terça-feira, 22 de julho de 2025

“Antevisão - Volta a França 2025 17ª etapa: Um dia ventoso causará surpresas?”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Fazemos a antevisão da 17.ª etapa da Volta a França 2025, o último dia da corrida favorável aos sprinters. Jonathan Milan e Tim Merlier são os principais favoritos numa jornada que termina em Valence, onde Milan terá a sua última oportunidade para se defender de Tadej Pogacar na luta pela camisola verde.


Mais um dia favorável aos sprinters, e desta vez, em Valence, pouco deverá impedir uma chegada em pelotão compacto. Trata-se, muito provavelmente, da última oportunidade para os homens rápidos. A primeira metade da etapa apresenta algumas subidas, mas nada de significativo e será provavelmente demasiado cedo para permitir que uma fuga ganhe margem suficiente.


É provável que tenhamos pela frente um dia relativamente tranquilo, em pleno coração das montanhas. Todas as atenções estarão centradas no sprint final, que promete ser explosivo. Em Valence, o final será marcado por uma aproximação rápida até uma curva apertada a 600 metros da meta. A partir daí, tudo segue em linha reta e em terreno plano, ideal para coroar um sprinter puro.

 

O Tempo

 

O vento deverá marcar presença, já que esta é uma zona tradicionalmente ventosa. No entanto, soprará de norte, o que significa que, no geral, será um vento de costas e pouco favorável a qualquer tentativa de fuga.


 

Os Favoritos

 

Jonathan Milan - Com o abandono de Mattias Skjelmose, a Lidl-Trek perdeu as suas ambições secundárias e está agora totalmente focada em apoiar Milan na luta pela camisola verde. O italiano deverá disputar tanto o sprint intermédio como o sprint final, tentando somar o máximo de pontos possível naquela que será, à partida, a última oportunidade para os sprinters. Em teoria, este final favorece-o: trata-se de um sprint em ligeira descida e com vento de costas, ideal para a sua potência.

Tim Merlier - O belga não conta com um comboio estruturado a seu favor, mas isso não o tem impedido de vencer: já somou duas etapas nesta Volta a França sem um verdadeiro comboio. Se conseguir posicionar-se na roda de Milan na fase final, tem todas as condições para conquistar o seu terceiro sprint nesta edição Biniam Girmay, Kaden Groves, Jordi Meeus (ou, na sua ausência, Danny van Poppel) e Arnaud De Lie são os sprinters que, no contexto actual da corrida, ainda têm uma hipótese legítima de lutar pela vitória. No entanto, para o conseguirem, tudo teria de correr de forma perfeita, já que tanto Jonathan Milan como Tim Merlier estão num patamar acima do habitual e não são sprinters fáceis de bater.


Phil Bauhaus, Paul Penhöet, Alberto Dainese, Dylan Groenewegen, Arnaud Démare, Alexis Renard, Cees Bol, Pavel Bittner e a dupla da Israel–Premier Tech, Pascal Ackermann e Jake Stewart, podem certamente marcar presença na discussão pelo top-10. No cenário certo, todos têm argumentos para lutar pelos lugares cimeiros. No entanto, estamos já na terceira semana da Volta a França, o que introduz muitas variáveis: mais do que a simples colocação ou capacidade de sprint, contam agora a frescura física, o posicionamento tático e até o estado anímico de cada um.

 

Previsão da 17ª etapa da Volta a França 2025:

 

*** Jonathan Milan, Tim Merlier

**Kaden Groves, Arnaud de Lie, Biniam Girmay

*Danny van Poppel, Phil Bauhaus, Alberto Dainese, Dylan Groenewegen, Pavel Bittner, Pascal Ackermann, Jake Stewart

Escolha: Tim Merlier

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“Organização do Tour lança apelo aos adeptos para a terceira semana da corrida: "Não façam nenhuma estupidez"


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

À medida que a Volta a França de 2025 entra no seu bloco mais exigente, com o Mont Ventoux no horizonte e os Alpes à espreita, os organizadores da corrida estão a reforçar um apelo claro e direto aos adeptos: comportem-se com responsabilidade. A emoção do momento não pode sobrepor-se à segurança dos ciclistas, nem comprometer o desenrolar da prova.

Com milhares de pessoas a deslocarem-se para os locais emblemáticos da prova, sobretudo nas etapas de montanha, a tensão cresce não apenas nas pernas dos corredores, mas também nas margens da estrada. E é precisamente aí que os organizadores veem sinais preocupantes.

“Não façam nenhuma estupidez” Esta é a mensagem clara lançada esta semana pelas autoridades da corrida. Um aviso sem rodeios, destinado a todos os que planeiam assistir à prova ao vivo, especialmente nas subidas estreitas e inclinadas onde o espaço é escasso e o risco é elevado.

O historial recente justifica o tom. Há poucos dias, um adepto mal posicionado foi atropelado por um carro da equipa INEOS, num incidente que poderia ter tido consequências bem mais graves. Não foi o primeiro caso do género e é isso que a organização quer evitar a todo o custo.

 

Regras simples, mas cruciais

 

O Tour reforça cinco regras básicas para garantir que a festa do ciclismo não se transforma num pesadelo:

Não tocar nos ciclistas. Mesmo um gesto aparentemente inofensivo pode desequilibrar quem pedala no limite.

Não acender tochas. O fumo compromete a visibilidade e pode causar quedas, como já se viu noutras edições.

Não aproximar telemóveis da cara dos ciclistas. O fenómeno das selfies pode ser fatal quando feito a escassos centímetros de quem sobe a 10 km/h.

Não entrar na trajetória da corrida. A estrada é dos ciclistas, não de quem a atravessa em busca de protagonismo.

Evitar bandeiras mal colocadas. Panos que se soltam ou escondem obstáculos já provocaram quedas com impacto direto na corrida.

São recomendações simples, mas essenciais para que a prova decorra com normalidade. Basta um momento de distração (ou de ego) para que uma etapa histórica acabe com ciclistas no chão e ambulâncias na estrada.

 

Mont Ventoux e fim de semana decisivo

 

O alerta ganha ainda mais peso com o regresso do Mont Ventoux ao Tour, cenário de fervor popular, paixão sem limites... e caos, por vezes. As imagens de espectadores em euforia excessiva nesta subida lendária fazem parte do imaginário do ciclismo moderno, mas também dos seus piores episódios. Por isso, a mensagem não poderia ser mais direta: este entusiasmo tem de ter limites.

Com mais duas etapas alpinas e a chegada final em Paris a fechar a corrida, o apelo é reiterado com urgência. Não é apenas uma questão de respeito pelos ciclistas, é uma questão de segurança, de desportivismo e de decência.

O Tour é dos fãs, mas também e sobretudo de quem o corre. Que o espetáculo seja inesquecível, pelas melhores razões.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/organizacao-do-tour-lanca-apelo-aos-adeptos-para-a-terceira-semana-da-corrida-nao-facam-nenhuma-estupidez

“Valentin Paret-Peintre vence no Mont Ventoux e dá a 1ª vitória à França na Volta a França 2025. Pogacar e Vingegaard chegam "coladinhos"


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Valentin Paret-Peintre escreveu o seu nome na história ao triunfar na 16ª etapa da Volta a França 2025, que terminou no lendário Mont Ventoux. O ciclista francês da Soudal - Quick-Step venceu com autoridade e deu à França a tão aguardada primeira vitória nesta edição da prova. Já entre os favoritos, Jonas Vingegaard voltou a atacar Tadej Pogacar, mas os dois chegaram juntos ao alto do Gigante da Provença.

A etapa começou com um perfil plano e um ritmo verdadeiramente alucinante, com o pelotão a rolar a uma média de 50 km/h rumo ao sopé da mítica subida. Esta intensidade teve impacto direto na corrida, com muitos a pagarem caro o esforço inicial. Mas antes de chegar à subida final, viveu-se uma longa batalha pela formação da fuga, que demorou cerca de uma hora a definir-se.

No total, 34 corredores integraram a escapada do dia, entre os quais vários trepadores de peso e dois companheiros dos principais candidatos à geral: Marc Soler e Pavel Sivakov por parte da UAE, e Tiesj Benoot e Victor Campenaerts pela Visma. Com vento contrário nos quilómetros finais do Ventoux, o aspeto tático ganhava ainda mais relevância.

Desse grupo destacado, Julian Alaphilippe e Matteo Trentin, da Tudor, lançaram-se ao ataque juntamente com Enric Mas, Simone Velasco, Thymen Arensman, Jonas Abrahamsen e Fred Wright. Os sete ganharam cerca de 1:30 minutos para os seus perseguidores diretos e mais de seis minutos para o pelotão antes da subida final.

Alaphilippe tentou várias vezes isolar-se na primeira fase da subida, mas foi Enric Mas quem conseguiu destacar-se, deixando para trás o francês e Arensman e parecendo encaminhado para a vitória. No entanto, as encostas do Ventoux acabaram por ser demasiado exigentes. Vindo de trás, Ben Healy, com aspirações à classificação geral, aumentou o ritmo e alcançou Mas a 3,6 km do fim, acompanhado por Paret-Peintre. Seguiu-se uma sucessão de ataques que eliminou alguns dos rivais, mas sem grande sucesso, já que os ciclistas voltavam a reagrupar-se. Santiago Buitrago conseguiu juntar-se ao grupo, e no último quilómetro, Ilan van Wilder fez a ponte para a frente da corrida.

O belga puxou na frente e impediu que Vingegaard e Pogacar se aproximassem. No derradeiro sprint, Ben Healy foi o primeiro a lançar-se, mas Paret-Peintre colou-se à sua roda e ultrapassou-o nos metros finais para conquistar a maior vitória da sua carreira. Healy terminou em segundo e Buitrago completou o pódio da etapa.

Já no grupo dos favoritos, a Team Visma | Lease a Bike subiu o ritmo na aproximação ao Chalet Reynard, com Sepp Kuss a liderar o trabalho. A 7 quilómetros do topo, Vingegaard desferiu um ataque explosivo, mas Pogacar respondeu sem hesitações. O dinamarquês voltou à carga após o trabalho de Benoot e Campenaerts, mas, uma vez mais, o esloveno não cedeu. Nos últimos dois quilómetros, Pogacar tentou surpreender, mas Vingegaard voltou a colar. Na meta, Pogacar ganhou apenas um segundo, num duelo que voltou a terminar em equilíbrio.

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