabando no domínio árabe, as terras
pertencentes ao concelho pouco ou nada têm a relatar. Apenas se discute a
possibilidade da denominação da localidade de Barcouço ser de origem árabe,
pela junção de bárr-, que significa campo, e causon, relativo a arco, ficando
assim o significado de Campo do Arco.[6]
Da Idade
Média até ao século XIX
Seguindo a linha temporal, com
a conquista de Coimbra, em 878 - por Hermenegildo Guterres, nobre da corte de
Afonso III de Leão -, as terras em que se insere o concelho ficam seguras para
a reocupação cristã. Mas no fatídico ano de 987 regressa a mãos árabes, sendo
apenas reconquistadas para os cristãos a 1064, por Fernando Magno de Leão e
Castela.
Assim, as tentativas de
reocupação suspensas por 77 anos foram retomadas, com a instalação de vários
mosteiros na zona onde o futuro concelho se iria inserir, sendo os mais
importantes: o Mosteiro do Lorvão (Penacova) que, a par com a Sé de Coimbra,
foi um dos maiores motores da região na época; e o Mosteiro da Vacariça, que
estendeu o seu património para além dos rios Mondego, a sul, e Douro, a norte,
tendo sido proprietário do Mosteiro de Leça e de terras da Maia. Os registos dessa
época chegaram até nós através do Livro Preto da Sé (Velha) de Coimbra, dos
registos do Livro dos testamentos do Mosteiro do Lorvão.
Assim, é a partir desta época
que grande parte dos nomes e localização de grande parte das terras do concelho
começam a surgir, em cartas de doação e documentação relativa a tributos, assim
como a grande importância que o já desaparecido Mosteiro da Vacariça teve nas
terras a Sul do Douro e Norte do Mondego.
Para dar alguns exemplos,
existem referências a: Vale Covo em 967, provavelmente antiga designação de Rio
Covo (Barcouço); Vimieira em 967, nome atual da antiga villa romana aí
existente; Villa Verde em 972 e 974, pela descrição provavelmente antepassada da
Mealhada ou de alguma das povoações à volta, pois a referência é dada às
margens do rio Vacariça entre Barrô (Luso) e Vimieira (Casal Comba), não
ficando assim descartadas a Póvoa e o Reconco, que também se situam nesta zona,
sendo à altura a Mealhada um paul; a Vacariça e o seu Mosteiro são
referenciados em 1002; Ventosa em 981; Arinhos (Ventosa do Bairro), Antes, Luso
e Várzeas (Luso) e Santa Cristina (Vacariça) em 1064; Barcouço em 1116;
Pampilhosa em 1117; Pedrulha (Casal Comba) em 1123; Sernadelo(Mealhada) em
1140, mas apenas como local de cultivo, não como povoação; e muitas outras
referências foram feitas.[8]
Assim, e segundo estes
documentos, as terras hoje pertencentes ao concelho foram propriedades destes
mosteiros, da Sé de Coimbra e ainda de particulares.
Cidade de
chegada
Miranda do Corvo é uma vila
portuguesa do distrito de Coimbra, no Litoral, região do Centro e sub-região
Região de Coimbra, com cerca de 7 614 habitantes.
É sede do município de Miranda
do Corvo, com 126,38 km² de área[2] e 13 098 habitantes
(2011),[3][4]subdividido em 4 freguesias.[5] O município é limitado a nordeste
pelo município de Vila Nova de Poiares, a leste pela Lousã, a sueste por
Figueiró dos Vinhos, a sudoeste por Penela, a oeste por Condeixa-a-Nova e a
noroeste por Coimbra. O território do município de Miranda do Corvo é
atravessado pelo Rio Ceira, pelo Rio Dueça ou Corvo e pelo Rio Alheda.
Recebeu foral de D. Afonso
Henriques a 19 de Novembro de 1136.
Fica o mapa do percurso e a
altimetria do mesmo.
Fonte: Podium
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