sábado, 3 de outubro de 2020

“Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa”


Daniel McLay bisa em Torres Vedras

Por: José Carlos Gomes

O britânico Daniel McLay (Team Arkéa-Samsic) confirmou ser o velocista em melhor condição na Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa, vencendo a sexta etapa, uma ligação de 155 quilómetros, entre Caldas da Rainha e Torres Vedras. Amaro Antunes (W52-FC Porto) continua no topo da classificação geral.

A jornada de homenagem ao cinquentenário da primeira vitória de Joaquim Agostinho na Volta a Portugal teve três animadores. Willem Smit (Burgos-BH), Oier Lazkano (Caja Rural-Seguros RGA) e Emanuel Duarte (LA Alumínios-LA Sport) saíram do pelotão com 11 quilómetros percorridos, chegaram a ter mais de 4 minutos de vantagem, mas não resistiram à força do pelotão, onde as equipas dos sprinters aceleraram para dar aquela que, provavelmente, será a última oportunidade para os velocistas.

Com a fuga anulada a 5 quilómetros da meta, viveram-se momentos de tensão. Uma queda a pouco menos de quatro quilómetros do fim, quebrou o pelotão, mas a Team Arkéa-Samsic soube recompor-se para levar Daniel McLay até às últimas centenas de metros.


A meta à vista inspirou Daniel McLay para o segundo triunfo de etapa consecutivo. O sprinter britânico celebrou ao fim de 3h38m04s de prova (média de 42,648 km/h) e, além de vencer a etapa, passou a vestir a Camisola Vermelha Cofidis, da regularidade. No pódio do dia colocaram-se ainda o italiano Riccardo Minali (Nippo Delko Provence), segundo, e o venezuelano Leangel Linarez (Miranda-Mortágua), terceiro.

“A etapa adaptava-se a mim. A equipa fez um excelente trabalho para mim, acho que era impossível fazer melhor. Só tive de fazer a minha parte nos últimos 150 metros. A camisola dos pontos foi uma coincidência positiva, mas a etapa de amanhã tem um final muito difícil. É possível que haja muitos ataques. Por isso, não irei focar-me demasiado nessa camisola”, confessa Daniel McLay.


Apesar do susto que é sempre provocado por uma queda fora da zona protegida dos 3 quilómetros finais, os candidatos à Camisola Amarela Jogos Santa Casa chegaram com o mesmo tempo do vencedor da etapa. Amaro Antunes mantém-se no topo da geral, seguido por Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), a 13 segundos, e por Gustavo César Veloso (W52-FC Porto).

“Numa Volta desgastante, em que todos querem vencer e tentam atacar, a equipa tem revelado uma enorme união, uma força incrível e isso faz com que cheguemos sempre sem percalços. No final assumimos a corrida para evitar as quedas, porque o nervosismo é muito no sprint”, explicou Amaro Antunes sobre o labor portista em defesa da Camisola Amarela Jogos Santa Casa.


Se a Camisola Branca e Vermelha Fidelidade, da montanha, está a entregue a Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista), que apenas tem de terminar a Volta, a luta pela Camisola Vermelha Cofidis está ao rubro. Daniel McLay passou hoje para a frente, mas o anterior comandante, Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO) está apenas a um ponto. Simon Carr (Nippo Delko Provence) veste a Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem, e a W52-FC Porto manda coletivamente.

A sétima e penúltima etapa vai ligar Loures a Setúbal, numa viagem de 161 quilómetros, que se adivinha agitada pela passagem na serra da Arrábida, montanha de segunda categoria, colocada a menos de 14 quilómetros da chegada, num convite ao ataque por parte dos homens da geral.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Volta a Portugal/O convívio ficou à porta na edição especial”


A pandemia da COVID-19 privou o pelotão do convívio e bulício pré-etapas

A pandemia de covid-19 privou o pelotão do convívio e bulício pré-etapas, mas (quase) todos estão conformados com o preço a pagar para que a edição especial da Volta a Portugal em bicicleta esteja na estrada até segunda-feira.

Quem conhece a Volta a Portugal por dentro, estranha a nova realidade, a ausência do convívio, das caras familiares, dos momentos e sorrisos partilhados entre cafés, em que as rivalidades ‘caem’ e os adversários se distendem em longas conversas, alheios às cores que têm vestidas.

Nesta edição especial, essas imagens idílicas foram substituídas por rostos tapados, distanciamento social e ‘baias’ de segurança que separam, dentro do possível, a zona 0, o epicentro da ‘bolha’ onde só entra quem ‘passou’, sem positivo, no teste de deteção ao novo coronavírus, e supera, diariamente, o controlo de temperatura, e a zona 1, onde estão os outros elementos considerados ‘não essenciais à corrida’.

Os contactos são limitados, sempre de máscara, que só pode ser retirada para beber o tal café, um ritual de que 80% do pelotão prescindiu, em nome do bem-estar geral.

“Claro que o café é sempre um momento de descontração antes da partida. Agora, o falar, continuamos a fazê-lo... Podemos falar com os adversários, porque estão testados e controlados como nós estamos. Mas também temos de passar [a imagem de distanciamento] para aquela pessoa que está mais longe a ver não dizer ‘nós não podemos ir lá, mas afinal eles estão todos juntos’”, destacou João Benta.

À agência Lusa, o ciclista da Rádio Popular-Boavista, um daqueles que nunca abdicava da convivência matinal, assumiu que agora o tempo antes das etapas custa mais a passar: “Não poder estar com quem nós gostamos, com a família, os amigos mais próximos e, logicamente, com a família do ciclismo, tem sido um pouco frustrante para nós. Mas temos de aceitar essa situação e o importante é estarmos na competição.”

A mesma premissa é defendida por Hêrnani Broco, para quem esta edição especial é “atípica”, num ano “muito atípico”.

“A falta de convívio é um preço alto a pagar, é uma edição que custa, custou imenso a todos nós, devido às incertezas até à última hora, ao avançar e recuar. Foi desgastante para todos. Psicologicamente, está a ser um ano difícil, mas pronto, a Volta está na estrada, e esperemos que esses esforços se consigam manter para derrotarmos a covid-19”, salientou à Lusa.

O diretor desportivo da LA Alumínios-LA Sports sente a falta do público, numa “modalidade que é do povo”, e também do convívio entre equipas e patrocinadores.

“Sentimos a ausência deles, porque muitas vezes eles iam dentro da caravana, nos carros. Hoje em dia não se pode fazer, mas temos de dar a volta a esta situação”, acrescentou, indicando que os seus ciclistas “encaixaram bastante bem” as regras previstas no protocolo sanitário da Volta a Portugal.

Menos conformado está Tiago Machado, que não compreende as disparidades existentes entre as obrigações impostas à sua modalidade e ao cidadão comum.

“Estamos a ser mais papistas do que o papa. Acho que não há necessidade disto, já que temos tudo e mais alguma coisa aberto, como os shoppings, as praias – no verão, estava tudo ao molho. Não entendo haver tanta burocracia para pôr a corrida na estrada”, notou.

Embora tenha ressalvado que as normas da Direção-Geral da Saúde são para cumprir, o ciclista da Efapel disse ter pena por só os profissionais do desporto estarem sujeitos a medidas tão rigorosas.

“Se são esses sacrifícios que temos de fazer para que haja ciclismo profissional na estrada, vamos fazê-los. E para o ano, esperemos que já esteja tudo normal”, referiu, confessando sentir “falta do carinho dos espetadores”.

Fonte: Sapo on-line

“João Almeida: «Vou tentar vestir a camisola rosa»”


Português está em segundo da geral

João Almeida esteve muito perto de vestir este sábado a camisola rosa na Volta a Itália, ao ser segundo na primeira etapa, a 22 segundos do italiano Filippo Ganna, da Ineos. Mas o ciclista da Deceuninck-Quick Step, de 22 anos, não vai deixar fugir a oportunidade de se tornar no segundo português a envergar o símbolo de liderança na prova transalpina. Quem sabe se não tenta já este domingo, numa chegada a Agrigento, bem ao seu jeito?

"É claro que vou tentar, mas é melhor nesta altura pensar dia-a-dia, etapa a etapa, até porque nunca fiz uma corrida de três semanas", dissse-nos o jovem, que só perdeu no contrarrelógio de 15,1 quilómetros para o detentor do título mundial da especialidade. "Ficar atrás do campeão do Mundo é um orgulho para mim".

A Deceuninck-Quick Step iniciou a Volta a Itália sem um líder assumido, por força da ausência, devido a queda na Volta à Lombardia, do belga belga Remco Evenepoel. E acabou por atribuir a João Almeida o primeiro dorsal da equipa, o 81. "Penso que seguiram a ordem alfabética, mas é sempre mais uma motivação extra".

Por: Ana Paula Marques

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