quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

“II Congresso de Treinadores de Age-Groups: Triatlo para Todos”


Realizou-se em formato online, nos dias 15 e 16 de janeiro de 2021, o II Congresso de Treinadores de Triatlo

 

Na abertura do Congresso foram apresentadas algumas das conclusões preliminares do questionário realizado online, para o qual a FTP obteve, até ao momento, cerca de 700 respostas. O inquérito que, pela sua abrangência demora cerca de 10 a 15 minutos a ser respondido, incidiu sobre quatro temas: a caracterização da população do Triatlo, o atendimento da FTP, os hábitos de treino e o investimento despendido. 84% de respostas pertenceram ao sexo masculino, sendo as restantes 16% do sexo feminino.

Notas importantes acerca deste inquérito: 48% pratica Triatlo há menos de 5 anos, com os grupos de idade 45-49 e 40-44 na frente, sendo o principal objetivo a superação pessoal. Cerca de 69% considera o atendimento da federação adequado às necessidades, com 75% a avaliar a arbitragem de modo adequado e justo.

Nos hábitos de treino, há muitos triatletas que treinam sozinhos e sem acompanhamento técnico, com 37% a treinar entre 9 a 12 horas semanais. Curiosamente, 31% prefere a média distância, o que confirma o interesse dos triatletas pela distância acima da standard, embora seja a sprint a distância mais escolhida para a primeira prova. Concluindo, esta é uma comunidade muito ativa que dedica muitas horas semanais ao Triatlo, sendo um dos principais objetivos na modalidade a superação pessoal e a diversão!

 

Ainda pode responder ao inquérito aqui: https://bit.ly/3hMBFeJ 

O segundo palestrante do primeiro dia foi Henrique Telhado, que veio apresentar o tema da sua dissertação de Mestrado: «Fatores Psicológicos Preditores dos Tempos da Evolução e Desempenho no Triatlo». Os principais preditores são históricos (experiência em provas); fisiológicos (aptidão cardio respiratória, composição corporal e aptidão física) e psicológicos: (força mental e força

Este estudo quantitativo analisou apenas a associação dos fatores psicológicos e a evolução e o desempenho dos triatletas, ao longo do tempo, nas diversas distâncias do Triatlo.  O instrumento de investigação incluiu um questionário que contou com 208 respostas válidas, entre 88,5% de homens e 11,5 de mulheres.

De acordo com o estudo, concluiu-se que o Triatlo é um desporto de grande exigência que requer uma variedade de técnicas e treinos para melhoria do desempenho, mas a evidência científica parece revelar nos que se os triatletas tiverem similares aptidões cardiorrespiratórias, aptidões físicas e número de triatlos realizados, são as características psicológicas dos triatletas que determinam o melhor desempenho.

Os indicadores apontam para uma análise holística do desempenho do Triatlo e sobretudo no que diz respeito aquilo que parecem ser as suas dimensões mais importantes: a aptidão respiratória, a aptidão física, o histórico de provas e os fatores psicológicos. Estes fatores devem ser estudados de forma longitudinal e experimental para melhor compreender a sua influência no desempenho do triatleta.

A terceira apresentação do dia foi realizada por Júlio Amândio, no âmbito do trabalho de investigação do Curso de Treinadores Grau III com o tema: «Poderá o Triatlo ser considerado opção na recuperação de doentes oncológicos?»

Sabemos que a atividade física é um dos pilares de uma vida saudável, e no caso de haver doença não faz sentido abandonar esse pilar que tanto contribui para a saúde e bem-estar, exceto em situações de restrição médica.

Dado que o declínio físico do doente oncológico é grande e as capacidades física diminuem drasticamente, a prática de atividade física torna-se ainda mais relevante. A revisão bibliográfica parece indicar que o exercício físico é seguro antes, durante e após o tratamento, com exemplos de sucesso em caso de doentes oncológicos, que são frequentemente os primeiros a procurar ativamente aquilo que lhes faz bem, e que pode contribuir para o processo de sobrevivência.

De modo geral, deve realizar-se uma alimentação equilibrada, evitar a inatividade e regressar às rotinas diárias sempre que possível. Dos 18 aos 64 anos deve-se treinar pelo menos 150 minutos por semana, complementando com dois treinos de força.

A partir dos 65 anos estas recomendações continuam válidas, desde que se respeite a individualidade de cada caso. De referir que esta apresentação não tem base científica, trata-se de um estudo de caso com revisão bibliográfica que permite depreender algumas conclusões, mas que necessita de outros estudos complementares que possam ser validados pela ciência.

O segundo dia começou com uma representante da British Triathlon onde foi apresentado o programa de apoio aos Age Groups, incluindo o staff dedicado às suas necessidades específicas. Na equipa de Age Group na Grã-Bretanha existe o sentido de pertença, criando-se laços fortes entre os diferentes membros.

A divulgação da equipa é realizada de modo informal, através das mensagens protagonizadas pelos próprios membros ou pelo equipamento usado pelos triatletas nas provas.

A apresentação incidiu também sobre o programa de autofinanciamento, a seleção e qualificação dos atletas para a participação nas provas e as ações desenvolvidas para atrair novos Triatletas; esta é feita através de uma divulgação informal onde os novos membros são cativados pelo Team Kit e pela ideia de representar o seu país no estrangeiro, tornando-se uma grande honra fazê-lo através da sua federação.

Seguiu-se Joana Reis, professora e investigadora da Faculdade de Motricidade Humana, com o tema «A Manutenção e Declínio das Capacidades Físicas em Desportos de Resistência».

A apresentação versou sobre três temas importantes: as alterações fisiológicas com a idade, o impacto do treino nas alterações fisiológicas e a carga e recuperação. Estes estudos assumem maior importância já que há cada vez mais desportistas e triatletas com idades mais avançadas e, por outro lado, existe uma maior aproximação da carga dos desportistas de elite e de grupos de idade, havendo inevitavelmente um decréscimo da performance que se acentua a partir dos 70 anos.

O declínio pode ser travado através do exercício já que promove o aumento do metabolismo em repouso, o consumo de lípidos e a melhoria cardiovascular e do sistema nervoso. O treino complementar, também chamado treino concorrente, onde se inclui o treino de força, é especialmente importante pois promove o balanço proteico e as bases musculares para conseguir comportar maior carga e mais volume, e diminuir o risco de lesões, risco esse que sabemos aumentar com a idade.

Da parte da tarde, Paulo Martins, da Faculdade de Motricidade Humana, abordou o pertinente tema: «Gestão do Tempo e Carreira Desportiva em Atletas Amadores», onde coexistem três subtemas com os quais o atleta tem de lidar: a família, o trabalho e o treino.

De um modo muito prático, o palestrante explicou algumas das questões que podem comprometer a performance, algumas delas transversais tanto a triatletas em formação como a triatletas veteranos.

De um modo geral, qualquer transição na vida do atleta pode afetar a sua carreira e rendimento desportivo, como uma mudança de escola ou alteração profissional, havendo necessidade de que o treinador esteja atento às questões da vida dos atletas para melhor conseguir orientar o treino.

No caso dos atletas veteranos, o stress pode ser originado pelo excesso de carga de treino, mas também se pode dever à carga emocional. O especialista refere que é entre os 40 e os 55 anos que mentalmente estamos no auge (pensar e sentir), mas a falta de correspondência biológica pode provocar desequilíbrios.

De um modo muito prático, o palestrante falou na carga horária ideal de treino que permita ao atleta usufruir de uma experiência agradável e vontade de continuar, principalmente em idades seniores, em que o objetivo é «apenas» superação pessoal.

O Congresso terminou com uma mesa redonda online que contou com a presença de alguns dos principais organizadores de provas dirigidas a grupos de idade: Bruno Safara, organizador do circuito Swimrun, Hugo Sousa, organizador do Setúbal Triathlon e Jorge Pereira, representante do IRONMAN em Portugal.

Cada um dos organizadores deu o seu contributo partilhando a sua experiência nas provas, de onde se retirou algumas ilações interessantes, entre elas a tendência para o crescimento do gosto pela longa distância em Portugal. Vários temas vieram para a ‘mesa’, como o drafting e nas diferentes maneiras de o reduzir, uma delas através da consciencialização dos atletas veteranos que o objetivo principal da sua participação em provas de longa distância é a superação pessoal, pelo que não adianta facilitar essa meta connosco mesmos/as.

Mas houve levantamento de outras questões como a formação dos árbitros, a preparação adequada dos triatletas, as formas diferentes de penalização e maneiras mais claras de as transmitir aos interessados.

Os organizadores do Swimrun, do Setúbal Triathlon e do IRONMAN concordaram em vários pontos, entre eles que é necessário proporcionar uma experiência agradável aos atletas para que estes façam uma boa divulgação, assegurando o seu regresso à competição, sempre que possível.

Acreditamos que o sucesso deste II Congresso de Treinadores de Triatlo se deve à qualidade dos palestrantes, mas também à participação ativa dos treinadores, que contribuíram para enriquecer as apresentações. A FTP agradece a presença de todos.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“COVID-19: Associação de Ciclismo da Beira Interior promove provas de ciclismo virtuais”


Os eventos estão marcados para 31 de janeiro, 07 e 14 de fevereiro

 

A Associação de Ciclismo da Beira Interior (ACBI) vai promover três eventos virtuais de ciclismo com o objetivo de manter os praticantes ativos durante o período de confinamento por causa da pandemia de COVID-19, foi hoje anunciado.

"Vivemos um tempo em que as saídas de casa devem ser minimizadas, mas todos temos necessidade de atividade física e os treinos não podem ser interrompidos", refere a ACBI, em comunicado enviado à agência Lusa.

Neste âmbito, a associação decidiu avançar com a promoção de eventos virtuais de ciclismo e estabeleceu um calendário que inclui, para já, três eventos de acesso livre e gratuito, a realizar nos dias 31 de janeiro, 07 e 14 de fevereiro, na plataforma RGT cycling (rgtcycling.com).

Esta plataforma é um simulador de ciclismo de realidade virtual.

É usada em conjunto com 'iOS' e 'Android Apps' e ‘hardware' de treino compatível. Os usuários podem conectar-se e treinar juntos, num cenário de realidade virtual que recria a cultura do ciclismo do mundo real.

"Procuramos assim dar o nosso contributo para manter os praticantes de ciclismo ativos sem o risco de contribuírem para o aumento do número de casos desta pandemia que está a assolar Portugal e o Mundo", lê-se na nota.

A ACBI refere que decidiu avançar para a realização destes eventos virtuais, depois de constatar "o crescimento notável que o ciclismo virtual teve no último ano bem como a evolução exponencial das tecnologias a ele associadas".

"Desde o início da pandemia [covid-19], o ciclismo tem sido um exemplo do cumprimento de regras e do esforço pela realização de atividades nas condições mais exigentes, em nome da saúde pública", sustenta.

Fonte: Sapo on-line

“Domingos Gonçalves suspenso quatro anos”


Devido a irregularidades no Passaporte Biológico

 

Por: Record

Foto: Diretos reservados

Domingos Gonçalves conheceu o castigo que lhe foi imposto, depois de estar suspenso provisoriamente. O ciclista português foi castigado por quatro anos pela União Ciclista Internacional (UCI), por irregularidades no Passaporte Biológico entre 2016 e 2018, pelo que todos os resultados alcançados nesse período são também anulados.

O ciclista português, de 31 anos, que em 2016 representava a Rádio Popular-Boavista, correndo depois em 2017 e 2018 na Caja Rural, só poderá voltar a competir no dia 12 de dezembro de 2023.

Fonte: Record on-line

“Covid-19: Volta à Comunidade Valenciana adiada e sem nova data”


Corrida estava prevista para o período entre 3 e 7 de fevereiro

 

Por: Lusa

Foto: Record

A Volta à Comunidade Valenciana masculina em bicicleta, que ia para a estrada entre 3 e 7 de fevereiro, foi esta quinta-feira adiada para outro período a confirmar, o mesmo acontecendo com a prova feminina.

Em comunicado, fica explícito que "a situação sanitária provocada pela pandemia de covid-19" está na base do adiamento, mas que a prova "não está cancelada" e terá novas datas, anunciadas em breve.

"Esta medida é tomada por um sentido de máxima responsabilidade e, ao mesmo tempo, transmitindo o desejo de melhoras a todos os afetados pela doença", pode ler-se na nota.

Em 2020, a corrida masculina foi ganha pelo esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), que viria a vencer a Volta a França nesse ano, já depois da interrupção do calendário.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.176.000 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Fonte: Record on-line

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