quarta-feira, 10 de agosto de 2022

“Estreia da Volta da subida ao Observatório de Vila Nova (Miranda do Corvo) revelou Frederico Figueiredo como Novo Camisola Amarela”


Fotos: Agnelo Quelhas

Nova passagem de testemunho na Glassdrive-Q8-Anicolor. Frederico Figueiredo venceu a nova subida da Volta e "saltou" para a liderança da 83ª Volta a Portugal Continente após a quinta etapa.

Maurício Moreira claudicou, enquanto Figueiredo esteve muito forte. Apesar da nova liderança, a classificação geral ainda continua totalmente em aberto.

Nos muito aguardados 9,9 quilómetros finais, com pendente média de 8,3% e rampas impressionantes, a equipa de Maurício e Figueiredo eliminou qualquer tentativa de ataque. A quatro quilómetros da chegada, Frederico decidiu atacar. Moreira não o acompanhou e parecia fraquejar. Ainda assim, nos instantes finais, sempre rebocado por António Carvalho, acabou por ressuscitar e ainda conseguiu alcançar Henrique Casimiro (Efapel Cycling), segundo na etapa, e Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), terceiro. O uruguaio integrou o trio que perdeu 37 segundos para o vencedor.


Na Classificação Geral, Figueiredo tem agora sete segundos de vantagem sobre Moreira e 38 sobre Fernandes. "Saímos com vários planos. A etapa foi muito rápida desde o momento da saída e houve muitas tentativas de fuga. A meio tive um percalço, o selim baixou, mas correu tudo bem. Mudámos de Camisola Amarela, mas continuamos com o mesmo objetivo. O nosso líder é o Mauricio, tenho a certeza que vai sair daqui com vitória", afirmou Frederico Figueiredo, confessando que gostaria de ter ganho na Torre, mas sentindo-se muito feliz por ser o primeiro a vencer na nova subida que a Volta revelou para o ciclismo, em Miranda do Corvo.


 

Pelotão sambou na Mealhada

 

Depois do Dia de Descanso, o pelotão foi até à Mealhada pela manhã desta quarta- feira onde foi recebido com leitão e o samba da Associação do Carnaval da Bairrada. Festa rija para assinalar o regresso da Volta à cidade que há 44 anos não via partir uma etapa.

Foi também a oportunidade para o município homenagear o antigo ciclista Herculano Oliveira, natural da região, um dos poucos que conseguia bater JoaquimAgostinho na Serra da Estrela e por isso ganhou a alcunha de “Andorinha das Penhas”.


À hora de almoço, o pelotão lá deixou a Mealhada rumo a Miranda do Corvo. Foram 164,7 quilómetros feitos a um ritmo elevado até à subida final. Nunca houve intenção de deixar uma fuga ganhar grande vantagem.

Ainda com pelotão compacto, João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) foi à Meta Volante de Cantanhede somar os cinco pontos do primeiro lugar, com o rival na luta pela Camisola Verde Rubis Gás, Scott McGill (Wildlife Generation Pro Cycling), a ser segundo e a ficar com três pontos. Matias mantém-se na liderança da Classificação por Pontos.


Sensivelmente ao quilómetro 80, oito corredores conseguiram finalmente ganhar vantagem: Robin Carpenter (Human Powered Health), Juan López Cózar (Burgos-BH), Unai Iribar (Euskaltel-Euskadi), Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), António Barbio (Tavfer- Mortágua-Ovos Matinados), Hugo Nunes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), António Ferreira (Kelly-Simoldes-UDO) e José Maria Garcia (Electro Hiper Europa-Caldas). O pelotão nunca lhes deu grande espaço. António Barbio venceu a Meta Volante de Condeixa-a-Nova e Jose Maria Garcia a da Lousã. Na única subida categorizada (quarta), antes da final, Hugo Nunes passou em primeiro em Miranda do Corvo, sendo que a meta coincidia com contagem de primeira categoria.


Ao ser quarto classificado, Maurício Moreira perdeu a Amarela Continente, mas manteve a Camisola das Bolinhas Europcar, símbolo de Rei dos Trepadores. Na juventude, a Camisola Branca Jogos Santa Casa continua com o espanhol da Caja Rural-Seguros RGA, Jokin Murguialday.

 

Regresso dos Sprinters

 

Esta quinta-feira, os bons finalizadores devem ambicionar entrar numa nova discussão pela vitória de etapa que vai terminar cerca das 17h30, na Maia. As características do percurso de 159,9 quilómetros perspetivam uma chegada em bloco. Haverá um circuito na cidade e o vencedor será conhecido após a segunda passagem pela zona de meta.


A sexta etapa vai começar em Águeda, às 13h20. Depois de o pelotão abandonar a “Capital da Bicicleta” haverá três metas volantes: Oliveira de Azeméis (59,1 quilómetros), Santa Maria da Feira (76,9) e Gondomar (122,5). Os prémios de montanha serão de quarta categoria em Santa Maria da Feira (81,3) e de terceira na Serra de Santa Justa (129,1).

Fonte: Podium


























“Volta: Pogacar e Van Aert 'dividem' o pelotão nacional”


Ciclistas da volta divididos quando questionados sobre quem será o melhor ciclista da atualidade

 

Foto: AFP or licensors

Tadej Pogacar e Wout van Aert são responsáveis por uma ‘cisão’ no pelotão da 83.ª Volta a Portugal, com as opiniões dos ciclistas nacionais a dividirem-se no momento de apontar quem é o melhor do mundo.

O tema gerou grande debate na última Volta a França, depois de o diário desportivo francês L’Équipe definir o belga da Jumbo-Visma como o melhor ciclista da atualidade, estendendo-se, agora, aos bastidores da 83.ª Volta a Portugal.

“Eish… são muitos [os melhores]. Depende. Para mim, o Van Aert. Há vários aspetos para decidir isso. Se estivermos a falar em termos de uma geral, o Pogacar. Agora, em termos daquilo que eu gosto, o Van Aert. Pela maneira de competir, é o meu favorito”, assumiu à Lusa Rafael Reis.

O primeiro camisola amarela desta edição da prova ‘rainha’ do calendário velocipédico nacional não evitou a gargalhada quando instado a comentar a exibição no Tour do ‘incrível WVA’, que ganhou a classificação por pontos (com recorde), três etapas e o prémio de mais combativo, além de ter andado quatro dias de amarelo e ter desempenhado um papel decisivo na vitória final de Jonas Vingegaard.

“Foi uma coisa mesmo fora do normal. Estão lá os melhores do mundo, é o nível mais alto que se pode encontrar no ciclismo e ele conseguir fazer aquilo, é uma coisa que poucos vão conseguir no ciclismo”, notou o ciclista da Glassdrive-Q8-Anicolor.

‘Rafa’ não está sozinho na defesa de Van Aert, já que também Márcio Barbosa (ABTF-Feirense), depois de ter feito a ressalva de que “não é fácil” escolher, nem hesitou em nomear o belga como o seu favorito.

“Gosto da maneira do Van Aert correr. É um ciclista que tem vitórias no ciclocrosse, tem vitórias na estrada, e, para mim, é um ciclista completo. Neste momento, a nível mundial, é dos melhores”, afirmou, destacando o “trabalho excecional” que o ciclista da Jumbo-Visma fez nas últimas edições da Volta a França, nas quais esteve “em torno do líder, ganhou etapas, prólogos, contrarrelógios” e “até já chegou a vencer etapas de montanha”.

Para Márcio Barbosa, ‘WVA’ deu um salto de qualidade esta temporada em relação ao seu eterno rival, o neerlandês Mathieu van der Poel.

“Mas tanto um como outro são muito bons ciclistas. Esses talentos já vêm de novos, do ciclocrosse, do BTT, e agora vindo para a estrada foram uma mais-valia. Essas equipas deram-lhes as mãos e eles agora estão a fazer um ótimo trabalho. É um exemplo para todo o resto da modalidade”, defendeu, em declarações à Lusa.

Igualmente fã do estilo ‘inquieto’ do belga de 27 anos, João Matias aponta, ainda assim, o esloveno da UAE Emirates como o melhor do mundo.

“Podia dizer que era eu, para mim sou eu [ri-se]. Na minha opinião, é o Tadej Pogacar”, declarou o já vencedor de duas etapas na 83.ª Volta a Portugal.

Para o ciclista da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, “Van Aert será um multifunções, um homem de espetáculo”.

“Eu, pessoalmente, se calhar, até admiro mais o ciclismo do Wout van Aert, porque fazendo a parte do ciclocrosse e das clássicas… ele é montanha, ‘sprint’, contrarrelógio, é tudo. Em termos de ciclista mais completo, será ele, mas quando falamos do melhor ciclista do mundo e do melhor de todos os tempos, falamos de um voltista. Foram os grandes atletas. Eu contra mim falo, mas, na minha opinião, o Tadej é o melhor”, justificou.

Outro incondicional do talentoso bicampeão do Tour (2020 e 2021) é Luís Gomes que, após o impacto inicial da pergunta, disparou: “Para mim, o melhor ciclista do mundo é o Tadej Pogacar. É um ciclista muito completo”.

“Ele ‘sprinta’, faz contrarrelógios, ele sobe. E é um ciclista que gosto de ver na televisão, gosta de atacar, assim como eu também gosto de o fazer. Quando estou bem, gosto de atacar e dar um bom espetáculo, que é isso que os adeptos gostam de ver no ciclismo”, completou.

O combativo corredor da Kelly-Simoldes-UDO, ‘rei da montanha’ na Volta2019 e vencedor da classificação por pontos no ano seguinte, elogiou a “nova geração, de ciclistas jovens e irreverentes”, que “dão um pouco de alma ao ciclismo e vieram revolucionar a modalidade”.

“Acaba por haver mais espetáculo. Não é aquele ciclismo monótono, com uma equipa a puxar e em que o pelotão vai-se fracionando e os ciclistas vão descolando. Acho que assim o público gosta mais”, vincou o ciclista de 28 anos, em declarações à Lusa.

Também Hugo Nunes é um ‘discípulo’ do ciclismo de ataque, indicando o esloveno de 23 anos como o melhor do mundo, apesar de ‘Pogi’ ter sido destronado por Vingegaard neste Tour, que definiu como “espetacular”.

“É um ciclista atacante, um estilo que eu gosto e tento fazer também nas corridas. Não ganho tanto como ele, mas é um ciclista que me enche os olhos”, confessou, deixando ainda elogios a Van Aert, que é “bom a tudo”.

O jovem da Rádio Popular-Paredes-Boavista, de 25 anos, acredita que os representantes da sua geração mudaram “alguma coisa” na modalidade.

“Os ciclistas cada vez atacam mais e já não são tão metódicos. Isso eu gosto bastante, porque também sou um ciclista atacante. Às vezes, resulta, outras vezes, não”, reforçou.

Divididos na eleição do melhor do mundo, os representantes das equipas nacionais coincidem, contudo, numa opinião resumida na perfeição por Rafael Reis: “O ciclismo é muito melhor assim”.

Fonte: Sapo on-line

“Europeus de Munique 2022 na Eurosport”


Ciclismo total, um desporto, quatro disciplinas e muita animação, Portugal conta com um total de nove ciclistas nas competições de pista, estrada e btt

 

Por: Vasco Simões

Foto: Getty Images

De 12 a 21 de agosto, a cidade alemã de Munique organiza em simultâneo os Campeonatos da Europa de nove desportos distintos: Atletismo, Voleibol de Praia, Canoagem, Ciclismo, Ginástica, Remo, Escalada Desportiva, Ténis de Mesa e Triatlo. Os melhores atletas do ‘Velho Continente’ competem neste evento que se assemelha a uns autênticos minijogos Olímpicos.

Cinco décadas depois de Munique ter acolhido os Jogos de verão, a cidade volta a ter um ambiente semelhante com quase 4700 atletas a encherem os diferentes estádios onde vão decorrer as provas.

O Eurosport orgulha-se de ser ‘A Casa do Ciclismo’ e garante a transmissão dos Europeus de Ciclismo e das suas quatro especialidades: Pista, Estrada, BMX e BTT. A luta pelas medalhas em 30 eventos diferentes vai poder ser acompanhada em direto nos ecrãs do Eurosport durante 10 dias de muita ação que envolve cerca de 770 corredores.

Portugal vai estar representado nos Europeus com nove ciclistas nas vertentes de Pista, Estrada e BTT. Daniel Dias, Daniela Campos, Diogo Narciso, Iúri Leitão e Maria Martins competem primeiro nas provas de Pista entre os dias 12 e 16 de agosto. Em Estrada, Rui Oliveira marca presença na prova de fundo a 14 de agosto, enquanto Maria Martins, testa a sua sorte no derradeiro dia de competição, a 21 de agosto, após as provas de Pista, mas na prova de fundo. Mário Costa, Ricardo Marinheiro e Joana Monteiro nas provas de BTT são os outros ciclistas lusos nos Europeus, que têm provas marcadas para os dias 19 e 20 de agosto.

Acompanhe toda a ação das provas de ciclismo nos Europeus de Munique 2022 em direto nos canais Eurosport de 12 a 21 de agosto.

Fonte: Eurosport

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