sexta-feira, 15 de agosto de 2025

"A parte desportiva ficou para trás. É preciso recuperá-la, seja com quem for" Cândido Barbosa preocupado com o futuro da Volta a Portugal”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Volta a Portugal 2025 está na estrada e na primeira semana da competição choveram críticas de todos os lados. Com o contrato com a organização da prova a cargo da Podium Events, cujo responsável é o antigo ciclista Joaquim Gomes, a terminar no final da temporada de 2026, e não no final deste ano como se tem dito, pois o ano de 2020 não foi contabilizado, Cândido Barbosa, actual Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, olha para o futuro e faz uma projecção, em conversa com O Jogo.

A Federação pretende que a Volta seja mais sólida, recuperando a importância que perdeu nos últimos 15 anos na parte desportiva. O evento nacional não se perdeu, há público, há toda a logística que envolve a Volta e merecemos um canal aberto a transmitir em direto. A parte desportiva ficou para trás. É preciso recuperá-la, seja com quem for.

A meta para o futuro está assente, mas Cândido está ciente das dificuldades que o esperam.

Passa por uma subida de escalão”. “Mas não se pode pedir uma subida de escalão à UCI quando temos um pelotão de 110 ciclistas à partida. Quando tivermos legitimidade para pedir a subida, iremos fazê-lo. Mas, primeiro, é preciso reestruturar o evento do ponto de vista desportivo. Haver várias provas internacionais ao mesmo tempo não poderá ser desculpa para este défice e carência de equipas estrangeiras

Aproveitando a visita à Caravana na 5ª etapa da competição da ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, o presidente da Federação aproveitou para oportunidade para pedir uma revisão dos apoios estatais, para que a sustentabilidade da modalidade seja uma realidade.

O pilar central para sustentar a formação e o ciclismo nacional são os autarcas. É preciso dar-lhes um obrigado, por nos cederem os seus territórios. Aproveitei para falar sobre a carência de um contrato-programa específico para a pista e sobre os custos com o policiamento. Está a ficar insustentável e pedimos que nos isentem a cem por cento, como acontece em Espanha

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/a-parte-desportiva-ficou-para-tras-e-preciso-recupera-la-seja-com-quem-for-candido-barbosa-preocupado-com-o-futuro-da-volta-a-portugal

“Byron Munton: «Estou a entrar no desconhecido. Tudo o que sair desta corrida é um bónus»”


Para o ciclista sul-africano tem sido "a melhor coisa de sempre" estar no pelotão português

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

Byron Munton procurou o pelotão nacional e aqui encontrou o estilo de corrida de que mais gosta, com o ciclista sul-africano a confessar que representar o Feirense-Beeceler "tem sido a melhor coisa de sempre".

Aos 26 anos, o quarto classificado da 86.ª Volta a Portugal quis mudar de vida, após duas épocas na húngara Epronex, e ligou ao diretor desportivo da equipa de Santa Maria da Feira.

"A minha ligação com o Joaquim Andrade começou em 2018 ou 2019, quando estava a correr em Espanha. Mantivemo-nos em contacto e, no final do ano passado, queria mudar de equipa e encontrar um sítio onde o estilo de corrida se adequasse às minhas características e entrei em contacto com o Joaquim", contou à agência Lusa.

Profissional desde 2021, na Electro Hiper Europa, o campeão sul-africano de contrarrelógio de 2022 está a cumprir a sua quinta temporada no continente europeu e não hesita em afirmar que representar o Feirense-Beeceler "tem sido a melhor coisa de sempre".

"As corridas são duras todos os dias, não há terrenos fáceis, que é aquilo que gosto. E, realmente, estou a desfrutar disto", confessou.

Byron Munton surpreendeu-se com o ambiente que encontrou no pelotão nacional, onde "todos são muito próximos e cuidam uns dos outros". "É muito especial", reforçou.

O tímido sul-africano, que se iniciou no ciclismo quando o pai comprou "uma bicicleta para ficar 'fit'", descreve a Volta a Portugal, na qual se está a estrear, como "espetacular".

"Ainda não tinha experimentado uma corrida como esta. O público é incrível, a organização, é tudo fantástico", resumiu.

Na 'Grandíssima', como faz questão de chamar à prova 'rainha' do calendário nacional, Munton intrometeu-se na luta da geral com grande estilo, após ter vencido no alto da Senhora da Graça, no domingo.

"Estou a entrar no desconhecido. Tudo o que sair desta corrida é um bónus", garantiu à Lusa.

Para já, o líder do Feirense-Beeceler está na quarta posição da geral, a apenas um segundo do pódio, mais concretamente do terceiro lugar de Jesús David Peña (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense), com quem pode perder na montanha -- no sábado, a nona etapa acaba no alto de Montejunto -, mas não no contrarrelógio.

Munton tem até domingo para 'destronar' o trepador colombiano, numa luta que culminará no 'crono' de 16,7 quilómetros em Lisboa.

Fonte: Record on-line

“Artem Nych e o reforço da liderança: «A Volta ainda não acabou, posso ter um dia mau»”


Russo da Anicolor recusa festejar antecipadamente

 

Por: Record com Lusa

Foto: PODIUM EVENTS

Artem Nych (Anicolor) consolidou a camisola amarela na Volta a Portugal, mas recusa já festejar a sua segunda vitória na prova.

"A Volta ainda não acabou. Posso ter um dia mau no Montejunto ou no contrarrelógio, mas agora tenho mais confiança para ganhar. Só vou acreditar a 100% depois do 'crono'", confessou o ciclista da Anicolor, que elogiou o trabalho dos colegas na subida à Torre desde a Covilhã.

"A equipa fez um grande trabalho, principalmente o Pedro [Silva]. O Pedro atacou no momento certo e eu só tive de esperar para ver quando arrancava o [Jesús] Peña. Quando o Peña atacou e, depois, parou, eu ataquei para me juntar ao Pedro, que fez um enorme trabalho para mim.

"Hoje, o dia foi muito bom para a nossa equipa, vamos dia a dia. Faltam três dias importantes

Não esperava [a quebra do Peña na Torre], mas tivemos sorte, porque é muito difícil ganhar tempo ao Peña, que é um corredor que se dá muito bem com a altitude. Tenho muito respeito por ele, é um corredor muito forte.

Eu não perco o foco, porque pode acontecer alguma coisa. No ciclismo, não se pode programar tudo".

Resignado estava Jesús Peña (Tavira), que desceu para terceiro da geral, estando agora a mais de um minuto de Nych. Iniciou a etapa a oito segundos. "Senti-me sem ar. Desde o início da subida, tínhamos pensado mandar alguém para a frente da corrida, o Afonso [Silva] tentou, mas a Anicolor fechou o espaço. Aí já senti algumas dores nas pernas e falta de ar. Tentei seguir, insisti, insisti, mas depois com os ataques, com três ciclistas da Anicolor na frente, e todos a olharem para mim [para perseguir], foi muito complicado".

O colombiano traça agora os objetivos para o que resta. "Tratei de minimizar danos e agora é tentar defender o pódio, mas será muito difícil. Tenho um segundo de diferença para o Byron [Muton], que se sai muito bem no contrarrelógio. Vamos ver o que acontece.

Não esperava isto hoje. Talvez tenhamos imposto um ritmo muito duro. No Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, [na subida à Torre] fui um minuto mais rápido. Tendo em conta que perdi só um minuto para esse dia, talvez tenha sido um grande esforço. Faltou um pouco para estar com eles ou algo de tática, mas estou contente com a temporada".

Fonte: Record on-line

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