segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

“DOPING: Farmacêutica francesa desenvolve projeto que preocupa as autoridades do ciclismo pela potencial utilização por corredores”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

De acordo com informações publicadas pelos colegas do Il Corriere, uma investigação em França colocou os holofotes sobre uma substância com potencial uso médico que também despertou interesse no universo do doping. Trata-se de uma hemoglobina alternativa derivada do “lugworm”, conhecido como verme-da-areia, que pode atuar como um potente transportador de oxigénio no organismo humano.

Este cenário levou a Agência Mundial Antidopagem (WADA) a acompanhar de perto o caso devido às possíveis implicações no doping. Não há, para já, ligação ao ciclismo ou a qualquer outra modalidade, mas as autoridades estão preocupadas e, logicamente, a substância está sob vigilância.

O projeto está a ser desenvolvido na Hemarina, uma biofarmacêutica sediada em Morlaix, na costa da Bretanha, França. A empresa foi fundada por investigadores universitários e passou quinze anos a trabalhar quase exclusivamente na análise e adaptação da hemoglobina deste organismo marinho, criado em grandes tanques. O objetivo declarado é oferecer uma alternativa natural a certos tratamentos padrão, sobretudo em patologias graves que exigem elevada oxigenação tecidular.

Segundo os estudos disponíveis, uma vez adaptada ao sistema circulatório humano, esta hemoglobina teria uma capacidade de transporte de oxigénio até quarenta vezes superior à versão natural, sem efeitos secundários significativos. Isso torna-a um possível substituto sanguíneo para transfusões, com a vantagem adicional de ser mais eficaz e mais facilmente disponível do que sangue de dador. A Hemarina patenteou seis produtos distintos baseados nesta tecnologia, todos sustentados por vasta literatura científica.

O interesse desportivo na substância ganhou relevo após uma entrevista concedida por Franck Zal, fundador e CEO da Hemarina, ao diário francês L’Équipe. Revelou que, há três anos, um ciclista muito conhecido de uma equipa World Tour solicitou um fornecimento do produto. A principal razão seria a sua meia-vida muito curta, que permite a rápida eliminação do organismo.

Segundo a própria empresa, não foi um caso isolado. A Hemarina afirma ter informado de imediato a Oclaesp, a unidade da polícia francesa especializada no combate ao doping e a ilícitos na área da saúde. A Oclaesp confirmou a existência de uma investigação em curso, embora não tenha divulgado o desfecho dos procedimentos iniciados há três anos.

 

Substância sob vigilância

 

A Agência Mundial Antidopagem afirma que a substância está sob vigilância e pode ser detetada diretamente em testes, desde que a análise ocorra entre quatro e oito horas após a administração. É uma janela temporal muito estreita, que dificulta a deteção em contexto competitivo.

O seu uso também pode refletir-se nos passaportes biológicos dos atletas. No entanto, não há casos recentes de atletas de elite sancionados por anomalias longitudinais associadas a esta substância. Alguns investigadores assinalam que estudos científicos indicam que esta hemoglobina não alteraria o hematócrito, um dos parâmetros-chave usados nos modelos de passaporte biológico. Isso alimenta o receio de que novas práticas de doping estejam a evoluir mais depressa do que os sistemas concebidos para as detetar.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/doping-farmaceutica-francesa-desenvolve-projeto-que-preocupa-as-autoridades-do-ciclismo-pela-potencial-utilizacao-por-corredores

“Nelson Oliveira pediu para regressar ao Giro, mas não exclui presença no Tour”


O mais veterano dos ciclistas portugueses do World Tour vai iniciar a época em 24 de janeiro, no Grande Premio Castellón

 

Por: Lusa

Foto: @sprintcycling

A Movistar fez o 'favor' de concretizar o desejo de Nelson Oliveira de estar no Giro em 2026, com o ciclista português com mais presenças em grandes Voltas a não descartar, contudo, uma participação no Tour.

"Já há algum tempo tenho vindo a pedir para ir ao Giro e este ano um dos nossos líderes, o Enric Mas, vai. Então, fizeram-me esse 'favor' de estar mais uma vez no Giro", brincou o corredor bairradino, em declarações à agência Lusa.

Ciclista português com mais presenças em grandes Voltas, Nelson Oliveira prepara-se para alinhar na sua 23.ª corrida de três semanas entre 8 e 31 de maio, regressando à 'corsa rosa' após quatro anos de ausência, para a sua quarta participação (esteve também nas 'startlists' das edições de 2012 e 2013).

"Foi opção minha e deles [responsáveis da Movistar], digamos assim, mas era uma corrida que eu queria fazer de novo", assumiu.

Quatro vezes olímpico -- é o ciclista com mais participações em Jogos -- e duas vezes 'diplomado' no contrarrelógio, o corredor de 36 anos não exclui, no entanto, uma presença na Volta a França.

"Primeiro, vamos fazer o Giro. A seguir, há a possibilidade [de estar na 'Grande Boucle']. Estou na lista para o Tour, caso haja algum problema [com companheiros]. Eu gostava de fazer, mas isso depois logo se vê. Depende também de como corra o Giro. O Tour ainda está muito longe, e há outras competições antes", notou.

O mais veterano dos ciclistas portugueses do World Tour vai iniciar a época em 24 de janeiro, no Grande Premio Castellón, seguindo-se o Troféu Ses Salines (29 de janeiro) e a Volta à Comunidade Valenciana (04 a 08 de fevereiro).

'Nelsinho', como é conhecido no pelotão, vai alinhar novamente na Clássica da Figueira, em 14 de fevereiro, mas, ao contrário do que foi avançado pela organização, não vai regressar à Volta ao Algarve.

"Não faço ideia de como saiu essa notícia", disse à Lusa, indicando ainda que vai participar em duas das mais prestigiadas provas de uma semana do calendário internacional antes do Giro: o Paris-Nice (08 a 15 de março) e a Volta ao País Basco (06 a 11 de abril).

A temporada de 2026 será a 11.ª de Nelson Oliveira na Movistar e a 16.ª no World Tour, primeira divisão do ciclismo mundial.

Fonte: Record on-line

“Gala dos 125 anos”


Federação Portuguesa de Ciclismo homenageia personalidades e instituições na Gala dos seus 125 anos

 

Fotos: Rodrigo Rodrigues / FPC

A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) encerrou este domingo as comemorações do seu 125.º aniversário com uma Gala comemorativa realizada no Velódromo Nacional de Sangalhos, em Anadia, onde foram distinguidas personalidades, atletas, dirigentes, instituições e parceiros que deixaram uma marca profunda na história e no desenvolvimento do ciclismo nacional.

Ao longo da noite, foram entregues vários prémios que simbolizam os valores da Federação e o contributo de diferentes gerações para a afirmação do ciclismo em Portugal, numa cerimónia que reuniu representantes institucionais, atletas, dirigentes, associações regionais, clubes e parceiros da modalidade.


O Prémio Excelência, distinção máxima atribuída pela Federação Portuguesa de Ciclismo, foi entregue a Artur Lopes, figura incontornável da estruturação e consolidação institucional da FPC, e ao Professor Eduardo Marçal Grilo, pelo seu contributo ímpar para a valorização do desporto e do ciclismo enquanto instrumento de formação, pensamento estratégico e desenvolvimento social.

 

O Prémio Carreira distinguiu percursos desportivos e profissionais de referência:

 

• José Poeira, histórico selecionador nacional;

• José Marques, pelo contributo transversal enquanto atleta, técnico e dirigente;

• Rui Costa, campeão do mundo de fundo e uma das maiores figuras do ciclismo português;

• Sérgio Paulinho, medalhado olímpico e vencedor de etapas nas Grandes Voltas;

• Tiago Ferreira, campeão do mundo de BTT (XCM) e embaixador do ciclismo de montanha.


 

O Prémio Dedicação reconheceu o apoio continuado e determinante ao ciclismo português, distinguindo:

 

• Álvaro Santos Silva (Sicasal)

• Luís Almeida (LA Alumínios)

• Américo Duarte (EFAPEL)

• Fernando Emílio, a título póstumo, pelo seu contributo no jornalismo desportivo

• RTP – Rádio e Televisão de Portugal, pelo papel fundamental na divulgação da modalidade

• Câmara Municipal de Paredes, municípios sempre de portas abertas para o ciclismo

• Câmara Municipal de Tavira, autarquia que acolhe a equipa mais antiga do pelotão mundial

 

O Prémio Alto Prestígio distinguiu atletas que representam o presente e o futuro do ciclismo português ao mais alto nível:


 

• Iúri Leitão, campeão olímpico e referência internacional da pista;

• Rui Oliveira, campeão olímpico e exemplo de consistência e excelência;

• André Soares, medalhado olímpico no ciclismo para surdos.

 

O Prémio Prestígio foi atribuído a Maria Teresa Cardoso, ex-Presidente da Câmara Municipal de Anadia, pelo papel determinante na afirmação do concelho como centro nevrálgico do ciclismo nacional e pela estreita ligação institucional à Federação Portuguesa de Ciclismo.

No encerramento da Gala, o presidente da FPC, Cândido Barbosa, sublinhou o significado profundo destas distinções: “Esta Gala é, acima de tudo, uma homenagem a todos quantos fizeram o ciclismo português ao longo de 125 anos. Nada do que hoje celebramos teria sido possível sem a persistência, o trabalho e a paixão de gerações inteiras que nunca desistiram da modalidade, mesmo nos momentos mais difíceis”.

O presidente reforçou ainda a dimensão simbólica do momento vivido: “Podemos nem sempre ter chegado onde queríamos com a rapidez que desejávamos, mas chegámos aqui. E chegámos juntos. O ciclismo ensina-nos isso mesmo: resistir, insistir e continuar a pedalar, mesmo quando o caminho é duro”.

Cândido Barbosa deixou também uma mensagem de confiança no futuro: “A nossa promessa é clara: este caminho continuará a ser feito, com coragem, com verdade e com a mesma paixão que sempre nos trouxe até aqui. Haverá dificuldades, como sempre houve, mas ninguém nos vai parar”.

A Gala dos 125 Anos da Federação Portuguesa de Ciclismo marcou, assim, um momento

simbólico de celebração do passado, valorização do presente e afirmação do futuro de uma modalidade profundamente enraizada na história desportiva nacional.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Gala dos 125 anos”


Livro “125 Anos na História do Ciclismo Português” apresentado na Gala dos 125 Anos da Federação Portuguesa de Ciclismo

 

Fotografias: Rodrigo Rodrigues / FPC

A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) apresentou este domingo, 21 de dezembro, o livro “125 Anos na História do Ciclismo Português”, da autoria do jornalista Vítor Serpa, no âmbito da Gala Comemorativa dos seus 125 anos.

A obra constitui uma viagem profunda e envolvente pela história do ciclismo em Portugal, enquadrada numa perspetiva mais ampla da evolução da bicicleta e da modalidade a nível europeu. Ao longo de mais de duas centenas de páginas, o autor cruza factos históricos com episódios marcantes, personagens emblemáticas, rivalidades lendárias e momentos decisivos que ajudaram a moldar o ciclismo como um dos desportos mais identitários do país.


Para Vítor Serpa, este livro representa muito mais do que um exercício de investigação histórica. “Este livro é uma dupla homenagem: ao meu pai, que foi sempre um adepto do ciclismo e que me incutiu também esta paixão; e ao ciclismo português e a todas as pessoas que sempre lutaram por esta modalidade, que nunca esmoreceu, mesmo em tempos de crise”, sublinhou o autor durante a apresentação. Vítor Serpa destacou ainda o particular prazer que retirou do trabalho de investigação, sublinhando que a obra procura também contribuir para desmistificar preconceitos historicamente associados ao ciclismo, evidenciando a vitalidade, a resiliência e a capacidade contínua de evolução e crescimento da modalidade ao longo do tempo.

A apresentação do livro esteve a cargo do Professor Eduardo Marçal Grilo, autor do prefácio, que destacou a forma cativante e rigorosa como a obra foi construída. “Ao longo de 224 páginas, o leitor percebe que está perante uma História da evolução da bicicleta na Europa e, em simultâneo, da História do Ciclismo em Portugal, habilmente intercalada com estórias e episódios que tornam o livro extremamente atrativo”. Para Eduardo Marçal Grilo, trata-se de uma obra que “se lê de um só fôlego”, beneficiando da riqueza narrativa que o ciclismo, enquanto modalidade, naturalmente oferece: “heróis, rivalidades, dramas, tragédias e figuras míticas que marcaram gerações”.


Entre os capítulos mais destacados, o autor do prefácio sublinha ainda aqueles dedicados às grandes rivalidades do ciclismo português, com especial enfoque no célebre duelo entre José Maria Nicolau e Alfredo Trindade, nos anos 30 – um confronto que extravasou o desporto e se tornou símbolo da rivalidade entre Benfica e Sporting, contribuindo para a dimensão nacional de ambos os clubes.

Para o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Cândido Barbosa, a publicação desta obra foi um momento incontornável nas comemorações do 125.º aniversário da instituição.

“Num tempo marcado pela rapidez da informação e pelas novas tecnologias, acreditamos que um livro continua a ser um instrumento único para preservar a memória, fixar a história e garantir que ela não se perde. O desafio de escrevermos um livro para assinalar os 125 anos do ciclismo português surgiu quase de imediato, porque a história da nossa modalidade tem de estar escrita e ser relida por todos, para nunca nos esquecermos de quem somos e de todos quantos fizeram parte deste percurso”, afirmou.

O presidente da FPC deixou ainda uma palavra de reconhecimento aos intervenientes na obra: “O Vítor Serpa era a pessoa certa para escrever este livro com a paixão, o rigor e o conhecimento que o ciclismo merece, e o Professor Eduardo Marçal Grilo, com o seu prefácio, ajuda a engrandecer uma obra que passa agora a estar disponível para todos”.

A apresentação de “125 Anos na História do Ciclismo Português” integrou o programa da Gala Comemorativa dos 125 Anos da Federação Portuguesa de Ciclismo, que decorre este domingo, no Velódromo Nacional de Sangalhos, em Anadia, assinalando simbolicamente a ligação entre o passado, o presente e o futuro de uma modalidade profundamente enraizada na história desportiva nacional.

O livro “125 Anos na História do Ciclismo Português” estará em breve disponível para venda em wook.pt e omniservicos.pt

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Retificação…”


Por: José Morais

Vimos por este meu retificar de que o seguro da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta o seguro não possui limite de idade, antes era até aos 75 anos, a Federação refere os 77 anos, e a alteração foi feita a partir de 23 de novembro de 2023 e publicada no seu site, que pode ser visualizado no link em:  https://www.fpcub.pt/2023/11/fim-do-limite-de-idade-apolice-de-acidentes-pessoais?utm_source=copilot.com

De salientar que no site desta instituição não aparece este link, nem na parte dos seguros vem esta informação, o que deixa em dúvida.

Fica assim a justificação, e a verdade acima de tudo.

Boas pedaladas.

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
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  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
  • Periodicidade: Diária
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