Por:
José Carlos Gomes
O
português Tiago Antunes fez hoje uma exibição de grande qualidade na oitava
etapa da Volta a França do Futuro, uma ligação alpina de 120,5 quilómetros
Albertville e Sainte-Foy Tarentaise, mantendo-se no restrito grupo dos mais
fortes até à subida final, que permitiu ao colombiano Egan Arley Bernal
reforçar o comando da classificação geral, vencendo a tirada. O ciclista
bombarralense foi o vigésimo.
A
penúltima etapa da competição, toda disputada nos Alpes, era considerada à
partida a etapa-rainha, por ser aquela com maior acumulado de subida – 4421
metros –, e não desiludiu. As subidas dos colossos Cormet de Roselend e Les
Arcs transformou o pelotão principal num grupo com pouco mais de 20 corredores,
entre os quais se colocou Tiago Antunes.
Depois
da seleção feita, a vitória decidiu-se na subida de Sanite-Foy Tarentaise, onde
terminou a etapa. Tiago Antunes entrou aí na frente da corrida, mas não
aguentou a aceleração dos corredores que disputavam o top 5 da geral. Foi o
vigésimo a cortar a meta, gastando mais 9m00s do que o vencedor. Egan Arley
Bernal ganhou a tirada numa luta ao sprint com o belga Bjorg Lambrecht. O
terceiro foi o dinamarquês Niklas Eg, a 2 segundos. Hugo Nunes foi o 37.º, a
16m36s, José Neves foi 62.º, a 24m19s, André Carvalho foi 96.º, a 34m48s.
Francisco Campos, ainda marcado pela queda de ontem, abandonou.
Egan
Arley Bernal é dono da camisola amarela. Os adversários mais próximos são Bjorg
Lambrecht, a 1m09s, e Niklas Eg, a 1m12s. Tiago Antunes passou a ser o melhor
luso, subindo ao 22.º lugar da geral, a 13m21s. Hugo Nunes é o 35.º, a 23m20s,
José Neves é 42.º, a 27m51s, e André Carvalho é 74.º, a 42m11s.
“O
Tiago Antunes já esteve hoje mais perto do que já lhe vimos fazer o longo desta
época e do que acredito ser o seu real valor. Espero que amanhã consiga ainda
melhorar o desempenho para subir mais algumas posições na geral”, declara o
selecionador, José Poeira.
Etapa
de amanhã
27 de Agosto: 9.ª Etapa: Bourg-St-Maurice -
Albiez-Montrond, 106 km (3525 metros de acumulado)
A
última etapa é de consagração, mas apenas depois de cortada a meta, porque a
viagem é duríssima e vai dar oportunidade de mexer na classificação a quem
tiver capacidade para atacar. A meta coincide com uma contagem de montanha de
primeira categoria (9,9 km a 7,5 por cento) e inclui um colosso de categoria
especial a meio do caminho, o col da la Madeleine (24,3 km a 6,2 por cento).
Fonte:
FPC
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