sexta-feira, 25 de julho de 2025

“Antevisão - Volta a França 2025 20ª etapa: Dia explosivo e montanhoso favorável a uma fuga?”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A 20ª etapa da Volta a França 2025 será um dia montanhoso e explosivo. A luta pela liderança da classificação geral pode já estar praticamente definida, mas é provável que assistamos a alguns ataques relevantes nas subidas do dia, enquanto os especialistas em clássicas estarão à procura de conquistar uma etapa na corrida.


 

Antevisão da 20ª etapa

 

Com chegada a Pontarlier, é expectável que a fuga do dia tenha sucesso. Esta poderá incluir vários ciclistas habituados às clássicas, alguns sprinters, trepadores ou até homens da classificação geral que queiram deixar uma última marca na corrida.


Não é habitual que a penúltima etapa do Tour apresente este formato, mas trata-se de uma novidade interessante por parte da organização. A subida de 12 quilómetros logo no início do dia pode tornar-se decisiva e à sua volta há várias ascensões de perfil variado que os ciclistas em boa forma poderão aproveitar para endurecer a corrida.

A 63 quilómetros da meta, os corredores enfrentam a Côte de Thesy, uma subida suficientemente exigente para que mesmo os principais candidatos à geral possam considerar lançar um ataque tardio com vista a alterar o desfecho da classificação. Numa etapa deste género, o componente táctico pode assumir um peso enorme, caso a luta pela geral se reacenda, apesar de em teoria, estarmos perante um cenário ideal para o sucesso de uma fuga, com ciclistas de diferentes perfis a poderem marcar presença na frente da corrida.


Mesmo que não haja movimentações na luta pela geral, esta será ainda assim uma etapa muito interessante, com várias subidas concentradas na última hora de corrida. O terreno favorece roladores e especialistas em clássicas, que poderão tentar fazer a diferença nas ondulações finais. A última subida está a apenas 10 quilómetros da meta, o que poderá servir de trampolim decisivo para quem quiser surpreender.

 

Condições meteorológicas

 

O pelotão terá que enfrentar muita chuva e um vento forte de norte. Isto significa que a maior parte da etapa terá vento de frente até à última subida categorizada do dia. A partir daí terão vento de costas cruzado até à meta.


 

Os Favoritos

 

Fuga - aposta segura, mas com muitas condicionantes - Serão poucas as dúvidas de que a vitória deverá surgir a partir da fuga, embora o vento possa dificultar bastante a tarefa de quem tentar marcar presença na frente da corrida. A etapa arranca em subida e com dureza considerável. Será essencial ser, no mínimo, um bom trepador, mas a capacidade de rolar também será determinante. Ter um sprint eficaz pode ser uma mais valia, uma vez que os ataques de longe correrão o risco de não vingar.

Embora não seja fácil fazer diferenças significativas nas subidas finais, há corredores que podem aspirar a um bom resultado se conseguirem endurecer a corrida nas zonas mais inclinadas. Isso não significa que a etapa esteja exclusivamente reservada a trepadores puros, mas são esses os que mais provavelmente vão dinamitar a corrida nas rampas mais exigentes, tentando aumentar as suas hipóteses de sucesso. Outsiders da classificação geral como Ben Healy, Primoz Roglic, Ben O'Connor ou Jordan Jegat podem perfeitamente correr riscos na frente e lutar, pelo menos, pela vitória da etapa.

Thymen Arensman, Frank van den Broek, Andreas Leknessund, Gregor Muhlberger, Luke Plapp, Julian Alaphilippe são certamente homens que têm boas razões para atacar.  Tim Wellens e Jhonatan Narváez poderão ter liberdade da UAE para atacar, e caso estejam na frente da corrida, serão nomes a considerar.

Há também um conjunto de ciclistas que, em teoria, poderão jogar as suas cartas ao sprint. Isto não significa que vão adoptar uma abordagem conservadora, até porque numa etapa com este perfil não há margem para passividade. No entanto, se um grupo reduzido chegar compacto aos quilómetros finais, são estes nomes que podem emergir como favoritos à vitória. Naturalmente, Wout van Aert enquadra-se neste perfil, embora não se deva assumir que irá apostar tudo num sprint, especialmente tendo em conta a forma como tem abordado algumas corridas esta temporada. Entre os sprinters que podem sobreviver a este tipo de terreno, destacam-se Kaden Groves e Arnaud De Lie, enquanto puncheurs como Axel Laurance, Alex Aranburu e Simone Velasco também possuem características ideais para brilhar num final explosivo como este.

E, pelo meio, há uma dúzia de ciclistas que são especialistas em clássicas e rouleurs brilhantes. Aqueles que podem fazer a diferença nas subidas, como Quinn Simmons, Romain Grégoire ou Bruno Armirail, rouleurs como Victor Campenaerts e Nils Politt que estão numa grande forma e muitos outros ciclistas de qualidade como Kasper Asgreen, Matej Mohoric, Fred Wright, Valentin Madouas, Mauro Schmid, Iván Romeo e Raul García Pierna.

Luta pela geral? Porque não. Ainda há uma subida exigente no menu do dia e não há razão para Jonas Vingegaard não tentar atacar. Ele não vai ganhar a classificação geral ficando passivo no pelotão. É certo que a probabilidade de Tadej Pogacar ter um dia mau é mínima, talvez uns 0,1%, mas após o desempenho de hoje, até essa ténue esperança parece ter-se desvanecido por completo. Ainda assim, é plausível que alguns ciclistas do top-10 tentem integrar a fuga do dia, marcando-se mutuamente e procurando uma última oportunidade para subir posições na geral. 

 

Previsão Volta a França 2025 20ª etapa

 

*** Quinn SImmons, Romain Grégoire, Victor Campenaerts

** Frank van den Broek, Tim Wellens, Bruno Armirail

* Tadej Pogacar, Ben Healy, Ben O'Connor, Julian Alaphilippe, Luke Plapp, Jhonatan Narváez, Wout van Aert, Matej Mohoric, Iván Romeo, Axel Laurance, Arnaud de Lie

Escolha: Quinn Simmons

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“Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua encara a Clásica Castilla y León 2025 com jovens talentos e ambição internacional”


A Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua vai alinhar na Clásica Castilla y León de 2025, a decorrer a 27 de julho, numa edição especial que marca a 39ª realização da tradicional prova castelhana.

A etapa deste ano contará com um percurso exigente de 201,6 km, com partida em Laguna de Duero e meta instalada no emblemático Castillo de Peñafiel. O traçado inclui subidas de 3ª categoria, como La Parrilla logo aos 16 km, La Planta ao quilómetro 53, e Fuentidueña após Sacramenia, além de duas metas volantes em Peñafiel (km 86) e Cuéllar (km 143). Nas zonas planas, o pelotão atravessa paisagens típicas de Castela e Leão, com estradas sinuosas e várias zonas de repechos antes do desfecho numa subida curta, mas explosiva, até ao castelo, um dos grandes símbolos do ciclismo espanhol.

A Clásica Castilla y León integra o UCI Europe Tour e é reconhecida pela riqueza do percurso, que alia dificuldade técnica e beleza paisagística, reunindo mais de 20 equipas internacionais e nomes de referência do ciclismo mundial.

Nesta edição participam alguns dos principais talentos emergentes das escolas ibéricas e sul-americanas, entre eles o alinhamento da Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, formado por Rafael Barbas (Portugal), Leangel Linarez (Venezuela), Francisco Alves (Portugal), Guilherme Lino (Brasil), Andrés Taboada (Espanha) e Lois de Jesus (Espanha).

Gustavo Veloso, diretor desportivo, afirma: "Correr fora de Portugal, especialmente em Espanha, é uma experiência muito enriquecedora. Ao longo da minha carreira, tive grandes momentos neste país, e para a nossa equipa essas provas são essenciais. Proporcionam aos nossos jovens ciclistas uma oportunidade única de ganhar experiência, competindo com atletas de alto nível e num ambiente muito profissional e acolhedor. Esta clássica de categoria 1.1, com uma participação de grande importância, é fundamental para o desenvolvimento da equipa. Levamos uma formação jovem, com uma média de idade pouco superior a 21 anos (27, 22, 19, 18, 21 e 20 anos), e contamos com o Leangel como a referência experiente que irá guiar e transmitir conhecimento aos mais novos. Queremos aproveitar estas oportunidades para aprender, crescer e desempenhar um papel de destaque, mostrando o valor do ciclismo português no cenário internacional.”

O objetivo assumido da formação passa por dar visibilidade aos seus jovens ciclistas, procurar protagonismo em fugas e mostrar combatividade face a um pelotão fortíssimo, procurando também afirmar-se entre as equipas continentais mais competitivas da europa.

Fonte: Equipa Ciclismo Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua

“Vingegaard reconhece derrota perante Pogacar: «Há um momento em que há que aceitar e eu aceito essa realidade»”


Dinamarquês diz que o esloveno foi mais forte no Tour

 

Por: Lusa

Foto: Anne-Christine Poujoulat/Pool Photo via AP

Jonas Vingegaard reconheceu finalmente a derrota na Volta a França, após uma 19.ª etapa em que a sua Visma-Lease a Bike nada fez para destronar Tadej Pogacar, descontente com as táticas de outros ciclistas na subida a La Plagne.

"Foi o mais forte, merece ganhar. Há um momento em que há que aceitar e eu aceito essa realidade", declarou o campeão de 2022 e 2023.

Um dia depois de ter assegurado que o Tour ainda não tinha acabado, Jonas Vingegaard nada fez para testar o camisola amarela na última jornada de alta montanha, preparando-se para ser vice-campeão atrás do esloveno da UAE Emirates pela terceira vez na sua carreira, depois de 2021 e 2024.

"Para ser honesto, hoje procurava a vitória na etapa. Infelizmente, o Thymen Arensman fez um bom trabalho e mereceu ganhar", disse.

Segundo na etapa, a apenas dois segundos do neerlandês da INEOS, Vingegaard 'pagou' a sua falta de coragem, preferindo não atacar Pogacar, de quem dista 04.24 minutos na geral, nos metros finais, apesar de já não ter nada a perder. "No final, não tentei recuperar tempo ao Tadej", concedeu.

Mais claro foi o diretor da diretor da Visma-Lease a Bike Grischa Niermann, que explicou que a estratégia da equipa passou por obrigar o campeão mundial de fundo a trabalhar na ascensão final.

"Queríamos ganhar a etapa e essa era a maneira de o fazer, mas ele também queria vencer. Ambos [Pogacar e Vingegaard] calcularam mal. Se a etapa tivesse sido mais longa, teríamos tentado algo diferente", reconheceu.

Após a supressão da subida ao Col des Saisies, devido a um surto de dermatite nodular contagiosa em gado bovino naquele local, a 19.ª etapa ficou com 'meros' 93,1 quilómetros, ao contrário dos originais 129,9 entre Albertville e o alto da La Plagne, onde se chegava após 19,1 quilómetros a subir.

"Fizemos um ótimo trabalho até à última subida, depois algumas equipas e alguns ciclistas pensaram que podiam sprintar os 19 quilómetros até ao alto. Por isso, o ritmo foi incrivelmente elevado", criticou 'Pogi', assumindo ter chegado à meta cansado depois de ter tido de "puxar durante toda a subida".

O camisola amarela foi terceiro na etapa, também a dois segundos do vencedor, e assumiu que pensava que também Vingegaard queria ganhar no alto.

"Mas ele 'agarrou-se' à minha roda", pontuou, antes de elogiar o vencedor: "O Arensman fez um bom ataque, decidi não segui-lo. Impus o meu ritmo, um ritmo defensivo, no qual me sinto confortável".

O já três vezes campeão da Volta a França mostrou-se feliz por a alta montanha ter acabado, mas recusou celebrar a vitória final. "Nunca sabemos. É a Volta a França. Mais dois dias para estar concentrado", completou.

Quem também está desejoso por chegar a Paris é Florian Lipowitz, o alemão da Red Bull-BORA-hansgrohe que hoje reforçou o seu terceiro lugar na geral, na qual está a 11.09 minutos de Pogacar e tem mais de um minuto de vantagem para o britânico Oscar Onley (Picnic PostNL).

"Sabia desde ontem [na quinta-feira] que o Onley estava muito forte e o meu objetivo era manter-me na sua roda. Na última subida, não sabia o que fazer, porque nunca sabes como as pernas vão responder numa etapa assim. Mas sentia-me bem e, quando vi o Oscar descolar, dei tudo", descreveu o líder da juventude.

Ainda assim o estreante alemão, que já tinha sido terceiro atrás de Pogacar e Vingegaard no Critério do Dauphiné, não dá a presença no pódio como segura.

"Amanhã [no sábado], será um dia difícil, com muitas subidas e descidas. Muita gente quererá estar na fuga, pelo que teremos de estar concentrados até ao final", antecipou.

No sábado, o Tour abandona a alta montanha e percorre 184,2 quilómetros acidentados entre Nantua e Pontarlier.

Fonte: Record on-line

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