quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

“Rui Costa: «A motivação este ano era muito grande para mim e começar o ano com uma vitória...»”


Português pedalou "para ganhar" no Challenge Mallorca Trofeo Calvià numa época de "grande" motivação

 

Por: Lusa

Foto: Institut Calvianer Esports Calvià

Rui Costa apostou para ganhar e coroou com uma vitória, no Trofeo Calvià, o início de uma temporada velocipédica para a qual partiu com uma motivação "muito grande" em representação dos belgas da Intermarché-Circus-Wanty.

"Joguei para ganhar, não foi para ser segundo. Se não, não me teria colocado na frente a puxar como um louco para que chegássemos os três [fugitivos]. O importante era ganhar", resumiu o ciclista português de 36 anos, em declarações aos jornalistas no final da prova.

Rui Costa conquistou hoje o Trofeo Calvià, na sua estreia com as cores da Intermarché-Circus-Wanty, voltando a erguer os braços dois anos e meio depois da sua última vitória.

O português, que cumpriu os 150,1 quilómetros com início e final na localidade maiorquina de Palmanova em 03:57.30 horas, bateu ao 'sprint' os seus companheiros de fuga, o belga Louis Vervaeke (Soudal Quick-Step), segundo com o mesmo tempo, e o irlandês Ben Healy (EF Education-EasyPost), terceiro a um segundo.

Vervaeke seguia isolado nos quilómetros finais, mas Costa trabalhou, juntamente com Healy, para alcançar o belga, que "ia forte", mas "também não colaborou muito". "Tive a ajuda do rapaz que fez terceiro, e entre os dois pudemos apanhá-lo no final. Foi difícil, com o grupo atrás a pressionar, mas pudemos chegar", recordou.

Os três entraram isolados no último quilómetro e 'sobreviveram' à aproximação do grupo de perseguidores, no qual estavam o antigo bicampeão mundial Julian Alaphilippe (Soudal Quick-Step), que foi nono, a nove segundos.

O campeão mundial de fundo de 2013 recordou que hoje, "praticamente 14 anos depois de ter vencido com as cores da Caisse D'Épargne", conseguiu "uma nova vitória" em Maiorca, onde em 2010 venceu o Trofeo Deià. "Ainda mais com uma camisola nova, com uma equipa nova. A motivação este ano era muito grande para mim e começar o ano com uma vitória... não podia pedir mais", confessou, assumindo ainda que, devido à chuva e ao frio, hoje "não foi fácil estar em cima da bicicleta".

O português, que esta época trocou a UAE Emirates pela Intermarché-Circus-Wanty, somou no Trofeo Calvià a primeira vitória desde que se sagrou campeão nacional de fundo em agosto de 2020 e a 28.ª como profissional.

Fonte: Record on-line

“Quintana vai lutar para manter-se no ciclismo: «Sou um corredor honesto, sempre o fui»”


Colombiano foi desclassificado da Volta a França por ter usado tramadol

 

Por: Lusa

Foto: REUTERS

Nairo Quintana garantiu esta quarta-feira que vai lutar para continuar no ciclismo, desmentindo informações que davam conta do final da sua carreira e manifestando-se incrédulo perante "a inexplicável muralha" que o impede de encontrar uma equipa.

"Hoje, quero dizer-vos que estou em boa forma para continuar. [...] Devido aos acontecimentos dos últimos meses, é inegável o ambiente esquisito e a inexplicável muralha que se levantou. Mas sigo. Sou um ciclista que está acostumado à chuva, ao frio, ao calor, às quedas e aos arranhões, mas também a levantar-me e continuar a pedalar", notou o ciclista colombiano.

Quintana, de 32 anos, preferiu ler um comunicado escrito por si, lembrando que "a luta e o sacrifício são os caminhos" que conhece.

O corredor ficou sem equipa a Arkéa Samsic tinha anunciado a sua renovação, mas deu por finalizado o contrato -, depois de ter sido desclassificado da Volta a França por ter usado tramadol, que não consta na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem, mas é proibido em competição pelos regulamentos da União Ciclista Internacional (UCI).

"Vou continuar a batalhar para competir e para continuar na bicicleta até que o meu corpo e a minha mente aguentem. Sou um corredor honesto, sempre o fui, nos mais de 260 controlos que realizei nos últimos 10 anos da minha carreira nunca tive problemas. Desde que me tornei profissional, em 2009, respeitei as regras, competi com integridade e respeitei e honrei o jogo limpo", declarou.

Quintana assumiu que, apesar de não ter contrato para esta época, está disponível "para vestir uma camisola e dar o melhor na estrada", evocando o seu palmarés para atrair a atenção das equipas.

Um dos escaladores de referência do pelotão na última década, o colombiano venceu o Giro2014 e a Vuelta2016, mas nunca conseguiu 'destronar' o britânico Chris Froome no Tour, sendo segundo classificado em 2013 e 2015, edições em que conquistou a classificação da juventude. Melhor trepador do Tour2013, tem 51 triunfos na carreira, entre os quais se destacam ainda as vitórias na geral do Tirreno-Adriático (2015 e 2017), Volta aos Alpes Marítimos (2020 e 2022), Volta à Romandia (2016), Volta à Catalunha (2016) ou Volta ao País Basco (2013), mas também o segundo lugar no Giro2017.

Quintana é profissional há 14 temporadas, tendo passado oito delas na Movistar (2012-2019). A vitória na Volta a França do futuro de 2010 'catapultou-o' para a ribalta, mas as polémicas relacionadas com doping deixaram-no ser ofertas para prosseguir no World Tour. Antes de ser desclassificado do Tour2022, aquele em que pareceu estar de regresso ao mais alto nível foi sexto, por uso de tramadol, o colombiano já tinha estado envolvido noutra polémica relacionada com doping.

Em setembro de 2020, a procuradoria de Marselha abriu uma investigação após a "descoberta de vários produtos de saúde, incluindo drogas [...] e especialmente de um método que pode ser qualificado como doping" em buscas realizadas durante a Volta a França.

Segundo o semanário 'Le Journal du Dimanche', a polícia investigou o quarto de Quintana e do seu irmão Dayer, o do compatriota Winner Anacona, bem como o dos massagistas e alguns veículos.

A Arkéa Samsic confirmou, depois, que um número "muito reduzido de ciclistas" foi alvo de buscas no hotel por suspeitas de doping, que não eram dirigidas diretamente à equipa ou ao corpo técnico.

Fonte: Record on-line

“Médico recomendou uso de Actovegin a Miguel Ángel López: «Não cometemos qualquer erro»”


Marcos Maynar lembra que substância não é proibida pela Agência Mundial Antidopagem

 

Por: Lusa

Foto: Reuters

O médico espanhol Marcos Maynar reconheceu esta quarta-feira ter recomendado o uso de Actovegin ao ciclista colombiano Miguel Ángel López, mas lembrou que a substância, conhecida como a 'EPO dos pobres', não é proibida pela Agência Mundial Antidopagem.

Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, antes de depor diante do tribunal em Cáceres, o polémico antigo médico da equipa de ciclismo portuguesa LA-MSS, novamente investigado por tráfico ilegal de medicamentos para dopagem de desportistas, declarou-se inocente.

"Já me vi nestas circunstâncias e acredito profundamente na justiça. Se cometi algum erro do qual não fui consciente, terei de pagar por ele, mas creio que não cometemos nenhum", começou por dizer.

Maynar admitiu que deu apoio nutricional "e nada mais" a Miguel Ángel López, tendo recomendado ao ciclista colombiano, assim como a outros desportistas, o uso de Actovegin, um fármaco biológico injetável, constituído por extrato de soro de animal (vitelo) ultra-filtrado e conhecido como a 'EPO dos pobres'.

"Não é uma substância que esteja nas listas do doping, por isso não é doping", alegou, indicando que o Actovegin faz com que "o músculo cardíaco sofra menos durante o esforço".

O também professor da Universidade da Extremadura prosseguiu a defesa de López, que figura como testemunha no processo que tem seis arguidos, incluindo o ex-diretor desportivo Vicente Belda e o seu filho Vicente Belda García, ex-massagista da Astana, equipa que o colombiano representava.

"É um pobre rapaz, uma vítima da situação", sustentou.

Miguel Ángel López foi despedido pela Astana em dezembro, com os cazaques a alegarem ter descoberto "novos elementos que mostram uma provável ligação" do ciclista com Maynar, o que violava o regulamento interno daquela formação.

O ciclista de 28 anos chegou a estar suspenso pela equipa durante a temporada passada, na sequência das notícias sobre o seu envolvimento no caso, mas acabou por ser reintegrado e ainda esteve presente na Volta a Espanha, terminando no quarto lugar da geral.

'Superman' López já concluiu a Volta a Espanha e a Volta a Itália no pódio, ambas com um terceiro lugar em 2018, e foi sexto na Volta a França de 2020, mas viu as equipas do World Tour fecharem-lhe a porta, tendo assinado pela Medellín-EPM, uma formação do seu país que compete no terceiro escalão do ciclismo mundial.

Em maio, a Guardia Civil deteve em Cáceres Marcos May nar, antigo médico da equipa de ciclismo portuguesa LA-MSS, por um alegado delito de tráfico ilegal de medicamentos, tendo-lhe sido imputados um crime contra a saúde pública e outro de tráfico ilegal de medicamentos.

Maynar, atualmente professor da Universidade da Extremadura, já foi detido em 2004 numa operação contra o tráfico de substâncias dopantes nos ginásios.

Cinco anos depois, foi suspenso por 10 anos pela Federação Portuguesa de Ciclismo "por, durante a época desportiva de 2008, ter prescrito e/ou fornecido substâncias proibidas e mascarantes a alguns ciclistas" da LA-MSS.

Em 2015, o médico foi um dos seis acusados num alegado caso de dopagem a remadores do clube de Urdaibai, tendo sido absolvido no julgamento.

Fonte: Record on-line

“Fabio Jakobsen vem correr à Figueira Champions”


Ciclista holandês vai estar presente na prova que decorre a 12 de fevereiro na Figueira da Foz e terá 197 quilómetros

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

O holandês Fabio Jakobsen, da Soudal Quick-Step, atual campeão da Europa de estrada e um dos melhores sprinters da atualidade, é o nome principal já anunciado da equipa belga para a prova de ciclismo da Figueira Champions/Casino Figueira.

Na conferência de imprensa de apresentação da corrida, ficou a saber-se que a forte equipa belga também inscreve o dinamarquês Kasper Asgreen e o francês Remi Cavagna, contrarrelogista de muito bom nível.

Outros nomes dados como certos na linha da partida para a corrida do dia 12 de fevereiro são o português Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty), Campeão do Mundo em 2013, o alemão John Degenkolb (DSM), o francês Tony Gallopin (Trek-Segrafredo), o dinamarquês Magnus Cort Nielsen (EF Education-Easypost) e o suíço Stefan Bissegger (EF Education-Easypost), campeão europeu de contrarrelógio.

Carlos Pereira, diretor da prova, destacou a importância da competição, que "nasceu de um sonho agora materializado que conta com a presença de 18 equipas no pelotão".

Fernando Matos, administrador do Casino Figueira, falou de "uma ideia original, acima da média, com uma capacidade incrível de aliar o desporto às qualidades paisagísticas de um concelho, com uma beleza natural tão fotogénica", sem esquecer o "importante fluxo de pessoas, numa época de turismo considerada baixa, alavancando desse modo a economia do meio".

A prova, da classe 1.1 da UCI, disputa-se em 12 de fevereiro de 2023 na Figueira da Foz e terá 197 quilómetros de percurso, passando pelas 14 freguesias da Figueira da Foz.

Para a prova figueirense, estão confirmadas seis equipas da Worldteams: Soudal Quick-Step, Trek-Segafredo, Intermarché-Circus-Wanty, DSM, Alpecin-Deceuninck e EF Education-EasyPost.

Além dos seis conjuntos do escalão principal, a corrida vai também contar com as ProTeams da Caja Rural-Seguros RGA e Euskaltel-Euskadi, ambas espanholas. Quanto às equipas portuguesas, a EFAPEL Cycling, Aviludo-Louletano-Loulé Concelho e Rádio Popular-Paredes-Boavista são os três nomes principais.

O dia que antecede a prova, o 'Granfondo Champions Day', já conta com 1.200 inscritos, terminando as inscrições no dia 30 de janeiro.

Fonte: Record on-line

“Nasce no Oeste a Óbidos Cycling Team”


Equipa de formação sub-23 quer tornar-se numa referência do ciclismo português

 

Fotos: Helena Dias

Na temporada de 2023 nasce a Óbidos Cycling Team sob a égide do Município de Óbidos, "o concelho onde o sonho dá lugar à oportunidade". O sonho do director e manager da equipa Micael Isidoro, ex-ciclista profissional licenciado em treino desportivo com especialização na área do ciclismo, pós-graduação e mestrado em alto rendimento, tornou-se este ano em realidade com a criação deste projeto de ciclismo de formação, que pretende dar aos jovens ciclistas a oportunidade que faltava no Oeste.


“O objetivo da Óbidos Cycling Team passa por dar uma oportunidade aos jovens que vêm do escalão júnior, com prioridade aos da nossa Região, desenvolvendo as suas capacidades para posteriormente ajudá-los a passar para equipas continentais”, afirmou Micael Isidoro.

Óbidos é uma das mais bonitas vilas de Portugal, famosa pela sua cidadela fortificada, e com uma paisagem inesquecível para todos os visitantes. Do Castelo à Lagoa, passando pelo Santuário do Senhor Jesus da Pedra, Óbidos é um ponto turístico obrigatório para todos os amantes do património e da natureza.


Muitas são as actividades desportivas que podem ser realizadas em Óbidos e a prática do ciclismo é, evidentemente, uma delas. Ao levar o nome de Óbidos com a equipa, por todo o país e além-fronteiras, pretende-se transmitir o apoio do Município ao desporto de eleição que é o ciclismo, bem como o seu potencial no designado turismo da bicicleta.

O director e manager Micael Isidoro realçou ainda que “O que mais quero é que este projeto possa ficar cada vez mais sustentável e aliciante. Essa é a grande ambição. A partir daí vem a sequência: os resultados e a internacionalização. No fundo é criar a referência que nos falta neste momento em Portugal”.


Sendo uma equipa de formação, o plantel é maioritariamente jovem, contando com a incorporação de alguns elementos mais experientes. O grupo de dez ciclistas é composto pelos lusos Bernardo Jorge e o irmão Daniel Luís Jorge, Gabriel Casal, Marco Marques, Miguel Carvalho, Miguel Correia, Rui Ventura, Tomás Bauwens e os internacionais Mark Kryuchkov e Viktor Manakov.

 

Plantel da Óbidos Cycling Team:

 

Bernardo Jorge (30/04/2000, Torres Vedras)

Daniel Luís Jorge (02/11/2004, Torres Vedras)

Gabriel Casal (05/07/2001, Abrantes)

Marco Marques (06/01/1996, Viana do Castelo)

Mark Kryuchkov (24/02/2003, Rússia, Volgograd)

Miguel Carvalho (26/09/2001, Torres Vedras)

Miguel Correia (22/08/2001, Santarém)

Rui Ventura (31/01/1988, Águeda)

Tomás Bauwens (28/04/2001, Lisboa)

Viktor Manakov (09/06/1992, Rússia, São Petersburgo)


 

Apoios à equipa

 

Diretor-desportivo e Manager: Micael Isidoro

Diretor-desportivo: Paulo Figueiredo

Mecânico: Bruno Magalhães

Staff: Sr. Albino

Comunicação: Helena Dias.

Fonte: Oeste Cycling Team

“Norte-americano Quinn Simmons vence terceira etapa da Volta a San Juan”


A Volta a San Juan conta com a presença da equipa portuguesa AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense, com Carlos Salgueiro

 

Por: Lusa

O ciclista norte-americano Quinn Simmons (Trek-Segafredo) venceu a terceira etapa da Volta a San Juan, na Argentina, com o irlandês Sam Bennett (BORA-hansgrohe) a manter a liderança na classificação geral.

Simmons completou os 170,9 quilómetros, com partida e chegada ao Autódromo de Villicum, com o tempo de 4:39.30 horas, superiorizando-se ao argentino Maxiliano Richeze e a Sam Bennett, segundo e terceiro, respetivamente, com o mesmo tempo do vencedor.

O ciclista norte-americano surpreendeu com um ataque forte dentro do último quilometro e bateu a concorrência, com Richeze, que corre com a camisola da Argentina na última prova como profissional, a ter de contentar-se com o segundo posto.

A geral é liderada pela ciclista irlandês, com seis segundos de vantagem em relação ao neerlandês Fabio Jakobsen (Soudal Quick-Step) e oito sobre o colombiano Fernando Gaviria (Movistar).

A Volta a San Juan conta com a presença da equipa portuguesa AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense, com Carlos Salgueiro a voltar a ser o melhor da formação lusa, ao terminar no 21.º lugar a etapa, a dois segundos do vencedor.

Na geral, Carlos Salgueiro é 61.º, a 36 segundos do primeiro, com o espanhol Délio Fernández em 77.º, a 01.40 minutos, e Venceslau Fernandes em 80.º, a 2.16 minutos.

A quarta etapa vai ligar o Autódromo de Villicum ao Barreal, ao longo de 196,5 quilómetros

Fonte: Sapo on-line

“Figueira Champions/ Casino Figueira um sonho tornado realidade”


Fotos: Sérgio Morgado

A conferência de imprensa Figueira Champions/ Casino Figueira teve lugar no Casino Figueira, esta terça-feira de 24 de janeiro e contou com a presença de Carlos Pereira, Diretor de Prova; Afonso Eulálio, ciclista figueirense; Fernando Matos, administrador do Casino Figueira; Carlos Figueiredo, em representação da Turismo Centro Portugal e Manuel Domingues, vereador executivo.


Nas várias intervenções foi destacada a relevância da projeção do concelho no país e no mundo, numa prova que “nasceu de um sonho agora materializado que conta com a presença de 18 equipas no pelotão”, como frisou Carlos Pereira, Diretor de Prova.

É a primeira vez, em 120 anos, que uma clássica mundial se realiza em solo nacional pelo que as mais valias daí decorrentes justificam a adesão, na qualidade de principal sponsor, por parte do Casino Figueira, por se tratar, palavras de Fernando Matos, “de uma ideia original, acima da média, com uma capacidade incrível de aliar o desporto às qualidades paisagísticas de um concelho, com uma beleza natural tão fotogénica”, sem esquecer o “importante fluxo de pessoas, numa época de turismo considerada baixa, alavancando desse modo a economia do meio”.


“Estar cá um dia é bom, estar cá dois é ótimo e três nunca é demais”, frase com que Carlos Figueiredo iniciou a sua intervenção, indo desse modo ao encontro da importância da visibilidade do concelho e da consequente repercussão na economia da região.

Uma prova com as características do Figueira Champions/ Casino Figueira envolve uma grande logística por forma a assegurar que nenhum pormenor é deixado ao acaso, só possível de realizar “graças à entrega dos colaboradores do município e dos Presidentes de Junta de Freguesia que, desde a primeira hora abraçaram a iniciativa”, conforme referiu Manuel Domingues, que destacou ainda a visão do Casino Figueira face às potencialidades que a prova encerra e a presença do jovem figueirense, único ciclista profissional do concelho, presente na competição e que transporta consigo “o dorsal n.º 1, motivo de muito orgulho não só por esta ser a minha terra, mas por estar a competir ao lado dos grandes nomes do ciclismo mundial do momento”.


Já são conhecidos alguns dos nomes das estrelas que vão marcar presença: Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty), Campeão do Mundo de Fundo em 2013; Fabio Jakobsen e Kasper Asgreen, da Soudal Quick-Step e o colega Remi Cavagna, um dos melhores contrarrelogistas do mundo, ao lado de Asgreen; o alemão John Degenkolb (Team DSM); o francês Tony Gallopin (Trek-Segrafredo) e Magnus Cort Nielsen (EF Education-Easypost), um nome sonante que, certamente estará na discussão da corrida, sem esquecer o Campeão Europeu de Contrarrelógio, Stefan Bissegger, seu colega de equipa.


O percurso da prova totaliza 197 quilómetros, num sobe e desce constante pelas 14 freguesias da Figueira da Foz, onde não vai faltar um ambiente dominado por muita adrenalina.

O dia que antecede a prova, o “Granfondo Champions Day”, já conta, atualmente, com 1200 inscritos, terminando as inscrições no dia 30 de janeiro.

O evento terá a transmissão em direto no canal Eurosport, em Portugal e para todo o mundo, assegurada também pela CMTV.

Fonte: Clube Desportivo Fullracing




“Hoje fiquei saudosista…”


Por: José Morais

Fotos: Arquivo Revista Notícias do Pedal

Hoje acordei um pouco saudosista… depois de ter passado os olhos por algumas fotos antigas, retirei três, e relembrei-me de velhos e bons tempos do cicloturismo nacional.

Reconheço de que os tempos são outros, passamos por uma pandemia, mas já antes da mesma, o cicloturismo não era o mesmo de tempos áureos de outras épocas, onde a modalidade servia muitas vezes para o interesse de muitos, fossem políticos, juntas de freguesias, câmaras municipais, e muitas outras entidades ou atividades que utilizavam a modalidade para promoção de algo de interesses próprios.

Infelizmente, alguns se esqueceram da altura em que o cicloturismo nos anos 80 e 90 começou a despertar o interesse de muitos amantes da modalidade, e o que foi o impacto do mesmo na altura, onde se conseguiram tirar muitos de certos vícios, o caso do álcool, o caso de fumadores, e mais importante, o tirar jovens da rua afastando os mesmos dos maus vícios, onde muitos que se iniciaram no cicloturismo, acabaram por ir para a competição, mas que hoje estão esquecidos e abandonados.

É certo, de que depois surgiu o btt e alguns mudaram, depois vieram mais recentemente os granfondos, um pouco diferente do tradicional passeio de cicloturismo, voltado mais para a competição, já que existem classificações, e muitos adoram competir, ao contrário de outros que querem apenas conviver, e descontrair a semana de trabalho.


Porem, a queda do cicloturismo não aconteceu só motivado por novos desafios, deu-se em primeiro, pela falta de apoios à modalidade, seja da parte de empresas ou autarquias, o envelhecimento dos seus praticantes iniciais, mas também pela falta de incentivos a participarem nos passeios, e porque, porque infelizmente muitos organizadores não evoluíram, e mantiveram sempre o mesmo tipo de passeios, talvez… a culpa não seja totalmente deles, mas de quem de direito não apoiou, não evoluiu, ficando e pensando, que ainda continuavam nos anos 80 e 90.

Com estas fotos que ilustro este artigo, e quando me sentei a escrever o mesmo, voltei ao baú das recordações e relembrei os grande eventos cicloturisticos realizados em Portugal, e fiquei triste pelos mesmos terem desaparecido, ignorados e abandonados, e quem não se lembra das grandes clássicas, falo de algumas que muitos participantes juntava, o tradicional Sesimbra/Algarve, o Caldas/Badajoz, que foi também para outras localidades da Estremadura espanhola, o Minho Florido, o Lisboa/Évora, o Porto/Lisboa, eventos que chegaram a juntar milhares de participantes em cada evento.

Mas não só estas grandes clássica realizadas em mais de um dia, existiam o passeio temáticos anuais, o caso do Pinhal Novo, que normalmente abria a época, e chegou a juntar cerca de um milhar de cicloturistas, Trajouce sempre com centenas de participantes, o passeio do Dia Internacional da Mulher, um evento muito especial e carinhoso, e ainda muitos outros passeios de renome por esse país, sempre com grande número de participantes.

Depois existiram ainda eventos muito especiais, relembro a presidência aberta do presidente Mário Soares, que em Sintra juntou cerca de três amantes da modalidade, os passeios de Sintra património Mundial com centenas e centenas de cicloturistas, os passeio do dia da Sida e dia sem Tabaco também com centenas, as primeiras edições da Etapa da Volta organizadas pela Revista Super Ciclismo que foram sem dúvida um grande sucesso, e onde foram pioneiros, já que a atual é uma cópia, não posso deixar passar em branco três outros grandes eventos, os quais tenho o prazer de dizer que foram três projetos meus, e que infelizmente ficaram pelo caminho.


O primeiro, Serra Acima, a subida ao alto da Torre, com partidas de diversos locais do distrito de Castelo Branco, realizado em dois dias, chegou a ter algumas vezes mais de seis centenas de participantes, já que superar a subida ao alto da serra era o desejo de muitos, depois o primeiro passeio do ano realizado sempre no primeiro domingo de janeiro em Lisboa, onde chegaram a participar muitas vezes quase um milhar de participantes, por fim o Lisboa/Santarém, um passeio de agrado de muitos, chegando a ter um pelotão com mais de 1600 cicloturistas que ficou pelo caminho.

Com mais de trinta anos de jornalismo, onde pedalei de maquina fotográfica às costas e gravador no bolso, ainda a participar divulgando a modalidade, recordo com alguma mágoa ao ponto que a modalidade chegou, deixando-a ao abandono, os apoios que deixou de ter, e outros interesses que deixaram para segundo plano o cicloturismo, ficando apenas as dificuldades de que a mesma possa poder vir a subir, os tempos áureos já passaram, a decadência surgiu, e outros incentivos e eventos que não vão surgindo, originam o esquecimento, e será que vai conseguir ser superado pelo cicloturismo.

A finalizar, temos de reconhecer que os tempos são outros, não só as outras vertentes atrativas, existe o envelhecimento dos participantes, com poucos jovens a não aparecerem por não estarem motivados, os apoios foram reduzidos, muitas equipas terminaram, uma falta de sensibilidade muitas vezes para quem ainda organiza por falta de informações de quem de direito poderia dar novas ideias e apoiar mais e melhor, ainda a saturação de muitos por existir sempre uma repetição, não esquecendo as dificuldades económicas de muitos, e os gastos para deslocação para irem pedalar.

Espero que possa estar enganado na queda do cicloturismo, porem temos de admitir algumas falhas na modalidade, alguns desincentivo e o descontentamento de muitos, apesar de ainda alguns carolas que tentam dar o seu melhor e tentam não deixar a modalidade morrer, e continuar com os convívio cicloturisticos, porem hoje foi tempo de recordar alguns belos eventos, que por agora são apenas velhas recordações, neste dia que estou muito saudosista…” 

Boas pedaladas.

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
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  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
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