A Volta a Portugal iniciou-se, olhamos para a composição das 17 equipas participantes na edição de 2024 da Volta a Portugal Continente e fizemos uma antevisão do que poderão ser os objetivos de cada coletivo para a corrida e o protagonismo que é expectável distribuir ao longo de 11 dias de prova.
Team
Vorarlberg
A equipa continental austríaca
tem a responsabilidade de defender a vitória conquistada pelo suíço Colin
Stüssi em 2023. O corredor helvético diz que passou por problemas pessoais e
não está tão forte como no ano passado. Ainda assim, na recente Volta à Áustria
foi dos melhores ciclistas que não representam equipas do WorldTour. O reforço
Alexander Konychev, com vários anos de experiência no WorldTour, pode ser
importante para ajudar a controlar a corrida ou para desferir ataques para
vencer etapas, no caso de o chefe-de-fila, de facto, não estar nas mesmas
condições do ano anterior.
Caja
Rural-Seguros RGA
Apesar de não ter sido
convidada para a Vuelta, a Caja Rural-Seguros RGA não se apresenta na Volta a
Portugal com os principais nomes. Ainda assim, espera-se um bloco muito
competitivo, na luta pelas etapas, pelas classificações secundárias e pela
entrada no top 10 final. Do elenco destacam-se os vencedores das camisolas dos
pontos e da juventude em 2023, Daniel Babor e Jaume Guardeño, respetivamente,
aspirantes a bisar. Abel Balderstone deverá ser o homem para a geral.
Equipo
Kern Pharma
Uma equipa sempre combativa.
Estará, por certo, envolvida em fugas e na procura de protagonismo. Dispõe de
dois homens que podem intrometer-se nas contas da geral e das chegadas ao
sprint, embora não sejam dos principais candidatos em ambas as especialidades.
O trepador José Felix Parra tentará colocar-se no top 10 final e Miguel Ángel
Fernández tem boa ponta de velocidade para as etapas que eventualmente se
decidam ao sprint.
Burgos-BH
Com as principais armas
apontadas à Volta a Burgos, que se inicia logo no dia a seguir a terminar a
Volta a Portugal, a formação burgalesa terá de procurar mostrar-se em fugas.
Alejandro Franco procurará a melhor posição possível na geral e Óscar Pelegrí é
o homem rápido da equipa.
Euskaltel-Euskadi
O conjunto basco chega sempre
com ambição de protagonismo. E apresenta-se com argumentos para concretizar os
desejos. Andoni López é a seta apontada aos sprints. Joan Bou tem qualidades
para imiscuir-se na batalha pela geral, apoiado por Mikel Bizkarra e pelo
quarentão Luis Ángél Maté, homem que gosta de correr em Portugal, onde, na
edição passada, conseguiu a terceira vitória da carreira e a única desde 2011.
Illes
Balears Arabay Cycling
A equipa continental
maiorquina tem um plantel limitado, mas será de acompanhar com atenção o
neerlandês Alex Molenaar, segundo classificado na geral do Grande Prémio
Internacional Beiras e Serra da Estrela. Sergi Darder já mostrou qualidades de
sprinter na Volta ao Alentejo e nas Beiras.
Sabgal-Anicolor
O uruguaio Mauricio Moreira e
o russo Artem Nych partilham o protagonismo na equipa, num ano em que Frederico
Figueiredo tem estado apagado. Mauricio Moreira já sabe o que é ganhar a Volta
a Portugal, mas Artem Nych foi mais regular do que o colega nos momentos
principais da temporada. O restante coletivo está desenhado para trabalhar,
tendo Rafael Reis o crónico favoritismo para ser o primeiro camisola amarela.
Para isso terá de ser o mais rápido no prólogo pela sexta vez.
Project
Echelon Racing
A equipa continental
estadunidense chega com forte ambição. Deve-a a Scott McGill, sprinter que
ganhou duas etapas e a camisola dos pontos em 2022. Mas também a Tyler Stites.
O vice-campeão nacional de contrarrelógio dos Estados Unidos também passa com competência
a média montanha. Se não perder demasiado tempo nas quatro primeiras etapas,
pode ser um adversário a ter em conta na discussão da camisola amarela final.
Efapel
Cycling
O porto-riquenho, melhor jovem da Volta ao
serviço da Movistar Team, em 2021, não tem demonstrado a regularidade esperada
ao longo da época. Só que no ensaio-geral para a Volta, no Troféu Joaquim
Agostinho, esteve já a um nível muito elevado na etapa de montanha. É um sinal
de que poderá ser o chefe-de-fila, embora Henrique Casimiro e Joaquim Silva
também tenham condições para andar nos lugares da frente.
ABTF
Betão-Feirense
Afonso Eulálio e António
Carvalho formam o tandem com que o bloco feirense aspira a lutar pela vitória.
Os dois trabalharam em conjunto na etapa de Montejunto, com Carvalho a
endurecer a corrida e Eulálio a triunfar isolado. Oscar Cabedo, que, em 2023, foi
o melhor escudeiro de Stüssi, corre agora pela armada da Feira.
Tavfer-Ovos
Matinados-Mortágua
É, provavelmente, a equipa que
mais lastima um começo duro e não com etapas para sprinters. O coletivo de
Mortágua conta no elenco voltista com três dos principais velocistas do pelotão
nacional: César Martingil, João Matias e Leangel Linarez. O perfil dos
restantes elementos selecionados para a Volta faz antever que os homens de
Gustavo César Veloso poderão querer bater-se pela camisola dos trepadores.
Gi Group
Holding-Simoldes-UDO
Luís Gomes, que sabe bem o que
é vencer etapas na Volta a Portugal, é o homem forte da equipa oliveirense. Dá
um toque de experiência importante num conjunto no qual impera a irreverência
da juventude, simbolizada pelo campeão nacional de fundo em sub-23, Noah
Campos.
Credibom-LA
Alumínios-Marcos Car
A equipa reforçou o bloco da
montanha, com Emanuel Duarte e Luís Fernandes, contando ainda com um dos
principais candidatos ao título de melhor jovem da Volta, Alexandre Montez.
Tradicionalmente agitadora da corrida nas fugas, a formação de Hernâni Brôco
pode, desta vez, aspirar a um papel diferente na corrida.
AP Hotels
& Resorts-Tavira-SC Farense
Afonso Silva e Delio Fernández
comandam a ambição tavirense de bater-se pelas primeiras posições. Vindo de uma
paragem por lesão, Francisco Campos tentará marcar posição nas disputas ao
sprint, sobretudo nas etapas com alguma seletividade antes do esperado sprint,
em Paredes e em Fafe. Miguel Salgueiro é sinónimo de combatividade.
Aviludo-Louletano-Loulé
Concelho
Os argentinos Tomás Contte e
Nicolás Tivani são homens rápidos, capazes de bater-se por bons resultados nas
chegadas para velocistas. O experiente Jesús del Pino tem a responsabilidade de
seguir os mais fortes nas etapas de montanha, num coletivo em que a capacidade
de surpreender tem dado frutos ao longo da época.
Petrolike
A equipa mexicana promete dar
que falar, tendo nas fileiras dois dos principais candidatos à conquista da
Volta a Portugal, dois homens com passado na estrutura WorldTour da EF
Education. São eles Jonathan Caicedo - vencedor da etapa do Giro 2020 em que João
Almeida vestiu pela primeira vez a camisola rosa - e Diego Andrés Camargo. Nas
últimas semanas, Caicedo bateu homens do WorlTour na etapa-rainha do Sibiu Tour
e Camargo foi segundo classificado na sempre exigente Volta à Colômbia.
Rádio
Popular-Paredes-Boavista
O venezuelano Francisco
Peñuela tem revelado uma regularidade notável na época de estreia no pelotão
nacional e Hélder Gonçalves foi o corredor do pelotão nacional que se deu
melhor perante a exigência superior da Volta ao Algarve. César Fonte é sempre
candidato a repetir a vitória na geral da montanha, algo que Hugo Nunes também
já experimentou.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
Sem comentários:
Enviar um comentário