Ciclista da Movistar diz-se "contente pelo rendimento e pelo resultado"
Por: Lusa
Fotos: Lusa/Efapel
Ruben Guerreiro considerou
este domingo que fazer pódio no Gran Camiño é "bastante
bom", mostrando-se contente pelo rendimento alcançado no
contrarrelógio da última etapa, que permitiu a Joaquim Silva entrar no top 10
da prova galega de ciclismo.
"Conseguimos
fazer pódio nesta corrida, o que é bastante bom, porque depois da [Volta à]
Arábia Saudita não me encontrava bem. Estou contente pelo rendimento e pelo
resultado", resumiu, em declarações à agência Lusa.
O ciclista português da
Movistar foi ultrapassado por Jesús Herrada (Cofidis) na geral, depois de ser
apenas 21.º no crono, a 01.55 minutos de Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), mas
conseguiu salvar o pódio.
"O
contrarrelógio não me favorece. É um exercício diferente das minhas
características. Acho que melhorei em relação ao ano passado. Claro que para o
Vingegaard há uma grande diferença, porque ele é especialista, mas ainda tenho
margem para progredir", defendeu.
Mal cruzou a meta, Guerreiro
preocupou-se em encontrar um telemóvel para ver as classificações da etapa,
fazendo contas de cabeça para perceber se tinha conseguido manter-se no pódio,
perante a aproximação de Atilla Valter (Jumbo-Visma), que acabou em quarto, a
cinco segundos do ciclista de Pegões Velhos (Montijo).
"O
Herrada também fez um excelente contrarrelógio, fiquei a pouco tempo dele.
Fiquei à frente do Atilla [Valter], que é um excelente corredor e bom
contrarrelogista. Isso é bom. Fiz quase [nos] 20 primeiros no contrarrelógio.
Creio que o resultado é positivo, tendo em conta o meu desempenho nos anos
anteriores", sustentou.
Na aproximação à Catedral de
Santiago de Compostela, ponto final do contrarrelógio de 18,1 quilómetros, o
recente vencedor da Volta à Arábia Saudita ficou à vista de Vingegaard,
parecendo iminente a ultrapassagem, uma possibilidade que nunca chegou a
acontecer e da qual o português nunca foi informado.
"Não,
não. Não me interessava, estava a fazer o meu esforço. Estava realmente
concentrado em mim, em chegar o mais rápido possível à meta, isso foi o mais
importante. Se soubesse, não me influenciava em nada, porque aqui eu estava
realmente era concentrado no meu esforço. Nos últimos topos, estava a
encontrar-me relativamente bem outra vez e consegui chegar primeiro que
ele", disse, a rir-se.
O rei da montanha do Giro'2020 finalizou o Gran Camiño a 02.48 minutos do vigente campeão do Tour, com Herrada a ser segundo, a 02.31, numa geral em que Joaquim Silva foi nono.
Joaquim
Silva muito satisfeito
"[Estou]
Bastante satisfeito. Depois do Algarve, a condição física cada vez é melhor, e
deu para estar na frente", congratulou-se o ciclista da
Efapel, que saltou quatro posições na geral graças à excelente prestação no
contrarrelógio final.
Silva reconheceu que "a parte inicial" do crono o favorecia "bastante, porque não era muito técnica e havia
muitas zonas em que tem de se debitar muitos watts". "Na subida, que era onde estava o ponto de
cronometragem, vinha a voar mesmo, daí o meu bom tempo naquela parte [ponto
intermédio]. Agora, aqui, naquelas curvas, penso que perdi um pouco, mas também
já vinha um bocado sem gás. Se calhar, abusei nessa parte e depois faltou-me um
bocadinho de gás para a parte final", avaliou.
Quim sai satisfeito da segunda
edição da prova galega, embora sinta que na terceira etapa, na subida ao
Castelo de Rubiá, acabou por ser prejudicado por ter entrado "muito atrás". "Entrei para aí no lugar 50. Quando entrei, já ia
deslocado, fiz um autêntico crono até lá acima, passei muita gente. Ficam as
boas sensações desta corrida", concluiu o melhor
representante das quatro equipas portuguesas presentes no Gran Camiño.
Fonte: Record on-line
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