sábado, 19 de fevereiro de 2022

“Volta à Andaluzia Wout Poels foi o primeiro a corta a meta na quarta etapa


Por: José Morais

A Volta à Andaluzia cumpriu hoje a sua quarta etapa, com Wout Poels da Bahrain-Victorious a ser o primeiro a cortar a linha de chegada, conseguindo passar o líder da corrida, no final dos 167,4 quilómetros, impondo-se ao sprint com Alexey Lutsenko da Astana, que fez segundo, com o ciclista belga da Quick-Step Alpha Vinyl, Mauri Vansevenant a fazer terceiro com mais 18 segundos.

Nelson Oliveira da Movistar, cortou a meta na 30ª posição a sete minutos do vencedor, subindo do 54º lugar ao 32ª da classificação geral, a 9.45 minutos de Wout Poels.

Com esta vitória hoje alcança, Wout Poels parte para a última etapa com uma vantagem de dez segundos, sobre o ciclista colombiano da Astana Miguel Ángel, com o anterior líder da classificação a cair para o 14º lugar da geral, já que cortou hoje na 20ª posição a sete minutos do vencedor.

Este domingo a última etapa, da 68ª edição da Volta à Andaluzia, ligará numa distância de 146,4 quilómetros, Huesa a Chiclana de Segura.

“Evenepoel e a vitória no Algarve: «Fiz o meu melhor contrarrelógio de sempre»”


Alcançou o triunfo na quarta etapa e a liderança da geral da 'Algarvia'

 

Por: Lusa

Foto: Lusa

O "melhor contrarrelógio" da carreira de Remco Evenepoel valeu-lhe este sábado a vitória na quarta etapa e a liderança da geral da 48.ª Volta ao Algarve em bicicleta, com o prodígio belga a acariciar o 'bis' na prova portuguesa.

O cenário estava preparado: a pequena legião de fervorosos e fiéis adeptos da 'coqueluche' do ciclismo belga deslocou-se a Tavira, munida de bandeiras da Flandres e de cartazes, aqueceu as vozes, e aguardou para testemunhar o triunfo do jovem líder da Quick-Step Alpha Vinyl, que hoje superou o medo das descidas para cumprir os 32,2 quilómetros do 'crono' em 37.49 minutos, a uma 'estonteante' média de 51,089 km/h, e deixar a concorrência na geral a uma distância considerável.

"Fizemos um bom reconhecimento do contrarrelógio. O vento estava forte, tornava-se perigoso a descer, por isso não corri nenhum risco. Estou feliz por ter sobrevivido sem qualquer problema. A subir, dei tudo, sem hesitar, fui ao máximo. Penso que hoje, em termos de 'feeling' e de potência, fiz o meu melhor contrarrelógio de sempre", descreveu.

Embora o trauma da terrível queda na Volta à Lombardia, que em agosto de 2020 o 'atirou' para uma convalescença de oito meses devido a uma fratura de bacia, ainda paire em cada descida, Evenepoel beneficiou quer do conhecimento do intrincado percurso -- reconheceu-o ainda na pré-época, no estágio que a equipa belga fez no Algarve -, quer das suas incomparáveis aptidões para deixar o bicampeão europeu da especialidade, o suíço Stefan Küng (Groupama-FDJ), a impensáveis 58 segundos.

A prestação sobressalente do ciclista de 22 anos valeu-lhe o terceiro triunfo em etapas na prova portuguesa (em duas participações) e deixou-o ainda bem lançado para repetir a vitória na 'Algarvia', que conquistou em 2020, uma vez que o seu mais direto perseguidor na geral, o britânico Ethan Hayter (INEOS), está a 01.06 minutos, o mesmo tempo que o 'vice' de 2021 e terceiro na etapa perdeu no 'crono' para o vencedor.

Com o Malhão à vista -- a 48.ª edição termina no domingo, no alto da emblemática subida algarvia, após 173 quilómetros desde Lagoa -, Evenepoel poderá ter garantido hoje a amarela final, precisando 'apenas' de controlar a corrida e reagir racionalmente aos mais do que prováveis ataques da INEOS, que também tem o colombiano Daniel Martínez no quarto lugar, a 01.30, e do norte-americano Brandon McNulty (UAE Emirates), quinto no 'crono' de hoje e terceiro da geral, a 01.25.

"Haverá um grande caos, uma grande luta para nos colocarem sob pressão, mas tenho 100% confiança nos rapazes. [...] Mas também tentaremos ganhar a etapa amanhã [domingo]", revelou.

Muito se falou sobre a excessiva quilometragem do 'crono' -- uns longuíssimos 32,2 quilómetros, a maior distância desde 2013 -, mas a maior dificuldade do exercício individual contra o cronómetro de hoje era o desenho do percurso, extremamente técnico e impróprio para não especialistas.

Após uma saída plana, mas com vento lateral, de Vila Real de Santo António, o permanente sobe e desce, com curvas em gancho, piso irregular e, a espaços, povoado de areia/terra, complicou a missão dos ciclistas, destacando-se entre eles, inevitavelmente, aqueles que melhor se dão no contrarrelógio.

Os melhores tempos provisórios, antes da chegada dos candidatos à geral, foram um desfile de especialistas, desde o campeão belga, Yves Lampaert (Quick-Step Alpha Vinyl), a Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor), o melhor contrarrelogista do pelotão nacional, que fixou o cronómetro em 41.15 minutos -- haveria de ser o melhor português e também o melhor representante das equipas lusas, na 23.ª posição, a 03.25 minutos do belga.

"Eu acho que seguramente vão baixar dos 40 minutos", antecipava 'Rafa' à agência Lusa, ainda sentado na 'cadeira quente', explicando que o percurso exigia "bastante força na parte inicial" e que, a partir do 18 quilómetro, tinha "curvas que assustam um bocado", com o "muito vento" a ser preponderante.

Mas nem Reis poderia imaginar que as suas previsões seriam largamente melhoradas, primeiramente por Küng, com um 'super' tempo de 38.47 minutos na meta, e depois por Evenepoel, que, tal como nas anteriores etapas, ainda teve tempo para descomprimir nos 'rolos' antes da cerimónia de pódio.

Tenso nas jornadas anteriores, o belga conseguiu hoje finalmente descontrair: "Estou muito feliz por ter 'aberto' uma diferença tão grande [na geral], não esperava ganhar com uma diferença tão grande".

Fonte: Record on-line

“Richard Carapaz regressa à Volta a Itália para tentar repetir êxito de 2019”


Prova disputa-se entre 6 e 29 de maio

 

Por: Lusa

Foto: Epa

O campeão olímpico de fundo, o equatoriano Richard Carapaz (INEOS), confirmou esta sexta-feira que vai participar na Volta a Itália em bicicleta, que venceu em 2019 e cuja 105.ª edição se disputa entre 6 e 29 de maio.

"Tenho previsto um par de corridas em Itália. Depois, irei à Volta à Catalunha e ao Giro, isto no primeiro semestre", explicou o trepador, que hoje venceu os Nacionais de contrarrelógio do Equador.

A 'locomotiva de Carchi', de 28 anos, impôs-se no exercício de 38,2 quilómetros, com um tempo de 47.21 minutos, e após a corrida confirmou a participação na Catalunha, já de 21 a 27 de março.

O calendário de início de época do equatoriano está leve dado que este testou positivo à covid-19, de cujo isolamento saiu recentemente, e uma série de quedas ainda na Europa afetou o regresso à forma, agora reencontrada no Equador.

Além da vitória na 'corsa rosa' de 2019, Carapaz foi 'vice' da Volta a Espanha de 2020 e, no ano passado, acabou no terceiro lugar final a Volta a França, pouco antes de se sagrar campeão olímpico em Tóquio2020.

Fonte: Record on-line

“Volta ao Algarve: Comissários 'repescam' 13 ciclistas devido a ventos fortes 4ª etapa”


Por: AMG // NFO

O colégio de comissários da 48.ª Volta ao Algarve decidiram hoje ‘repescar’ 13 ciclistas que tinham chegado fora do controlo de tempo, devido “às condições climatéricas adversas” resultantes de “ventos fortes”.

O contrarrelógio supersónico de Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl), que percorreu os 32,2 quilómetros entre Vila Real de Santo António e Tavira em 37.49 minutos, a uma média de 51,089 km/h, ‘eliminou’ 13 ciclistas, que chegaram fora de controlo, fixado em mais 25% do que o tempo do vencedor.

“Devido às condições climatéricas adversas (ventos fortes), o colégio de comissários decidiu repescar os corredores […]. Aos corredores repescados a quem foi dada uma segunda chance pelo presidente do colégio de comissários serão retirados todos os pontos de todas as classificações secundárias”, pode ler-se no comunicado referente à quarta etapa.

Todos os ciclistas ‘repescados’ pertencem a equipas portuguesas, com Rúben Simão (LA Alumínios-Credibom-MarcosCar) a ter sido o que mais perto ficou do limite do controlo, na 141.ª posição, a 09.27 minutos de Evenepoel, enquanto Rafael Silva foi o último da etapa, a longínquos 11.11 minutos do jovem belga.

O vencedor da 'Algarvia' em 2020 colocou-se hoje em excelente posição para voltar a conquistar a prova, depois de cumprir o 'crono' em 37.49 minutos, gastando menos 58 segundos do que o suíço Stefan Küng (Groupama-FDJ), bicampeão europeu da especialidade, e 01.06 minutos do que o britânico Ethan Hayter (INEOS).

Na geral, Evenepoel tem 01.06 minutos de avanço sobre Hayter e 01.25 sobre o norte-americano Brandon McNulty (UAE Emirates).

Fonte: Lusa

“Glassdrive / Q8 / Anicolor Rafael Reis foi o melhor português no Contrarrelógio Individual da Volta ao Algarve 4ª etapa contrarrelógio”


Fotos: João Fonseca

Rafael Reis, contrarrelogista da Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor, foi hoje o melhor português na 4.ª Etapa da Volta ao Algarve, um contrarrelógio individual de 32,2 km que ligou Vila Real de Santo António a Tavira. O especialista terminou na 23.ª posição, a 03m26s do vencedor deste sábado, Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team), que também conquistou a Camisola Amarela.

Com um percurso muito exigente, o contrarrelógio desta edição da Volta ao Algarve apresentou-se com mais um adversário: o vento forte que se fez sentir. Rafael Reis ainda passou uma boa parte da tarde na cadeira reservada para o detentor do melhor tempo, não defraudando as expetativas que a equipa lhe tinha reservado. Fez uma boa prova, batendo-se entre os craques da elite mundial especialistas nesta disciplina. 

“Foi um bom contrarrelógio. Pagámos um pouco a fatura pela falta de treino na bicicleta de contrarrelógio e pela longa distância da prova, fator que também acabou por nos prejudicar um bocadinho. Mas o resultado em si, de forma global, foi bom para toda a equipa. O Rafael Reis acabou por se defender bem na distância percorrida e só me resta dar os parabéns a todos”, referiu Rúben Pereira, diretor desportivo da Glassdrive / Q8 / Anicolor.


Amanhã, domingo, termina a 48.ª edição da Volta ao Algarve, uma etapa para trepadores, com a meta no Alto do Malhão (Loulé). Mas até chegar lá, o pelotão vai enfrentar 173 km, que partem às 13 horas de Lagoa.  

 

CLASSIFICAÇÕES: 

48.ª VOLTA AO ALGARVE 

4.ª ETAPA: Vila Real de Santo António – Tavira» 32,2 km 

 

CLASSIFICAÇÃO INDIVIDUAL NA 4.ª ETAPA

 

1.º Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team), 37m49s 

2.º Stefan Küng (Groupama-FDJ), a 58s 

3.º Ethan Hayter (INEOS Grenadiers), a 01m06s 

23.º Rafael Reis (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 03m26s 

74.º Frederico Figueiredo (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 05m45s 

80.º Fábio Costa (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 06m01s 

118.º Pedro Silva (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 07m46 

128.º Javier Moreno (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 08m21s 

137.º Afonso Eulálio (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 09m06s 

142.º Héctor Sáez (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 09m41s 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL INDIVIDUAL – AMARELA (após a 4.ª Etapa) 

 

1.º Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team), 15h20m01s 

2.º Ethan Hayter (INEOS Grenadiers), a 01m06s  

3.º Brandon McNulty (UAE Team Emirates), a 01m25s 

39.º Frederico Figueiredo (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 09m45s 

88.º Fábio Costa (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 23m41s 

102.º Rafael Reis (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 26m40s 

103.º Afonso Eulálio (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 26m42s 

120.º Pedro Silva (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 31m08s 

148.º Javier Moreno (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 41m23s 

152.º Héctor Sáez (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), a 44m43s 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL EQUIPAS 

 

1.ª INEOS Grenadiers, 46h05m09s 

21.ª Glassdrive / Q8 / Anicolor, a 40m07s 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL MONTANHA – AZUL  

 

1.º João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), 12 Pontos 

15.º Fábio Costa (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), 1 Ponto 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL JUVENTUDE – BRANCA  

1.º Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team), 15h20m01s 

10.º Afonso Eulálio (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), 15h46m43s 

13.º Pedro Silva (Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor), 15h51m09s

Fonte: Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor

“Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados João Matias segue para a última etapa da Algarvia na liderança da Montanha 4ª etapa contrarrelógio”


Por: Xavier Silva

A Equipa Continental UCI Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados completou hoje a sua prestação na 4ª Etapa da Volta ao Algarve, um contrarrelógio individual de 32,2 quilómetros entre Vila Real de Santo António e Tavira. Um dia para os especialistas onde o principal objetivo era cumprir o dia e salvar sem azares de maior. Foi mais um dia onde João Matias subiu ao pódio como líder da Classificação da Montanha e mostrou as cores Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados.


Contra Relógio bastante longo com alguma dureza até metade e marcado também por muito vento. Os nossos corredores mesmo não sendo especialistas, defenderam-se muito bem e cumpriram o dia com naturalidade. O vencedor Remco Evenepoel (Quick Step – Alpha Vinyl) pulverizou toda a concorrência e venceu com grande autoridade com o tempo de 37m49s. O nosso melhor homem foi Leangel Linarez a cerca de 6 minutos do vencedor da etapa.

No final, João Matias subiu uma vez mais ao pódio para vestir a camisola azul da Classificação da Montanha e parte amanhã para o último dia como o líder desta Classificação. Pelo meio, nota negativa para a queda de Rui Carvalho já à entrada do último quilómetro. Felizmente apenas algumas escoriações para o nosso corredor que continuou até à linha de meta e finalizou a prova.


A quinta etapa será uma ligação de 173 quilómetros, entre Lagoa e o Alto do Malhão, Loulé. A meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria. Mas o Malhão será ainda escalado a 24 quilómetros do final, antecedido pelas subidas de Picota (km 43,6), Vermelhos (106,2) e Alte (135,5).

 

Classificação Etapa

Vila Real de Santo António – Tavira: 32,2 Kms (CRI)

 

1.º Remco Evenepoel (Quick Step – Alpha Vinyl), 37m49s


90.º Leangel Linarez (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 6m24s 97.º Ángel Sanchez (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 6m39s 99.º Pedro Pinto (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 6m53s 113.º João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 7m20s 129.º Rui Carvalho (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 8m22s

135.º Gonçalo Carvalho (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 8m40s 143.º Nicolas Saenz (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 9m50s


 

Classificação Geral

 

1.º Remco Evenepoel (Quick Step – Alpha Vinyl), 15h20m01s 43.º Pedro Pinto (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 10m26s

91º Gonçalo Carvalho (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 24m06s 112.º Leangel Linarez (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 29m08s 116.º Ángel Sanchez (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 29m51s 123.º Nicolas Saenz (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 31m23s 136.º Rui Carvalho (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 34m24s 145.º João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 37m42s


 

Classificação Montanha

 

1.º João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), 12 pts

 

Classificação Juventude

 

3.º Pedro Pinto (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 10m26s


 

Classificação Equipas

 

1.º Ineos Grenadiers, 46h05m09s

22.º Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), a 43m33s

Fonte: Equipa Continental UCI Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados







“48.ª Volta ao Algarve 4ª etapa contrarrelógio”


Remco Evenepoel voa no contrarrelógio para vestir-se de amarelo

 

Por: José Carlos Gomes

O belga Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team) conquistou hoje a Camisola Amarela, impondo-se com autoridade na quarta etapa da Volta ao Algarve, um contrarrelógio individual de 32,2 quilómetros, entre Vila Real de Santo António e Tavira.


Sabia-se que o contrarrelógio seria decisivo para a definição da classificação geral, mas o forte vento que hoje se fez sentir tornou ainda mais difícil a missão dos corredores num percurso de enorme exigência. Os primeiros quilómetros, planos e em estrada larga, serviam de aperitivo para uma fase central da prova marcada pelo sobe e desce e por descidas rápidas e muito técnicas.


Motivado pela exigência do desafio, Remco Evenepoel fez “o melhor contrarrelógio da carreira” e pedalou à média de 51,089 km/h para parar o cronómetro nos 37m49s. Foi o único corredor a cumprir o percurso em menos de 38 minutos e deixou o segundo classificado, o bicampeão europeu, Stefan Küng (Groupama-FDJ), a 58 segundos. O terceiro, a 1m06s, foi o britânico Ethan Hayter (INEOS Grenadiers), a 1m06s.

“Estou super, super feliz. Desde o início da semana sabia que este era o dia mais importante para mim. Tentei resguardar-me ao máximo para hoje e penso que tive uma preparação perfeita a pensar no contrarrelógio. Fizemos um bom reconhecimento do contrarrelógio. O vento estava forte, era um pouco perigoso a descer e não arrisquei nada na descida. Estou feliz por ter sobrevivido sem nenhum problema. No plano e na subida dei tudo, sem hesitar, a todo o gás. Acho que hoje foi o meu melhor contrarrelógio de sempre. Não esperava ganhar por tanta diferença. Stefan Küng é um dos melhores do mundo no contrarrelógio”, confessa o homem do dia.


O francês David Gaudu (Groupama-FDJ), trepador puro, com pouca envergadura física, defendeu-se muito bem, mas as suas caraterísticas não lhe permitiram melhor do que o nono lugar na etapa, cedendo 2m09s e a Camisola Amarela Turismo do Algarve a Remco Evenepoel. Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor), que passou boa parte da tarde na cadeira para o detentor do melhor tempo, cotou-se como melhor português, na 23.ª posição, a 3m26s do vencedor da etapa.

Remco Evenepoel vai para a última etapa com mais de um minuto sobre toda a concorrência. O segundo classificado é Ethan Hayter, a 1m06s, e o terceiro é o estadunidense Brandon McNulty (UAE Team Emirates), a 1m25s. A INEOS Grenadiers, ainda com Daniel Martínez e Dylan van Baarle no top 10, será a maior ameaçada à ambição de Evenepoel repetir o triunfo de 2020 na Volta ao Algarve.

“Provavelmente só teremos de controlar a corrida. Podemos esperar uma etapa muito difícil no início. Vai ser algo caótico, uma grande luta para nos colocar sob pressão. Tenho 100 por cento de confiança nos companheiros, especialmente o Louis [Vervaeke], o último que fica comigo, vamos também tentar ganhar a etapa”, adianta Remco Evenepoel.

Só que terreno para tentar modificar a classificação não faltará, neste domingo, na quinta etapa. Será uma ligação de 173 quilómetros, entre Lagoa e o Alto do Malhão, Loulé. A meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria. Mas o Malhão será ainda escalado a 24 quilómetros do final, antecedido pelas subidas de Picota (km 43,6), Vermelhos (106,2) e Alte (135,5).

Remco Evenepoel é junta a Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem, à Camisola Amarela Turismo do Algarve. Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl Team) veste a Camisola Verde Crédito Agrícola, dos pontos, e João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) terá um domingo trabalhoso, em defesa da Camisola Azul Lusíadas, da montanha. A INEOS Grenadiers comanda por equipas.

Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) parte para o último dia como melhor elemento das equipas portuguesas. É 21.º, a 5m39s do camisola amarela. O melhor ciclista nacional é Ricardo Vilela (W52-FC Porto), 30.º, a 8m05s.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

Ficha Técnica

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