Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Muitos têm alertado que, nesta
fase do ciclismo, os corredores podem começar a retirar-se mais cedo. Essa
tendência parece confirmar-se e hoje Jonas Gregaard, de 29 anos, anunciou o fim
da carreira após muitos anos no pelotão de topo.
“Depois de muitos anos como
ciclista profissional, decidi que chegou a altura de me afastar do ciclismo”,
revelou Gregaard numa publicação no Instagram. “Foi uma jornada que me levou
por todas as Grandes Voltas, por incontáveis estradas e a momentos que levarei
comigo para o resto da vida”. Gregaard virou profissional em 2015 na Team
Trefor - Blue Water, passou três anos na dinamarquesa Riwal Platform Cycling
Team e, em 2019, subiu ao World Tour com a Astana.
Em 2022 e 2023 correu pela
Uno-X Pro Cycling Team, vencendo a classificação da montanha no Paris-Nice de
2023, talvez o ponto alto da sua carreira. Foram os seus melhores anos, com Top
10 na La Route d'Occitanie, na Volta ao Luxemburgo e também numa etapa da Volta
a França, a única edição em que participou. Em 2024 mudou-se para a Lotto e
integrou desde então a equipa belga, que deverá subir ao World Tour este ano.
Porém, no meio do caos da fusão, Gregaard ficou sem contrato e sentiu que era
altura de pendurar a bicicleta.
“Tive a sorte de viver os
altos e baixos deste desporto com colegas de equipa, staff, colegas e
adversários incríveis, que me moldaram como atleta e como pessoa. Aos meus
companheiros, staff e a todos com quem partilhei um autocarro de equipa, um
estágio, uma subida de sofrimento ou um jantar tranquilo, obrigado. Tornaram
esta fase da minha vida especial. Um agradecimento especial à minha família e
amigos. O vosso apoio foi a base de tudo. Estiveram ao meu lado no caos, no
stress, na alegria e nas desilusões que este desporto traz. Estou infinitamente
grato.”
Novos
caminhos pela frente
Embora termine a carreira sem
vitórias no escalão profissional, no circuito continental dinamarquês venceu o
GP Himmerland e a geral do Kreiz Breizh em 2017. “Escolher retirar-me não foi
fácil, mas é a decisão certa por muitas razões. O meu corpo e a minha saúde
mental disseram-me que era tempo, e aprendi como é importante ouvir isso. O
ciclismo exige tudo e, neste momento, preciso de devolver algo a mim próprio.
Mesmo fechando este capítulo, estou genuinamente entusiasmado com o que vem a
seguir”.
O que será exatamente, o
corredor de 29 anos ainda não sabe, mas pode manter-se ligado ao setor do
ciclismo. “Estou aberto a conversas, ideias e oportunidades enquanto olho para
o futuro. Se quiserem falar, explorar possibilidades ou simplesmente estabelecer
contacto, estou sempre recetivo. Obrigado a todos os que fizeram parte desta
viagem. Significou mais do que imaginam”.
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