Dia 24 de Agosto de 2025
Por: José Morais
O Grupo Cicloturismo
Afonsoeiro/Moveis Jolar leva para a estrada no próximo dia 24 de agosto o seu
tradicional passeio de bicicleta, na sua 18ª edição, percorrido pelo concelho
do Montijo, ligando o Afonsoeiro a Canha e o regresso ao Afonsoeiro.
A concentração será feita
pelas 8 Horas, na sede do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro, com
saída marcada para as 9 horas.
O passeio terá um percurso de
75 quilómetros aproximadamente, a inscrição é de 3. euros, com seguro e
abastecimento líquido e sólido incluído, e para quem quiser no final participar
no almoço convívio, o mesmo terá um custo de 12. Euros, e no final haverá
balneários disponíveis.
Para
informações se inscrições:
Telemóvel: 912 158 478 – 912 998 947
Participe, com o apoio da
Revista Notícias do Pedal, num passeio de tradição, uma clássica do
Cicloturismo nacional que recomendamos.
Um pouco
de história do Afonsoeiro:
A primeira referência
conhecida à Quinta do Afonso Soeiro de Albergaria, cuja localização se
desconhece, remonta ao século XVI (1569), presumindo-se que a origem topónimo
Afonsoeiro, seja acorruptela do nome do proprietário da referida Quinta.
A zona constituída por
terrenos férteis cedo facilitou o aparecimento de diversas propriedades
agrícolas, das quais se destacam a Quinta das Assentas ou Quinta Velha,
propriedade de D. Luís Salazar, a Quinta do Casado, a Quinta da Lançada e a
Quinta de Santo Amaro, atualmente conhecida pelo nome de Robinson.
Destas destacam-se, pela sua
antiguidade, a da Lançada, cujos primeiras referências remontam ao século XIII,
e a do Santo Amaro que data do século XV.
Entre os proprietários da
Quinta da Lançada contam-se Jorge Gomes Alemo, cujo brasão se encontra ainda
hoje no edifício principal da referida propriedade, que também pertenceu ao
Comandante António dos Santos Fernandes, distinto Oficial da Armada, nascido em
Aldeia Galega. A Quinta de Santo Amaro destaca-se, porque um dos seus edifícios
ostenta uma lápide epigrafada que faz referências a umas obras feitas nesse
local por D. João, camareiro-mor do Duque, no ano de 1494, deduzindo, portanto,
que aquele senhor seria o seu proprietário.
Presume-se que o Duque citado
na lápide seja D. Manuel, futuro Rei de Portugal, uma vez que, de acordo com a
data (1494), seria o único nobre com condições para possuir na sua casa
funcionários com tal atributo, isto de acordo com os seus títulos e honras.
Como testemunho do seu passado
rural pode observar-se na área da freguesia um moinho de vento e um moinho de
maré. Com a instalação, em Aldeia Galega, nos finais do século passado, das
primeiras indústrias corticeiras e, posteriormente, em 1908, com o aparecimento
do caminho-de-ferro, que ligava a então vila de Aldeia Galega ao Pinhal Novo,
começou o lugar de Afonsoeiro a desenvolver-se, instalando-se ali diversas
fábricas, das quais se destacava, pelas suas dimensões, a Mundet que ali se
fixou nos anos vinte.
Este surto de crescimento foi
acompanhado pela construção das primeiras casas nesta zona, destinadas a
habitação dos operários, usualmente clandestinas. Com o passar dos anos aquilo
que começou por ser um simples bairro periférico tornou-se num dos polos de
desenvolvimento industrial do município.
O decreto-lei n.º 39/89 de 24
de agosto criou a freguesia do Afonsoeiro, com a Lei n.º 11-A/2013 de 28 de
janeiro, a freguesia do Afonsoeiro foi agregada com a freguesia do Montijo.
Bons passeios, boas pedaladas.
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