domingo, 25 de outubro de 2020

“2020 e 103, os números vitoriosos do ciclismo para Portugal


E agora o que vai acontecer…

 

Por: José Morais

Terminou hoje dia 25 de outubro em Milão, a 103ª edição do Giro de Itália, num ano muito especial e atípico, onde a pandemia parece quer não nos largar a nível mundial, privando-nos de tanta coisa, mas onde mesmo assim vamos tendo algumas alegrias.

O ciclismo português está de parabéns, pela primeira vez na modalidade, Portugal falou bem alto, deu cartas, e demostrou que apesar de pequeninos, e mal governados, conseguimos brilhar lá fora, apesar de não ser a primeira vez que aconte-se, esta foi sem dúvida talvez a mais importante, a mais falada a nível nacional e mundial, e para nossa admiração na nossa comunicação social, seja escrita, em especial nas televisões onde o ciclismo é esquecido, e desta vez o mesmo abriu alguns telejornais.

As figuras foram sem dúvidas dois grandes heróis, o primeiro nome, João Almeida da equipa Deceuninck-Quick Step, foi quarto no final da 103ª edição do  Giro de Itália, que ficou a 41s do primeiro classificado, mas temos de destacar este grande ciclista que fez história no ciclismo português, depois de ter estado durante 15 dias  com a camisola Rosa vestida, perdeu a dois dias do final do Giro descendo para 5º lugar, mas que na última etapa, o contra-relógio final recuperou e acabou em 4º lugar, um feito nunca conseguido por ninguém.

Mas o outro herói chama-se Rubem Guerreiro, da equipa EF Pro, foi o grande vencedor da montanha, e conquistou a camisola Azul prémio da montanha, também aqui existiu um grande feito, o qual nunca tinha acontecido por nenhum ciclista português, apesar de já termos tido outros grandes ciclistas a terem feito excelentes trabalho e conseguido méritos, estes sem dúvida destacaram-se.

Este dois grandes heróis chegam amanhã a Lisboa cerca das 12:30, esperemos que tenham uma boa receção dentro das normas de segurança, são ciclistas que tem de ser reconhecidos, e homenageados, tanto o Primeiro Ministro como o Presidente da Republica já os felicitaram, porem esperemos que tenham o bom censo, e que sejam recebidos, reconhecidos, e galardoados como merecem, tanto pelo trabalho que fizeram, como pela divulgação do nome de Portugal além fronteiras, não ficando assim no esquecimento.

Também seria importante a nossa comunicação social marcar presença, e em especial as televisões, fazerem destaque a estes dois ciclistas, e começarem a ver o ciclismo com outros olhos, reconhecendo o que é o atleta ciclista, o esforço, e a dedicação que tem com a modalidade, lutando pela modalidade que muitas vezes é muito desprezada.

E agora o que vai acontecer… e voltando novamente a falar nas televisões, espero que tenham o bom senso de levar estes heróis aos seus programas diários, para que os mesmos contem as suas histórias, contem os momentos bons e os menos bons, e o que é a verdadeira vida do ciclista, já que a modalidade e os amantes da mesma merecem mais respeito.

Termino deixando mais uma vez os parabéns ao João e ao Ruben, foram grandes heróis, e os grandes protagonistas do Giro de 2020.       

“Giro: Marcelo felicita João Almeida e Ruben Guerreiro por "prestações extraordinárias"”


João Almeida foi 4.º classificado e Ruben Guerreiro conquistou a camisola da montanha

 

Almeida (Deceuninck-QuickStep), quarto na geral final da Volta a Itália, e Ruben Guerreiro (Education First), vencedor da classificação da montanha, por terem feito “duas prestações extraordinárias”.

Numa nota publicada no sítio ‘online’ da Presidência, é notado que os dois ciclistas “fizeram história com duas prestações extraordinárias que durante as últimas três semanas empolgaram todos os portugueses”.

“Estes registos constituem a melhor prestação de sempre de ciclistas portugueses no Giro, fizeram jus à história do ciclismo nacional, honraram o nome de Portugal e merecem o reconhecimento do Presidente da República”, pode ler-se na nota.

João Almeida liderou durante 15 dias a geral da ‘corsa rosa’, acabando no quarto posto, a melhor classificação de sempre de um ciclista luso, e Ruben Guerreiro conseguiu vencer uma das principais classificações, a da montanha, um feito inédito para o ciclismo português, além de triunfar na nona de 21 etapas.

A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou hoje, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), após a conclusão do contrarrelógio individual da 21.ª etapa, em Milão.

Fonte: Sapo on-line

“António Costa felicita João Almeida e Ruben Guerreiro em dia histórico para ciclismo português”


Através da sua conta no Twitter

Por: Lusa

Foto: DR

O primeiro-ministro, António Costa, felicitou este domingo João Almeida (Deceuninck-QuickStep), quarto na geral final da Volta a Itália, e Ruben Guerreiro (Education First), vencedor da classificação da montanha, destacando o dia histórico e de orgulho para o ciclismo português.

"As minhas felicitações a João Almeida, pelo resultado histórico, e a Ruben Guerreiro, pela conquista da camisola azul. Dia histórico, de orgulho para o ciclismo português", escreveu na sua conta na rede social Twitter.

Segundo António Costa, foi com "grande emoção" que acompanhou a dupla portuguesa no Giro, prova na qual Almeida liderou durante 15 dias a geral, acabando no quarto posto, e Guerreiro conseguiu vencer uma das principais classificações, a da montanha, um feito inédito para o ciclismo português, além de triunfar na nona de 21 etapas.

A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou hoje, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), após a conclusão do contrarrelógio individual da 21.ª etapa, em Milão.

Fonte: Record on-line

"Vuelta/Primoz Roglic, "Foi um dia muito difícil e não foi como eu esperava"


O esloveno perdeu a camisola vermelha para Carapaz

 

Por: EFE

O esloveno Primoz Roglic (Jumbo Visma) disse após perder a camisola vermelha em favor do equatoriano Richard Carapaz que disse "as coisas não saíram" como esperado e que ele teve problemas com a chuva no momento em que perdeu contato com o grupo favorito antes de enfrentar a última subida.

"Tive um problema com a chuva, perdi contato com o grupo e depois tive que gastar mais força para ligar e começar a última subida. Não foi um problema de quebra", disse no topo de Formigal.

Líder da etapa inicial, Roglic passou do primeiro para o quarto lugar depois de um dia épico para lembrança, mas o vencedor de Liege não deita a toalha ao chão, muito menos. "Eu não tive o dia como eu esperava, foi um dia muito difícil, com muito frio e chuva, mas tem sido assim para todos. Perdi o vermelho, mas vamos ver o que acontece nos próximos dias, estou sempre tentando fazer o meu melhor e é isso que vou continuar fazendo", disse ele.

Fonte: Marca

“Colombiano Héctor Páez está em exibição e vence a Copa do Mundo de Maratona”


David Valero termina em quinto

 

Por: EFE

Foto: Michal Cerveny/RFEC

O colombiano Héctor Leonardo Páez venceu este domingo o Campeonato Mundial de Maratona de Mountain Bike, com uma grande exposição em Sakarya (Turquia). Com o tempo final de 4s19s50, Páez foi proclamado vencedor do evento, à frente do português Tiago Ferreira (+2:20) e do tcheco Martin Stosek (+2:35).

O ciclista de Ciénega (Boyacá) foi o melhor dos 57 corredores inscritos em um percurso de 110 quilômetros. David Valero, quinto colocado, foi o melhor espanhol, a 6 minutos e 19 segundos do campeão.

Na categoria feminina, a vencedora foi a suíça Ramona Forchini, com o tempo de 3s42m18. Após 80,9 quilómetros, Ramona Forchini derrotou a polonesa Maja Wloszczowska. A suíça Ariane Luthi completou o pódio (+1:22).

Fonte: Marca

“Adeus triste de Fernando Barcelo: "Tive taquicardia, tenho que fazer exames médicos"


O espanhol cofidis deixa a corrida

 

O Aragonese Fernando Barceló (Cofidis) anunciou nas redes sociais que neste domingo não ia sair na sexta etapa da 75 Volta a Espanha, que levou o pelotão de Biescas para o Párking de Sarrios na estação de inverno de Formigal.

"Muito do meu pesar pela minha saída na Vuelta", anunciou o oscense depois de completar com muitos problemas a quinta etapa que partiu de sua terra natal e terminou em Sabiñánigo. "De acordo com o médico da equipa, tenho que fazer alguns exames médicos para descartar qualquer problema cardíaco depois de sofrer uma taquicardia hoje na competição", disse o ciclista que não poderá completar sua segunda volta consecutiva.

Barceló conclui seu anúncio de abandono desejando "muita sorte ao @teamcofidis no que resta da Vuelta". Apesar de seus problemas físicos, o oscense conseguiu terminar a quinta etapa em 36º lugar com o mesmo tempo que o grupo liderado pelo líder da corrida, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo Visma).

Fonte: Marca

“Giro: A-dos-Francos mostra “orgulho” e pedala até ao fim com João Almeida”


Apoio não faltou ao ciclista português na sua terra natal

 

A-dos-Francos gritou hoje “vai João” num coro de incentivos e palmas que acompanhou o último contrarrelógio de João Almeida na Volta a Itália, onde o ciclista português fez história, enchendo de orgulho a terra onde nasceu.

Ainda o português não tinha partido e já em A-dos-Francos se gritava em uníssono “Vai João, vai João”,  num grito de incentivo a que se juntou, à sua partida, um grupo de crianças aos pulos, gritando a plenos pulmões “João Almeida, João Almeida”.

O nome do ciclista Deceuninck-QuickStep foi, ao longo dos 15 dias em que vestiu a camisola rosa, o mais falado na aldeia ‘engalanada’ de bicicletas rosa pintadas nas estradas, faixas rosa em volta das árvores e uma fotografia gigante do ciclista na rotunda que se tornou uma atração turística.

 “Vêm ciclistas de vários locais do país para se fotografarem junto à imagem de João Almeida”, disse Patrícia Estevão, presidente da Sociedade de Instrução Musical, Cultura e Recreio (SIMCR) A-dos-Francos.

 A sociedade foi hoje o ponto de encontro de dezenas de populares que ali assistiram à última etapa do Giro, que consagrou o jovem de 22 anos como o melhor português de sempre na ‘corsa rosa’, ao ser quarto classificado na geral final. Hoje, e nas duas últimas semanas, desde que o ciclista “tornou A-dos-Francos conhecida de toda a gente e falada em todas as televisões”, ressalvou Patrícia Estevão.

É também na sociedade que, desde terça-feira, todos os dias se “pedala por João”, numa bicicleta estática em que alguém pedalava sempre que o corredor estava em prova na 103.ª edição da Volta a Itália, que hoje terminou em Milão.

Até ao final do Giro, houve “mais de 65 pessoas a pedalar” que no conjunto perfizeram, entre terça-feira e hoje, “855 quilómetros”, contabilizaram as voluntárias que na associação organizam as iniciativas de apoio ao conterrâneo.

Entre participantes de Beja, Porto e Lisboa “fizeram mais quilómetros do que ele, que entre quarta e domingo fez mais ou menos 740 quilómetros”, notou Patrícia Estevão.

Mas na esplanada da sociedade onde o écran gigante transmitiu a última etapa do Giro, nada disse interessava a quem torcia pelo filho da terra.

À sua passagem alguém sugeria “isto era deixá-lo passar a seguir deitar azeite na estrada”, só para “os outros perderem, não precisavam se se aleijar”. Ou então, “era ele levar um saquinho com preguinhos pequeninos e ir deixando cair”.

Mas João Almeida não precisava de nada disso: ao confirmar o quatro lugar da geral, a coletividade quase veio abaixo ao som das palmas e dos gritos de “orgulho” dirigidos ao jovem ciclista que, na terça-feira, será homenageado como um dos mais promissores filhos da terra.

“Foi bom, foi muito bom”, disse o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Tinta Ferreira, enquanto levantava o copo para o primeiro brinde ao atleta que, mesmo depois de ter perdido a camisola rosa, continua a pintar dessa cor o concelho e a freguesia rendida ao seu feito.

Fonte: Sapo on-line

“Giro: Ruben Guerreiro feliz com camisola azul, uma “grande motivação”


O português venceu a camisola da montanha na prova italiana

 

O português Ruben Guerreiro (Education First) assumiu que vencer a classificação da montanha da Volta a Itália em bicicleta, que terminou hoje em Milão, é “uma grande motivação” para continuar a evoluir.

“Foi um Giro tão difícil... Não tenho mais força. Consegui acabar. Ontem [sábado], desfrutei da etapa, com os homens da geral. Desfrutei destas três semanas, que foram um grande esforço da organização, a quem agradeço. Foi uma ótima corrida”, explicou o ciclista português, após subir ao pódio.

Aos 26 anos, Guerreiro venceu uma etapa, quebrando um ‘jejum’ de 31 anos sem vitórias portuguesas na ‘corsa rosa’, e tornou-se no primeiro português a vencer uma das quatro classificações principais de uma grande Volta.

“A equipa fez um Giro muito bom, com duas vitórias em etapa e a ‘maglia azzurra’. É uma grande motivação para mim ter ganho”, atirou.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de voltar à prova, mas para disputar a camisola rosa, o português resguardou-se e disse apenas que “é difícil dizer”.

“No ciclismo nunca se sabe. Tenho-me sentido melhor e mais forte com o passar dos anos, ainda não sou velho. Um dia, quem sabe? Agora, é desfrutar deste dia e depois preparar a próxima temporada”, comentou.

Amigo de há vários anos do vencedor da geral final, o britânico Tao Geoghegan Hart, Guerreiro revelou ainda que lhe tinha dito “que ia ter o momento dele na terceira semana”, até porque o escocês ficou “feliz” quando Ruben venceu em Roccaraso, na nona etapa.

“Queria ter visto também o João [Almeida, quarto na geral final] no pódio... Mas ambos os meus amigos fizeram uma grande corrida, e estou orgulhoso deles”, afirmou.

João Almeida (Deceuninck-QuickStep) liderou durante 15 dias a geral da ‘corsa rosa’, acabando no quarto posto, a melhor classificação de sempre de um ciclista luso, e Ruben Guerreiro conseguiu vencer uma das principais classificações, a da montanha, um feito inédito para o ciclismo português, além de triunfar na nona de 21 etapas.

A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou hoje, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), após a conclusão do contrarrelógio individual da 21.ª etapa, em Milão.

Fonte: Sapo on-line

“Giro com vencedor surpresa: quem não tem Thomas, 'caça' com Tao Geoghegan Hart”


Britânico supriu a queda e abandono do líder da equipa

 

Por: Lusa

Foto: Reuters

O britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS) supriu a queda e abandono do líder da equipa, o compatriota Geraint Thomas, para ganhar a Volta a Itália, o maior feito de uma carreira ainda a arrancar.

Hoje, num contrarrelógio em Milão, decidiu a seu favor uma Volta a Itália que, pela primeira vez na história, chegou ao último dia com dois ciclistas separados por menos de um segundo na geral, levando a melhor sobre o australiano Jai Hindley (Sunweb).

Aos 25 anos, o escocês tornou-se no primeiro homem na história a ganhar o Giro sem ter vestido de rosa um único dia, aproveitando os últimos 15,7 quilómetros, corolário de uma estratégia de corrida brilhante, para bater uma Sunweb que desperdiçou a 'corsa rosa' com más opções táticas.

As grandes Voltas são decididas ao longo de três semanas de alta montanha, dificuldades com o vento, contrarrelógios e um misto de apoio da equipa e de 'garra' até final. Neste caso, a conquista de Geoghegan Hart começou com um bidon.

Ainda antes da partida real da terceira etapa, o britânico Geraint Thomas, vencedor da Volta a França em 2018, sofreu uma queda grave ao acertar num bidon atirado para o chão, perdendo mais de 10 minutos antes de acabar por abandonar.

'Órfã' do chefe de fila num dia em que perdeu a 'maglia rosa', que estava no corpo do italiano Filippo Ganna e passou para o português João Almeida (Deceuninck-QuickStep), a INEOS voltou-se para vitórias em etapa e não se deu nada mal.

Ganna venceu a quinta tirada, o equatoriano Jhonatan Narváez a 12.ª, antes de o italiano completar um 'hat-trick' no 'crono' da 14.ª etapa, um dia antes de Hart se anunciar.

Na subida a Piancavallo, o britânico distanciou toda a concorrência para erguer os braços, conseguindo a primeira vitória em grandes Voltas, mas o melhor seguir-se-ia nos próximos dias, com a subida consistente na geral e nova etapa, a 20.ª.

Aproveitou o Stelvio para 'fugir' com Jai Hindley, e, nesse dia e no sábado, em Sestriere, beneficiou do trabalho de um soberbo Rohan Dennis, a 'estrela' australiana do contrarrelógio convertida em 'super domestique', para se assumir como o grande candidato à vitória final, confirmada hoje em Milão.

"Quando começámos a equipa [Sky], o Tao faltou à escola para vir ver o primeiro dia; agora está aqui", contou no sábado o 'patrão' da INEOS, Dave Brailsford, entre lágrimas após a segunda vitória do seu pupilo.

Com efeito, o ciclista nascido em Londres, que gosta de professar-se como escocês por via do pai, já tinha passado pela INEOS como estagiário, em 2015, mas foi na Hagens Berman Axeon, onde travou amizade com Ruben Guerreiro (Education First), que se fez ciclista e voltista.

Regressou à 'casa mãe', em 2017, e já então lhe vaticinavam um grande futuro, que hoje, ainda com 25 anos, veio a cumprir, vencendo também a classificação da juventude, num Giro de sonho em que esperava trabalhar para Thomas e acabou a conquistar a equipa.

Como o amigo Ruben Guerreiro, também Hart é competitivo e não se contenta se achar que falhou: na 20.ª etapa da Volta a Espanha de 2019, juntou-se a uma fuga que incluía o português.

Nesse dia, como noutros em que ambos andaram em fuga, acabaram por ser alcançados, numa tirada vencida pelo atual campeão do Tour, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), e, embora Guerreiro tivesse sido o último a ser apanhado, foi Hart a levar para casa um... pouco desejado prémio de combatividade.

"Prémio mais estúpido, é o que eu acho", atirou, em declarações à Eurosport, pouco depois de erguer no pódio a lembrança do dia.

João Correia, seu agente através da empresa Corso, lembra à Lusa o bom caráter do britânico.

"Quando eu estou doente, é sempre o primeiro a telefonar. Faz isso independentemente de estar numa corrida ou não. Eu é que tenho de o lembrar que sou eu que trato dele, e não ele que trata de mim. Isso é tudo o que é preciso saber da pessoa que é", sublinha.

Hoje, em Milão, foi inscrito no troféu da 'corsa rosa' talvez o nome mais complicado dos 103 que constam na taça, dando nova glória ao Reino Unido, que além de Thomas também tinha perdido Simon Yates (Mitchelton-Scott), devido a um teste positivo ao novo coronavírus já com a prova em andamento.

Começou no futebol e na natação, mas foi a sensação de individualismo que o trouxe para o ciclismo. Contudo, a humildade, que o levou a trabalhar em empregos de verão desde cedo para fazer algum dinheiro, acabou por transformá-lo num futuro campeão, trabalhado a partir dos juniores pela seleção britânica.

Em 2019, a Volta a Espanha que acabou em 20.º, após dois pódios em etapas, foi uma 'consolação', num ano em que venceu uma tirada da Volta aos Alpes antes de ter de abandonar o Giro, então na estreia em grandes Voltas.

"Nem nos meus sonhos mais malucos podia imaginar que isto seria possível quando arrancámos. [...] Na minha carreira, sonhei com um 'top 10', talvez um 'top 5'. Vai demorar a assentar", contou o britânico, a caminho do pódio, tendo sido abraçado pelo amigo de há vários anos Ruben Guerreiro (Education First), que se juntou a ele como líder da montanha, instantes depois de saber do resultado.

Fonte: Record on-line

“Cronologia do Giro: Uma 103.ª edição 'pintada' por portugueses em tons rosa e azul”


João Almeida e Rúben Guerreiro foram heróis

 

Por: Lusa

Foto: DR

Com João Almeida (Deceuninck-QuickStep) 15 dias na frente da geral e Ruben Guerreiro (Education First) no pódio como 'rei' da montanha, a dupla portuguesa pintou de rosa e azul a 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta.

Ao longo de 21 etapas, sobretudo marcadas pela prestação do estreante João Almeida, de rosa (camisola de líder da geral) da terceira à 17.ª tirada, mas também de Ruben Guerreiro, que venceu a nona etapa num dos dias em que o compatriota perdeu tempo, além de arrebatar a 'camisola azul' na segunda metade da prova, Portugal teve quase sempre motivos para festejar.

Ao todo, 16 países tiveram mais ciclistas do que Portugal, que ainda assim se 'apaixonou' pela 'corsa rosa' graças aos feitos de um duo que agitou uma prova que, em determinado momento, tinha em João o líder da geral e da juventude e em Ruben a montanha, faltando 'apenas' a 'camisola ciclamino', destinada à classificação por pontos.

 

UM ARRANQUE INESPERADO

 

3 de outubro:

Um contrarrelógio individual abre a 103.ª edição do Giro, com o campeão do mundo da especialidade, o italiano Filippo Ganna (INEOS), a vencer uma etapa na qual João Almeida mostra 'ao que vem': é segundo e ganha tempo a todos os adversários.

 

4 de outubro:

Em Agrigento, uma pequena subida até à meta afasta a maior parte dos velocistas da discussão da etapa, com João Almeida a fazer novo 'top 10', no sexto lugar.

 

5 de outubro:

Na 'escalada' do Etna, onde em 1989 Acácio da Silva tinha conquistado a 'camisola rosa', João Almeida emula esse feito com um 11.º lugar na etapa, embora tenha perdido tempo para alguns dos que viriam a ser seus adversários na luta pela geral, e fique empatado em tempo com o vencedor da etapa, o equatoriano Jonathan Caicedo (Education First).

 

7 de outubro:

Em novo dia na montanha, João Almeida é terceiro e bonifica, conseguindo novo pódio em etapa.

 

GLÓRIA EM ROCCARASO E UMA LIDERANÇA CIMENTADA

 

11 de outubro:

A ligação de San Salvo a Roccaraso, de 208 quilómetros, fica marcada na história do ciclismo português, que voltou a ter um vencedor de etapa no Giro 31 anos depois, num dia de montanha em que Ruben Guerreiro andou escapado, na fuga do dia, e acabou por bater o espanhol Jonathan Castroviejo (INEOS) na ponta final, conseguindo a maior vitória da carreira.

O resultado na nona etapa também lhe permite assumir a liderança da classificação da montanha, vestindo a 'maglia azzurra', com 84 pontos contra 76 de Giovanni Visconti (Vini Zabù-KTM).

No sentido inverso, João Almeida tem o primeiro dia mau e perde tempo para os rivais, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb) e o espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren), respetivamente segundo e terceiro na geral, mas continua no primeiro posto.

 

13 de outubro:

Depois do dia de descanso, o eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe) isola-se e vence a 10.ª etapa, na qual João Almeida faz novo pódio, terceiro, e bonifica, respondendo aos rivais após perder tempo.

 

15 de outubro:

Em Cesenatico, Ruben Guerreiro (oitavo) e João Almeida (nono) rolam com os melhores, mantendo-se as distâncias para os principais rivais, e Portugal segue a liderar três das quatro principais classificações individuais: geral e juventude (Almeida) e montanha (Guerreiro).

 

 

16 de outubro:

Novo 'quase' para João Almeida em Monselice, com o italiano Diego Ulissi (UAE Emirates) a vencer a sua segunda etapa num 'sprint' reduzido, à frente do português, que ainda assim volta a bonificar e ganhar tempo precioso na 'batalha' pela geral.

Ruben Guerreiro corta a meta em 14.º, sobe a 26.º da geral e soma mais três pontos na montanha e aumenta a liderança nesta classificação.

 

17 de outubro:

Novo 'crono', desta feita em Valdobbiadene, nova vitória de Filippo Ganna, então a confirmar um 'hat trick', e novo 'brilharete' de João Almeida.

O português é sexto na etapa e ganha tempo a todos os rivais, saindo do segundo de três contrarrelógios com 56 segundos de vantagem para Kelderman e 2.11 para Bilbao, com o britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS) e o australiano Jai Hindley (Sunweb), que acabaram a disputar a vitória final, a mais de 3.30 minutos.

 

18 de outubro:

O pelotão sai da base aérea de Rivolto a caminho de Piancavallo, onde Hart vence no alto e a dupla Kelderman-Hindley toma tempo a João Almeida, que é quarto e fica com o holandês 'à perna', a 15 segundos da camisola rosa.

No pior dia para a dupla portuguesa, Ruben Guerreiro falha a fuga e é ultrapassado por Visconti, que soma agora 118 pontos contra 87 do português.

 

20 de outubro:

Depois do segundo dia de descanso, João Almeida entra na terceira semana de rosa e 'arranca' dois segundos a Kelderman e aos outros rivais, que seguem a perto de três minutos de distância.

Pela montanha, Visconti e Guerreiro 'batalham' na fuga. O italiano ainda vai na frente, com 148 pontos, contra 118 do português.

 

21 de outubro:

Em Madonna di Campiglio, Ruben Guerreiro chega aos 198 pontos, Visconti não pontua, e volta a vestir a 'maglia azzurra'.

A fuga leva a etapa com Almeida a cortar a meta com o mesmo tempo dos rivais antes do 'temido' Stelvio.

 

STELVIO AGRIDOCE E DEMONSTRAÇÃO DE ALMA

 

22 de outubro:

O dia começa bem para o 'rei' da montanha, com o abandono de Visconti. Na fuga, o belga Thomas de Gendt (Lotto Soudal) deu-lhe luta, mas o português acabou por pontuar o suficiente para garantir matematicamente a conquista.

Na batalha pela 'maglia rosa', João Almeida cede após um ataque de Hart e Hindley, que deixam Kelderman, novo líder, para trás, enquanto o português é sétimo em Laghi di Cancano, caindo para o quinto posto e saindo da liderança após 15 dias, ficando agora a 2.16 minutos do holandês.

24 de outubro:

Na subida tripla a Sestriere, incluída após caírem os planos de subir o Izoard e o Agnelo, Tao Geoghegan Hart vence, Hindley é segundo e sobe à liderança, ambos separados por menos de um segundo.

João Almeida mostra alma e garra com um ataque que o leva ao quarto lugar da etapa, ganhando tempo a Kelderman, agora terceiro, e a Pello Bilbao, que tem o quarto lugar na geral 'ameaçado' pelo português, a 23 segundos.

 

25 de outubro:

O contrarrelógio da 21.ª e última etapa consagra oficialmente João Almeida como melhor português de sempre na 'corsa rosa', no quarto lugar, e Ruben Guerreiro como 'rei' da montanha, um feito inédito para o ciclismo português em grandes Voltas.

Fonte: Record on-line 

“«Super orgulhosos»: equipa de João Almeida elogia ciclista com resumo que diz tudo”


Português foi quarto no Giro

 

Por: Record

Foto: Deceuninck Quick-Step

A Deceuninck Quick-Step, equipa de João Almeida, deixou elogios ao ciclista português após este terminar no 4.º lugar no Giro - uma classificação sem precedentes para Portugal -, com um resumo que diz tudo sobre a ascensão meteórica do corredor.

"Vinte e dois anos, primeira época no World Tour, Rookie do Grand Tour, quatro pódios, 11 vezes no top'10, 15 dias como camisola rosa. Um giro para recordar. Estamos super orgulhosos", escreveu a equipa no Twitter.

Fonte: Record on-line

“Ruben Guerreiro "leal e explosivo": de Pegões para o mundo via Itália”


Terminou o Giro como líder da montanha

 

Por: Lusa

Foto: EPA

O português Ruben Guerreiro (Education First) terminou este domingo a Volta a Itália com uma inédita vitória na classificação da montanha e uma etapa 'no bolso', o corolário na carreira de um ciclista "leal e explosivo".

Aos 26 anos, o ciclista de Pegões, concelho do Montijo, viveu no Giro o que o próprio descreveu à Lusa como "um sonho de grande Volta", ao vencer a nona etapa, em Roccaraso, e conquistar a classificação da montanha, esta última um feito inédito para o ciclismo português em qualquer umas das três 'grandes' (França, Itália e Espanha).

Um corredor "muito explosivo", como descrevem várias pessoas que o foram acompanhando, Ruben Guerreiro viveu no Giro, e em particular na nona etapa, o maior feito da carreira, ao vencer uma etapa numa das grandes Voltas, e quebrando um jejum particular na 'corsa rosa' que, para Portugal, se fazia sentir desde 1989.

Mas o corredor de Pegões, um jovem "honesto, correto e muito profissional", a quem todos gabam a determinação e ambição, foi mais longe, e logrou um feito inédito para o ciclismo nacional: arrebatou a classificação da montanha, transformando-se no primeiro luso a ganhar uma camisola em grandes Voltas.

A 'maglia azzurra' que levou para casa depois do contrarrelógio de hoje, em Milão, é um 'atestado' de competência e de grande forma naquele que é o ano de estreia pela Education First, a terceira equipa norte-americana de um percurso em que cedo mostrou valentia e talento.

"Tem um espírito competitivo muito forte. Esse espírito competitivo é tão forte que, quando não atinge o objetivo a que se propõe, penaliza-se a ele mesmo", conta à Lusa o antigo ciclista José Azevedo, que o dirigiu na Katusha-Alpecin em 2019.

Como pessoa, "o Ruben é muito leal". "É um jovem honesto, correto e muito profissional, que gosta daquilo que faz, de ser ciclista, de treinar, de competir. Tem um espírito competitivo muito forte", acrescenta.

Se o irmão, o também ciclista Francisco Guerreiro, lembra à Lusa a boa "ponta final" do mais velho, que se viu em Roccaraso, José Azevedo aponta as suas forças "na média montanha" e essa rapidez, que lhe permite discutir finais com pouca inclinação ou em pequenos grupos ao 'sprint'.

"Pode, atendendo à idade dele, melhorar no contrarrelógio", alerta o diretor desportivo.

De momento, "tem perfil para corridas de um dia, onduladas, ou corridas de uma semana", com o plano para três semanas a passar por aquilo que demonstrou neste Giro: tentar vencer etapas, lutar pela camisola da montanha.

Passou pelo BTT, mas foi na estrada que começou a afirmar-se, como campeão nacional de juniores em 2012, começando realmente a mostrar o talento quando, em 2014, vence a Volta a Portugal do Futuro, conseguindo o 'bilhete' de viagem para os Estados Unidos e para a Hagens Berman Axeon.

Correu pela 'fábrica de talentos' dois anos, e, logo no primeiro, venceu o Grande Prémio Liberty Seguros, 'explodindo' em 2016 com o triunfo no Grande Prémio Palio del Recioto, em Itália, como terceiro melhor jovem na Volta a Califórnia, com bons resultados na Volta a Saboia e como campeão nacional sub-23.

Ruben Guerreiro criou assim um movimento que se viria a tornar regular de ciclistas portugueses na equipa destinada a desenvolver jovens talentos, criada por Axel Merckx, e pela qual passou também João Almeida.

"Fico feliz pelo Ruben, porque sei que tem muito talento e tem apenas de cristalizar essa energia na direção certa. Acho que o fez na etapa que ganhou. Ainda tem muito potencial para ganhar mais", conta à Lusa o filho de Eddy Merckx, também ele antigo ciclista e diretor da Hagens Berman Axeon.

Os bons resultados levaram-no para a Trek-Segafredo, outra formação norte-americana onde passou dois anos.

André Cardoso cruzou-se com Guerreiro na equipa em 2017, e lembra um ciclista que, embora "muito jovem", já demonstrava "ter uma garra enorme" e "saber ver o que queria para o futuro".

À Lusa, o antigo colega do espanhol Alberto Contador lembra que ambos tinham calendários diferentes, mas que criou "uma ligação forte" em estágios e outros momentos, notando agora a maior maturidade de um jovem que, refere, "fervia em pouca água".

Um "ciclista de objetivos claros", sofreu com algumas lesões que o impediram de estar no seu melhor, até pelo "estatuto" que já tinha na equipa norte-americana, embora André Cardoso lembre que Guerreiro tinha como objetivo os Nacionais de fundo de elite.

"Eu não estava em grandes condições, mas fiz o que pude para o ajudar e ele acabou por ser campeão", lembra, da única corrida que fizeram juntos, ainda hoje um dos grandes momentos do homem que agora 'brilha' por outra equipa norte-americana.

Um calendário recheado de clássicas e provas de um dia, nas quais o melhor resultado foi o sexo lugar na Clássica da Bretanha, prova WorldTour, complementava provas de uma semana, como o Tour de Baloise, na Bélgica, que acabou em nono.

Em 2019, muda de ares e segue para a suíça Katusha-Alpecin, dirigida por José Azevedo, à procura de maior protagonismo, numa equipa de futuro incerto e que acabou por terminar no final desse ano.

Ainda assim, o ciclista de Pegões fez por se mostrar ao pelotão internacional, com um oitavo lugar no Tour Down Under e vários outros resultados honrosos, no primeiro ano como profissional em que mostrou consistência.

O esforço havia de ser recompensado na Volta a Espanha, que acabou no 17.º lugar final e no quinto da classificação da juventude, além de um segundo lugar e outro quarto posto em etapas, ficando muito próximo de uma glória 'adiada' para Roccaraso.

Mais tarde, após o Stelvio e o momento em que confirmou matematicamente o triunfo na montanha, um dos maiores na carreira, lembrou todo o esforço que este lhe exigiu, a vontade de fazer mais e ainda os feitos de João Almeida (Deceuninck-QuickStep), agradecendo todo o apoio neste tempo.

"Espero que tenham gostado da corrida e tenham ficado muito orgulhosos", atirou.

Fonte: Record on-line

“E tudo João Almeida levou em ano de recordes para Portugal”


Ruben Guerreiro (Education First) também brilhou

 

Por: Lusa

Foto: Getty Images

A 103.ª edição da Volta a Itália, que este domngo terminou, foi histórica para Portugal, com João Almeida (Deceuninck-QuickStep) a quebrar vários recordes, lusos e não só, num ano em que também Ruben Guerreiro (Education First) brilhou.

O jovem de 22 anos tornou-se hoje no melhor português na história da Volta a Itália, ao superar o registo de José Azevedo, que, em 2001, foi quinto.

O feito torna-se ainda maior quando se percebe que este é apenas o terceiro 'top 10' português na 'corsa rosa', após o 'pioneiro' Acácio da Silva, que, além de vencer cinco etapas e de ter liderado a prova, foi sétimo em 1986.

Esse foi o melhor resultado no século XX, até José Azevedo fazer, em 2001, um quinto lugar que deu nova alegria a Portugal na prova italiana, 19 anos antes de Almeida voltar a brilhar.

Intocável, para já, continua o registo da lenda maior do ciclismo nacional, Joaquim Agostinho (1943-1984), que em 1974 terminou a Volta a Espanha no segundo lugar, até hoje o melhor resultado de sempre de portugueses em grandes Voltas.

Enquanto líder com mais tempo na frente da geral de uma grande Volta, Almeida levou mesmo tudo: bateu a liderança de Joaquim Agostinho na Volta a Espanha de 1976, mas também os seis dias de Acácio da Silva, entre a Volta a França e o Giro, em 1989, chegando aos 15 dias como 'maglia rosa'.

Entre os ciclistas em atividade, o português de 22 anos, que se estreou em grandes Voltas no primeiro ano de WorldTour, é o terceiro mais 'experiente' como líder do pelotão do Giro.

À frente, apenas dois antigos vencedores: o italiano Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo), campeão em 2013 e 2016, que soma 18 dias como 'maglia rosa', e o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), campeão em 2017, que leva 17.

De resto, o ciclista de A-dos-Francos, nas Caldas da Rainha, ocupa o 35.º lugar, ex aequo, com quatro outros ciclistas, dois deles campeões: o italiano Vasco Bergamaschi (1935), e a 'lenda' francesa Laurent Fignon (1989).

Entre os homens que lideraram por 15 dias, Almeida é o único a fazê-lo numa única edição e, nesse capítulo, já é o melhor sub-23 da história, batendo o 'mito' belga Eddy Merckx e o italiano Damiano Cunego.

De resto, a longevidade na frente permite-lhe deixar para trás grandes nomes do ciclismo mundial e uma longa lista de antigos vencedores, de Marco Pantani a Cadel Evans, Nairo Quintana, Ivan Gotti ou Richard Carapaz, este último campeão em 2019 com 'apenas' oito dias de rosa.

Também Ruben Guerreiro brilhou nesta Volta a Itália e conseguiu fazer história para Portugal de duas maneiras diferentes, a primeira ao quebrar um 'jejum' que vinha de 1989, e da última de cinco vitórias em etapa de Acácio da Silva.

Em Roccaraso, no final da nona tirada, Guerreiro acelerou para a vitória e conquistou a primeira etapa em grandes Voltas da carreira, pondo fim a uma longa espera para as cores nacionais na 'corsa rosa'.

Essa vitória permitiu-lhe vestir a camisola azul, de líder da classificação da montanha, uma camisola pela qual lutou até ao final, garantindo matematicamente a conquista à 18.ª etapa.

Este resultado quer dizer que o português de 26 anos é o primeiro representante nacional a vencer uma camisola de classificação principal em qualquer das três grandes Voltas, ganhando um lugar na história com o feito.

Antes, já Fernando Mendes tinha vencido a tabela de metas volantes da Vuelta de 1976, com Acácio da Silva a ser o melhor nos 'sprints' especiais também em Espanha, em 1991, com Guerreiro a ser o primeiro a vencer uma das quatro classificações 'tradicionais'.

Fonte: Record on-line

“João Almeida: «Espero um dia voltar a vestir a camisola rosa»”


Ciclista português terminou o Giro num inédito 4.º lugar

 

Por: Lusa

Foto: Deceuninck-QuickStep

O português João Almeida (Deceuninck-QuickStep), que acabou a Volta a Itália no quarto lugar final, disse que espera "um dia voltar a vestir a camisola" de líder, que usou 15 dias nesta 103.ª edição.

"Até ao final, era preciso lutar e sofrer. Foi um dia duro, com 15 quilómetros a 'top'. Estou muito feliz", atirou o ciclista, em declarações aos jornalistas após a 21.ª e última etapa, um contrarrelógio até Milão.

Nesta derradeira tirada, o português de 22 anos, que liderou a corrida durante 15 dias, logrou ultrapassar o espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren) no quarto lugar, conseguindo o melhor resultado de sempre de Portugal na Volta a Itália, superando o quinto posto de José Azevedo em 2001.

"O meu objetivo era o 'top 10' e já era muito ambicioso. Terminar em quarto é um sonho. Estou muito grato a toda a minha equipa pelo que fizeram, 'staff', colegas de equipa, tudo", atirou.

Para 2021, não avança já objetivos, mas faz um balanço positivo da primeira grande Volta da carreira, mesmo que o entusiasmo tenha sido "bastante" e se queira "sempre mais e mais".

"Quinze dias de rosa é uma coisa impressionante e espero um dia voltar a vestir a camisola", confessou.

Para o futuro, quer continuar a "lutar pela geral" em grandes Voltas, ainda que hesite em classificar-se, já, como voltista. Almeida descreveu o que conseguiu como "um bom feito" e vai manter "o foco na geral e em corridas de uma semana".

"É bom levar a bandeira portuguesa numa grande Volta, e é impressionante estar à altura do José Azevedo", explicou.

Fonte: Record on-line

“João Almeida entra a restrita elite portuguesa que acabou grandes Voltas no top 10"


Feitos de Joaquim Agostinho permanecem inalcançáveis

 

Por: Lusa

Foto: Instagram

João Almeida juntou-se este domingo à lista restrita de ciclistas portugueses que terminaram uma das grandes Voltas no top 10, superando José Azevedo num palmarés em que os feitos de Joaquim Agostinho permanecem inalcançáveis.

Aos 22 anos, o ciclista da Deceuninck-QuickStep escreveu a página mais bonita do ciclismo português na Volta a Itália, concluindo a 103.ª edição da 'corsa rosa', que liderou durante 15 dias, na quarta posição.

Mais do que melhorar o registo de José Azevedo, que em 2001, no papel de gregário de luxo do espanhol Abraham Olano, foi quinto, o mesmo lugar que alcançou no Tour em 2004, o miúdo de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) fez Portugal sonhar com um inédito triunfo numas das grandes Voltas, um sonho 'desfeito' pelo 'gigante' Stelvio, onde se bateu como um herói, mas perdeu a 'maglia rosa' que envergou durante 15 dias.

Na memória de todos ficará a tenacidade e espetacularidade da sua exibição, mais do que este quarto lugar, que o equipara, em grandes Voltas, a Ribeiro da Silva, quarto na Vuelta de 1957, e o eleva a um patamar superior a nomes grandes do ciclismo nacional, como Acácio da Silva (sétimo no Giro de 1986), Alves Barbosa (10.º no Tour de 1956) e ainda João Rebelo e Fernando Mendes, sextos classificados na Vuelta em 1945 e 1975, respetivamente, e José Martins (oitavo na Vuelta de 1975).

A cumprir a sua primeira temporada entre a elite, e logo na melhor formação mundial, João Almeida pode ambicionar chegar a um patamar onde só está Joaquim Agostinho, o maior ciclista português de todos os tempos.

Foram 11 as presenças do corredor de Torres Vedras, que morreu em 1984 na sequência de uma queda na Volta ao Algarve, entre os 10 primeiros em grandes Voltas, com os terceiros lugares no Tour (1978 e 1979) a permanecerem como os feitos mais extraordinários do ciclismo nacional.

Embora no seu palmarés figure o estatuto de vice-campeão da Vuelta em 1974, são as prestações de Joaquim Agostinho na Volta a França, onde também foi quinto (1971 e 1980), sexto (1974) e oitavo (1969, 1972 e 1973), que perduram no imaginário coletivo.

 

Portugueses no 'top 10' de grandes Voltas:

 

Joaquim Agostinho (11):

 

8.º no Tour de 1969

5.º no Tour de 1971

8.º no Tour de 1972

6.º na Vuelta de 1973

8.º no Tour de 1973

2.º na Vuelta de 1974

6.º no Tour de 1974

7.º na Vuelta de 1976

3.º no Tour de 1978

3.º no Tour de 1979

5.º no Tour de 1980

 

José Azevedo (3)

 

5.º no Giro de 2001

6.º no Tour de 2002 (a)

5.º no Tour de 2004 (a)

 

Alves Barbosa (1)

 

10.º no Tour de 1956

 

Acácio da Silva (1)

 

7.º no Giro de 1986

 

João Rebelo (1)

 

6.º na Vuelta de 1945

 

Ribeiro da Silva (1)

 

4.º na Vuelta de 1957

 

Fernando Mendes (1)

 

6.º na Vuelta de 1975

 

José Martins (1)

 

8.º na Vuelta de 1975

 

(a) Lance Armstrong foi desclassificado por doping e a prova ficou sem vencedor.

Fonte: Record on-line

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