quinta-feira, 25 de julho de 2024

“Volta a Portugal: 2ª Etapa / Santarém - Lisboa (Marvila) / 164,5 Km / 26 julho”


26/07 - 2ª Etapa:

Santarém – Lisboa (Marvila) - 164,5km: Metas Volantes: 18,4km – Cartaxo; 50,1km – Almeirim; 136 km – Vila Franca de Xira; Prémios de Montanha: 31,5km (4ª cat.) – Santarém - Monumento ao Capitão Salgueiro Maia.

 

Santarém

 

O rio Tejo e a planície fértil da Lezíria, que envolvem o planalto de Santarém, determinaram o povoamento do local desde épocas remotas. Os romanos chamaram-lhe Scalabis, marcaram o traçado urbano e tornaram-na uma das mais importantes cidades da Lusitânia. A partir do séc. VIII, o domínio mouro reforçou o papel estratégico-militar e alterou-lhe o nome para Chanterein, antecedente do actual Santarém. Em 1147, D. Afonso Henriques, conquistou habilmente a cidade, marcando definitivamente o avanço da reconquista cristã, que chegou a Lisboa no mesmo ano.

Foi uma das cidades preferidas dos monarcas, desde a primeira dinastia. Durante a Idade Média, uma intensa actividade comercial e o estabelecimento da nobreza contribuíram para que atingisse o apogeu social e económico, o que se reflecte nos diversos monumentos e edifícios da cidade. Foi uma época de grande opulência artística e cultural. Santarém foi residência real, capital do reino (1325-57) e, até ao séc. XV, local de reunião das Cortes por diversas vezes.


Em 1491, o infante D. Afonso, filho de D. João II e futuro rei, morre acidentalmente na Ribeira de Santarém. Este episódio iniciou o afastamento da família real e de alguma forma o declínio do investimento nesta localidade, que voltou a participar na História muito pontualmente. De referir que viveu em Santarém durante muitos anos Pedro Álvares Cabral, que achou o Brasil no ano de 1500.

Uma das melhores formas de conhecer Santarém é através do seu património cultural e artístico durante os eventos que realçam o que o concelho tem de melhor. Em Junho, tem lugar a Feira Nacional da Agricultura onde se apresentam produtos e instrumentos agrícolas e se realiza uma feira de gado. Se for aficcionado, pode também assistir a uma tourada.

Em Outubro, é a vez do Festival Nacional de Gastronomia, a principal mostra gastronómica do país. Estes eventos são complementados por mostras de artesanato e folclore de todas as regiões do país. Se puder, não perca a dança tradicional do região ribatejana: o Fandango. Realizada no mínimo por 2 homens simulando uma disputa, simboliza a perícia dos campinos que trabalham na Lezíria.

 

Lisboa (Marvila)

 

Lisboa é a capital de Portugal e polo duma região multifacetada que apela a diferentes gostos e sentidos.

Numa cidade que foi recebendo muitas e diferentes culturas vindas de longínquas paragens ao longo do tempo, ainda hoje se sente um respirar de aldeia em cada bairro histórico. Podemos percorrer a quadrícula de ruas da Baixa pombalina que se abre ao Tejo na Praça do Comércio e, seguindo o rio, conhecer alguns dos lugares mais bonitos da cidade: a zona monumental de Belém com monumentos do Património Mundial, bairros medievais, e também zonas de lazer mais recentes ou contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas.

Marvila é o bairro do momento em Lisboa. Situado na zona ribeirinha, entre a baixa e o moderno bairro do Parque das Nações, encontra-se neste momento em fase de regeneração cultural. Marvila foi o coração industrial de Lisboa em meados de 1800, quando uma área agrícola se tornou local de uma série de fábricas e polo industrial. Estas fecharam no final do século XX e, nos últimos anos, artistas e investidores reconheceram o potencial dos espaços abandonados, transformando-os em galerias, restaurantes e cervejarias artesanais.

Marvila é para Lisboa o que Brooklyn é para Nova Iorque, ou Shoreditch é para Londres. Um bairro rico em património arquitetónico e que se reinventa para o público jovem, que procura movimentos novos e envolventes nas artes e na cultura.

Hoje, Marvila é sinónimo de estilos de vida alternativos, inovação e uma atitude decididamente hipster. Embora a área tenha alguns dos murais de street art mais impressionantes que encontrará em Lisboa, Marvila não é apenas estética; há muita substância para sustentar o crescimento daquela que está a tornar-se uma das áreas mais excitantes da capital portuguesa.

Fonte: Podium

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