sexta-feira, 17 de outubro de 2025

“Ciclista espanhol que recebeu ameaças de morte por causa de emoji do Strava é proibido de entrar na China para sempre”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O ciclismo espanhol encerra a temporada envolto numa das maiores polémicas dos últimos anos. O caso de Mario Aparicio, ciclista da Burgos Burpellet BH, ganhou proporções diplomáticas depois de o governo chinês ter decidido banir o ciclista para toda a vida, impedindo-o de entrar ou até fazer escala em qualquer aeroporto do país.

A decisão, divulgada pelo El Correo, surge na sequência da expulsão do atleta durante a 1ª etapa da Volta a Mentougou 2025, após uma publicação considerada ofensiva nas redes sociais. O episódio ameaça comprometer o futuro da equipa espanhola nas provas asiáticas, um circuito onde a Burgos Burpellet BH tem presença habitual e grande prestígio.

 

A origem da polémica

 

Durante o primeiro dia de competição na Volta a Mentougou, Mario Aparicio partilhou no Strava o percurso da etapa, acompanhando a publicação com a bandeira da China e um emoji de um porco. O gesto foi interpretado localmente como um insulto direto à nação chinesa, provocando uma onda de indignação nas redes sociais, bem como ameaças de morte dirigidas ao ciclista.

De acordo com o El Mundo, um jornal chinês comentou o caso com particular dureza:

“Foi um insulto à nossa nação. Além disso, os utilizadores puderam verificar que o atleta espanhol, noutras competições, publicou após as provas apenas a bandeira do país onde competiu, sem acrescentar qualquer emoticon, o que denota uma clara intenção grosseira.”

O ciclista foi de imediato desclassificado e expulso da corrida, regressando a Espanha no dia seguinte. A proibição vitalícia de entrada no país foi posteriormente confirmada pelas autoridades chinesas, encerrando assim qualquer possibilidade de Aparicio voltar a competir na Ásia, uma perda significativa para a Burgos Burpellet BH, cuja programação anual inclui várias provas no continente.

 

Um final abrupto para uma época sólida

 

A polémica ofuscou o que até então tinha sido uma época de afirmação para o ciclista de 24 anos. Mario Aparicio abriu 2025 da melhor forma, conquistando a sua primeira vitória profissional na 1ª etapa da Volta a Sharjah. Manteve depois uma boa sequência de resultados com um Top 14 na geral da Volta a Omã e desempenhos consistentes nas provas espanholas.

Na Volta a Andaluzia, protagonizou uma fuga notável, e na Volta a Burgos, corrida de casa, ficou à beira do Top 10 da geral. Nos Campeonatos Nacionais de Espanha, terminou 6.º no contrarrelógio e 10.º na prova de estrada de elites masculinos, mostrando evolução nas duas frentes.

Mais tarde, foi recompensado com a estreia na Volta a Espanha, onde participou em quatro fugas, demonstrando combatividade e espírito ofensivo. No entanto, um vírus estomacal que atingiu a equipa comprometeu as ambições coletivas e impediu um melhor resultado final.

Depois do episódio em Mentougou, Aparicio encerrou a temporada no Giro del Veneto, terminando em 25.º lugar, uma prestação discreta, mas que serviu para virar a página desportiva de um final de época turbulento.

 

Consequências e incerteza para o futuro

 

O caso continua a gerar repercussões dentro e fora do ciclismo. A Burgos Burpellet BH, uma das equipas continentais mais ativas no calendário asiático, poderá enfrentar restrições de participação nas provas chinesas enquanto o caso estiver sob escrutínio diplomático.

Para Mario Aparicio, o impacto é mais profundo: além da proibição vitalícia, o episódio mancha uma época até então positiva e coloca em risco convites futuros para corridas fora da Europa.

Embora o ciclista ainda não tenha emitido um comunicado oficial de desculpas, fontes próximas da equipa garantem que não houve intenção de ofensa, descrevendo o incidente como “um erro lamentável de interpretação cultural”.

Num final de época marcado pelo sucesso desportivo e pela controvérsia, o nome de Mario Aparicio ficará associado a um dos episódios mais insólitos e mediáticos do ciclismo de 2025, um lembrete de como, no desporto global, cada gesto pode ter consequências que ultrapassam as fronteiras da estrada.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ciclista-espanhol-que-recebeu-ameacas-de-morte-por-causa-de-emoji-do-strava-e-proibido-de-entrar-na-china-para-sempre

“Ciclista da Astana relata momentos de pânico vividos na Volta à Holanda "Apareceu-nos de frente uma carrinha com um atrelado"


Por: Carlos Silva

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Surgiram novos pormenores sobre os momentos de pânico que levaram ao cancelamento da 3ª etapa da Volta à Holanda 2025, com Cees Bol (XDS Astana Team) a descrever uma sucessão de incidentes perigosos que deixaram os ciclistas sem alternativa senão de parar a corrida.

 

“Podia ter acabado muito mal”

 

Em declarações ao WielerFlits, o sprinter holandês revelou que o pelotão tomou a decisão conjunta de interromper a etapa após vários "quase acidentes" em estrada aberta, incluindo uma situação de extremo risco quando uma carrinha com um atrelado apareceu em contramão numa descida que o pelotão estava a fazer a alta velocidade.

“Houve alguns momentos que podiam ter acabado muito mal e foi aí que traçámos a linha”, contou Bol. “O mais crítico aconteceu numa descida rápida e estreita, quando uma carrinha enorme com um atrelado apareceu de frente para nós. Na frente do pelotão evitou-se o acidente por centímetros. Podia facilmente ter tudo terminado de forma trágica.”

Bol revelou ainda que esse incidente não foi caso isolado. Logo no início do dia, já tinham sido vistos mais carros durante o percurso, aumentando a tensão e a insegurança entre os ciclistas.

“Esse nem sequer foi o primeiro carro que apareceu no percurso”, lamentou. “Os outros casos foram menos dramáticos, mas simplesmente não deveriam acontecer. Claro que todos queríamos correr, mas a segurança vem em primeiro lugar. Quando se chega a um ponto em que há risco de vida... é um limite que não se pode ultrapassar.”

 

A decisão de parar: “Foi o correto”

 

Apesar da frustração geral, Bol elogiou a resposta rápida da organização e o apoio unânime do pelotão à decisão de parar a corrida.

“Estou satisfeito com a organização da Volta à Holanda e espero que a corrida possa continuar no futuro. É uma ótima iniciativa”, disse. “Respeito o facto de os organizadores terem tido a coragem de parar a corrida e protegerem os ciclistas. É uma pena que tenha terminado assim, mas foi a decisão correta.”

O diretor da prova, Thijs Rondhuis, confirmou que 25 agentes de trânsito não compareceram ao serviço, o que deixou partes da secção neutralizada sem qualquer segurança. A ausência desses elementos das forças policiais acabou por tornar impossível garantir a integridade do percurso, levando ao cancelamento da etapa.

Rondhuis admitiu que o caso reflete um problema mais amplo nas corridas holandesas, onde a falta de apoio policial total torna cada vez mais difícil garantir a segurança operacional.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ciclista-da-astana-relata-momentos-de-panico-vividos-na-volta-a-holanda-apareceu-nos-de-frente-uma-carrinha-com-um-atrelado

“Ciclistas holandesas insultadas e ameaçadas na internet. Federação toma posição e condena actos hostis”


Por: Carlos Silva

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condenar os ataques e insultos online dirigidos às ciclistas holandesas após a corrida feminina do Campeonato do Mundo de Gravel da UCI, disputada no último fim de semana nas colinas do sul do Limburgo.

O evento, que reuniu tanto profissionais de elite como amadoras num percurso exigente e impressionante, ficou marcado por histórias de superação. Contudo, a festa do ciclismo foi rapidamente ofuscada por uma onda de comentários abusivos e hostis nas redes sociais.

 

KNWU “chocada” com ataques pessoais

 

Na nota oficial publicada a 17 de outubro de 2025, a KNWU reconhece que o ciclismo é uma modalidade “cheia de emoções”, mas afirma estar “profundamente chocada” com o tom das mensagens dirigidas a algumas das suas atletas.

“É, na nossa opinião, completamente inaceitável que atletas que competem com todo o empenho e orgulho sejam confrontadas com mensagens denegridoras, insultuosas ou intimidatórias”, declarou Maurice Leeser, diretor-geral da federação. “Este nunca pode ser o objetivo de um torneio ou evento na nossa comunidade ciclista.”

A federação reafirmou o seu apoio incondicional às ciclistas visadas e garantiu que “condena este comportamento da forma mais veemente possível”.

 

Uma polémica que dividiu opiniões

 

O Campeonato do Mundo de Gravel, que reforçou a supremacia neerlandesa na disciplina, também reacendeu o debate sobre a ética e a dinâmica de equipa no pelotão feminino.

A polémica surgiu quando uma movimentação de Yara Kastelijn alterou o desenrolar da corrida, dificultando a tentativa de Shirin van Anrooij, o que muitos consideraram decisivo na perda do título mundial para a compatriota Lorena Wiebes.

O episódio despoletou uma enxurrada de comentários agressivos e até insultos pessoais contra várias ciclistas holandesas, incluindo Wiebes, que conquistou a camisola arco-íris.

Perante o ambiente tóxico que se instalou online, a KNWU apelou a todos os adeptos e utilizadores das redes sociais para que assumam responsabilidade e promovam o respeito dentro da comunidade ciclista.

“Insultar ou menosprezar as ciclistas através das redes sociais não é de forma alguma aceitável”, reforçou Leeser. “A KNWU apela a todos para que não ignorem comportamentos indesejados online. Tais incidentes podem ser comunicados à linha direta de Ciclismo Seguro da federação.”

 

Um apelo à decência no desporto

 

A KNWU encerrou o comunicado com uma mensagem de união e de defesa dos valores fundamentais do ciclismo:

“Reafirmamos o nosso apoio a todas as ciclistas neerlandesas que competem com paixão e orgulho. O ciclismo deve continuar a ser um espaço de respeito e de fair play, em cima e fora da bicicleta.”

Num momento em que o desporto feminino vive um crescimento sem precedentes, a federação neerlandesa recorda que nenhum resultado, disputa ou tática justifica o abuso pessoal. O apelo é claro: o talento e o empenho merecem reconhecimento, não hostilidade.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/gravel/ciclistas-holandesas-insultadas-e-ameacadas-na-internet-federacao-toma-posicao-e-condena-actos-hostis

“25 agentes de trânsito não apareceram... sem o apoio da polícia, não podemos garantir a segurança" - Reações ao cancelamento da etapa 3 da Volta à Holanda”


Por: Ivan Silva

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A Volta à Holanda 2025 viveu um dos episódios mais caóticos da sua história recente. A 3ª etapa foi cancelada a meio da corrida, na tarde de sexta-feira, após uma sucessão de incidentes de segurança que colocaram em risco o pelotão e obrigaram a organização a interromper a prova.

De acordo com o WielerFlits, os ciclistas foram parados depois de veículos entrarem em sentido contrário no percurso, um cenário de enorme perigo que levou à decisão imediata de abandonar a etapa. O incidente ocorreu depois de uma colisão já registada durante a partida neutralizada, envolvendo um carro e vários ciclistas, um prenúncio do caos que se seguiria.

 

Falha organizacional e ausência policial

 

O diretor da prova, Thijs Rondhuis, com vasta experiência na organização através da TIG Sports, dirigiu-se aos diretores desportivos num discurso emotivo, reconhecendo a gravidade da situação e assumindo a responsabilidade pela decisão.

“O que aconteceu hoje foi que 25 agentes de trânsito previstos para a zona neutra simplesmente não apareceram”, explicou Rondhuis. “Isso tornou a neutralização caótica. A partir do quilómetro zero, tudo estava totalmente seguro, mas depois deparámo-nos com várias situações em que outros condutores ignoraram os sinais de paragem. Foram mandados parar, voltaram a arrancar, e isso é a linha vermelha. Sem o apoio da polícia, não podemos garantir a segurança.”

A falta de policiamento revelou-se o fator decisivo. Sem controlo adequado das estradas, vários veículos entraram inadvertidamente na rota da corrida, tornando impossível garantir condições seguras para o pelotão.

“Estamos a parar por duas razões”, acrescentou Rondhuis. “A primeira, e de longe a mais importante, é a segurança. A segunda é que temos de usar esta situação para garantir que, no futuro, teremos presença policial suficiente para continuar a organizar corridas como a Amstel Gold Race, a ZLM Tour e a Volta à Holanda.”

A mensagem foi clara e contundente: “Sem polícia, as corridas não são possíveis.”

 

A crise do policiamento nas corridas neerlandesas

 

Nos últimos anos, várias organizações de corridas nos Países Baixos têm enfrentado dificuldades logísticas e financeiras devido à crescente escassez de agentes policiais disponíveis para acompanhar eventos desportivos. Em algumas provas, têm sido usadas equipas civis de controlo de trânsito, mas o incidente desta sexta-feira mostrou os limites desse modelo.

Rondhuis admitiu que a organização tentou “fazer funcionar” o evento sem apoio policial direto, uma decisão motivada pela necessidade de contenção de custos e burocracia, mas reconheceu o erro:

“Toda a gente sabe que temos tentado realizar esta corrida sem o apoio da polícia. No sábado e no domingo a situação será completamente diferente, estaremos noutras províncias onde a segurança está garantida. Mas quando a segurança não pode ser garantida, não podemos continuar. Há uma linha vermelha. Sem a polícia, não podemos correr.”

 

Regresso com garantias de segurança

 

Após o cancelamento, o diretor da corrida apresentou desculpas públicas a ciclistas e equipas, garantindo que as etapas 4 e 5 decorrerão em total segurança.

“No sábado, vamos correr em Drenthe, à volta do VAM-berg. Essa etapa será totalmente protegida pela Motor Escort Team Assen, que também geriu a Elfstedenrace e a Dwars door Drenthe. Garanto-vos pessoalmente a vossa segurança. No domingo, corremos num circuito fechado em Arnhem, também aí garanto a segurança.”

Visivelmente emocionado, Rondhuis concluiu:

“Neste momento, estou mais perto das lágrimas do que do riso. Mas não pode haver discussão quando se trata de segurança. Tentámos, pensei que era possível, mas afinal não é. Por vezes, temos de admitir que algo não funciona. A corrida termina aqui. Continuaremos no sábado. E, mais uma vez, as minhas desculpas.”

As suas palavras foram recebidas com aplausos e compreensão por parte das equipas, num raro momento de unidade entre organizadores e pelotão.

 

Reflexão para o futuro do ciclismo neerlandês

 

O incidente da Volta à Holanda lança um alerta profundo sobre o futuro da segurança nas corridas nos Países Baixos, um país com uma longa tradição no ciclismo de estrada, mas que enfrenta crescentes desafios organizativos.

A mensagem de Rondhuis ecoa por todo o pelotão: sem o apoio institucional e policial, o modelo atual de corridas em estrada está em risco. E se a Volta à Holanda de 2025 ficará marcada por um dia negro, poderá também tornar-se o ponto de viragem para um novo debate sobre como garantir que o ciclismo neerlandês continua seguro, sustentável e viável.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/25-agentes-de-transito-nao-apareceram-sem-o-apoio-da-policia-nao-podemos-garantir-a-seguranca-reacoes-ao-cancelamento-da-etapa-3-da-volta-a-holanda

“Etapa 3 da Volta à Holanda 2025 é cancelada! Veículo abalroa ciclistas durante a partida neutralizada e levanta sérias preocupações de segurança”


Por: Carlos Silva

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Surgiu uma enorme polémica na reta final da temporada de ciclismo de estrada. Em plena Volta à Holanda 2025, um grave incidente obrigou à anulação da terceira etapa da prova. O pelotão insurgiu-se e decidiu parar a corrida, invocando a falta de condições de segurança que marcou todo o dia.

A terceira etapa da Volta à Holanda não terá vencedor. Os ciclistas regressaram à linha de partida e aguardam agora pela quarta etapa, agendada para amanhã. O motivo? Logo na partida neutralizada, um veículo abalroou o pelotão, provocando enorme alarme entre os corredores.

Apesar do susto, a etapa acabou por arrancar, mas o caos voltou quando vários automóveis surgiram em sentido contrário na estrada. Segundo o portal Wielerflits, o pelotão cruzou-se com um carro durante uma descida, o que levou os ciclistas a parar de imediato e exigir o cancelamento da etapa.

 

Situação na Volta à Holanda

 

A terceira etapa começou com Ethan Hayter (Soudal - Quick-Step) na liderança da classificação geral. O britânico tinha vencido a segunda etapa, subindo assim ao primeiro lugar, à frente de Jakob Söderqvist (Lidl-Trek), o jovem talento sueco, e de Christophe Laporte, líder da Team Visma | Lease a Bike na prova holandesa.

A etapa de sexta-feira prometia espetáculo, com um traçado exigente e duas passagens pelo mítico Cauberg, palco de tantas batalhas épicas. No entanto, a falta de segurança foi evidente desde o início, e os corredores decidiram que a integridade física vinha antes da competição.

De forma totalmente anticlimática, a corrida prossegue este sábado com a penúltima etapa, que inclui várias passagens pela VAM-berg. Ethan Hayter continua de camisola amarela e tentará defendê-la até à etapa final desta atribulada edição da Volta à Holanda.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/etapa-3-da-volta-a-holanda-2025-e-cancelada-veiculo-abalroa-ciclistas-durante-a-partida-neutralizada-e-levanta-serias-preocupacoes-de-seguranca

“Estreia promissora de Miguel Pacheco no Mundial de Pista de Paraciclismo”


A estreia de Miguel Pacheco no Campeonato do Mundo de Pista de Paraciclismo, que decorre no Rio de Janeiro, não poderia ter sido mais positiva. Apesar da sua pouca experiência nesta vertente e da limitada adaptação à pista e à bicicleta específica de pista, o atleta português demonstrou determinação e capacidade de superação.

Miguel Pacheco é o único atleta em competição com amputação junto ao ombro, o que dificulta o controlo da bicicleta, sobretudo no arranque. Esta limitação é ainda mais significativa considerando que o ciclista não utiliza prótese no seu dia a dia, o que exige uma adaptação constante ao esforço e à posição em prova. Importa também destacar que alguns atletas que competiram na mesma classe (C5) no último ano foram reclassificados para classes inferiores (C4).

Na prova de quilómetro contrarrelógio de C5 masculinos, Miguel Pacheco alcançou o 13.º lugar, tendo ficado a menos de um segundo do top 10. Nas quatro voltas da prova, Miguel evidenciou consistência e força, terminando com o quarto melhor tempo na última volta.

A prestação de Miguel Pacheco no Rio de Janeiro demonstra uma clara evolução e confirma o potencial, uma vez que a melhor marca oficial do português era de 1m20s, alcançada no Campeonato Nacional de 2024.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Cassilda Carvalho acaba em 20.ª no Mundial júnior de triatlo na Austrália”


Jovem começou bem a prova, ocupando o 15.º lugar no final da natação e subindo mesmo duas posições durante a prova de ciclismo

 

Por: Lusa

Foto: Cassilda Carvalho/Instagram

A portuguesa Cassilda Carvalho terminou esta sexta-feira na 20.ª posição na prova feminina de juniores dos Mundiais de triatlo, que estão a decorrer em Wollongong, no sudoeste da Austrália.

A jovem começou bem a prova, ocupando o 15.º lugar no final da natação e subindo mesmo duas posições durante a prova de ciclismo, mas acabou por terminar a dois minutos e 57 segundos da vencedora, Léa Houart.

A francesa foi a primeira a chegar à meta, após uma hora, três minutos e 41 segundos, batendo a húngara Fanni Szalai por 37 segundos. A eslovaca Diana Dunajska completou o pódio, a um minuto e 14 segundos de Houart.

Também hoje, o português Tomás Figueiredo acabou em 22.º lugar na prova masculina de juniores, a um minuto e oito segundos do vencedor, o francês Tristan Douché.

Na quinta-feira, João Nuno Batista ficou em sétimo lugar na prova masculina, terminando em uma hora, 45 minutos e 33 segundos, mais dois minutos e 39 segundos do que o vencedor, o britânico Oliver Conway.

João Nuno Batista perseguia o primeiro pódio em sub-23, depois de ter sido duas vezes vice-campeão do Mundo júnior em Quarteira, em 2021, durante a covid-19, e campeão posteriormente, em 2023, em Hamburgo, Alemanha.

Também na quinta-feira, Inês Rico desistiu da prova de sub-23 durante a terceira e última parte, a corrida de 10 quilómetros, devido a "razões médicas".

Um porta-voz da Federação de Triatlo de Portugal disse à Lusa que Rico sentiu uma indisposição e não conseguiu continuar.

No sábado, é a vez do paratriatlo, no qual Filipe Marques tem aspirações a medalha, depois de ter sido quarto nos Jogos Paralímpicos Paris2024.

Vasco Vilaça é a maior esperança portuguesa para os Mundiais de triatlo em Wollongong, na finalíssima das elites, no domingo.

Terceiro do ranking Mundial, Vasco Vilaça pode ainda chegar ao título, sabendo, de antemão, das dificuldades: precisa vencer e esperar que o líder do campeonato, o australiano Matthew Hauser, que tem dominado claramente a época, não atinja o pódio.

As finalíssimas das elites, que valem o dobro dos pontos, são as únicas competições a decidir-se por ranking, enquanto nos sub-23, juniores e paratriatlo os pódios traduzem diretamente o desempenho em prova.

Campeão do Mundo júnior em 2017 e sub-23 em 2021, o australiano Matthew Hauser tem dominado a época, vencendo três das cinco etapas disputadas até agora, apresentando-se com 3.000 pontos.

Ainda com hipótese de ganhar, o brasileiro Miguel Hidalgo chega com dois pódios nas derradeiras etapas e um acumulado de 2.780 pontos, apenas mais cinco do que Vasco Vilaça, vice-campeão do Mundo em 2020, e que soma três segundos lugares este ano.

Ricardo Batista, sexto em Paris'2024, surge na 11.ª posição, com 1.670 pontos, enquanto Miguel Tiago Silva é 34.º, com 906.

No evento feminino, compete Maria Tomé, 11.ª em Paris, que segue em 19.º do ranking, com 1.354 pontos, distante da dupla que lidera ex-aequo, a francesa Cassandre Beaugrand e a britânica Beth Potter, ambas com 2.925.

Fonte: Record on-line

“Lotto solicita fusão com Intermarché-Wanty junto da UCI”


Mudanças à vista no panorama do ciclismo internacional

 

Por: Lusa

Foto: Getty Images

A Lotto, a equipa mais antiga do pelotão internacional, pediu à União Ciclista Internacional (UCI) a fusão com os também belgas da Intermarché-Wanty a partir da próxima temporada, informou o conjunto do circuito secundário Pro Series.

"A Captains of Cycling, detentora da licença da equipa de ciclismo Lotto, confirma que enviou oficialmente a sua solicitação à UCI para o projeto conjunto Lotto-Intermarché, com o objetivo de voltar ao principal circuito profissional em 2026", revelou, em comunicado.

O prazo de solicitação de licenças para a próxima época acabou na quarta-feira e a UCI vai agora analisar o pedido da Lotto, que comunicará mais tarde sobre a sua "estrutura, desenvolvimento e ambições desportivas", visando a sua saída do circuito secundário ao fim de três anos para retornar à elite, da qual faz parte a Intermarché-Wanty desde 2021.

Nesse período, a Lotto teve algumas vitórias através de Arnaud De Lie e do australiano Caleb Ewan, mas quebrou a nível financeiro com a retirada de vários copatrocinadores.

O diretor-executivo do conjunto belga, o francês Stéphane Heulot, anunciou a sua saída em setembro, sendo que a fusão impactará no futuro dos ciclistas, pois cada equipa só pode integrar 30 - 18 possuem contrato para 2026, abaixo dos 19 da Intermarché-Wanty.

De saída do World Tour estão os franceses da Arkéa-B&B Hotels, que pertenciam à elite desde 2023, mas falharam a inscrição junto da UCI e deverão deixar o profissionalismo, por causa da falta de investidores, afetando 150 funcionários, divididos entre a equipa masculina do World Tour, outra feminina e um conjunto de desenvolvimento masculino.

Fonte: Record on-line

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