Por: Vasco Moreira
Portugal iniciou da melhor
forma a participação no Campeonato da Europa de Ciclismo, inserido nos
Campeonatos Paralímpicos Europeus, que decorrem em Roterdão, nos Países Baixos.
Logo na estreia, Bernardo Vieira conquistou a medalha de prata no
contrarrelógio da classe C1.
O paraciclista luso percorreu
os 10,3 quilómetros em 16”03’03, tendo terminado a 1”04 de Ricardo Tem Argiles,
espanhol que conquistou a medalha de ouro da categoria. O pódio ficou completo
com o austríaco Andreas Zirkl, que ficou a 2”33 do melhor tempo.
“Sinto-me contente, porque isto é fruto do trabalho que tenho vindo a desenvolver este ano, com vista à preparação e, quem sabe, à qualificação para os Jogos Olímpicos de 2024. É uma alegria fora do normal vir aqui e conseguir a medalha de prata. Sabíamos que o pódio era possível, mas as coisas acabaram por correr bem melhor do que esperávamos”, referiu o paraciclista medalhado, em declarações ao Comité Paralímpico.
Na mesma prova, mas na classe
de C2, correu Telmo Pinão, que terminou o contrarrelógio na 10.ª posição. O
paraciclista português completou os mesmos 10,3 quilómetros em 15”52’38, o pior
tempo entre os participantes, a 2”09 do líder Alexandre Leaute (França), que
superou o grego Nikolaos Papangelis e o espanhol Maurice Far Eckhard Tió,
segundo e terceiro classificados.
A tarde ficou reservada para
os contrarrelógios das classes H, nos quais Portugal voltou a estar em bom
plano. Em H5, Luís Costa foi quinto, tendo terminado a prova em 15”51’72, a
1”26 do neerlandês Mitch Valize, que conquistou o ouro, à frente do francês
Loïc Vergnaud, segundo classificado, e do compatriota Tim de Vries, terceiro.
Flávio Pacheco, na classe H4, foi sexto classificado, depois de percorrer os 10,3 quilómetros do contrarrelógio em 16”01’39. O português ficou a 1”34 do líder Thomas Frühwirth (Áustria), terminou à frente do compatriota Alexander Gritsch e do francês Bordo Mathieu.
“Eu já
tinha dito no Campeonato do Mundo que íamos lutar pelas medalhas e ficámos
muito perto, com o quarto lugar do Luís Costa. Viemos para aqui com a mesma
mentalidade e conseguimo-lo com o Bernardo Vieira, com uma medalha de prata, o
que foi excelente. Na classe C2, o Telmo Pinão não é um especialista em
contrarrelógio e limitou-se a cumprir a prova”,
explicou José Marques.
“Na prova
de H3 e H4, o Luís Costa andou bastante bem e fez quinto, a seis segundos do
quarto. Depois tivemos algo que me deixou bastante satisfeito. O Flávio Pacheco
tinha de apostar tudo e foi o que fez. Deu o que tinha e o que não tinha para
terminar nos oito primeiros e acabou em sexto. Foi excelente. Estamos de
parabéns, foi um dia extremamente positivo, com três atletas integrados no alto
rendimento”, concluiu o selecionador nacional de
paraciclismo.
A seleção nacional volta a
entrar em prova já este sábado, nas provas de fundo das classes C1 e C2.
Bernardo Vieira (C1) e Telmo Pinão (C2) vão percorrer as 12 voltas ao circuito,
num total de 63 quilómetros, às 13h15.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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