sábado, 5 de julho de 2025

“Antevisão da 2ª etapa da Volta a França 2025: Van der Poel regressa às vitórias no Tour ou Pogacar vai intrometer-se na luta?”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Volta a França 2025 é a maior e mais importante corrida de ciclismo do mundo e terá lugar entre 5 e 27 de julho. É o ponto alto da época desportiva e, todos os anos, proporciona uma ação memorável. Fazemos a antevisão da 2ª etapa.


A segunda etapa da corrida deverá ter um final ao sprint em Boulogne-sur-Mer, embora alguns sprinters possam ser eliminados nas subidas íngremes nos derradeiros quilómetros. Com uma distância de 209 quilómetros, não haverá subidas longas ou demasiado difíceis, mas as batalhas pelo posicionamento e os ataques esperados farão com que o final seja muito explosivo.


A 30 quilómetros do final, há uma subida de 1,1 quilómetros a 9% e, depois, uma outra subida de caraterísticas semelhantes, com o alto a apenas 8 quilómetros do final. Aqui podemos ver ataques, pois a descida é muito rápida e depois temos outra subida muito explosiva de 800 metros a 8%, que termina a apenas 4 quilómetros do fim. Esta subida será perigosa caso hajam cortes e os ataques poderão ser bem sucedidos, pois será muito difícil organizar qualquer perseguição. A descida para Boulogne-sur-Mer será muito rápida e os ciclistas chegarão à subida final muito rapidamente.


A rampa final para a meta tem 1,2 quilómetros a 3,8%. O início da subida irá quase aos 10%, o que significa que poderemos assistir a ataques... Mas é provável que algumas equipas consigam controlar o final e, depois, decidir a corrida ao sprint.

Vai soprar! Como se os ciclistas não tivessem tido vento suficiente hoje, na segunda etapa terão mais vento e, atrevo-me a dizer, será ainda mais forte. Com o vento a soprar de Sudoeste e a etapa a seguir em grande parte uma trajetória para Este, significa que teremos os primeiros 2/3 de etapa com vento meio cruzado, meio de frente, o que poderá resfriar os ânimos.


No entanto, isso muda quando faltarem 50 quilómetros para o final, pois os quilómetros seguintes serão extremamente perigosos e poderão criar cortes, uma vez que o vento muda de quadrante e passará a apresentar-se maioritariamente de lado/costas. No final do dia, temos mais vento de frente nas últimas colinas, mas isso não se aplica à subida final

 

Favoritos

 

Homens da Geral: Pogacar, Evenepoel, Vingegaard e Roglic atentos às bonificações

 

Noutros tempos, uma chegada como esta dificilmente teria qualquer interferência entre os favoritos à camisola amarela. Mas a presença de Tadej Pogacar muda completamente a equação. O esloveno da UAE Team Emirates - XRG já mostrou em diversas ocasiões que não desperdiça qualquer oportunidade de sprintar por segundos de bonificação, sobretudo em finais com ligeira inclinação onde pode bater nomes bem mais rápidos.

Remco Evenepoel, que já perdeu tempo na etapa inaugural, deverá estar particularmente atento, enquanto Jonas Vingegaard também poderá tentar um sprint se a colocação for favorável. Primoz Roglic, por sua vez, tem a explosividade ideal para se intrometer na luta por um pódio eventualmente, mas a vitória está fora de alcance. A luta pelo posicionamento nos últimos quilómetros e nas subidas será feroz, e os líderes não quererão arriscar perder segundos logo ao segundo dia.

Nomes como Mattias Skjelmose, Tobias Johannessen, Santiago Buitrago, Kevin Vauquelin e até mesmo Oscar Onley, todos com características puncheur e boa ponta final, podem ter uma palavra a dizer se a etapa se decidir em grupo compacto e sem grande desorganização.

 

Puncheurs: o dia ideal para brilhar (se os favoritos deixarem)

 

Com a evolução tática do ciclismo moderno, os puncheurs têm tido menos oportunidades, mas esse cenário é contrariado neste Tour, com muitas chegadas explosivas na 1ª semana. Mathieu van der Poel é o nome mais forte nesta categoria, com capacidade de sprint, de atacar e de resistir à dureza, mas também há espaço para surpresas.

Thibau Nys, que chega em grande forma, pode ser aposta da Lidl-Trek se Skjelmose for resguardado. Já ciclistas como Ben Healy, Neilson Powless, Quinn Simmons, Romain Grégoire, Julian Alaphilippe, Marc Hirschi ou Mauro Schmid podem tentar a sorte com um ataque bem cronometrado, tirando partido de estarem fora da luta pela geral.

Jhonatan Narváez e Tim Wellens também merecem destaque. O primeiro já mostrou ter explosão e resistência, enquanto o segundo, com estatuto reforçado graças à camisola de campeão belga, poderá receber liberdade para atacar caso Pogacar não esteja interessado em disputar o final.

 

Sprinters resistentes: van Aert, De Lie e os que resistirem às subidas

 

Se o ritmo não for avassalador nas subidas intermédias e a chegada for relativamente controlada, há um conjunto de sprinters que pode sobreviver e discutir a etapa. Wout van Aert e Arnaud De Lie lideram este lote, ambos têm histórico de vitórias em finais em subida e serão perigosíssimos se chegarem no grupo da frente.

Outros nomes a seguir com atenção incluem Axel Laurance, Sam Watson, Iván García Cortina e Alex Aranburu, todos capazes de aguentar subidas de média dificuldade e manter uma boa ponta final. Vincenzo Albanese é outro nome a considerar, sobretudo se houver ataques de curta distância antes da meta.

Se o ritmo for mais conservador, até sprinters puros como Jasper Philipsen (atual camisola amarela), Biniam Girmay, Danny van Poppel, Bryan Coquard e Tobias Lund Andresen poderão manter-se na disputa.

 

Previsão para a 2ª etapa da Volta a França 2025:

 

*** Tadej Pogacar, Mathieu van der Poel

** Primoz Roglic, Wout van Aert, Remco Evenepoel

* Jonas Vingegaard, Santiago Buitrago, Mattias Skjelmose, Kévin Vauquelin, Tobias Johannessen, Thibau Nys, Ben Healy, Romain Grégoire, Quinn Simmons, Jhonatan Narváez, Arnaud De Lie, Vincenzo Albanese, Axel Laurance

Escolha: Mathieu van der Poel

Cenário: Redução do sprint do grupo.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/anteviso-da-2-etapa-da-volta-a-frana-2025-van-der-poel-regressa-s-vitrias-no-tour-ou-pogacar-vai-intrometer-se-na-luta

“Insólito no Tour'2025: luta ao sprint por contagem de montanha acaba em queda surreal”


Momento caricato a envolver Mattéo Vercher e Ben Thomas

 

Por: Record

A primeira etapa do Tour'2025 foi tudo menos calma. Para lá do abandono de Filippo Ganna e da perda de tempo por causa do vento de João Almeida, Remco Evenepoel e Primoz Roglic, para a história da tirada inaugural fica ainda um caricato momento a envolver Mattéo Vercher e Benjamin Thomas na contagem de montanha de Mont Cassel. Na luta pela camisola às 'bolinhas', Thomas foi o mais forte, mas ao passar pelo pórtico, devido a uma mudança no piso, acabou por perder o controlo da sua bicicleta e cair, levando consigo Vercher. Apesar do aparato, ambos seguiram em prova, mas ficam com uma história pouco vista para contar.

Fonte: Record on-line

“Jasper Philipsen vence a 1ª etapa da Volta a França 2025 e veste de amarelo. Evenepoel e João Almeida perdem tempo”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A 112ª edição da Volta a França começou da forma mais dramática possível. Na chegada a Lille, Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) era um dos 3 principais favoritos e impôs-se ao sprint perante Biniam Girmay (Intermarché - Wanty) e Soren Waereskjold (Uno-X Mobility) conquistando a vitória na etapa inaugural e, com ela, a camisola amarela. Já Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), João Almeida (UAE Team Emirates - XRG) e Florian Lipowitz (Red Bull - BORA-Hansgrohe) foram os grandes derrotados do dia, perdendo tempo precioso logo à primeira oportunidade.

Logo após o quilómetro zero, cinco ciclistas adiantaram-se: Jonas Rutsch, Mathis Le Berre, Bruno Armirail, Benjamin Thomas e Mattéo Vercher formaram a primeira fuga do Tour. No entanto, com o simbolismo da camisola amarela em jogo, as equipas dos sprinters não quiseram surpresas e mantiveram a diferença controlada a rondar os dois minutos.

A tensão habitual de uma primeira etapa não demorou a fazer-se sentir. Filippo Ganna (INEOS Grenadiers) e Sean Flynn (Team Picnic PostNL) foram as primeiras vítimas de uma queda, com o italiano a regressar à bicicleta, mas claramente em dificuldades. Pouco depois, Stefan Bissegger (Decathlon AG2R La Mondiale Team) também foi ao chão, acabando igualmente por abandonar mais tarde, tal como Ganna.


Com o vento a tornar o pelotão instável, surgiram vários cortes, e entre os nomes apanhados fora de posição estiveram Florian Lipowitz (BORA) e Lenny Martinez (Groupama-FDJ). A cerca de 90 quilómetros da meta, Benjamin Thomas e Mattéo Vercher tentaram nova escapada, mas o esforço foi interrompido de forma aparatosa no Mont Cassel: numa disputa pelo único ponto de montanha, ambos os ciclistas colidiram e caíram sobre a calçada empedrada.

Sem fuga ativa, o pelotão reduziu o ritmo. A última subida do dia acabou por ter um momento curioso, com Jonas Vingegaard (Team Visma | Lease a Bike) a sair do grupo para garantir o ponto disponível. A ofensiva simbólica mostrou que o dinamarquês está atento.

Nos últimos 20 quilómetros, a velocidade voltou a aumentar e a tensão subiu. Simon Yates foi apanhado na parte de trás, enquanto a Visma pressionava na frente para provocar cortes com o vento. A 10 km da meta, a separação no pelotão era clara: entre os 36 na frente estavam Pogacar, Vingegaard, Jorgenson, Mas, O'Connor, Philipsen, Girmay, mas atrás, já com 30 segundos de desvantagem, seguiam Evenepoel, Almeida, os homens da Red Bull, Milan e Merlier.

Dentro dos 5 km finais, nova queda abalou o grupo da frente: Ben O’Connor foi ao chão, mas por estar dentro da zona de proteção acabou por não perder tempo. Já os perseguidores não tiveram a mesma sorte.

No sprint final, Philipsen foi o primeiro a lançar o sprint, e arrancou tão poderoso que não deu hipóteses aos rivais, cruzando a meta como vencedor da etapa e novo líder da geral. No final, a diferença entre os dois principais grupos era de 39 segundos, uma fatura pesada para alguns dos favoritos à classificação geral.

 

Top 10 Tour de France

 

1º Philipsen Jasper Alpecin-Deceuninck

2º Girmay Biniam Intermarché-Wanty

3º Wærenskjold Søren Uno-X Mobility

4º Turgis Anthony Team TotalEnergies

5º Trentin Matteo Tudor Pro Cycling Team

6º Russo Clément Groupama-FDJ

7º Penhoët Paul Groupama-FDJ

8º Jorgenson Matteo Team Visma | Lease a Bike

9º Mayrhofer Marius Tudor Pro Cycling Team

10º Watson Sam INEOS Grenadiers

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/jasper-philipsen-vence-a-1-etapa-da-volta-a-frana-2025-e-veste-de-amarelo-evenepoel-e-joo-almeida-perdem-tempo

“Jasmin Liechti vence isolada 4ª etapa e agarra liderança da Volta a Portugal Feminina Cofidis”


Por: Vasco Moreira

Jasmin Liechti é a nova líder da 5.ª Volta a Portugal Feminina Cofidis. A ciclista da NEXETIS foi a mais forte na quarta e penúltima etapa da prova, cruzou a meta isolada e assumiu a camisola amarela Placard. Raquel Queirós (Atum General-Tavira-SC Farense) voltou a ser a melhor portuguesa.

Após a etapa mais longa da Volta a Portugal Feminina, o pelotão teve pela frente um dia de média montanha. A tirada de 103,4 quilómetros, entre Coruche e Loures, apesar do início plano, estava marcada por duas subidas exigentes nos últimos 25 quilómetros para os Prémio Montanha do dia - Forte da Carvalha (3.ª cat, Km 76,5) e Alto do Andrade (2.ª cat, Km 94,3).


Foi precisamente na aproximação à subida para a primeira contagem de montanha – já depois de Alexis Magner (Cynisca Cycling) vencer a meta volante de Samora Correia (KM 40,2) e de algumas tentativas tímidas de fuga – que as ciclistas começaram a agitar a corrida. A primeira protagonista foi Daniela Campos (Eneicat CMTeam), Campeã Nacional, que conseguiu escapar com a companhia de Dzyiana Lebedz (World Cycling Center). No entanto, rapidamente ficou sozinha e, apesar de ter chegado a ter dois minutos de vantagem, seria alcançada pelo pelotão ainda antes do Forte da Carvalha.


Foi nessa fase que se formou um grupo de 15 ciclistas, entre as quais se destacou Tiril Jørgensen (Team COOP-Repsol) na chegada ao topo da subida. De 15, o grupo passou a 30, mas a subida para a contagem de montanha do Alto do Andrade (KM 94,3) voltou a mudar a situação de corrida. Natalie Quinn (Cynisca Cycling), Ariana Gilabert (Eneicat CMTeam) e Maite Urteaga (Universidad Politécnica da Valência) até foram as primeiras a atacar, mas Jasmin Liechti juntou-se rapidamente, isolou-se na descida e só parou depois de cruzar a meta isolada.

Jasmin Liechti chegou ao fim de 2h55m10s – média de 35,4 km/h -, tendo superado Amalie Dideriksen (Cofidis Women Team), segunda classificada, e Kiara Lylyk (Winspace Orange Seal), terceira, que chegaram a 28 segundos, integradas num grupo de 13 ciclistas. Nesse grupo, estava Heidi Franz (Cynisca Cycling), líder à entrada para a etapa, e Raquel Queirós, que terminou na nona posição e voltou a ser a melhor portuguesa em prova.


Os 28 segundos foram suficientes para Liechti saltar para a liderança da Volta a Portugal Feminina Cofidis, passando a envergar a camisola amarela Placard. Heidi Franz caiu para a segunda posição, a 14 segundos, e Ariana Gilabert para a terceira, a 24 segundos. Raquel Queirós, segue como a melhor portuguesa, agora como quarta classificada, também a 24 segundos.

Nas restantes classificações, Amalie Dideriksen segue como líder dos pontos, envergando a camisola vermelha Cofidis e Heidi Franz continua como dona da camisola azul Inatel, relativa à classificação da montanha. Jenaya Francis (Winspace Orange Seal) é a melhor jovem, mantendo a camisola branca IPDJ. Na classificação por equipas, lidera a Team COOP-Repsol.

Para o dia de todas as decisões, está reservada uma etapa com perfil ondulado e chegada em subida. São 89,1 quilómetros, entre Marvila (10h) e Póvoa de Santa Iria (chegada prevista para as 12h35), com duas contagens de montanha - Casal das Figueiras (3.ª cat, Km 33) e Cardosas (2.ª cat, Km 67,9) , que prometem fazer a diferença, e uma meta volante - Sobral de Monte Agraço (Km 38,9) - pelo meio.

Recorde-se que a Volta a Portugal Feminina Cofidis vai decorrer até domingo e tem transmissão assegurada pela SportTV (resumos diários) e pela RTP2 (resumo final alargado). Pode ainda acompanhar todas as etapas através do direto em texto, em fpciclismo.pt, e das redes sociais, em instagram.com/VPFeminina.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Filippo Ganna é o primeiro desistente do Tour”


Italiano não resistiu às mazelas de uma queda no decurso da primeira etapa

 

Por: Lusa

O ciclista italiano Filippo Ganna (INEOS) tornou-se este sábado no primeiro desistente da 112.ª Volta a França, com o duas vezes campeão do mundo de contrarrelógio a não resistir às mazelas de uma queda no decurso da primeira etapa.

O italiano de 28 anos caiu quando estavam decorridos pouco mais de 50 quilómetros dos 184,9 da etapa inaugural, que começou e termina em Lille, e acabou por abandonar a uns 70 quilómetros do final, confirmou a organização do Tour.

Vice-campeão olímpico de contrarrelógio em Paris2024 e multimedalhado na pista, Ganna iniciou hoje a sua segunda participação na Volta a França, na qual procurava completar a trilogia de vitórias em etapas nas grandes Voltas.

Além dos dois títulos mundiais de contrarrelógio (2020 e 2021), prova em que foi 'vice' nas duas últimas épocas, o ciclista da INEOS conta no currículo com sete triunfos na Volta a Itália e um na Vuelta, em 2023.

"Lutou de forma valente, mas, infelizmente, Filippo Ganna foi forçado a abandonar o Tour2025 na sequência de uma queda na primeira etapa", escreveu a INEOS na conta oficial da equipa na rede social X, prometendo mais informações sobre o estado do seu ciclista para breve.

O italiano era um dos favoritos ao triunfo na quinta etapa desta 'Grande Boucle', um contrarrelógio de 33 quilómetros em Caen.

Fonte: Record on-line

“O Tour não é só para os ciclistas profissionais da elite”


Etapa da Volta a França é desafio para todos os amantes e amadores apaixonados com a modalidade

 

 Por: Marco Martins

A Volta a França em bicicleta arrancou já este sábado, em Lille, no Norte da França. Uma prova recheada de estrelas internacionais com o triplo vencedor, o esloveno Tadej Pogacar, ou o seu rival, o dinamarquês Jonas Vingegaard, e também com os portugueses João Almeida e Nelson Oliveira.

A Volta a França não é apenas a prova profissional, mas desde 1993, há também a Etapa da Volta, uma prova praticada por amadoras que fazem o percurso dos profissionais, e organizada pela ASO - Amaury Sport Organisation - empresa que organiza o Tour.

A 20 de Julho, cinco dias antes dos profissionais, os amadores vão poder entrar na pele dos profissionais durante uma etapa.


A Etapa da Volta vai ligar a cidade de Albertville e o Alto de La Plagne numa distância de 131 quilómetros com 4 500 metros de desnível positivo com cinco subidas.

Nesse dia, cerca de 16 mil ciclistas vão percorrer o percurso desta prova única, mas que já tem várias variantes em diversos países como em Portugal.

A edição 2025 em França vai ter uma forte presença internacional, inclusive com 27 portugueses e 73 brasileiros que vão também estar presentes com objetivos diversos. Aliás 23% dos participantes são estrangeiros com uma média de idade de 41 anos.

87 nacionalidades vão estar presentes sendo que as três mais representadas serão a francesa, a inglesa e a alemã.

Esta prova foi conquistada por ciclistas que hoje são profissionais e participam na Volta a França como o norueguês Jonas Abrahamsen (2017) e o francês Victor Lafay (2018), podendo servir de revelador para encontrar futuras estrelas, isto enquanto outros atletas vai apenas para participar pelo prazer de praticar a modalidade.


O Jornal Record teve a oportunidade de seguir os capitães da prova, ciclistas com experiência que vão ajudar os participantes, durante o reconhecimento da etapa.

As condições climatéricas serão primordiais, podendo haver um sol intenso como nestes últimos dias na Europa, com temperatura acima dos 38°C, ou então com chuva como foi o caso durante o reconhecimento.

As condições extremas podem complicar a prova, como nos explicou Anne Sophie, uma das capitãs: «Se chover, vai ser complicado, as subidas serão difíceis, mas os participantes terão que ter muito cuidado nas descidas. Estamos aqui para praticar a nossa modalidade, em segurança, e não correr riscos».

A Etapa começa rapidamente com uma primeira subida, o Alto de Héry-sur-Ugine, com uma distância de 11,3 quilômetros e com 5,1%. Uma subida por fases, com ligeiras descidas em estradas estreitas junto a ravinas, numa paisagem de verdura, mas com nevoeiro que dificulta a visibilidade.

Os ciclistas amadores vão poder também aproveitar para ver cavalos e vacas ao longo da subida, permitindo ter um momento agradável apesar do esforço.

Uma curta descida e novamente uma subida, o Alto das Saisies, com uma distância de 13,7 quilómetros e com 6,4%.

Novamente uma subida irregular com fases planas, o que permite ter um momento de descanso, isto na primeira fase, mas na segunda, as rampas são mais pronunciadas e há curvas mais complicadas a gerir. Não haverá muito tempo para ver as incríveis castas ao longo do percurso.

O perigo será sobretudo na descida, com muito desnível, com curvas apertadas e sem tréguas, sem zonas planas. Uma descida técnica em que a concentração terá de ser ao máximo.

Depois de uma paragem por Beaufort, onde haverá um momento para recuperar e comer, segue-se a subida mais difícil.

O Alto do Pré com uma distância de 12,6 quilómetros e com 7,7% acabou por ser fatal a vários capitães de estrada num dia de chuva e de algum frio nas montanhas francesas.

A subida é complicada porque não há nenhum momento plano e que poderá provocar no dia da prova, vários abandonos num momento em que teremos ultrapassado os 70 quilómetros percorridos, quer dizer mais de metade do percurso.

A descida é perigosa com muitas curvas apertadas, estrada escorregadia com chuva e estreitas até chegar à barragem de Roselend.

Um lago incrível, um momento intenso, magnífico, no meio de tanto sofrimento durante esta prova para os ciclistas.

Frédéric Salomone, responsável da segurança na prova: “A segurança é a nossa prioridade. 300 voluntários vão estar presentes na prova para tentar assegurar a segurança dos participantes. E também estamos em ligação direta com as autoridades e as forças policiais. Também vai haver ambulâncias e médicos presentes, como é óbvio, porque não pode haver nenhuma falha. Já houve vários incidentes noutros provas ciclistas e nesta Etapa da Volta não vai haver, pelo menos vai tentar tudo para que não haja nenhum problema”, assegurou Frédéric Salomone.

Nesse momento da prova, já só faltam duas subidas. A quarta será o Alto do Cormet de Roselend, com uma distância de 5,9 quilómetros a 6,3%. A mais curta e talvez a menos difícil, sendo irregular com zonas de descidas e planas, e cuidado com as pedras na berma da estrada.

Novamente uma descida muito perigosa com curvas apertadas que dão pouca visibilidade. Depois dessa descida, há uma zona plana em que será necessário dar ao pedal para poder chegar à última subida, porque é necessário lembrar que nem toda a gente poderá terminar a prova visto que não será possível fechar as estradas durante 24 horas para que todos os ciclistas cheguem a La Plagne.

Anne-Sophie, uma das capitãs, explicou qual é o seu papel: «Nos vamos estar presentes para ajudar os participantes, mas não podemos pedalar por eles (risos). Vamos apoiar, vamos explicar, vamos dar conselhos, somos um apoio durante toda a prova», referiu a ciclista amadora que decidiu aceitar este papel porque pratica esta modalidade por prazer e deseja compartilhar essa paixão com outras pessoas.

A prova com cerca de 16 mil participantes vai contar com 16 partidas com mil ciclistas em cada uma delas e terá um total de 25 capitães espalhados pelo percurso.

A subida para a chegar no Alto de La Plagne é a maior, com 19,1 quilómetros, mas também é a mais regular com 7,2%. Mas antes dessa subida, em Bourg Saint Maurice, uma loja com produtos portugueses e uns pastéis de nata para recarregar as baterias para os participantes que terão a vontade de parar nessa cidade, onde mil famílias portuguesas, recenseadas, trabalham e vivem.

Depois dessa pausa gastronómica com sabores portugueses, La Plagne, uma subida regular, longa e sem nenhum momento de descanso. Os ciclistas terão de estar preparados para esta duríssima Etapa da Volta.

Se para os profissionais é uma etapa complicada e difícil, será ainda pior para estes amadores, sendo que alguns vão tentar mostrar-se porque estas provas são sempre vigiadas pelas equipas profissionais ou semiprofissionais para descobrir jovens atletas ou talentos escondidos.

Para Pierre Mosin, diretor da Etapa da Volta, alertou para o facto desta prova não ser para qualquer atleta: «Os participantes para esta edição ou para as próximas têm de estar preparados. É uma etapa de alta montanha, não se pode vir para a prova sem uma verdadeira preparação», referiu Pierre Mosin, antigo ciclista que percorreu os 131 quilómetros na sua bicicleta.

Certo é que cinco dias após um vencedor amador, esta etapa será percorrida pelos profissionais e será a última grande etapa de alta montanha em que o vencedor final poderá ser conhecido.

Fonte: Record on-line

“Notícias do Pedal - TV atualizou o seu canal de televisão”


“20º Passeio Cicloturismo Marinhais.2025”

 

A Revista Notícias do Pedal acaba de atualizar o seu canal de televisão “Notícias do Pedal -TV” no YouTube com o Vídeo

 

“20º Passeio Cicloturismo Marinhais.2025”

 

Para ver o vídeo no nosso canal do YouTube, clique no link:

https://youtu.be/qBngOeuJjjQ

Pode visualizar outros filmes em:

https://www.youtube.com/@noticiasdopedaltv/videos

 

Bons momentos.

Ficha Técnica

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